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ESTÁGIO III – DOCÊNCIA NO ENSINO MÉDIO

AVALIAR NO ENSINO MÉDIO, UM DESAFIO PERANTE A EVASÃO ESCOLAR.

Gilmar Ualt Nobre

Fábio Nunes de Souza

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Licenciatura em Geografia (FLX0057) – Estágio III

26/11/19

RESUMO

A evasão escolar no ensino médio está relacionada à inúmeros fatores, os quais contribuem para
que efetivamente o jovem em idade escolar se afaste do sistema de ensino. Atualmente as famílias
compõem seus rendimentos com dificuldades, o jovem ao aproximar-se da idade de dezesseis anos
já enfrenta este desafio, que é administrar seus gastos sem ter renda. De um lado a escola prepara o
jovem para o mercado de trabalho, porém as escolas públicas estão defasadas tecnologicamente em
relação ao mercado, de outro a necessidade do custeio das despesas familiares do discente por ele,
quando constitui família prematuramente, ou em virtude da baixa renda familiar que impossibilita
um ambiente familiar equilibrado e saudável, com isso o jovem, precocemente decide sua vida
profissional sem ao menos concluir com êxito seus estudos. A escolha profissional nem sempre atende
a afinidade ou vocação do jovem, a escola que deveria indicar ao jovem quais são suas
características pessoais que o levem para uma profissão em que sinta prazer em realizar suas tarefas,
não o faz devido à inúmeros fatores como falta de profissionais, qualificação profissional dos
docentes, ambiente escolar acolhedor, atraso de salários e muitos outros; as avaliações indicam as
dificuldades dos jovens, porém as novas determinações dos programas governamentais têm
desconsiderado esse fator e levado os discentes à próximas etapas sem ao menos conhecer a fase
atual em que se encontram, a reprovação causa atraso na inserção do jovem no mercado de trabalho
e também distorções nas salas de aula com alunos em idade psicológica diferente da média,
induzindo os mais novos a comportamentos fora dos padrões esperados. A busca da solução desse
cenário é o objetivo de todos.
Palavras-chave: Evasão escolar. Ensino Médio. Avaliação.

1 INTRODUÇÃO

O ensino médio é uma etapa da jornada escolar para todos os alunos, a qual os coloca mais
próximo do mercado de trabalho, esta fase é a consolidação de um longo processo de aprendizagem,
das disciplinas básicas, responsáveis pelo mínimo de conhecimento necessário para à vida em
sociedade e principalmente a vida profissional. As famílias preparam seus filhos para o mundo, ou
seja, para a vida em sociedade seguindo ou não os passos dos pais, sendo esta escolha atualmente
ainda mais complexa devido ao aumento de profissões e à extinção de outras, a educação escolar
Brasileira como é organizada hoje, conforme a Lei n. 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que
estabelece as Diretrizes e Bases da educação nacional em seu artigo 1°:

Art. 1° A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar,


na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos
sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

§ 1° Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio
do ensino, em instituições próprias.

§ 2° A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.

Ainda referente à lei de diretrizes e bases da educação, o artigo 35°, da seção IV estabelece
normativas para o ensino médio que segue:

Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos,
terá como finalidades:

I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental,


possibilitando o prosseguimento de estudos;

II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar


aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de
ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos,


relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina;

A escolha do tema, avaliar no ensino médio, um desafio perante a evasão escolar; foi
idealizada em virtude das transformações do mercado de trabalho e a inércia das instituições federais
responsáveis pelo norteamento das ações nas escolas de ensino médio por todo país, atualmente muito
se escreve sobre evasão escolar e seus agentes causadores dessa condição, entre estes está a forma de
avaliar os jovens, a qual necessita atenção dos docentes para não desaminar os discentes e afastá-los
ainda mais dos muros da escola e aproximá-los do mercado de trabalho informal, que absorve a mão
de obra cada vez mais prematura e desqualificada, desvalorizando sua força de trabalho.

