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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ECONOMIA

CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE NEGÓCIOS (EAD)

VI Grupo:

Alberto Félix Traquinho Saué

Inocêncio António Halar

Rosa Caetano Alves

Samuel Alberto Marima

Impacto da Covid-19 na Educação em Moçambique

Maputo, 02 de Julho de 2022


UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ECONOMIA

CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE NEGÓCIOS (EAD)

VI Grupo:

Alberto Félix Traquinho Saué

Inocêncio António Halar

Rosa Caetano Alves

Samuel Alberto Marima

Impacto da Covid-19 na Educação em Moçambique

Trabalho de carácter avaliativo a ser


entregue na Faculdade de Económica, curso
de Licenciatura em Gestão de Negócios,
cadeira de Metodologia de Investigação
Científica, leccionada pelo:

Dr. Simeão Nhabinde

Maputo, 02 de Julho de 2022


Índice

Resumo............................................................................................................................................iii

1. Introdução.....................................................................................................................................4

1.1. Objectivos..................................................................................................................................5

1.1.1. Objectivo Geral......................................................................................................................5

1.1.2. Objectivos específicos............................................................................................................5

1.3. Metodologia...............................................................................................................................5

3. Revisão da Literatura....................................................................................................................6

3.1. COVID-19: sintomas, transmissão e incubação........................................................................6

3.2. Impactos da COVID-19 na Educação.......................................................................................7

3.2.1. Impactos negativos.................................................................................................................7

3.2.3. Impactos positivos..................................................................................................................8

3.3. Limitações das medidas de mitigação.......................................................................................9

3.3.1. Despreparo das escolas, professores e alunos........................................................................9

3.3.2. Inacessibilidade a tecnologias educacionais.........................................................................10

3.4. Métodos de ensino adoptados na educação básica em Moçambique durante o estado de


emergência......................................................................................................................................10

3.5. Assimilação de conteúdos durante o estado de emergência....................................................11

4. Conclusões..................................................................................................................................12

5. Bibliografia.................................................................................................................................13

i
Resumo

A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo coronavírus descoberta muito


recentemente. Depois de descoberta, governos de todo o mundo tomaram uma série de medidas
para controlar a propagação da doença. Essas medidas tiveram grandes impactos na vida das
pessoas, principalmente sobre a educação. As medidas emanadas pelo Ministério de Educação e
Desenvolvimento Humano de Moçambique (MINEDH) para a mitigação da COVID-19 na
educação básica, levaram à suspensão das aulas presenciais em todo o Sistema Nacional de
Educação (SNE) e tiveram impactos sobre a educação dos alunos. O presente trabalho apresenta
uma revisão da literatura sobre os resultados de pesquisas sobre Impacto da COVID-19 na
educação em Moçambique. As pesquisas apontam para perturbações no sistema educativo, em
situação de pandemia; uma diminuição geral dos níveis de escolaridade e um aumento da
morbilidade e inaptidão dos alunos; durante o estado de emergência, os alunos têm tido aulas
através de fichas que os pais buscam na escola, não obstante, entre os pais e encarregados há os
que revelam que os seus educandos não têm tido aulas
Palavras-chaves: Covid-19 e educação

iii
1. Introdução

A presente pesquisa tem como temaː Impacto da Covid‒19 na Educação em Moçambique. O


mesmo encontra-se estruturado da seguinte forma: índice, resumo, introdução, objectivos geral,
específicos e a metodologia, desenvolvimento do trabalho, conclusão e por fim, a bibliografia.

No dia 31 de Dezembro de 2019, a organização mundial da saúde OMS recebeu uma alerta a
respeito de casos de pneumonia ocorrendo na cidade wuhan, na china. Em 7 de Janeiro de 2020,
identificou-se o vírus causador da doença, uma nova etapa de coronavírus. Esse vírus foi
chamado inicialmente de 2019-nCoV e, posteriormente, de SARS-COV-2. A doença provocada
pelo SARS-COV-2 ficou conhecida como COVID-19 e se tornou um problema de saúde pública
mundial. Espalhando-se rapidamente, atingiu todos continentes ainda nos primeiros meses de
2020. No dia 11 de março, a COVID-19 foi caracterizada como uma pandemia pela OMS. Para
conter o avanço de fecharem da doença pelo mundo, varias cidades suspenderam eventos e
escolas, alem das suas fronteiras. Em algumas regiões, foi dado o lockdown uma medida regida
que se caracteriza pelo bloqueio total de uma área, limitando a circulação de pessoas.

