Você está na página 1de 9

1

PRIMEIRA INFÂNCIA

“O mundo será julgado pelas


crianças. O espírito da infância
julgará o mundo.”
2

GESTAÇÃO

Ambiente, afeto, rotina: tudo isso exerce influência na evolução da criança. E os


cuidados devem começar ainda na gravidez

 Tudo começa na gestação

 O desenvolvimento cerebral

 O desenvolvimento pleno

 O estresse na infância

 A importância da rotina

 Por um atendimento acolhedor

 Cuidados de Pré Natal

 Apoio Familiar

 A partir do quinto mês de gravidez, o feto já começa a realizar movimentos faciais,


como franzir a testa, abrir a boca e bocejar.
 No segundo trimestre da gestação, sabe-se que o bebê já tem os sentidos
desenvolvidos, como a audição e o tato.
 Por volta da 21ª semana de gravidez, o feto já começa a distinguir a voz dos pais.
 A partir do terceiro trimestre de gravidez, o bebê também começa a chupar o dedo.
Isso irá ajudá-lo a fortalecer a musculatura relacionada ao movimento de sucção.
 Ao fim da gestação, o bebê realiza movimentos e expressões semelhantes aos de um
recém-nascido.
3

FERRAMENTAS DE CUIDADOS COM A CRIANÇA

 É nessa etapa da vida que se desenvolvem as habilidades emocionais,


físicas e cognitivas, principalmente nos três primeiros anos de vida quando
áreas fundamentais do cérebro são desenvolvidas.

Os primeiros anos de vida a criança precisa de proteção e cuidados.


Quando ela é negligenciada ou maltratada, a comunicação entre o córtex
pré-frontal e as outras regiões do cérebro é afetada e problemas de
desenvolvimento e comportamento tendem a ser registrados.

Os primeiros anos de vida a criança precisa de proteção e cuidados.


Quando ela é negligenciada ou maltratada, a comunicação entre o córtex
pré-frontal e as outras regiões do cérebro é afetada e problemas de
desenvolvimento e comportamento tendem a ser registrados.

Como primeiro ambiente de acolhimento, proteção, cuidado e educação,


a família desempenha um papel de extrema importância no
desenvolvimento das crianças que se tornarão adultos saudáveis. As
condições em que os pequenos vivem podem afetar diretamente o
processo de desenvolvimento.
4

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR

A brincadeira é o processo que ajuda a criança a explorar o mundo,


reconhecer os ambientes, as pessoas e avançar no processo de aquisição
de competências motoras, expressivas, de linguagem, cognitivas; que a faz
deixar uma condição de extrema dependência para evoluir para um status
de maior autonomia e independência.

No decorrer do desenvolvimento integral, a criança cresce e compreende


a realidade por meio de brincadeiras e do faz de conta. O crescimento
infantil é acompanhado pelas brincadeiras, pelos jogos simbólicos que ela
mesma inventa para construir conceitos e entender o mundo ao seu
redor.

Na brincadeira a criança inventa, reinventa, usa e abusa da sua


imaginação.  Nessa interação, a criança vai assimilando determinadas
informações, segundo o seu estágio de desenvolvimento.
5

A CRIANÇA E A APRENDIZAGEM

A criança aprende por meio da interação e de relacionamentos


significativos, nos quais há afeto e estabelecimento de vínculo com outra
criança, com outro adulto, com ela mesma etc.

O aprendizado na Primeira Infância acontece nos mais diversos


contextos e espaços, como em casa, na escola, no parque, no clube, na
comunidade, ou seja, em todo lugar e, por isso, é importante a
qualidade dos ambientes. Especialistas enfatizam a importância do
acesso da criança a áreas de lazer seguras e a locais com saneamento,
tanto quanto a postos de saúde e a creches e pré-escolas.

Vale ressaltar a importância que os primeiros anos têm sobre a


capacidade de aprendizagem da criança. Estudos mostram que os
estímulos que as crianças recebem nessa fase trazem impacto no modo
como elas aprendem durante o restante da vida.

Lembre que a leitura, além de desenvolver a linguagem oral, ainda


fortalece o vínculo com quem lê; desenvolve a atenção, a
concentração, o vocabulário, a memória e o raciocínio; e estimula a
curiosidade, a imaginação e a criatividade.
6

ALIMENTAÇÃO NA PRIMEIRA INFÂNCIA


A alimentação saudável na infância e na adolescência promove a saúde, o crescimento,
o desenvolvimento e previne problemas de saúde, tais como a anemia por deficiência
de ferro, obesidade, e cárie dental; e pode prevenir problemas de saúde em longo
prazo, como doenças cardíacas, câncer, diabetes, hipertensão, osteoporose e outras.

Ao contrário do que muitos pensam uma alimentação saudável não significa uma
alimentação cara ou de difícil acesso. Fazem parte de uma alimentação saudável, a
maioria dos alimentos “in natura”, tais como: feijão, arroz, milho, trigo, frutas, legumes
e verduras, sementes e castanhas, onde devem ser consumidos em porções adequadas
todos os dias para garantir os nutrientes essenciais ao organismo.

Sabor – O argumento da ausência de sabor da alimentação saudável é outro tabu a ser
desmistificado, pois é e precisa ser necessariamente saborosa.