Analisar as diversas opiniões dos pesquisadores e dos docentes quanto ao uso das avaliações
como forma de determinação do grau de conhecimento dos discentes, buscar a opinião atualizada
quanto a pratica de avaliação mais justa e com menor inferência da pessoa do professor na sala de
aula, cotejar as práticas avaliativas das escolas públicas e privadas, examinar os índices de evasão
escolar, anunciados pelo governo, buscando uma justificativa à evasão atrelada ao uso de processo
avaliativo inadequado são os objetivos deste trabalho, o objetivo dessa pesquisa é a análise dos
inúmeros artigos, estudos, dissertações de mestrado, livros e entrevistas relacionadas ao tema.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A educação no Brasil tem urgência na formação da mão de obra, seguindo o programa


educacional proposto, o jovem aos 18 anos já estará apto ao trabalho na sociedade, conforme
KANITZ (2009, p.83):

Por que obrigamos nossos filhos a se especializarem tão cedo? Por que negamos a eles uma
educação liberal, plural e eclética? Uma das razões reside no fato de que nosso ensino é
gratuito, e o governo precisa gerar renda e imposto de renda o mais rápido possível – quanto
mais rapidamente os alunos saírem profissionalizados, melhor. Não há interesse em ensinar
alunos ao longo de quatro anos sobre humanismo e cidadania para então ensinar mais dois
anos ou três de uma profissão, como nos Estados Unidos.

Comparando o tempo para escolha da profissão entre os países Brasil e EUA, KANITZ (2009,
p.82) descreve:

Nos Estados Unidos, a escolha profissional é feita aos 22 anos, depois que os alunos tiveram
três ou quatro anos de estudos chamados de “liberais”, nos quais eles podem escolher um
pouco de tudo. É a under graduate que os prepara para a graduate school, quando finalmente
eles escolhem, de fato, uma profissão. Eles entram na graduate school de advocacia,
medicina e administração aos 23 ou 24 anos, bem mais maduros e experientes. Melhor ainda:
quase todos já terão trabalhado na vida, mesmo que tenha sido em uma lanchonete nos finais
de semana. (A rede mais famosa de lanchonetes tem a curiosa estatística de ter contratado
um em cada dez norte-americanos.) (sic.). No Brasil, a under graduate virou graduação. Isso
obriga nossos alunos a virarem tecnocratas antes de serem humanistas e liberais. Aprendem
a ser classistas cedo demais defendendo os interesses de classe, seja a classe dos advogados,
dos engenheiros, dos contadores, dos psicólogos, o que gera essa praga de corporativismo.

2.1 - EVASÃO ESCOLAR PELA NECESSIDADE DO TRABALHO.

Notamos que a entrada no mercado de trabalho o mais cedo possível é uma condição do
sistema de governo brasileiro, aos dezesseis anos o jovem já pode ser contratado pelo regime da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), havendo inclusive casos relatados de trabalho abaixo
dessa idade, o que é proibido por lei, mas reconhecidos pelo Tribunal Regional Federal da quarta
região (TRF4) como existentes e passíveis de contar como contribuição para aposentadoria pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou seja, os jovens entram muito cedo no mercado de
trabalho, abandonam os estudos em virtude da carga de trabalho e atividade extensa, aposentam com
renda baixa, retornando após longos anos a procurar o Ensino de Jovens e Adultos (EJA) para concluir
os estudos, ou antes, de aposentar, na tentativa de elevar o teto de contribuição e perceber um valor
mais digno do INSS.

Segundo Da Silva (2016, p.373) na publicação de sua pesquisa realizada em uma escola
pública de ensino fundamental do município de Acará PA, na modalidade EJA, a evasão escolar num
universo de pesquisa com 149 alunos está apresentada na figura 1, abaixo:

FIGURA 1 – TABELA PERCENTUAL DE ALUNOS MATRICULADOS E EVADIDOS

FONTE: DA SILVA, Marcos Jonatas Damasceno. As causas da evasão escolar: estudo de caso de uma
E.M.E.F. do município de Acará – PA, Interespaço, Maranhão, v. 2, n. 6, p. 373, mai/ago. 2016.

