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O FRACASSO DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

Nesse texto, antes de entendermos como e o porque há um fracasso no atual sistema de


educação no Brasil, é preciso que, a princípio, haja uma compreensão básica sobre o que é
o SEB e como funciona.

O sistema educativo é uma junção de meios e métodos pelos quais se executa o direito à
educação. Esse sistema é realizado e desenvolvido por meio de um conjunto organizado de
estruturas e de ações diversas, por iniciativa e sob a responsabilidade de variadas
instituições e entidades, sejam elas públicas ou privadas.

Podemos classificar os tipos de educação brasileira em níveis e modalidades de ensino.


Começando pelo básico, pelos primeiros anos de educação garantida pelo governo,
citaremos a Educação Infantil, ou, 1° etapa: nela, crianças de 0 a 3 anos frequentam
creches e, dos 4 a 5 anos, passam para a pré-escola, contudo não é uma etapa obrigatória.
Pertencem a competência dos municípios tais instituições.
O Ensino Fundamental, ou 2° etapa, já se trata de uma fase obrigatória para todas as
crianças e pré-adolescentes, tratando-se de nove anos de ensino.
O Ensino Médio, a 3° etapa, é de responsabilidade do Estado, podendo ser técnico
profissionalizante, ou não. Essa etapa pode oferecer também outros meios de educação,
fora as citadas acima, como: Educação Profissional e Tecnológica; Educação Indígena;
Educação do Campo; Educação de jovens e adultos – EJA (mínimo 18 anos).

Agora a Educação Superior, essa que é de competência da União, assim fazendo com que
Estados ou Municípios possam lhe oferecer, desde que os mesmos já tenham atendido os
níveis pelos quais é responsável em sua totalidade. Cabe à União autorizar e fiscalizar as
instituições privadas de ensino superior.
São oferecidos na Educação Superior: Cursos Sequenciais; Cursos e Programas de
Extensão; Educação Profissional; Educação à Distância… Tais podem ser por meio de
Graduação (o cidadão pode optar por três tipos de graduação: bacharelado, licenciatura e
formação tecnológica) ou Pós-graduação (Lato Sensu (especializações e MBA's) ou Strictu
Sensu (mestrados, doutorados e pós-doutorados)).

Como o sistema é falho?


Apesar de bem organizado e de apresentar uma idéia satisfatória para as expectativas da
sociedade perante a educação da criança e do adolescente, nós, os atuais estudantes que
estão dentro desse planejamento e métodos de estudos aplicados por professores que
seguem padrões e regras vindas do Governo, observamos e vivemos uma realidade
totalmente distorcida e divergente do que nos é prometido há anos. Falando como
estudantes de escolas e colégios públicos que, recentemente, estão passando pela
conclusão do ensino médio, nos juntamos para pesquisar, debater e refletir, entre o grupo e
demais pessoas, essas de diferentes idades e níveis educacionais, sobre como o sistema
real nos decepciona ao fracassar quando tenta aplicar o que deveria ser feito.
Para demonstrar como é falho o nosso atual sistema, separamos tópicos que valem muito
a pena serem mencionados e discutidos nesta pesquisa.

Desafios socioeconômicos

Um dos problemas mais frequente dentro da população brasileira que é considerado um


dos principais desafios que atrapalham a educação é a desigualdade em oportunidades
entre as diversas camadas dentro da sociedade, o que causa esse barreira entre crianças e
adolescentes que impede que todos tenham acesso à escolas formais, faculdades ou
quaisquer outros níveis de formação.
Também existe o enorme desequilíbrio igualitário na questão de pessoas com deficiências
físicas ou intelectuais, assim como as demais pessoas que possuem problemas de atenção,
aprendizagem ou qualquer empecilho que dificulta nesse processo.

Um exemplo de como há obstáculos socioeconômicos que barram a educação das


pessoas é algo que ocorreu com uma frequência acima do normal durante a pandemia em
2020 e 2021, o auge da infestação do coronavírus: a desistência educacional. Houve um
retrocesso de 1,3% no número de alunos matriculados na educação básica em 2021, o que
significa mais de 627 mil crianças fora das escolas.
Assim como a pesquisa mostra, não é novidade que a desigualdade na educação teve um
demasiado pico durante os anos da pandemia, atingindo gravemente estudantes negros,
pobre e de regiões afastadas, o que fez o abandono escolar ser a "única" solução real para
diversas pessoas, pois a implementação apressada do ensino remoto e as diferenças dos
materiais oferecidos pelo governo para instituições públicas e privadas foi uma das
consequências dessa disparidade que mais uma vez se faz presente na questão da
educação brasileira.

Evasão escolar
Existe uma grande dúvida e confusão para as pessoas sobre o abandono e a evasão
escolar, pois é constantemente considerado uma só questão a tratar, apesar de ter sua
diferença. E, infelizmente, esse é um problema no sistema de ensino que vai muito além
dos limites físicos da escola, pois está se tornando uma questão social agravante a cada
ano.
Para entendermos melhor esse empecilho e buscarmos a solução mais adequada, é
necessário que aprendamos a diferenciar esses dois temas de conceitos diferentes, para
evitar que usemos os mesmos como sinônimos um do outro.
Deixar de frequentar as aulas durante o ano letivo caracteriza o abandono escolar. Já a
situação em que o estudante, seja reprovado ou aprovado, não efetua a matrícula para dar
continuidade aos estudos no ano seguinte é entendida como evasão escolar. Acontece a
evasão quando não há registro de matrícula do estudante nos Censos Escolares nos anos
após ao que ele frequentou.

