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A expansão da Revolução Industrial

Em meados do século XIX, a Europa assiste ao desenvolvimento da segunda fase da


Revolução Industrial.
Enquanto o início da Revolução tinha por base a indústria têxtil e a indústria
metalúrgica, a expansão da industrialização faz-se com base no desenvolvimento da
indústria química e da siderurgia. Estes avanços só foram possíveis graças ao
desenvolvimento da ligação entre a ciência e a técnica. É o momento em que as fábricas
começam a contratar técnicos e engenheiros saídos das universidades para integrar
laboratórios, tendo por base o desenvolvimento técnico através do recurso à ciência.
Os grandes avanços da segunda fase da Revolução Industrial ocorrem na indústria
química devido às invenções e descoberta no campo do fertilizantes, pesticidas e
inseticidas, farmacêutica e indústria na guerra. Por sua vez, o desenvolvimento da
siderurgia dará origem à indústria pesada- criação de máquinas que produzem
máquinas, caminhos de ferro e construção naval.
A expansão da Revolução Industrial registou uma importante alteração nas fontes
energéticas. O carvão, que permitia a energia a vapor será aos poucos substituídos pelo
petróleo e pela eletricidade.

A aceleração dos transportes


Os transportes foram um elemento importante à industrialização. Os meios de
transporte acompanharam o progresso tecnológico, adotando a máquina a vapor.
O comboio foi imposto em 1830, onde foi inaugurada a linha Liverpool-Manchester e
esta originou grandes construções ferroviárias. Com o elevado impacto económico das
vias-férreas, o comboio identificou-se com o progresso, tendo-se empreendido as obras
de engenharia mais valiosas. Também existiu outra evolução, os navios a vapor. Estes
avanços na navegação e o aumento da navegação marinha deram origem a abertura do
canal do Suez, em 1869, e do Panamá, em 1914, que diminuíram as ligações entre o
Índico e o Mediterrânico e entre o Pacífico e o Atlântico.
Devido à criação do motor de explosão surgiram os automóveis. Apareceram então
várias marcas que originaram uma nova indústria que movimentava grossos capitais e
dava emprego a vários operários.
Quanto à aviação, Orville Wright conseguiu a proeza de voar com um motor a gasolina
e hélice.

Concentração industrial bancária


É a partir de 1870 que se fala de uma “civilização industrial”. Nesta altura viva-se a
época do capitalismo industrial, que se caracterizou por um investimento maciço na
indústria e assenta numa divisão entre os detentores do capital (edifícios, fábricas,
maquinaria,…) e o trabalho, representado pela mão de obra assalariada.

Concentração industrial
 Nesta altura, as pequenas oficinas deram lugar a grandes fábricas que se tornara
em grandes empresas, empregando vários trabalhadores. A concentração
industrial acelerou na segunda metade do século. A evolução tecnológica
reforçou a supremacia da grande empresa, mais capaz de inovar e resistir às
crises que abalam a economia. Dada esta dinâmica capitalista, surgiram dois
tipos de concentração industrial, as horizontais e verticais. A vertical define-se
pela integração na mesma empresa de todas as desde a produção, desde a
obtenção da matéria-prima à venda do produto. A horizontal consiste na
associação de empresas com o objetivo de evirar a concorrência.

Concentração bancária
 os bancos desempenharam um papel primordial no crescimento económico. O
sistema bancário integra-se na dinâmica do mundo industrial e regista um forte
aumento, acompanhado na diminuição das instituições. Enquanto as instituições
mais pequenas iam à falência, os outros bancos tornavam-se mais poderosos. Os
bancos participaram no desenvolvimento industrial, sendo que injetaram capitais
próprios nas empresas, principalmente nos transportes e na siderurgia.