O pesquisador fez uma pergunta aberta aos alunos, eles indicaram os principais fatores que os
levaram a evadir do sistema de ensino, entre os motivos indicados, a necessidade de trabalhar teve
índice maior, seguido dos professores que empataram com a falta de interesse, a figura abaixo mostra
estes resultados, conforme Da Silva (2016, p.373):

FIGURA 2 – TABELA DOS FATORES DE EVASÃO ESCOLAR APONTADOS PELOS ALUNOS.

FONTE: DA SILVA, Marcos Jonatas Damasceno. As causas da evasão escolar: estudo de caso de uma E.M.E.F
do município de Acará – PA, Interespaço, Maranhão, v. 2, n. 6, p. 373, mai/ago. 2016.

A necessidade de trabalhar para sustentar a família é apontada por um aluno em depoimento,


de acordo com DA SILVA (2016, p.374):

Eu tenho que trabalhar para sustentar minha família. Se eu não trabalhar os meus filhos não
comem, minha esposa não come e nem eu terei o que comer e vestir. Então eu preciso
trabalhar para sustentar minha casa e pagar minhas contas. Gostaria muito de estudar, pois
fui entregar currículo para trabalhar em uma empresa de plantação de dendê e lá me disseram
que o máximo que eu conseguiria era trabalhar em serviço braçal porque não tenho estudo
(depoimento de um aluno de 32 anos, da 3° etapa 01).
Os jovens e adultos ao iniciarem sua vida profissional muito cedo, correm o risco de
abandonarem os estudos, conforme BATISTA; SOUZA; OLIVEIRA (2009, p.13):

A inserção do jovem ao mercado de trabalho passa a ser uma exigência continua e, esses
jovens e adultos são chamados cedo, considerando suas restrições financeiras, a ingressarem
nesse mundo. Muitos destes tentam conciliar o estudo com o trabalho, na perspectiva de
adquirirem um melhor emprego e, consequentemente, maior remuneração. Entretanto, o
cansaço físico, as exigências do trabalho, entre outros motivos, termina por influenciar
fortemente a decisão de abandonar à escola.

O trabalho é apontado por muitos autores, como um dos principais causadores da evasão
escolar, Palmeira (2017, p.24) relata a importância do assunto:

[...] um acontecimento relevante é a inevitabilidade de jovens terem que trabalhar, quando há


a falta de condições à vista disso em se manter, já que suas necessidades individuais ou
conjugais, e seus interesses materiais, eles são obrigados a acomodar trabalho e estudo, algo
que diversas vezes são inconciliáveis e repercute em abandono à escola. Estes fatores
aumentam na medida em que inversamente aumenta o desemprego, até porque vários
estudantes abandonam a escola para dar subsistência as suas famílias.

Em reportagem veiculada pelo site todos pela educação, Tufi Machado Soares, doutor em
Educação e coordenador da unidade de pesquisa do Centro de Políticas e Avaliação da Educação
(Caed), da Universidade de Juiz de Fora explica que o atraso escolar e o trabalho são elementos que
causam a evasão escolar, conforme Larieira apud Tufi (2015, p.5): “devido ao atraso, eles acabam
alcançando os 18 anos durante o período escolar, idade que representa um ponto de mudança na vida
do jovem; muitos deles são pressionados a trabalhar para complementar a renda familiar, adiando a
conclusão dos estudos naquele momento”.

2.2 – EVASÃO ESCOLAR POR CONSEQUÊNCIA DE AVALIAÇÕES E AMBIENTE.

Dentre os motivos causadores da evasão escolar, o poder de atração que o sistema de ensino
exerce sobre o interesse dos jovens foi exposto por Ricardo Henriques, superintendente do |Instituto
Unibanco e conselheiro do movimento Todos Pela Educação, conforme Larieira apud Ricardo
Henriques (2015, p.5): “a evasão não é opção neutra do aluno; ela é estimulada por uma escola que
não produz vínculos de atratividade para alguns perfis de jovens”;

Os fatores que influenciam uma boa escola são reportados por Araújo (2009, p.30):
O clima da sala de aula deve promover o aprendizado, os alunos devem ser conduzidos a um
bom relacionamento coletivo, produtivo e prazeroso. Os professores devem acreditar em seus
alunos (a boa expectativa do aprendizado do aluno influencia diretamente sobre os seus
resultados). A escola deve ter um projeto pedagógico feito coletivamente e direcionado para
as evoluções da escola e para sua integração com a comunidade. O professor precisa dominar
o conteúdo de sua disciplina e estar aberto para interagir com a coletividade. Sua
remuneração deve ser condizente para que possa viver com dignidade, comprar livros e poder
reciclar seus conhecimentos. As instalações da escola devem ser dignas, com biblioteca e
materiais pedagógicos adequados. A direção precisa ter qualificação especifica para gestão
escolar e qualidades pessoais de liderança para bem acompanhar todo corpo docente e
discente.

