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Justificativa
O Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica, que é um direito público subjetivo de
todo cidadão brasileiro. A realidade educacional do País, no entanto, tem mostrado que
essa etapa representa um gargalo na garantia do direito à educação. Para além da
necessidade de universalizar o atendimento, tem-se mostrado crucial garantir a
permanência e as aprendizagens dos estudantes, respondendo às suas demandas e
aspirações presentes e futuras. O que justifica esta prerrogativa? (os grifos são nossos)
Mais da metade das mulheres (51,0%) do país tinha, ao menos, o ensino médio
completo, enquanto entre os homens esse percentual foi de 46,3%. Com relação à cor
ou raça, 57,0% das pessoas brancas haviam completado esta etapa, já entre pretas
ou pardas esse percentual foi de 41,8%, uma diferença de 15,2 pontos percentuais.
Além disso, a média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade
passou de 8,9 anos, em 2016, para 9,4 anos, em 2019. Para as mulheres, a média foi
de 9,6 anos e, para os homens, 9,2 anos. Com relação à cor ou raça, mais uma vez, a
diferença foi considerável: 10,4 anos de estudo para as pessoas brancas e 8,6 anos
para as pretas ou pardas.
Dos quase 171 milhões de pessoas de 14 anos ou mais, 26,7 milhões já haviam
frequentado algum curso de qualificação profissional, ou seja, um percentual de
15,6%, 2,5 p.p. a mais que em 2018. À medida que aumenta o nível de instrução,
cresce a frequência em cursos de qualificação profissional: 7,4% entre as pessoas
sem instrução ou com até o ensino fundamental completo, 20,9% entre as pessoas
com o ensino médio incompleto até o superior incompleto, e 25,8% entre aquelas com
o ensino superior completo.
Dito isto, nos voltamos para as diretrizes e objetivos do Novo Ensino Médio,
preconizado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), do Ministério da
Educação, a ser implantado paulatinamente nas escolas de todo Brasil, a partir de
2022. Tendo em vista um imenso contingente de adolescentes, jovens e adultos que
se diferenciam por condições de existência e perspectivas de futuro desiguais, é que o
Ensino Médio deve trabalhar. O que está em jogo é a recriação da escola que, embora
não possa por si só resolver as desigualdades sociais, pode ampliar as condições de
inclusão social, ao possibilitar o acesso à ciência, à tecnologia, à cultura e ao trabalho.
Considerar que há muitas juventudes implica organizar uma escola que acolha as
diversidades, promovendo, de modo intencional e permanente, o respeito à pessoa
humana e aos seus direitos. E mais, que garanta aos estudantes ser protagonistas de
seu próprio processo de escolarização, reconhecendo-os como interlocutores
legítimos sobre currículo, ensino e aprendizagem. Significa, nesse sentido, assegurar-
lhes uma formação que, em sintonia com seus percursos e histórias, permita-lhes
definir seu projeto de vida, tanto no que diz respeito ao estudo e ao trabalho como
também no que concerne às escolhas de estilos de vida saudáveis, sustentáveis e
éticos.
Para formar esses jovens como sujeitos críticos, criativos, autônomos e responsáveis,
cabe às escolas de Ensino Médio proporcionar experiências e processos que lhes
garantam as aprendizagens necessárias para a leitura da realidade, o enfrentamento
dos novos desafios da contemporaneidade (sociais, econômicos e ambientais) e a
tomada de decisões éticas e fundamentadas. O mundo deve lhes ser apresentado
como campo aberto para investigação e intervenção quanto a seus aspectos políticos,
sociais, produtivos, ambientais e culturais, de modo que se sintam estimulados a
equacionar e resolver questões legadas pelas gerações anteriores – e que se refletem
nos contextos atuais –, abrindo-se criativamente para o novo.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) possui dez competências gerais que
devem reger os currículos da Educação Básica, da Educação Infantil ao Ensino Médio.
A competência de número 6 – Trabalho e Projeto de vida – pretende que o estudante
se aproprie de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as
relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e
responsabilidade.
Objetivos:
1- Refletir sobre a importância de um Projeto de Vida e identificar o seu Sistema
Representacional;
2- Refletir sobre a importância do Autoconhecimento para a construção do seu Projeto de
Vida;
3- Refletir sobre suas aspirações e competências, tendo em vista sua inserção no
mercado de trabalho.
Conteúdo programático:
Recursos didáticos:
Sala ampla com cadeiras em círculo;
Computador e Datashow;
Papel ofício (1 resma);
Canetas de colorir;
Pincel atômico e quadro branco.
Referências: