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Introdução

O nosso país tem passado por muitas dificuldades, para acompanhar o dia do
trabalhador trarei o contexto actual do desemprego em Moçambique o nível de
desemprego actual em Moçambique é banhada por chuvas de torrenciais de lágrimas de
gente que, dia e noite, gasta as energias a procura de emprego porque o desemprego em
Moçambique hoje é uma realidade e um problema bastante sério. E o primeiro número
do artigo 122 da CRM refere que o trabalho é a força motriz do desenvolvimento e é
dignificado e protegido isto é, vê-se que o emprego é uma frequentemente usada para
justificar políticas, estratégias e defender projectos de investimentos e qualquer que
sejam as decisões, os mecanismos de criação de emprego decente, mais produtivo e que
promove o desenvolvimento da sociedade e pessoas permanecem não discutidos. Nestes
moldes, o presente trabalho tem como principal tema “A Falta de Emprego em
Moçambique”, olhando para a problemática que assola o país desde dos tempos
remotos.

Estruturalmente, este trabalho apresenta a Introdução, Objecto de Estudo,


Problematização (Problema), Perguntas de Pesquisa e Justificativa.

Objecto de estudo

O objecto de estudo para este projecto de pesquisa é “Emprego”.

Problematização

A questão da falta emprego no país é uma grande realidade, não só nas zonas urbanas,
mas também nas grandes cidades. Criar condições de forma a coexistência no país, é um
assunto de extrema importância, uma vez que dará oportunidade aos jovens e não só,
mas também a toda a população desempregada.

Nos últimos anos, não é novidade conhecer um indivíduo com certificado profissional,
mas sem emprego há mais de dois (2) anos. Uma reflexão de que a falta de emprego no
país é uma realidade. De acordo com o IV Censo de 2017, Moçambique tem a
população de cerca de 28.861.863 habitantes, sendo 15.061.006, em uma percentagem
de 52% são mulheres e um universo de 13.800.857 o que corresponde a 48%, são
homens. Aliado a isso, a OTM (Organização dos Trabalhadores de Moçambique), em
2019, constatou que o nível de desemprego no nosso país é muito alto. É de admirar
pois o emprego a politica Moçambique e um dos seus objectivos desta politico consiste
na promoção da criação de emprego contribuindo no desenvolvimento económico-
social do país para o bem-estar dos moçambicanos. Além disso o Plano Quinquenal do
Governo enfatiza a prioridade de criar o emprego como caminho para a redução da
pobreza.

A nível distrital, muitos jovens desempregado, embora formados, se aliam à actividades


de pouco rendimento para que haja uma sustentabilidade familiar e carecendo, cada vez
mais, de um contrato dentro do Governo ou Aparelho Estado. A existência dos
desempregados formados, espelha, categoricamente, a necessidade de emprego para
estes e mais. Nestes moldes, o presente projecto de pesquisa vem responder a seguinte
questão:

Quais as estratégias poderão ser usadas de forma a existência suficiente de emprego


em Moçambique?

Objectivos Geral e Específicos

Geral

 Conhecer os factores que contribuem para a fraca falta de emprego em


Moçambique.
Específicos:

 Identificar os possíveis motivos que levam o país a ter a problemática falta de


emprego;
 Referir sobre a importância de emprego no país;
 Propor estratégias para a maximizar a questão de emprego em Moçambique.

Perguntas de pesquisa
1. Qual é a razão da falta de emprego em Moçambique?
2. Qual é o papel da OTM na promoção e divulgação de emprego no País?
3. Qual é a importância do emprego para as famílias moçambicanas?

Justificativa

O presente estudo baseia-se na constatação duma preocupação que, não só atormenta,