O aspecto profissional do corpo docente afeta permanência dos alunos em sala de aula, na
pesquisa realizada por Da Silva (2016, p.374) os alunos de EJA que apontaram a greve de professores,
ocorrida no ano letivo de 2015, como um fator colaborativo na sua decisão de abandonar a escola,
conforme depoimento de um aluno:

O que me levou a parar de estudar foi a greve dos professores. Eu já estudava com muita
dificuldade, cansada devido ao longo dia de trabalho, e, quando eu ia para a escola, era
dispensada porque os professores estavam em greve. Então eu decidi que se a greve
continuasse eu pararia de estudar. Como a greve continuou, eu parei de estudar e agora não
pretendo voltar porque todo ano é isso: greve e paralisação. Quem perde com isso é o aluno
que perde muito conteúdo e acaba não aprendendo o que deveria aprender (depoimento de
uma aluna de 29 anos da 3° etapa 02).

A questão do abandono escolar também é apontada por Castelar (2012, p.3) em estudo
realizado no Estado do Ceará, os diversos motivos causadores da evasão indicam em relação aos
professores:

As causas relativas ao professor dizem respeito à qualidade do ensino. A qualidade técnica e


política do professor são cruciais para a formação da cidadania na educação básica, porém
baixos salários e instituições de formação com idoneidade questionável comprometem o
ensino. As práticas pedagógicas e institucionais também são importantes para a manutenção
do aluno na escola, formas de avaliação inadequadas e regulamentos rígidos também podem
ser causadores de abandono.

As práticas avaliativas inadequadas observadas por Castelar, também são apontadas por
Luckesi (2008, p.40) e podem exercer poder autoritário, além de incentivar o desencanto, levando até
mesmo a evasão escolar:

Outro uso autoritário da avaliação escolar é a sua transformação em mecanismo disciplinador


de condutas sociais. É uma prática comum, no meio escolar, utilizar o expediente de ameaçar
os alunos com o poder e o veredicto da avaliação, caso a “ordem social” da escola ou das
salas de aula seja infringida. Uma atitude de “indisciplina”, na sala de aula, por vezes, é
imediatamente castigada com um teste relâmpago, que poderá reduzir as possibilidades de
aprovação de um aluno; ou, às vezes, os alunos são advertidos, previamente, que “se vierem
a ferir a ordem social da escola” poderão sofrer consequências dos resultados da avaliação, a
partir de testes mais difíceis e outras coisas mais. De instrumento de diagnóstico para
crescimento, a avaliação passa a ser um instrumento que ameaça e disciplina os alunos pelo
medo. De instrumento de libertação, passa a assumir o papel de espada ameaçadora que pode
descer a qualquer hora sobre a cabeça daqueles que ferirem possíveis ditames da ordem
escolar. Que inversão!

O ensino médio possui particularidades e afirmar que uma avaliação com cunho autoritário é
a causadora da evasão seria muita pretensão, também insinuar que o trabalho é o principal causador
do abandono não ajudará a resolver os problemas na escola, conforme Mendes (2013, p.264):

O Ensino Médio possui características singulares no processo de escolarização do estudante


no Brasil. Pelo fato de ser a última etapa da Educação Básica e a que antecede o acesso ao
Ensino Superior, é possível dizer que o Ensino Médio apresenta uma característica
transicional: da escola para a faculdade, da escola para o trabalho, ou mesmo da escola para
a família. Diversas são as adversidades com as quais os estudantes deste nível de ensino se
deparam, fazendo com que, muitas vezes, estas repercutam na motivação dos mesmos.