A pandemia do Covid-19 conveliu a vida pública de uma maneira profunda, colocando


grandes desafios no sector da educação, fomentando novas metodologias de ensino vinculadas,
principalmente, através de organizações internacionais, De modo a conter a rápida propagação do
coronavírus, Moçambique declarou o Estado de Emergência em nível nacional. Dentre as
medidas anunciadas pelo Chefe de Estado, consta a suspensão das aulas em todos os
estabelecimentos públicos e privados, desde o ensino pré-escolar até o superior. A emergência da
COVID-19 no nosso país significou desde Março de 2020 a suspensão das aulas presenciais,
pressão da adaptação repentina dos docentes e estudantes, adaptação do uso de plataforma
tecnológicas, investimento das instituições de ensino superior para aquisição de equipamento e
capacitação para responder ao ensino via plataforma tecnológica, redução de fontes de receitas
das instituições de ensino superior.

A suspensão das aulas presenciais e o consequente encerramento dos estabelecimentos do


ensino afectou os esforços do Estado e do governo de Moçambique para a materialização do
Direito à Educação.
1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Analisar os impactos das medidas de mitigação da COVID-19 tendo como premissa o


direito de acesso e à aprendizagem, qualidade e equidade na educação em
Moçambique.

1.1.2. Objectivos específicos

 Identificar os métodos de Ensino adoptados pelos professores;

 Mostrar os efeitos dos métodos de ensino adoptados durante o estado de emergência e


a sua correlação com a qualidade, equidade e necessidades educativas em
Moçambique

 Apresentar a participação dos pais e encarregados de educação no apoio aos seus


educandos como forma de garantir a aprendizagem durante o período de emergência;

1.3. Metodologia

A metodologia deriva do grego méthodos (caminho para chegar a um objectivo) + logos


(conhecimento). São os procedimentos e regras utilizadas por determinado método, ou seja, as
regras estabelecidas para o método científico (RICHARDSON, 2012, p. 22)

"Em sentido genérico, método significa a escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição
e explicação de fenómenos" (Idem: 70)

Com vista a alcançar plenamente os objectivos delineados para esta pesquisa, foi definida uma
pesquisa do tipo qualitativa. A mesma, também caracterizou-se como bibliográfica, pois, utilizou
materiais já publicados, constituídos principalmente de artigos.

(LAKATOS & MARCONI, 2003, p. 183) afirmam que, a finalidade da pesquisa bibliográfica “é de
colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre

5
determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por
alguma forma, quer publicadas, quer gravadas.”

3. Revisão da Literatura

3.1. COVID-19: sintomas, transmissão e incubação

COVID-19 é a doença infecciosa causada pelo coronavírus descoberto muito recentemente.


Este novo vírus e doença eram desconhecidos até o começo de surto em Wuhan, China, em
Dezembro de 2019.

Para a MISAU, a Covid-19 é um vírus que causa infecções semelhantes a uma gripe comum e
pode provocar doenças respiratórias mais graves como a pneumonia (MISAU, 2020).

Os sintomas mais comuns do COVID-19 são febre, cansaço, tosse seca e dificuldade
respiratória. Alguns pacientes podem sentir dores, congestão nasal, prurido no nariz, garganta
inflamada ou diarreia. Estes sintomas geralmente são leves e começam gradualmente. Algumas
pessoas são infectadas, mas não apresentam sintomas e sentem-se bem. A maioria das pessoas
(cerca de 80%) recupera-se da doença sem precisar de tratamento de suporte. Cerca de 1 em cada
6 pessoas infectadas pelo COVID-19 fica gravemente doente e desenvolve dificuldades
respiratórias. As pessoas idosas e pessoas que têm problemas médicos subjacentes, como pressão
alta, problemas cardíacos ou diabetes, têm maior probabilidade de desenvolver doença grave.