Variedade – O consumo de vários tipos de alimentos fornece os diferentes nutrientes


necessários, evitando a monotonia alimentar, que limita a disponibilidade de
nutrientes necessários para atender a uma alimentação adequada; as crianças devem
ser expostas a diferentes alimentos, sendo necessárias, às vezes, diversas exposições
ao mesmo alimento para a sua aceitação.

Cor – A alimentação saudável contempla uma ampla variedade de grupos de alimentos
com múltiplas colorações. Sabe-se que quanto mais colorida é a alimentação, mais rica
é em termos de vitaminas e minerais. E a torna mais atrativa!

Harmonia – Essa característica da alimentação se refere especificamente à garantia do


equilíbrio em quantidade e em qualidade dos alimentos consumidos para o alcance de
uma nutrição adequada.
7

CUIDADOS DE SAÚDE
Proporcione uma rotina de atividades físicas;

Incentive a boa higiene;

Leve as crianças para se vacinar e fazer exames;

O hábito dos exercícios físicos ganha mais força na vida adulta quando cultivado desde
cedo. Infelizmente, o sedentarismo entre crianças e adolescentes é uma tendência
global, pois muitas atividades foram substituídas por games, redes sociais e outros
passatempos digitais.

É fundamental demonstrar para as crianças que nenhum jogo digital pode garantir a
mesma diversão que brincadeiras físicas e esportes. Vale a pena incentivar os
pequenos a se manterem ativos e interagirem com amigos e colegas nessas atividades.
Quando possível, brinque junto e participe dos jogos para mostrar como eles são
divertidos.

Algumas crianças fogem de banho, outras torcem o nariz na hora de escovar os dentes.
Os cuidados com a higiene só passam a compor a lista de prioridades dos pequenos
quando os pais os ensinam a respeito da importância desses hábitos.

Escovar os dentes, tomar banho, cortar as unhas e outros cuidados do dia a dia devem
ser parte da rotina das crianças. No início, vale a pena oferecer pequenas recompensas
quando os filhos se mostram responsáveis com esses hábitos. Naturalmente, é preciso
dosar bem essa tática e interrompê-la quando a criança tiver tomado consciência da
importância da boa higiene.

Ao longo da infância e da adolescência, é importantíssimo fazer as consultas médicas


e rotina e tomar as vacinas para a prevenção e identificação precoce de doenças.
Muitas crianças temem a agulha, por isso é papel dos pais encorajar os filhos a encarar
a dor e a aflição em nome de sua saúde.

Os cuidados na saúde infantil precisam passar também pela realização dos exames


laboratoriais, pois a negligência nesse aspecto pode levar à descoberta tardia de
doenças graves.
8

A CRIANÇA E SEUS DIREITOS


Os direitos da criança são assegurados pela Constituição brasileira, especialmente no
artigo 227, que diz ser “dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança,
ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão.”

A especificidade da primeira infância foi tratada em um novo projeto, o Marco Legal da


Primeira Infância, que se tornou lei em março de 2016. Ele determina, entre outras
coisas, que a ação do Estado para garantir o cuidado com as crianças vai além das
instituições de atendimento, estendendo-se aos espaços lúdicos que favoreçam
brincadeiras e bem-estar; aos ambientes comunitários livres e seguros para crianças
pequenas; e à família, por meio de visitas domiciliares e outras intervenções que
estimulem o pleno desenvolvimento na primeira infância.

 Ao tratar das crianças, não use o termo “menor de idade”, que costuma
tipificar crianças em situação de abandono ou delinquência. Use criança ou
adolescente.

 Lembre que a Convenção dos Direitos da Criança é o texto internacional da


ONU que mais rapidamente obteve o consenso internacional, com a
ratificação de 196 países (sendo os Estados Unidos a única exceção).

 Ao citar as necessidades das crianças para ter um desenvolvimento sadio e


íntegro, esclareça que esses são direitos garantidos na Constituição e em leis
complementares.

 Argumente que os pais têm enorme responsabilidade no desenvolvimento


das crianças, mas não são os únicos: as leis brasileiras impõem à sociedade
uma participação nesse processo, por meio de organizações representativas e
profissionais dedicados à infância, bem como as próprias crianças.
9

RELAÇÕES FAMILIARES E PROTEÇÃO

Afeto é fundamental

O afeto do adulto influencia não apenas o temperamento e a


personalidade da criança, mas também impacta seu crescimento
cognitivo. É importante concatenar as relações afetivas com outros
aspectos do desenvolvimento infantil, como o físico, o cognitivo e o
social.

A atenção, o cuidado, o carinho e a socialização estão entre os


aspectos formativos das estruturas cognitivas e psicossociais da
criança. É importante dar valor a esses aspectos e oferecer à criança
um cuidado responsivo, amoroso, estimulador.

É importante não tratar a relação afetuosa da criança com o adulto de


maneira isolada e assim não despertar nas pessoas a ideia de crianças
superprotegidas. Para evitar tal situação, utilize metáforas para
explicitar a importância do afeto ao estabelecer limites.

Um recurso efetivo para comunicar a importância do afeto ao


desenvolvimento da criança é contar histórias. Histórias atraem mais a
atenção das pessoas do que dados numéricos, pois possibilitam que elas
se identifiquem com os personagens e suas experiências, provocando
emoção. Com isso, a comunicação se torna mais eficaz.

Crie uma forma de confiança com a criança desde pequena, lá na frente


ela vai acreditar que você é a pessoas certas para protegê-la e
compartilhar todos os momentos da vida dela.

Você também pode gostar