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Universidade Aberta

Unidade Curricular: História Económica e Social (41071)

1.1. - Orientações de Resolução das Atividades Formativas

Nota Prévia: As atividades formativas são instrumentos de auto-avaliação, pelo


que cada estudante deverá avaliar por si próprio o trabalho efetuado. As orientações de
resolução das atividades formativas visam apenas fornecer uma noção dos aspetos que
devem ser focados na resposta às atividades. As respostas devem ser elaboradas e
desenvolvidas pelos estudantes a partir da leitura e interpretação da bibliografia. Note-se
que as orientações de resolução não são uma espécie de “sebenta” por onde se pode
estudar a matéria. O estudo tem de ser feito através da leitura e da construção pessoal
dos conhecimentos sobre os assuntos e os problemas em análise na unidade curricular.

TEMA 1 – A Evolução Económica-Social do Mundo Contemporâneo. Uma


Visão de Conjunto
Subtema 1.1. – Os diferentes ritmos da industrialização europeia e norte-
americana e a emergência da economia capitalista moderna no século XIX

a) A primeira nação industrial da Europa – e do Mundo - foi a Inglaterra, em


virtude da precocidade do seu processo de industrialização iniciado no século XVIII.
Aprofunde as razões da prioridade industrial inglesa através da leitura do Texto
de Apoio e de Contextualização Histórica, bem como das páginas 353-359 do livro de
Larry Neal e Rondo Cameron, História Económica do Mundo (disponíveis no ambiente
de sala virtual).

b) A “Revolução Industrial” consistiu nas intensas e profundas transformações


do processo de produção que ficaram explicitadas pela substituição da energia humana
pela energia motriz não humana (hidráulica, eólica e, principalmente, a vapor), pela
superação da oficina artesanal pela fábrica e pela consolidação da existência de duas
classes sociais: a burguesia (proprietária e exploradora dos meios de produção) e os

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trabalhadores juridicamente livres (vendedores de sua força de trabalho). De referir,
porém, que a utilização da expressão “Revolução Industrial” não é consensual na
historiografia; tal como não é consensual a periodização do processo de industrialização
mundial, pelo que é possível encontrar diferentes perspetivas e cronologias sobre o
mesmo fenómeno.
Podemos considerar a existência de quatro grandes etapas do processo de
industrialização:
1) a primeira etapa, ocorrida entre meados do século XVIII e meados do século
XIX, limitada geograficamente à Inglaterra, caracterizada pela produção dos
bens de consumo, centrada na produção têxtil e movida a energia a vapor;
2) a segunda etapa, entre meados do século XIX e o início do século XX,
caracterizada por uma expansão do processo de industrialização à Europa
continental (França, Bélgica, Alemanha, Itália e Rússia), aos Estados Unidos da
América e algumas regiões da Ásia (Japão). Esta segunda fase da “Revolução
Industrial” distingue-se pelo uso da energia hidroelétrica e de derivados fósseis
(petróleo), bem como pela diminuição das distâncias entre os pontos comerciais
em decorrência da invenção da locomotiva e do barco a vapor;
3) a terceira etapa, do início do século XX até à década de 1980, foi marcada
pela formação de empresas multinacionais, pela automatização do processo
produtivo, pela produção em série, pelo avanço da indústria química, pelo
progresso da electrónica e das comunicações, pelo uso do robô;
4) a quarta etapa refere-se às transformações ocorridas após 1980,
particularmente influenciadas pelo uso intensivo da informática e da internet,
assistindo-se ao aligeiramento e à intensificação da produção e da circulação de
mercadorias.
Note-se que nenhuma destas quatro etapas deve ser considerada de forma
estanque, nem os seus limites devem ser percebidos de forma rígida, mas algo fluída.
Aprofunde esta questão através da leitura do Texto de Apoio e de
Contextualização Histórica (disponível no ambiente de sala virtual).

c) O Zollverein consistiu na união tarifária dos Estados alemães e consequente


criação de um mercado comum alemão, ao mesmo tempo que se procedeu à instituição

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de uma tarifa externa comum determinada pela Prússia. As bases do Zollverein
começaram a ser estabelecidas em 1818, com a promulgação de uma tarifa comum para
toda a Prússia. Gradualmente, alguns pequenos Estados alemães juntaram-se ao sistema
tarifário prussiano. Em 1833, um tratado com os maiores Estados do Sul da Alemanha
resultou na criação do Zollverein, possibilitando a formação de uma economia alemã
unificada por via da abolição de todas as portagens e barreiras alfandegárias internas no
espaço alemão. A Áustria ficou de fora do Zollverein. De realçar que, de uma forma
geral, o Zollverein seguiu uma política comercial liberal, ou seja de tarifas baixas em
relação ao exterior.
Aprofunde esta questão através da leitura da página 372 do livro de Larry Neal e
Rondo Cameron, História Económica do Mundo (disponível no ambiente de sala
virtual).

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