As pessoas podem contrair o COVID-19 de outras pessoas infectadas pelo vírus. A doença
pode espalhar-se de pessoa para pessoa através de pequenas gotículas que se espalham saindo do
nariz ou da boca quando uma pessoa com COVID-19 tosse, expira, fala ou canta. Essas gotículas
pousam em objectos e superfície em volta da pessoa, então, quando outras pessoas tocam nesses
objectos ou superfície e depois tocarem nos olhos, no nariz ou na boca aí podem contrair
COVID-19. As pessoas também podem contrair o COVID-19 se inspirarem as gotículas que
saem quando uma pessoa com COVID-19 tosse, expira, fala ou canta. Este é o motivo por que é
importante ficar a mais de 1 metro (3 pés) de uma pessoa doente.

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O "período de incubação" significa o tempo entre a infecção pelo vírus e o início dos
sintomas da doença. A maioria das estimativas do período de incubação do COVID-19 varia de 2
a 14 dias, geralmente cerca de cinco dias.

3.2. Impactos da COVID-19 na Educação

3.2.1. Impactos negativos

Os dados mais recentes sugerem que a pandemia tem gerado perdas de aprendizagem e
acentuado o desigualdades entre os alunos. Para reduzirem e reverterem estes efeitos negativos a
longo prazo, foi fundamental que o governo implementasse programas de recuperação de
aprendizagem.

As perturbações no sistema educativo, em situação de pandemia e noutras situações de crise,


foram especialmente preocupantes, já que a experiência nos mostra que os efeitos negativos da
paralisação do ensino para as crianças e jovens são numerosos e prolongados. O impacto do
encerramento das escolas implica, não só uma diminuição geral dos níveis de escolaridade e um
aumento da morbilidade e inaptidão dos alunos, mas também a perda de rendimentos futuros que,
por sua vez, conduzirá a perdas de produtividade que podem colocar em risco economias inteiras.

Na tentativa de mitigarem as perdas de aprendizagem e o respectivo impacto nos rendimentos


futuros dos cidadãos, os governos implementaram programas de ensino a distância e, em muitos
países, os sistemas educativos foram colocados online.

Uma das maiores limitações destas medidas é a falta de interacção entre o aluno e o professor,
que não é possível, por exemplo, através de transmissões televisivas ou de rádio. Há cada vez
mais evidências de que o encerramento das escolas está a gerar perdas de aprendizagem reais.

O uso das fichas ou mesmo das plataformas digitais durante o Estado de Emergência teve
maior incidência nos centros urbanos, vilas ou sedes dos distritos e zonas circunvizinhas a estas
vilas. Mesmo assim, durante o Estado de Emergência, a garantia da continuidade de
aprendizagem para os alunos representou custos adicionais tanto para os professores quanto para
os pais, quanto para os próprios alunos, custos estes que a maioria suportou pessoalmente. Boa
parte dos pais nas zonas rurais não dispõe de condições financeiras para arcar com os custos das

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fichas e nem mesmo as escolas têm condições para a multiplicação das fichas e distribuí-las pelos
alunos. Ficam evidentes os efeitos das desigualdades socioeconómicas no campo da educação,
em que as condições reais de funcionamento de boa parte das escolas, desafiadas a responder as
medidas de mitigação da COVID19 emanadas pelo MINEDH, revelaram-se aquém do desejável.
Nota-se que a maioria dos que suportam pessoalmente os custos adicionais têm a sua renda
familiar entre um e três salários mínimos.

O estudo realizado pelo MEPT, revelou que durante durante o Estado de Emergência,
orientando a se adoptar meios alternativos de ensino e aprendizagem, a realidade das escolas, a
realidade dos professores, pais e encarregados de educação e dos próprios alunos estava aquém
de tornar efectiva, para a maioria, as directrizes pedagógicas do MINEDH. As perspectivas
futuras da educação básica em Moçambique, como ficou evidente no estudo, dependem da
criação das condições infra-estruturais e sanitárias que garantam o direito à vida (saúde) para as
crianças poderem retornar à escola em segurança. Boa parte dos pais e encarregados de educação
e dos professores entendem não haver condições objectivas de distanciamento e sanitárias para o
regresso às aulas, em segurança, no contexto da COVID-19 (MEPT-Moçambique, 2020).

