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A Declaração Universal dos Direitos das Crianças, é um documento que forma a base

dos direitos das crianças. Como por exemplo, o direito à liberdade, a brincar e ao
convívio social. Estes direitos dividem-se em 10 pontos e devem ser promovidos e
respeitados por todos, independentemente da idade, raça, sexo, religião, nacionalidade
ou origem social.

1.º A criança gozará dos direitos enunciados nesta Declaração. Estes direitos serão
reconhecidos a todas as crianças sem discriminação alguma, independentemente de
qualquer consideração de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou outra da
criança, ou da sua família, da sua origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou de
qualquer outra situação.

2.º A criança gozará de uma protecção especial e beneficiará de oportunidades e


serviços dispensados pela lei e outros meios, para que possa desenvolver-se física,
intelectual, moral, espiritual e socialmente de forma saudável e normal, assim como
em condições de liberdade e dignidade. Ao promulgar leis com este fim, a
consideração fundamental a que se atenderá será o interesse superior da criança.

3.º A criança tem direito desde o nascimento a um nome e a uma nacionalidade.

4.º A criança deve beneficiar da segurança social. Tem direito a crescer e a


desenvolver-se com boa saúde; para este fim, deverão proporcionar-se quer à criança
quer à sua mãe cuidados especiais, designadamente, tratamento pré e pós-natal. A
criança tem direito a uma adequada alimentação, habitação, recreio e cuidados
médicos.

5.º A criança mental e fisicamente deficiente ou que sofra de alguma diminuição


social, deve beneficiar de tratamento, da educação e dos cuidados especiais requeridos
pela sua particular condição.

 6.º A criança precisa de amor e compreensão para o pleno e harmonioso


desenvolvimento da sua personalidade. Na medida do possível, deverá crescer com os
cuidados e sob a responsabilidade dos seus pais e, em qualquer caso, num ambiente de
afecto e segurança moral e material; salvo em circunstâncias excepcionais, a criança
de tenra idade não deve ser separada da sua mãe. A sociedade e as autoridades
públicas têm o dever de cuidar especialmente das crianças sem família e das que
careçam de meios de subsistência. Para a manutenção dos filhos de famílias
numerosas é conveniente a atribuição de subsídios estatais ou outra assistência.

7.º A criança tem direito à educação, que deve ser gratuita e obrigatória, pelo menos
nos graus elementares. Deve ser-lhe ministrada uma educação que promova a sua
cultura e lhe permita, em condições de igualdade de oportunidades, desenvolver as
suas aptidões mentais, o seu sentido de responsabilidade moral e social e tornar-se um
membro útil à sociedade. O interesse superior da criança deve ser o princípio directivo
de quem tem a responsabilidade da sua educação e orientação, responsabilidade essa
que cabe, em primeiro lugar, aos seus pais. A criança deve ter plena oportunidade para
brincar e para se dedicar a actividades recreativas, que devem ser orientados para os
mesmos objectivos da educação; a sociedade e as autoridades públicas deverão
esforçar-se por promover o gozo destes direitos.

8.º A criança deve, em todas as circunstâncias, ser das primeiras a beneficiar de


protecção e socorro.

9.º A criança deve ser protegida contra todas as formas de abandono, crueldade e
exploração, e não deverá ser objecto de qualquer tipo de tráfico. A criança não deverá
ser admitida ao emprego antes de uma idade mínima adequada, e em caso algum será
permitido que se dedique a uma ocupação ou emprego que possa prejudicar a sua
saúde e impedir o seu desenvolvimento físico, mental e moral.

10.º A criança deve ser protegida contra as práticas que possam fomentar a
discriminação racial, religiosa ou de qualquer outra natureza. Deve ser educada num
espírito de compreensão, tolerância, amizade entre os povos, paz e fraternidade
universal, e com plena consciência de que deve devotar as suas energias e aptidões ao
serviço dos seus semelhantes.