A racionalização do trabalho
O aumento da concorrência colocou aos empresários duas questões fundamentais que
são produzir com qualidade e a baixo preço, tornando necessário rentabilizar todos os
recursos humanos e materiais.
Foi criado o método Taylorismo, que assentava na divisão máxima do trabalho,
dividindo-o em pequenas tarefas encadeadas e elementares e cabia a cada operário fazer
apenas uma destas tarefas num tempo mínimo, predefinido e articulado com os restantes
elementos da cadeia de produção. O trabalho mecanizado, sem criatividade e monótono
resultava numa produção de objetos iguais e estandardizados.
Para compensar a dureza do trabalho e incentivar os operários, Ford elevou os salários
e fez com que a nível de vida dos trabalhadores melhorasse, permitindo-lhes comprar
automóveis em prestações suaves, recuperando parte do montante nos salários.
Os métodos do taylorismo provocaram a contestação dos sindicatos e de numerosos
intelectuais, dado que a racionalização excessiva lhes retirava toda a dignidade do
trabalho.

A geografia da industrialização
A dinâmica industrial propagou-se rapidamente por todo o mundo. Na Europa, a
França, a Bélgica, a Suíça e a Alemanha tomaram a dianteira e colocaram-se no grupo
dos países industrializados. Na América, engradeceram os Estados Unidos e na Ásia, o
Japão.

A hegemonia inglesa
A Inglaterra era o berço da Revolução Industrial e o mais avançada na época. A sua
industria permitia comercializar têxteis, artefactos metálicos e bens de equipamento,
tem uma malha densa ferroviária, que assegura a circulação interna e uma frota que
confere o primeiro lugar nos circuitos do comércio intercontinental. Este poder
económico originou uma constante acumulação de capitais.
O equipamento industrial britânico, que era o mais desenvolvido, teve dificuldade em
começar a acompanhar o avanço tecnológico e a combater a concorrência, acusando os
anos.

A afirmação de novas potências


 Alemanha: a principal característica da industrialização alemão é o dinamismo.
Este privilegiou os setores do carvão, aço e caminhos de ferro. A industria alemã
e o setor siderúrgico moveram uma forte concorrência aos produtos ingleses,
gerando uma onde de rivalidade entre a Alemanha e a Inglaterra.
 França: teve um ritmo industrializador continuo, mas lento. Encontrava-se em
desvantagem, pois as jazidas de carvão que tinham eram pobres e mal situadas e
não chegavam para as necessidades do pais, tornando a extração mais cara em
relação aos outros países. Entre 1901 e 1913, viveu-se um período de grande
dinamismo nos setores da eletricidade, do automóvel, do cinema e da
construção.
 Estados Unidos: foi o setor têxtil que alimentou as primeiras indústrias. Eram
favorecidos pela abundância de matérias-primas e por uma politica económica
protecionista. O setor siderúrgico foi o grande dinamizador do crescimento
económico. Desenvolveram-se os setores energéticos mais modernos, como a
eletricidade e a o petróleo e a indústria automóvel, prolongando os efeitos
estimulantes das vias-férreas. Tornaram-se, no fim do século XIX, a primeira
potência industrial do mundo, onde lideravam a produção de carvão, petróleo,
ferro, aço, entre outros.
 Japão: foi o único país asiático que se emancipou, deixando de ser dependente
da Europa. Foi o imperador Mutsu-Hito que fez a modernização japonesa, onde
lançou a era Meiji. Esta transformou o Japão de país agrícola para pais industrial
com largo poder de competitividade. O impulso industrializador deveu-se ao
Estado que promoveu a entrada de capitais e técnicos estrangeiros e financiou a
criação de novas indústrias, às quais concedeu exclusivos e outros privilégios.
Os setores da siderurgia, da construção naval e do têxtil da seda contribuíram
para o crescimento demográfico intenso e o forte orgulho nacional que
incentivou o sentido de superioridade relativamente aos asiáticos.