como também afecta a população moçambicana principalmente a população jovem.
Consequentemente abriga no universo jovem o aumento da criminalidade, o consumo
de álcool e drogas, o aumento de marginalidade, a prostituição e os casamentos
prematuros o que contribui nos problemas de saúde física e mental do trabalhador
impulsionando a desorganização familiar e social aumentando o divórcio etc. Este
projecto visa em geral contribuir na extinção do desemprego. Procura identificar as
causas da afluente existência de desemprego, compreender os meios de implementação
e incentivo de políticas de emprego no país e reforçar na implementação de escolas
técnicas e industriais no país. Como via para minimizar essa praga é preciso que haja
incentivo ao investimento privado, implementação de políticas fiscais e monetárias
adequadas, aumento de despesas públicas, flexibilização do mercado do trabalho,
trabalho compartilhado, treinamento e requalificação de recursos humanos e na parte
jovem aderências de ensino técnicos e industriais para impulsionar o empreendimento
no país. A relativa unanimidade do papel fundamental que essa pesquisa teve para
definições dos rumos dessa instituição, que mantém destacado o papel na geração de
informações sociais, demográficas e económicas e decorre na percepção de que apenas
adquirindo o domínio da elaboração de metodologias e da tecnologia de produção de
informação as instituições publicas podem cumprir com o seu papel de gerar
informações de qualidade destinadas a subsidiar politicas publicas e apoiar no
funcionamento pleno da cidadania. Este artigo procura demonstrar realizações da
Pesquisa de Emprego e desemprego permitiu não apenas o desenvolvimento de uma
metodologia inovadora quanto as questões de trabalho, mas também estruturar um
conjunto de pesquisas quantitativas que podem ser adoptadas e reproduzidas em
diferentes localidades para diferentes temas socioeconómicos. Contudo estudar esse
tema é essencial para a economia do País e o agravamento ou melhoras de questões
sociais, como qualidade de vida, índice de criminalidade entre outros. Isto é, é
importante estudar o desemprego pelo facto dele ser um factor determinante para
analisar a economia e entender a capacidade de produção de uma determinada região ou
Pais, a compreender a desigualdade social e de questões como queda de qualidade de
vida e bem-estar social.

Por outro lado, uma das principais razoes que me levou a falar sobre o tema em
epígrafe, foi a de ver muitos jovens formados, mas sem emprego e nem a possibilidade
de ter um, nos próximos anos. Aliado a isso, espero que o projecto seja um canal para a
minimização da problemática em referência. O estudo deste tema visa na intenção l que
a economia de um país seja forte, haja empregos condignos à população, os implicados
nas actividades de produção sejam bem formados etc. A educação, especialmente a de
nível superior, tem enormes responsabilidades na formação de profissionais
competentes e capacitados. O Estado atribui à educação, com razão, um dos papéis mais
importantes para o desenvolvimento da economia. Tudo isso faz parte dos legítimos
interesses da sociedade. Contudo, as finalidades essenciais da educação, do
conhecimento, da formação, são muito maiores e mais complexas que essas funções
pragmáticas. A economia não deve determinar a sociedade. O contrário deveria ser o
verdadeiro. A qualidade em termos empresariais contém apenas parte do sentido pleno
dessa palavra. Diferentemente do meio empresarial e corporativo, a referência da
educação é a sociedade. A educação é pública, isto é, património e responsabilidade de
todos. Daí que não deve ser a economia que há de induzir os conteúdos da formação.
Por isso mesmo, não pode ser excludente, alimentar a rivalidade. Cumpre-lhe a
formação de cidadãos conscientes, éticos, solidários e cultos, munidos de valores,
conhecimentos e técnicas propícias ao aumento do bem-estar e da dignidade pessoal, à
elevação da sociedade e à construção da nação. O humano é maior e mais complexo.
Capitulo II: Revisão de Literatura

Definição de conceitos

Emprego

Refere-se que a relação de emprego, ou o vínculo empregatício, é um facto jurídico que


se configura quando alguém empregado ou empregada presta serviço a uma outra
pessoa,  física ou jurídica, de forma subordinada, pessoal, não eventual e onerosa. Essa
relação geralmente é baseada num contrato em que uma das partes é o empregado
remunerado pela outra parte, que é a empregadora, podendo ser uma corporação com
fins lucrativos, organização sem fins lucrativos,  cooperativas ou qualquer outra
entidade que empregue um indivíduo.

Neste sentido, de acordo com Thiollet (1993), “Emprego é a função e a condição das
pessoas que trabalham, em carácter temporário ou permanente, em qualquer tipo de
actividade económica, remunerada ou não. Enquanto isso, desemprego entende-se a
condição ou situação das pessoas incluídas na faixa das ‘idades activas’ e que estejam,
por determinado prazo, sem realizar trabalho em qualquer tipo de actividade económica,
remunerada ou não”. As possibilidades de emprego que os sistemas económicos podem
oferecer em certo período, relacionam-se com a capacidade de produção da economia,
com as políticas de utilização dessa capacidade e com a tecnologia empregada na
produção. Mediante a isso, deve-se entender que ter um emprego, não só constitui o
principal recurso com que conta a maioria das pessoas para suprir as suas necessidades
materiais, como também lhes permite a plena integração social. Por isso, a maior parte
dos países reconhece o direito ao trabalho como um dos direitos fundamentais dos
cidadãos.