3.2.3. Impactos positivos

O corona vírus levou a ressignificação da Educação para desenvolver novas habilidades. O


motivo não foi agradável, é verdade, mas o distanciamento social e a suspensão das aulas
presenciais impuseram um momento de reflexão para toda a comunidade escolar. Com a
paralisação forçada, educadores, pesquisadores e gestores da área da Educação estão buscando
meios de renovar o ensino.

Em meio a esse dinamismo das forças de trabalho e das incertezas de formação, o profissional
que possui interesses mais variados e estudos em diversos campos do conhecimento obtém muita
vantagem. Dentre essas capacidades e habilidades do futuro, mas que já se mostram diferenciais,
estão:

 Pensamento crítico e aprendizagem activa

8
 Criatividade e originalidade

 Resolução de problemas complexos

 Flexibilidade cognitiva

 Inteligência emocional

 Trabalho em equipa

 Gestão de pessoas

3.3. Limitações das medidas de mitigação

3.3.1. Despreparo das escolas, professores e alunos

A verdade é que, para não dizer ninguém, pouquíssimas pessoas imaginavam uma pandemia
com as proporções que a COVID-19 alcançou. Como consequência disso, praticamente
organização nenhuma estava preparada para lidar com as consequências naturais impostas pelo
distanciamento e isolamento social.

Inúmeros sectores estão sofrendo para se adaptar e encontrar formas de superar essa situação
atribulada. A área da Educação não teria como escapar desses enormes desafios, os quais
mostram o despreparo de toda a comunidade escolar para um cenário em que a tecnologia pode
ser um instrumento facilitador do processo de aprendizagem.

A maioria das escolas não conta com o suporte necessário para o oferecimento do ensino
remoto ou a distância. Apesar de até estarem mais presentes em instituições do Ensino Superior,
as plataformas digitais eram aproveitadas pela minoria dos estudantes da Educação Básica. E do
dia para a noite as escolas precisaram encontrar maneiras de se adaptar a essas “novas
tecnologias” – que não são tão novas assim.

Além disso, são poucos os professores que tiveram a formação adequada para leccionar a
distância. Preparar uma aula remota é bem diferente da prática presencial de sala de aula , a

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dinâmica de interacção com os alunos é outra, as formas de comunicação com familiares muda e
o conhecimento das tecnologias educacionais é imprescindível.

As crianças e os jovens também não estavam acostumados a rotinas mais pesadas de estudos
em casa, ambiente no qual normalmente priorizavam actividades de descanso e entretenimento.
De maneira geral, os estudantes não possuíam a maturidade para lidar com a autonomia implícita
no ensino a distância.

O afastamento das escolas, levando as crianças e os jovens a estudarem em casa, mostrou em


muitos casos o quanto os pais estavam até então afastados da escola e do aprendizado de seus
filhos. Ao terem que acompanhar mais de perto a rotina de estudos deles, pais e mães perceberam
a necessidade de estarem mais próximos e inteirados do material didáctico, das metodologias
adoptadas e dos professores.

Esse processo tem seus desgastes para ambos os lados. Os familiares e responsáveis se vêem
sobrecarregados com essa nova demanda combinada ao trabalho no formato home office e
afazeres do lar, mas passam a valorizar mais os professores e a escola. Do outro lado, as
instituições de ensino passam a ser mais cobradas por pais e mães agora com melhor
entendimento da aprendizagem dos estudantes.

3.3.2. Inacessibilidade a tecnologias educacionais

Outro problema que no fundo todos temos ciência, mas que foi escancarado pela pandemia do
Coronavírus na Educação, é a desigualdade social e de acesso a tecnologias, o que na área da
Educação causa um abismo entre aqueles que podem dar continuidade ao seu processo de
aprendizagem e outros que sequer possuem um dispositivo electrónico com conexão à internet
dentro de casa.