A permanência de formas de economia tradicional


As novas formas económicas coexistiram durante muito tempo, com as técnicas e
os sistemas de produção antigos. Estas eram praticadas no mundo rural, mesmo
havendo fábricas nas cidades mais próximas. Na industria, a produção tradicional
desaparece, mas os artesãos continuam a trabalhar principalmente nos ofícios, pois
exigem pouca tecnologia, como a confeção ou artigos de luxo. Este modo de vida
acentua-se em países de evolução mais lenta, como Portugal e Itália.

A agudização das diferenças


Livre-cambismo
Deriva do liberalismo económico (Adam Smith e David Ricardo) e defende que a
prosperidade económica seria consoante desde que o mercado funcionasse livremente.
Prossupõe que a iniciativa individual de produção de bens e os preços dos produtos
iriam equilibrar a quebra e a procura de bens uma vez que as mercadorias produzidas
em excesso baixariam o preço enquanto a forte procura de um produto aumentava a
produção. Aplicar internacionalmente esta medida prova que cada pais se tornaria
especializado na produção de bens em que tivesse vantagens, adquirindo os produtos
que não produzia (por não ser competitiva), através da venda dos produtos que
produzia.
Segundo Ricardo, a liberdade comercial asseguraria o desenvolvimento e a riqueza de
todas as regiões do Mundo, na medida em que face à concorrência, cada uma deveria
produzir aquilo que fosse mais compatível com as suas condições naturais. Isto fez com
que cada país pudesse comercializar com outros.
Estas ideias foram impostas por Robert Peel e este diminuiu as taxas alfandegárias.
Esta tendência dominou toda a Europa, tendo o comércio internacional um forte período
de crescimento.

As debilidades do livre-cambismo
A previsão do crescimento igual e harmonioso não se verificou, pois houve dificuldade
no processo de industrialização dos países mais atrasados. Nos países desenvolvidos
ocorriam as crises cíclicas que retraíram muitos negócios e provocaram muitas
falências. Estas crises eram provocadas pelo excesso de investimentos e de produção
industrial, ou seja, crises de superprodução, resultantes da própria dinâmica capitalista
ao contrario das do Antigo Regime, que eram provocadas pela escassez agrícola. No
período de crescimento, quando a procura se sobrepunha à oferta, os preços
aumentavam, o que levava e instalação e expansão da industria, recorrendo-se ao
crédito. Existia uma falta de previsão financeira e excesso de investimentos, levando à
acumulação de stocks, fazendo as empresas suspender o fabrico, reduzir os salários e
despedir trabalhadores; diminuição dos preços e destruição de stocks; suspensão dos
pagamentos aos bancos, os créditos e os investimentos financeiros, o que levava à crash,
à falência de empresas e entidades bancárias; aumento do emprego, diminuindo o
consumo.
Estas crises propagaram-se rapidamente e levaram a que o protecionismo volta-se a
ganhar importância, no fim do século.

Período pré-industrial: crises de subsistência causadas pelas más colheitas ou guerras que levaram à subida dos preços
agrícolas, ocasionando miséria e morte.
Período industrial: crises de superprodução causadas pelo predomínio da lei da oferta e da procura que regula os preços, os
salários, as decisões dos empresários e influencia a especulação fundiária, tendo como consequências falências nos bancos
ou na bolsa de valores afetando a produção industrial.
Reação das crises: introdução de medidas protecionistas, intervenção do estado para regular a vida económica e social,
absorção de empresas frágeis por empresas solidas (concentração de empresas) e incentivo às inovações tecnológicas.

O mercado internacional e a divisão do trabalho


O comércio mundial cresceu aceleradamente e a estrutura deste representa bem a
divisão internacional do trabalho. Os “quatro grandes” tornaram-se as “fábricas” do
mundo, responsáveis por mais de 70% da população industrial. São estes que fornecem
os países mais atrasados, adquirindo produtos agrícolas e matérias-primas. Assim, vive-
se um sistemas de trocas desigual.

