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Introdução

Este trabalho, no âmbito da disciplina de Cidadania, tem como tema os direitos


humanos.

Numa primeira parte, defino o que são direitos humanos de um modo geral e depois
falo sobre os direitos das crianças. Apresento a Declaração Universal dos Direitos da
Criança e explico cada um desses direitos.

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Direitos Humanos

Os direitos humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos. Foram


criados em 1948 pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (UDHR). Esses
direitos são:

 direitos civis e políticos (exemplos: direitos à vida, à propriedade privada, à língua


materna, liberdade de pensamento, de expressão, de crença, igualdade formal, ou
seja, de todos perante a lei, direito à nacionalidade, de participar do governo do
seu Estado, podendo votar e ser votado, entre outros, fundamentados
no valor liberdade);
 direitos económicos, sociais e culturais (exemplos: direitos ao trabalho,
à educação, à saúde, à previdência social, à moradia, à distribuição de renda,
entre outros, fundamentados no valor igualdade de oportunidades);
 direitos difusos e coletivos (exemplos: direito à paz, direito ao
progresso, autodeterminação dos povos, direito a um meio ambiente
saudável, direitos do consumidor, inclusão digital, entre outros, fundamentados
no valor fraternidade).

A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações


Unidas afirma que:

"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.


Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em
espírito de fraternidade".

A ideia dos "direitos humanos" teve origem no conceito filosófico de direitos


naturais que seriam atribuídos por Deus; alguns sustentam que não haveria nenhuma
diferença entre os direitos humanos e os direitos naturais e veem na distinta
nomenclatura etiquetas para uma mesma ideia. Outros argumentam ser necessário
manter termos separados para eliminar a associação com características normalmente
relacionadas com os direitos naturais, sendo John Locke talvez o mais
importante filósofo a desenvolver esta teoria.

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Direitos das Crianças

Os direitos das crianças são universais, inalienáveis e indisponíveis.

Em 20 de Novembro de 1989, as Nações Unidas adotaram por unanimidade


a Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC), documento que enuncia um amplo
conjunto de direitos fundamentais – os direitos civis e políticos, e também os direitos
económicos, sociais e culturais – de todas as crianças, bem como as respetivas
disposições para que sejam aplicados.

Da Convenção constam também 3 protocolos facultativos:

- Protocolo facultativo relativo à participação de crianças em conflitos armados

- Protocolo facultativo relativo à venda de crianças, prostituição infantil e pornografia


infantil

- Protocolo facultativo relativo à instituição de um procedimento de comunicação

Estratégia do Conselho da Europa sobre os Direitos da Criança (2016-2021)

A Estratégia do Conselho da Europa sobre os Direitos da Criança, adotada pelo


Comité de Ministros do Conselho da Europa em 2 de março de 2016, estabelece as
áreas prioritárias do Conselho da Europa nesta matéria para o período entre 2016 e
2021.

 Convenção de Lanzarote

Convenção do Conselho da Europa para a Proteção das Crianças contra a Exploração


Sexual e os Abusos Sexuais, assinada pelos Estados membros do Conselho da
Europa, entre eles Portugal, em Lanzarote a 25 de outubro de 2007 e aprovada pela
Resolução da Assembleia da República nº 75/2012.

 Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (LPCJP)

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Aprovada pela Lei nº 147/99, de 1 de setembro (com as alterações introduzidas pela
Lei nº 31/2003, de 22 de agosto, pela Lei nº 142/2015, de 8 de setembro, pela Lei nº
23/2017, de 23 de maio e pela Lei nº 26/2018, de 5 de julho), a LPCJP tem por objeto
a promoção dos direitos e a proteção das crianças e dos jovens em perigo, por forma
a garantir o seu bem-estar e desenvolvimento integral.

 Lei Tutelar Educativa

Aprovada pela Lei nº 166/99, de 14 de setembro, com as alterações introduzidas pela


Lei nº 4/2015, de 15 de janeiro, a Lei Tutelar Educativa, apresenta as disposições
legais da aplicação de medida tutelar educativa, nos casos da prática, por menor com
idade compreendida entre os 12 e os 16 anos, de facto qualificado pela lei como
crime.