Empregador
De uma maneira mais simples de se entender o conceito acima referido, é a
possibilidade de repararmos o empregador como o indivíduo que oferece o emprego a
outra pessoa que necessita. Aliado a isso, Lacombe (2011) diz que “Empregador é a
pessoa física ou jurídica que contrata alguém para lhe prestar serviço como empregado”.
Empregado

Empregado, para Lacombe (2011), é a pessoa contratada para prestar serviços para um
empregador, numa carga horária definida, mediante salário, que pode ser realizado por
horas trabalhadas ou trabalho entregue. Empregados de algumas áreas ou setores
também podem receber gratuidades, bônus no pagamento ou até mesmo receber ações
de empresas em parte do salário. O serviço necessariamente tem de ser subordinado,
qual seja, o empregado não tem autonomia para escolher a maneira como realizará o
trabalho, estando sujeito às determinações do empregador. Neste sentido, a relação entre
o empregado e o empregador é denominada relação de emprego.

Diferença entre Trabalho e Emprego

Albornoz (1994, p. 11), refere que o trabalho é o factor de produção mais importante.


Usualmente os economistas medem o trabalho em termos de horas dedicadas,
salário ou eficiência.
O trabalho é o conjunto de actividades ligado a objectivos e reconhecimento pessoal.
Neste sentido, não está relacionado apenas directamente a ganhos financeiros, mas
realizações pessoais que o indivíduo alcança ao atingir metas e objectivos. O trabalho
está estritamente relacionado ao crescimento do indivíduo. Pode até ser acompanhado
pela vontade de contribuir com algo para o mundo. É também uma forma de adquirir
habilidades e aprimorá-las, além de ter oportunidade de tomar iniciativas, decisões e
fazer parte de grupos com objectivos em comum.
O emprego é um cargo que o indivíduo tem em uma empresa que oferece pagamento
para que cumpra devidas funções. Neste sentido, é uma forma de conseguir renda
através das actividades desenvolvidas.
Por ser, geralmente, vinculado a uma empresa, o indivíduo empregado oferece trabalho
em troca de dinheiro. No entanto, a mesma pessoa pode não se sentir completamente
feliz com o que faz, sendo a função meramente um emprego. Ou seja, uma maneira de
se conseguir renda.
Por fim, pode-se dizer que um trabalho é um conjunto de actividades para, geralmente,
alcançar um objectivo e pode ser remunerado ou não. Um emprego é uma actividade
que se realiza com o intuito de se obter renda.
Trabalhar é primordial na vida de cada ser humano. O ato de trabalhar permite uma
posição fundamental, não apenas por permitir a manutenção financeira, mesmo assim
para que a vida possa ser digna. O trabalho estabelece uma etapa essencial da vida de
cada indivíduo. Durante o passar do tempo, com a evolução das pessoas, cada ser
humano desempenhou um papel essencial até os dias de hoje.
Outros benefícios que o trabalho pode trazer são as suas variedades como: a disciplina,
o desenvolvimento do relacionamento interpessoal com os outros colegas e, é claro se
sentir realizado profissionalmente.

Importância de Emprego para a vida social

Numa visão classicista, classifica-se o trabalho como um produto, pelo qual os


trabalhadores actuam como vendedores e os empregadores como compradores.
Os salários e valores são considerados e o mercado de trabalho é o espaço onde ocorre
toda essa comercialização. De acordo com Arroio (2001), diz que Karl Marx consolida
esta ideia na forma de mão-de-obra como mercadoria e na exploração do
trabalhador. Para Marx, o mercado de trabalho se caracteriza pela luta de classes entre
trabalhadores e burguesia, e na desigualdade da distribuição de riquezas e poder. Marx
mantém a visão da economia clássica iniciada por Adam Smith, na qual as relações se
dão a partir da oferta e demanda de mão-de-obra. Contudo, ele enfoca que o lado dos
que tem sua mão-de-obra expropriada é mais fraco, e, portanto fica vulnerável e não
consegue estabelecer negociação com o lado mais forte, que actua como mandante no
estabelecimento do preço.

O trabalho nos dias de hoje se tornou algo essencial na vida da sociedade e sempre esteve
presente na história humana. É um factor importante para posicionar o homem como
indivíduo único que complementa e dá sentido a vida. Mas a definição de trabalho varia
de região para região, cultura para cultura, principalmente da camada social e de época
para época (Sousa, 1978). Olhando para os tempos remotos, na Antiguidade Clássica, as
elites dominantes ocupavam-se exclusivamente do trabalho intelectual, artístico,
especulativo ou político. Para Horn (2006), as funções consideradas subalternas por sua
natureza rústica e penosa, trabalho braçal eram desempenhadas pela mão-de-obra escrava,
obtida nas guerras de conquista. Já na Revolução Industrial mesmo com a transformações
que houve no campo da economia e do trabalho. Por substituir o trabalho rural e do
artesanato pelas actividades industriais, modificaram-se radicalmente as condições de
vida do trabalhador, mas a miséria, o serviço estafante e prolongado, as péssimas
condições de moradia e de alimentação prosseguiram, afligindo a classe trabalhadora e
com o passar do tempo foram-se revelando as imperfeições e injustiças do capitalismo
industrial. Além das circunstâncias já mencionadas, a concentração do capital em poder
de um reduzido número de pessoas; a ausência de quaisquer direitos trabalhistas em favor
do proletariado; a falta de motivação dos operários, que passaram a “vender” seu trabalho,
sem participação integral no processo produtivo; o crescimento desordenado das cidades,
como surgimento de bairros miseráveis, onde se amontoavam os operários, foi factores
que provocaram uma forte reacção ideológica por parte de grandes pensadores da época.

Para Tessaro (2003), o trabalho nos dias de hoje se tornou algo essencial na vida da
sociedade, e sempre esteve presente na história humana. É um factor importante para
posicionar o homem como indivíduo único que complementa e dá sentido a vida. Mas a
definição de trabalho varia de região para região, cultura para cultura, principalmente da
camada social e de época para época.  Para o bom desenvolvimento de uma sociedade, a
divisão de trabalho tem uma importância muito grande, pois é ela que sustenta todo o seu
sistema, que produz tudo o que consumimos e precisamos. A base da nossa sociedade é
dividida em profissões consideradas mais “prestigiadas” e menos “prestigiadas”, sendo
que estas últimas, por mais que sejam consideradas “inferiores”, elas dão a base para o
resto da sociedade e para a maioria das profissões mais “prestigiadas” se manterem de pé

Tipos de desemprego

De acordo com Tessaro (2003), os tipos de emprego são:

1. Desemprego de equilíbrio – ocorre quando as pessoas ficam desempregadas


voluntariamente; quando vão de um emprego para outro ou quando entram e
saem da população activa. Neste tipo de desemprego, os trabalhadores escolhem
estar desempregado ao comparar as suas preferências relativas ao rendimento
características de emprego, lazer e responsabilidade familiar.
2. Desemprego de desequilíbrio – ocorre quando o mercado de trabalho não esta
a funcionar adequadamente e alguns trabalhadores qualificados que desejam
trabalhar com salário corrente não conseguem emprego.

Causas de desemprego

É preciso conhecer os seus motivos e tomar atitudes para tentar sair contornar essa
situação. As principais causas do desemprego são:

1. Crise económica;
2. Redução de custos;
3. Substituição de mão-de-obra por máquinas;
4. Necessidade de profissionais mais capacitados;
5. Incapacidade da economia em gerar posto de trabalho em números suficiente para
absorver os desempregados;
6. A baixa oferta da educação no geral;

7. Os elevados índices de pobreza e elevadas taxas de analfabetismo;

8. Substituição da mão-de-obra pelas máquinas.

Para Portugal, por exemplo, a taxa de desemprego em 2006 ficou acima das previsões
do Governo de José Sócrates. Enquanto isso, no Brasil, o desemprego possui um outro
agravante, que é a migração de pessoas de uma região a outra em busca de
oportunidades de trabalho. Isso se observa da região Nordeste para a Sudeste e
do interior para as capitais nas regiões Centro-Oeste e Norte.

Em Moçambique, a dificuldade de acesso ao emprego formal não é motivada apenas


pelas exigências do mercado (como fraca qualificação, empregos limitados), mas
também pela falta de transparência no processo de absorção da força de trabalho
(corrupção: contratos via familiares ou amigos, exigência de pelo menos cinco anos de
experiência, língua inglesa, etc.).
Referências Bibliográficas

ALBORNOZ, Suzana (1994).  Que é trabalho? São Paulo: Brasiliense. p. 11

ARROIO, A.; RÉGNIER, K. (2001) O Novo Mundo do Trabalho: Oportunidades e


Desafios para o Presente. Serviço nacional de aprendizagem comercial – SENAC.
BOLETIM TÉCNICO DO SENAC. Vol. 27, nº 2.

HORN, Carlos Henrique. Mercado de trabalho (2006). In: CATTANI, António David;
HOL-ZMANN, Lorena. Dicionário de trabalho e tecnologia. Porto Alegre: UFRGS.
LACOMBE, Francisco (2011). Recursos Humanos: Princípios e tendências. São Paulo:
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 SOUZA, M. C. C. de (1978). O Mercado de Trabalho: abordagens duais. RAE -


Revista de Administração de Empresas, v. 18, n. 1.

TESSARO, Neliva Terezinha (2003). Avaliação da Eficácia dos Cursos Tecnológicos


realizados em Educação a Distância para o Desenvolvimento de Carreira Profissional.
Dissertação (mestrado) - Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento em parceria
com o Instituto de Engenharia do Paraná. Mestrado Profissional em Desenvolvimento
de Tecnologia.
THIOLLET, Guignard, Jean-Pierre, Marie (1993). Os três primeiros meses num nos
emprego. Publicações Europa-América. Porto Alegre: UFRGS.

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