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A Educação Brasileira

A educação brasileira, em 2021, teve a pior avalição segundo o “IMD World


Competitiveness Center”, ficando por último entre os 64 países do ranking. De acordo
com a pesquisa realizada pela mesma instituição citada anteriormente, o mundo investe
em média US$ 6.873 (R$ 34,5 mil) por estudante a cada ano, enquanto o Brasil investe
em média apenas US$ 2.110 (R$ 10,6 mil).

O mau gerenciamento dos gastos, por consequência, gera a baixa qualidade que o
Brasil tem em relação a educação do próprio país, tal que é esperado ainda que as
próximas análises feitas sobre o sistema educacional brasileiro apontem uma piora na
qualidade oferecida devido aos problemas causados pela pandemia de COVID-19,
afetando significantemente o desenvolvimento e aprendizagem dos estudantes do país.

No Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada em 2019 pela PNAD Contínua
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), a porcentagem de pessoas
não-alfabetizadas com 15 anos ou mais é de 6.6%, o que equivale a 11 milhões de
pessoas, ocorrendo uma queda em relação ao ano anterior, 2018, que havia sido de
6,8%, tendo assim uma queda de 200 mil indivíduos analfabetos no país de 2018 para
2019. Além disso, as taxas apresentadas de pessoas analfabetas em cada região do
Brasil mostram as Regiões Sudeste e Sul ambas com uma média de 3,3%; o Centro-
Oeste com 4,9%; Norte 7,6% e, por último, a região nordeste que tem a maior taxa de
todas as regiões do país, com 13,9%. Quando separado por sexo, os homens com 15
anos ou mais tem uma taxa de analfabetismo de 6,9%, enquanto as mulheres são de
6,3%. Quando separado por etnia, há uma diferença clara, já que a taxa de cidadãos
brancos analfabetos é de 3,6%, enquanto a de negros ou pardos é, de 8,6%, mais que o
dobro da anterior.

Com a chegada da pandemia no Brasil no começo de 2020, todas as escolas


e universidades brasileiras gradativamente pararam de funcionar presencialmente e
tiveram que se adaptar ao Ensino a Distância (EAD),
afetando os estudantes e os professores que precisaram lidar com uma situação
inesperada. De acordo com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura), um ano após o começo da pandemia, praticamente metade dos
estudantes de todo o mundo continuam se sentindo afetados pelo fechamento das
escolas, mesmo que de forma parcial. Com isso, é estimado que mais de 100 milhões de
crianças caiam abaixo do nível esperado de leitura para suas faixas etárias. Para todas
essas problemáticas não tenham efeitos na próxima geração, é essencial priorizar a
recuperação da educação, não só a brasileira, mas a de todo o mundo.

Em relação à Educação, no texto “Ainda tempos estranhos“ Nogueira diz que “a


Educação ocorre num contexto cultural e social, e não num vazio social abstrato” (2021,
p. 312), falando também que é necessário se atentar as variedades que podem interver
neste processo, colocando a desigualdade social como um dos problemas que a
pandemia revelou com ainda mais clareza, se isso se quer for possível. O EAD fez com
que o mundo visse a diferença gritante que existe entre alunos de escolas públicas e os
de instituições particulares, já que muitos estudantes da rede pública não tinham acesso
aos recursos tecnológicos necessários para realizar o estudo online. Para que essa
disparidade seja resolvida é essencial um investimento, principalmente nas escolas
públicas brasileiras, e que desse modo um maior número de crianças consiga seguir seus
sonhos no futuro, tendo assim um Brasil justo e com igualdade a todos.

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