A explosão populacional: a expansão urbana e o


novo urbanismo

 Explosão demográfica: acentuada aceleração do crescimento da população


mundial verificado a partir dos finais do século XVIII, relacionando sobretudo com a
forte redução da mortalidade.

Causas:
 Diminuição da mortalidade causada por:
o melhoria da higiene graças ao uso da roupa interior de algodão; dos
progressos na construção de esgotos e fornecimento de água e do recurso
a tijolos nas construções;
o melhoria alimentar possibilitada pelo aumento da variedade, qualidade e
quantidades dos alimentos;
o avanços na medicina devido à difusão das vacinas (contra a varíola, tifo,
cólera, raiva e difteria) e ao recurso à anestesia, à desinfeção nas
cirurgias;
o aumento da natalidade causada pelo aumento dos casamentos sobretudo
entre populações mais jovens.

 Expansão urbana: forte crescimento das cidades em número, área e


quantidade de habitantes, assinalada com maior incidência nos países
industrializados e nos países novos.

Causas:
 Êxodo rural gerado por:
o mecanização da agricultura;
o aumento das zonas de pasto;
o queda dos preços agrícolas;
o decadência do artesanato rural;
o grande possibilidade de emprego e de melhores salários na cidade.

 Imigração: com origem na relação entre excedentes demográficos e a falta de


recursos locais, atrasos na agricultura ou aumento do desemprego devido à
maquinização, atração pelas cidades industrializadas.

Problemas urbanos
 Falta de habitação: alojamento sem condições e rendas elevadas;
 Miséria: várias situações de mendicidade e prostituição;
 Epidemias: nomeadamente provocadas pela cólera e tuberculose;
 Delinquência: caracterizada pelo alcoolismo, criminalidade, desregramento e
falta de acompanhamento às mães;
 Protestos sociais: greves e manifestações.

Progressos no urbanismo
- Renovação dos centros das cidades com:
o demolição das construções velhas e afastamento das populações para a periferia;
o criação de terminais ferroviários, armazéns, bancos e espaços culturais;
o abertura de praças, avenidas e espaços verdes;
o melhoramento de infraestruturas como por exemplo: iluminação, esgotos, gás
canalizado.

- Expansão de bairros adjacentes:


o surgem nas zonas ocidentais das cidades para as classes sociais mais abastadas;
o surgem nas zonas orientais para as classes trabalhadoras.
- Crescimento dos subúrbios: zonas próximas às cidades onde se fixam as
sucessivas vagas de população que vão chegando às cidades e as populações desalojadas
dos centros urbanos.
Modelos de renovação urbana:
- crescimento em expansão: Paris;
-crescimento em altura: Nova Iorque.

Emigração
Causas:
 demográficas: a explosão populacional europeia trouxe a necessidade mais
empregos e aumentou os protestos sociais. A emigração surge como fuga a essas
questões, sendo apoiada pelos governos e pelos sindicatos;
 económicas: no mundo rural a mecanização libertou mão de obra, enquanto
noutros zonas continuavam as fomes por maus anos agrícolas. Por sua vez, a
industrialização provocava desemprego tecnológico, enquanto a falta de
industrialização não oferecia empregos suficientes;
 sociais: os países de destino (EUA e Brasil) surgiam como terras de
oportunidade para o enriquecimento e promoção social;
 revolução nos transportes: o desenvolvimento do barco a vapor fez baixar o
preço das viagens, aumentando a mobilidade das populações entre continentes;
 perseguições politicas e religiosas: fuga dos jovens da Rússia; fuga dos
polacos sob domínio russo; fuga dos alemães na fase das revoluções para a
criação da Alemanha.