3.4. Métodos de ensino adoptados na educação básica em Moçambique durante o estado de


emergência

Durante o Estado de Emergência, os alunos têm tido aulas através de fichas que os pais
buscam na escola, não obstante, entre os pais e encarregados há os que revelam que os seus
educandos não têm tido aulas. Vale ressaltar também o facto de entre os pais e encarregados que,
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ainda que numa percentagem pequena, haver os que assumiram a explicação ou contrataram
explicadores para os seus educandos. Os professores confirmam o uso das fichas como o
principal método de ensino. As plataformas remotas ou aulas através das redes sociais é assumida
pela minoria. A maioria dos professores que dão aulas através de plataformas remotas está nas
escolas privadas. Ainda entre os professores, alegam não estar a dar aulas correspondem a 4,1%.
Nesta categoria as aulas por outra via da TV e/ou rádio representa 6,1%.Nota-se, a partir deste
levantamento que nos casos de falta de aulas, a partir da análise das respostas dos professores e
dos encarregados de educação, este facto pode não estar directamente associada à falta de meios -
smartphone, computador ou tablet -, na medida, em ambos casos, só perto de 10,5% das casas
não dispõem destes meios (no seio dos que não estão a dar ou a não receber aulas). Esse facto se
coloca entre os alunos, na medida em que índice dos que não dispõem desses meios (dos que não
estão a ter aulas).

3.5. Assimilação de conteúdos durante o estado de emergência

Provavelmente pelo facto de as aulas a decorrer em casa, a maioria dos alunos, em caso de
dúvidas solicitam o apoio dos seus pais, irmão ou alguém mais velho. A ajuda dos professores
vem em segundo plano e a dos colegas de escola/classe em terceiro. No entanto, há alguns alunos
que têm tido nenhum apoio. Porém, essa assimilação de conteúdo tem de ser vista com cautela e
não de forma abrangente, pois variáveis como morada (urbano ou rural), renda familiar e
escolaridade dos pais devem ser levadas em consideração, A fraca assimilação dos conteúdos
através dos meios sugeridos nesse período de emergência.

Porque em princípio boa parte dos pais e encarregados de educação não buscam os trabalhos
que as escolas fornecem e, mesmo assim, há pais que por vontade própria vão buscar os
trabalhos. No entanto, em termos de acompanhamento, muitos pais não têm tomado uma atenção
especial para os seus educandos/filhos.

4. Conclusões

O presente trabalho teve como objectivo analisar os impactos das medidas de mitigação da
COVID-19 tendo como premissa o direito de acesso e à aprendizagem. Como conclusões tem-se
11
que:

 Os professores usavam o método de ensino a distancia; elaboravam apontamentos e fichas


de exercício durante a semana os alunos ou encarregados de educação iam adquirir as
fichas para resolverem e devolver a escola e por fim devolviam a escola para a posterior
correcção dos exercícios resolvidos, pelo professor.

 Os métodos de ensino adoptados durante o estado de emergência apresentaram efeitos


positivos e negativos na qualidade, equidade e necessidades educativas em Moçambique.
Levaram a uma ressignificação da Educação para desenvolver novas habilidades; geraram
perdas de aprendizagem e acentuadas desigualdades entre os alunos.

 Alguns pais e encarregados de educação participavam activamente no apoio aos seus


educandos na recolha de apontamentos e fichas de exercícios; outros pais e encarregados
de educação pagavam explicação para ajudar os filhos na percepção da matéria; outros
pais e encarregados de educação optavam por estudar com os educandos em casa; por
outro lado, houveram pais e encarregados de educação ficaram indiferentes a situação.

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5. Bibliografia

LAKATOS, E. M., & MARCONI, M. d. (2003). Fundamentos de Metodologia Científica (5.ª


ed.). São paulo: Atlas.

MEPT-Moçambique. (2020). Impacto das Medidas de Mitigação da Covid-19 na Educação


Básica em Moçambique. Maputo: MEPT - Movimento de Educação Para Todos.

MISAU. (22 de Março de 2020). O que é coronavírus? (COVID-19). Maputo, Maputo,


Moçambique. Obtido de https://www.misau.gov.mz/index.php/o-que-e-coronavirus

MUZIME, F. A., & ZIMBICO, O. J. (13 de Março de 2021). Covid-19 a educação em


Moçambique: entraves, desafios e possibilidades de reivenção da educação. Revista
Brasileira de Política e Administração da Educação-Períodíco Científico ANPAE, p. 89.
doi:https://doi.org/10.21573/vol37n32021.109849

RICHARDSON, R. J. (2012). Pesquisa Social: métodos e técnicas (3.ª ed.). São Paulo: Atlas.

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