As instituições de educação são, de fato, um papel crucial e necessário na vida das


pessoas, pois é a partir do momento que entramos em uma creche, pré-escola ou escola
que aplica o ensino fundamental que estamos em contato contínuo com a sociedade, os
primeiros ensinos sobre como adentrar e ser útil na sociedade em que vivemos,
potencializando tanto nossos vínculos sociais, quanto nosso desenvolvimento físico e
cognitivo como alunos, bem como na formação de agentes sociais. Contudo, nesta
pesquisa, vemos como esse sistema falho tende a decair e produzir o efeito contrário ao
que promete, e citando a evasão escolar, não podemos esquecer de falar sobre problemas
sociais, socioeconômicos, psicológicos, entre outros.
Diversos motivos são identificados por trás do abandono e evasão escolar, como
gravidez, falta de conexão dos conteúdos com os interesses dos estudantes e a
necessidade imediata de geração de renda. A ausência de uma perspectiva inclusiva nos
currículos e práticas pedagógicas contribui para a exclusão de estudantes pertencentes a
grupos historicamente marginalizados, como negros, LGBTQIAP+ e pessoas com
deficiência.

As taxas de evasão têm apresentado uma queda nos últimos anos, com 2,2% no Ensino
Fundamental e 6,9% no Ensino Médio até 2020. Um estudo realizado por Reynaldo
Fernandes, utilizando dados do IBGE e do MEC, identificou que os jovens de baixa renda,
principalmente negros, são os mais propensos a abandonar a escola precocemente, seja
por ingressarem no mercado de trabalho ou por engravidarem na adolescência. Além disso,
Fernandes destaca que esses fatores externos à atividade escolar se relacionam com um
processo contínuo de desinteresse e desengajamento, resultando, por fim, no abandono
escolar.

Novo Ensino Médio


O que é o Novo Ensino Médio?

O Novo Ensino Médio é um modelo de aprendizagem por áreas de conhecimento que


permitirá ao jovem optar por uma formação técnica e profissionalizante. Ao final do ensino
médio o aluno receberá além do certificado do ensino médio regular também o certificado
do curso técnico ou profissionalizante que cursou.

Como vai ser o novo ensino médio?

Entrou em vigor em 2022 para os alunos do primeiro ano e até 2024 estará em todas as
turmas do país. A mudança vai aumentar a carga horária total ao longo dos três anos que
vai passar de 2400 horas para 3 mil horas. Das 3 mil horas, 1800 horas serão destinadas
para as disciplinas obrigatórias da base Nacional Comum Curricular (Português,
Matemática, Ciências humanas, Ciência da Natureza) e 1200 horas para os itinerários
formativos (Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da
Natureza e suas Tecnologias ciências, Humanas e sociais aplicadas, Formação técnica e
profissional).

O novo ensino médio não é um projeto de lei e sim uma medida provisória. O q significa
que se o novo ensino médio fosse um projeto de lei, ele passaria por muitas mais estâncias
da política, uma burocracia muito maior para ele ser aprovado e teria que haver uma
discussão da sociedade até que o projeto vira-se de fato um projet, e sendo apenas uma
medida provisória, ele só é aprovado e inserido na sociedade sem o
conhecimento/consentimento das pessoas.

Ministério da educação esta ignorando o fato que as pessoas são multifacetadas. Nos
privando do conhecimento geral na ideia de nós colocarmos em uma linha única de
conhecimento. Porém o que fazemos quando nossa profissão exige ambas as parte,
humanas e exatas?
Ex: as pessoas que querem fazer engenharia biomédica, economia

Além de inserir professores não qualificados no novo ensino médio, que estão aprendendo
junto com os alunos. Ah à questão de algumas áreas do conhecimento ficarem ainda mais
desvalorizadas, como: geografia, história, sociologia, filosofia e arte.
O novo ensino médio exclui estudantes que trabalham visando somente aqueles alunos
que estudam na parte matutina e vespertina. Assim como estimula o fechamento de classes
do período noturno

Falta de formação
A estrutura do Novo Ensino Médio desregulamenta a profissão dos professores. A carta
pela revogação do modelo denúncia a contratação de pessoas sem formação docente.
Resumindo: qualquer um pode dar aula, não necessariamente precisar ter formação
docente

Fortalece a descolarização
É que esse modelo amplia o processo de descolarização no País, terceirizando partes da
formação escolar para entes que não esta o inseridos no sistema educacional. Uma forma
resumida é a privatização dos colégios, aonde o intuito é aos poucos transformar a
educação pública em uma forma de empresa, aonde os funcionários serão terceirizados.

*Falta do básico*
O Novo Ensino Médio fragiliza o conceito de Ensino Médio como última etapa da educação
básica. O objetivo dessa etapa é garantir um formação geral para todos. Já este novo
modelo, enquanto institui uma diversificação curricular por meio de itinerários formativos,
priva estudantes do acesso a conhecimentos básicos necessários à sua formação.

Instituições Internacionais que influenciam o


mercado
Instituições internacionais que influenciam o mercado

OMC – Organização Mundial do Comércio.


FMI – Fundo Monetário Internacional.
BM – Banco Mundial.
OIT – Organização Internacional do Trabalho.
OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

O que faz uma instituição internacional

Essas organizações internacionais tem por objetivo reger o cenário financeiro e econômico,
criando um ambiente propício para as relações comerciais, para melhor desenvolvimento
econômico, combate à pobreza e financiamento para o crescimento produtivo dos países.

Instituições internacionais que influenciam a educação

Os organismos internacionais, notadamente o Banco Mundial, a UNESCO e UNICEF, têm


atuado no campo educacional para garantir um novo modelo de gestão pública da
educação no país, para a qual a educação profissional e tecnológica tem caráter
estratégico.

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