O que fazer no Dia das Crianças?


Pode aproveitar o Dia Mundial da Criança para fazer algo diferente com as crianças
com quem convive. Mas também, faça-as sentirem-se especiais, protegidas e seguras.
Transmita-lhes a mensagem e verdadeiro significado deste dia.

O Dia Mundial das Crianças não é comemorado no mesmo dia em todos os países. A ONU
(Organização das Nações Unidas) definiu-o a  20 de novembro mas existem países que,
como Portugal, comemoram a 1 de junho e outros, como o Brasil, a 12 de outubro.
Tudo remonta para 1945 depois da 2º Guerra Mundial. Na altura, as crianças viviam em
condições horríveis: não havia comida, a maioria da Europa estava em crise, etc.
Os pais tinham  uma vontade maior de voltarem a ter uma vida normal, como a que tinham
antes do que se preocupavam com a educação dos filhos.
As crianças eram exploradas: trabalhavam desde novas porque os pais não tinham dinheiro
e a maioria das crianças da Europa não sabiam ler nem escrever!

Origem do Dia das Crianças


Em Genebra, no ano de 1925, foi proclamado o Dia Internacional da
Criança durante a Conferência Mundial para o Bem-estar da Criança. A
partir desse ano, a data dedicada aos pequenos passou a ser celebrada
em 1 de junho, em vários países.

Por outro lado, a ONU reconhece o dia 20 de novembro como o Dia


Mundial da Criança, já que nesse dia foram aprovadas a Declaração
Universal dos Direitos da Criança e a Convenção Sobre os Direitos da
Criança. Elas foram firmadas em 1959 e em 1989, respectivamente.

Moçambique comemora Dia Mundial da Criança


22/11/2019 07:59

De Nampula a Maputo, esta quarta-feira, Moçambique comemorou o Dia Mundial da


Criança colorindo as duas cidades de azul e realizando actos simbólicos de 'tomada de
poder por crianças' de estações de rádio, debates, redes sociais e até o Conselho Municipal
da Cidade de Maputo. Foi um dia de actividades divertidas, colocando as crianças no centro.

O Dia Mundial da Criança (Dia Universal da Criança), comemorado em 20 de Novembro, visa


aumentar a sensibilização e os fundos para os milhões de crianças que vêm negados os
seus direitos a cuidados de saúde adequados, nutrição, educação e protecção. A celebração
deste ano foi extremamente especial porque marcou os trinta anos da Convenção sobre os
Direitos da Criança (CDC), o tratado de direitos humanos mais amplamente ratificado na
história.

Crianças de todo o mundo foram incentivadas a realizar cimeiras com líderes e tomadores
de decisão e a assumir cargos de destaque no governo, desporto e negócios. Num acto
simbólico pelos direitos da criança, edifícios famosos em todo o mundo foram coloridos de
azul.

Em Moçambique, ocorreu uma feira e cimeira de crianças em Nampula, onde o governador


da província, bem como a embaixadora nacional do Fundo das Nações Unidas para a
Infância (UNICEF), Neyma, lideraram com entusiasmo as actividades. Em Maputo, os
parceiros do UNICEF organizaram mesas-redondas e as crianças apresentaram uma petição
ao governo. A celebração em Maputo terminou com um evento de "tomada de poder por
crianças" do Edifício do Conselho Municipal da Cidade de Maputo e a sua iluminação em
azul.

"Foi uma alegria estar com as crianças de Nampula no Dia Mundial da Criança deste ano",
disse a embaixadora do UNICEF, Neyma. “Nós divertimos muito e o debate foi muito
animado, mas a mensagem das crianças também foi muito clara, as necessidades das
crianças neste país ainda são muitas e suas vozes devem ser ouvidas. As suas opiniões
contam”.

Pela primeira vez em Moçambique, um espaço público nacional, o Edifício do Conselho


Municipal da Cidade de Maputo, foi iluminado em azul para celebrar o dia. Colorir o mundo
de azul tem sido central na celebração global de 20 de Novembro nos últimos anos. O
Conselho Municipal juntou-se a outros edifícios ao redor do mundo para serem iluminados,
incluindo o Parlamento Europeu em Bruxelas, a Torre de Xangai na China e a Acrópole de
Atenas na Grécia.

As actividades foram lideradas por crianças com o objectivo de serem divertidas e


informais, mas a mensagem era séria. Todos os anos, o Dia Mundial da Criança destaca o
artigo 12 da CDC, que garante que toda criança tem o direito de ser ouvida, de participar e
de desempenhar um papel na vida cívica de sua sociedade. A comemoração da CDC aos 30
anos é um momento de acção ousada para garantir que não deixemos nenhuma criança
para trás e para apoiar todas as crianças a alcançarem seu máximo potencial.

“Em todo o mundo, crianças e jovens estão assumindo a liderança e exigindo acções
urgentes sobre os assuntos que mais as preocupam, como a crise climática, o aumento de
doenças mentais e a falta de oportunidades”, disse Henrietta Fore, Diretora Executiva do
UNICEF. "Este Dia Mundial da Criança oferece aos líderes mundiais uma oportunidade
importante para ouvir esses pedidos e reafirmar o seu apoio aos direitos de todas as
crianças hoje e para as gerações futuras".

O Governo de Moçambique ratificou a CDC em 1994 e o UNICEF está a trabalhar lado a lado
com o governo em seus esforços para abordar algumas das questões mais urgentes que as
crianças hoje enfrentam em Moçambique. Três áreas-chave, entre outras, continuam
focando o trabalho do UNICEF no país, incluindo a redução da desnutrição crónica e o
número de pessoas com baixa estatura, o fim das uniões prematuras e o maior acesso à
educação, especialmente para as meninas.

"Os direitos da criança são mais do que nunca relevantes em Moçambique", disse
Marcoluigi Corsi, Representante do UNICEF. “Embora tenha havido um grande progresso
para as crianças deste país nos últimos 30 anos, ainda há muito a ser feito para realizar
plenamente seus direitos. Trabalhando em estreita colaboração com nossos parceiros,
incluindo o governo, podemos garantir que o compromisso assumido com a CDC possa ser
realizado em nome das crianças em todo o país.”

O Dia Mundial da Criança é um dia para destacar os direitos da criança, mas o trabalho do
UNICEF e de seus parceiros continua durante o ano todo. A comemoração de ontem foi
uma grande oportunidade para celebrar tudo o que foi alcançado para crianças desde 1989,
mas também para reconhecer que o futuro pode trazer avanços ainda maiores para os
direitos da criança aqui em Moçambique e em todo o mundo.

A convenção consiste em 54 artigos e possui três protocolos opcionais. O primeiro


protocolo opcional refere-se ao envolvimento de crianças em conflitos militares, e o
segundo protocolo opcional proíbe a venda de crianças, prostituição infantil e pornografia
infantil.

Um terceiro protocolo opcional, com foco na comunicação das reclamações, foi adoptado
em Dezembro de 2011 e aberto para assinatura em Fevereiro de 2012.

Moçambique ratificou a CDC em 1994 e está consagrada na Constituição de Moçambique


(ART. 47). O país ratificou dois dos três protocolos opcionais em 2003 e 2004,
respectivamente.

Ao ratificar a convenção, Moçambique compromete-se a apresentar um relatório a cada


cinco anos ao Comité dos Direitos da Criança. O relatório mais recente foi publicado
recentemente. (RM)

No dia 1 de junho comemora-se o Dia Mundial da Criança. Esta efeméride assinalou-


se pela primeira vez em 1950 por iniciativa das Nações Unidas, com o objetivo de chamar a
atenção para os problemas que as crianças então enfrentavam.

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