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trabalhadores juridicamente livres (vendedores de sua força de trabalho). De referir,
porém, que a utilização da expressão “Revolução Industrial” não é consensual na
historiografia; tal como não é consensual a periodização do processo de industrialização
mundial, pelo que é possível encontrar diferentes perspetivas e cronologias sobre o
mesmo fenómeno.
Podemos considerar a existência de quatro grandes etapas do processo de
industrialização:
1) a primeira etapa, ocorrida entre meados do século XVIII e meados do século
XIX, limitada geograficamente à Inglaterra, caracterizada pela produção dos
bens de consumo, centrada na produção têxtil e movida a energia a vapor;
2) a segunda etapa, entre meados do século XIX e o início do século XX,
caracterizada por uma expansão do processo de industrialização à Europa
continental (França, Bélgica, Alemanha, Itália e Rússia), aos Estados Unidos da
América e algumas regiões da Ásia (Japão). Esta segunda fase da “Revolução
Industrial” distingue-se pelo uso da energia hidroelétrica e de derivados fósseis
(petróleo), bem como pela diminuição das distâncias entre os pontos comerciais
em decorrência da invenção da locomotiva e do barco a vapor;
3) a terceira etapa, do início do século XX até à década de 1980, foi marcada
pela formação de empresas multinacionais, pela automatização do processo
produtivo, pela produção em série, pelo avanço da indústria química, pelo
progresso da electrónica e das comunicações, pelo uso do robô;
4) a quarta etapa refere-se às transformações ocorridas após 1980,
particularmente influenciadas pelo uso intensivo da informática e da internet,
assistindo-se ao aligeiramento e à intensificação da produção e da circulação de
mercadorias.
Note-se que nenhuma destas quatro etapas deve ser considerada de forma
estanque, nem os seus limites devem ser percebidos de forma rígida, mas algo fluída.
Aprofunde esta questão através da leitura do Texto de Apoio e de
Contextualização Histórica (disponível no ambiente de sala virtual).
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de uma tarifa externa comum determinada pela Prússia. As bases do Zollverein
começaram a ser estabelecidas em 1818, com a promulgação de uma tarifa comum para
toda a Prússia. Gradualmente, alguns pequenos Estados alemães juntaram-se ao sistema
tarifário prussiano. Em 1833, um tratado com os maiores Estados do Sul da Alemanha
resultou na criação do Zollverein, possibilitando a formação de uma economia alemã
unificada por via da abolição de todas as portagens e barreiras alfandegárias internas no
espaço alemão. A Áustria ficou de fora do Zollverein. De realçar que, de uma forma
geral, o Zollverein seguiu uma política comercial liberal, ou seja de tarifas baixas em
relação ao exterior.
Aprofunde esta questão através da leitura da página 372 do livro de Larry Neal e
Rondo Cameron, História Económica do Mundo (disponível no ambiente de sala
virtual).