Declaração Universal dos Direitos da Criança

Proclamada pela Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas n.º 1386 (XIV),
de 20 de novembro de 1959.

Princípio 1.º

A criança gozará dos direitos enunciados nesta Declaração. Estes direitos serão
reconhecidos a todas as crianças sem discriminação alguma, independentemente de
qualquer consideração de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou outra
da criança, ou da sua família, da sua origem nacional ou social, fortuna, nascimento
ou de qualquer outra situação.

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Princípio 2.º

A criança gozará de uma proteção especial e beneficiará de oportunidades e serviços


dispensados pela lei e outros meios, para que possa desenvolver-se física,
intelectual, moral, espiritual e socialmente de forma saudável e normal, assim como
em condições de liberdade e dignidade. Ao promulgar leis com este fim, a
consideração fundamental a que se atenderá será o interesse superior da criança.

Princípio 3.º

A criança tem direito desde o nascimento a um nome e a uma nacionalidade.

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Princípio 4.º

A criança deve beneficiar da segurança social. Tem direito a crescer e a desenvolver-


se com boa saúde; para este fim, deverão proporcionar-se quer à criança quer à sua
mãe cuidados especiais, designadamente, tratamento pré e pós-natal. A criança tem
direito a uma adequada alimentação, habitação, recreio e cuidados médicos.

Princípio 5.º

A criança mental e fisicamente deficiente ou que sofra de alguma diminuição social,


deve beneficiar de tratamento, da educação e dos cuidados especiais requeridos
pela sua particular condição.

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Princípio 6.º

A criança precisa de amor e compreensão para o pleno e harmonioso


desenvolvimento da sua personalidade.

Na medida do possível, deverá crescer com os cuidados e sob a responsabilidade


dos seus pais e, em qualquer caso, num ambiente de afeto e segurança moral e
material; salvo em circunstâncias excecionais, a criança de tenra idade não deve ser
separada da sua mãe.

A sociedade e as autoridades públicas têm o dever de cuidar especialmente das


crianças sem família e das que careçam de meios de subsistência. Para a
manutenção dos filhos de famílias numerosas é conveniente a atribuição de
subsídios estatais ou outra assistência.

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Princípio 7.º

A criança tem direito à educação, que deve ser gratuita e obrigatória, pelo menos
nos graus elementares. Deve ser-lhe ministrada uma educação que promova a sua
cultura e lhe permita, em condições de igualdade de oportunidades, desenvolver as
suas aptidões mentais, o seu sentido de responsabilidade moral e social e tornar-se
um membro útil à sociedade.

O interesse superior da criança deve ser o princípio diretivo de quem tem a


responsabilidade da sua educação e orientação, responsabilidade essa que cabe,
em primeiro lugar, aos seus pais.

A criança deve ter plena oportunidade para brincar e para se dedicar a atividades
recreativas, que devem ser orientados para os mesmos objetivos da educação; a
sociedade e as autoridades públicas deverão esforçar-se por promover o gozo
destes direitos.

Princípio 8.º

A criança deve, em todas as circunstâncias, ser das primeiras a beneficiar de


proteção e socorro.

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Princípio 9.º

A criança deve ser protegida contra todas as formas de abandono, crueldade e


exploração, e não deverá ser objeto de qualquer tipo de tráfico.

A criança não deverá ser admitida ao emprego antes de uma idade mínima adequada,
e em caso algum será permitido que se dedique a uma ocupação ou emprego que
possa prejudicar a sua saúde e impedir o seu desenvolvimento físico, mental e moral.

Princípio 10.º

A criança deve ser protegida contra as práticas que possam fomentar a


discriminação racial, religiosa ou de qualquer outra natureza. Deve ser educada num
espírito de compreensão, tolerância, amizade entre os povos, paz e fraternidade
universal, e com plena consciência de que deve devotar as suas energias e aptidões
ao serviço dos seus semelhantes.

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Bibliografia

- Wikipédia
- Site da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e
Jovens
- Declaração Universal dos Direitos da Criança

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