A sociedade oitocentista
É uma sociedade caracterizada por forte diversidade e mobilidade. Surge através
da implementação dos princípios liberais ligados à propriedade privada, à liberdade
individual, à igualdade perante a lei e à livre iniciativa.
Esta sociedade divide-se em três grupos designados por classes sociais: a alta
burguesia, a classe média e o operariado, também designado proletariado.
A alta burguesia era composta por grandes industriais, grandes comerciantes e
banqueiros. O seu poder económico permitia-lhes forte influencia no campo da
politica, tendo alguns desempenado cargas governativas. Tinham forte consciência
de classe e defendiam valores tais como: a família, o trabalho, a poupança e em
muitos casos a filantropia.
A classe média é composta por indivíduos que não estão integrados nem na alta
burguesia nem no operariado, constituem por isso um grupo heterogéneo, com
funções profissionais diferenciadas e rendimentos económicos diversificados. É uma
classe social que se desenvolve graças ao crescimento do setor terciário
impulsionado pelos serviços ligados à banca, aos escritórios, ao comércio, às
profissões liberais e ao aumento do funcionalismo público (trabalhadores do
Estado). A classe média, por ser heterogénea, não constrói uma consciência de
classe. Contudo, procura seguir os valores transmitidos pela alta burguesia. Em
termos comportamentais procuram seguir o modelo da alta burguesia frequentando
manifestações culturais como a ida ao teatro, à opera e às corridas de cavalo. A
classe média ganha forte influência politica a partir do momento em que se dá a
aplicação do sufrágio universal.

Operários
Constituem o último grupo dentro das classes sociais, da sociedade oitocentista. Na
sua origem, está o êxodo rural provocado pelo desenvolvimento da produção
agrícola e do crescimento populacional registado no mundo rual. Estes camponeses
que vêm para as cidades são a mão de obra não qualificada que será utilizada nas
fábricas. Por existir em abundância é uma mão de obra barata. Os operários vivem
condições difíceis:
o nas fábricas onde trabalham ou mais horas por dia, sem condições de
salubridade, luminosidade e higiene;
o nas casas onde viviam, normalmente caves ou sótãos, sem luz, sem gás, sem
água corrente e sem instalações sanitárias.
As condições de vida e de trabalho dos operários levaram a protestos, greves e
manifestações, acabando por conduzir à necessidade de intervenção do Estado.
Com estes problemas sociais e económicos das classes trabalhadores surgiram
movimentos de associativismo e de sindicalismo, levando a novas propostas de
transformação da sociedade.
Desenvolveram-se, então as propostas socialistas na França e na Inglaterra e tinham
como objetivos a denuncia dos excessos da exploração capitalista, a eliminação da
miséria operária e a procura de uma sociedade mais justa e igual. Integraram-se no
socialismo utópico.
O socialismo criticava o capitalismo e o liberalismo individualista, que considerava
responsáveis pelas más condições de trabalho e de vida do operariado. Estes defendiam
a criação de comunidades ideais e novos modelos de organização da sociedade. Mas
tiveram pouca implantação, pois tinham uma visão pouco realista do mundo do
trabalho. Contudo, inspiraram a evolução das ideias socialistas.
No século XIX, surgiu uma nova forma de pensamento sobre a sociedade: o
marxismo ou socialismo cientifico defendida por Karl Marx.
O marxismo defende um modelo revolucionário de transformação da sociedade que
se fazia através da luta de classes (burguesia- capitalista exploradora e o proletariado-
trabalhadora, explorada e empobrecida) e da revolução. Este apelou à união mundial dos
operários, à internacionalização do movimento sindical e operário.
Segundo o marxismo, os burgueses retiravam as mais-valias do trabalho (lucro) e
acumulavam o capital, sendo o proletariado explorado na força de trabalho. Os modos
de produção eram o esclavagismo, o feudalismo e o capitalismo. Este achava que o
proletariado devia conquistar o poder e controlar os meios de produção e defendia a
abolição da propriedade privado do mercado. O objetivo era alcançar um novo estádio
da evolução social de um sociedade sem classes, sendo a ditadura do proletariado uma
etapa intermedia na construção do comunismo.

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