A escola tem um importante papel na construção da sociedade, o espaço escolar é um local de


trocas de conhecimentos e de sociabilidade, a escola não prepara na totalidade o indivíduo ela
possibilita um engrandecimento pessoal daquilo que já trazemos do lar, a avaliação necessita ser
repensada na comunidade escolar e entendida como um processo de descoberta, de constatação, enfim
não necessita ser autoritária constituída em mito, que reprova e afasta o aluno da escola, Hoffman
(2013, p.35) nos auxilia neste entendimento, desmistificando o mito da avaliação:

Configura-se a avaliação educacional, ao meu ver, em mito e desafio. O mito é decorrente de


sua história que vem perpetuando os fantasmas do controle e do autoritarismo há muitas
gerações. A desmistificação, por outro lado, ultrapassa o desvelamento dessa história e a
análise dos pressupostos teóricos que fundamentam a avaliação até então. Parece-me
necessário desestabilizar práticas rotineiras e automatizadas a partir de uma tomada de
consciência coletiva sobre o significado dessa prática. E esse é um desafio que se tem que
enfrentar! O maior dentre os desafios é ampliar-se o universo dos educadores preocupados
com o “fenômeno avaliação”, estender-se a discussão do interior das escolas a toda a
sociedade, pois, considerando-se que o mito da avaliação é decorrente da sua histórica feição
autoritária, é preciso descaracterizá-la dessa feição pensando nas futuras gerações.

A avaliação escolar existe há muito tempo na humanidade, nos relatos primórdios da história
da educação, a avaliação era e ainda é uma forma de “medir” o grau de conhecimento de alguém, o
conhecimento era transmitido oralmente, assim como as provas também, na colonização do Brasil os
Jesuítas ensinavam pelo método Ratio Studiorum, conforme Moser (2011, p. 97) apud Aranha (2006,
p.128-130):

Com a didática, os jesuítas mostravam-se bastante exigentes, recomendando a repetição dos


exercícios para facilitar a memorização. Nessa atividade, eram auxiliados pelos melhores
alunos, chamados decuriões, responsáveis por nove colegas, de quem tomavam as lições de
cor, recolhiam exercícios e marcavam em um caderno os erros e faltas diversas. Aos sábados,
as classes inferiores repetiam as lições da semana toda: vem daí a expressão sabatina, usada
durante muito tempo para indicar a avaliação. Para classes mais adiantadas, organizavam
torneios de erudição.

2.3 – VERIFICAÇÃO OU AVALIAÇÃO

O processo de aprendizagem escolar pode ser mensurado, com atribuição de valores por notas
ou conceitos, sendo os acertos ou pontos o elemento de medida utilizado pelo professor, a somatória
das notas e divisão pelo número de eventos caracteriza a média, já o conceito necessita conversão dos
conceitos em números para aplicar o mesmo processo no cálculo da média, o uso de conceitos pode
na conversão para notas perder a qualidade, segundo Luckesi (2013, p.18) “Aqui também ocorre a
transposição indevida de qualidade para quantidade, de tal forma que se torna possível, ainda que
impropriamente, obter uma média de conceitos qualitativos.”

Os dados obtidos nos testes indicam uma situação negativa ou positiva no processo de
aprendizagem e são usados pelos professores para indicar o “ponto” falho na aprendizagem, porém a
grande parte dos profissionais utiliza estes dados para determinar se o aluno está aprovado ou
reprovado tão somente, Luckesi (2013, p. 22) esclarece sobre verificação:

O termo verificar provém etimologicamente do latim – verum facere – e significa “fazer


verdadeiro”. Contudo, o conceito verificação emerge das determinações da conduta de,
intencionalmente, buscar “ver se algo é isso mesmo...”, “investigar a verdade de alguma
coisa...”. O processo de verificar configura-se pela observação, obtenção, análise e síntese
dos dados ou informações que delimitam o objeto ou ato com o qual se está trabalhando. [...]
A dinâmica do ato de verificar encerra-se com a obtenção do dado ou informação que se
busca, isto é, “vê-se” ou “não se vê” alguma coisa. E...pronto! Por si, a verificação não
implica que o sujeito retire dela consequências novas e significativas.

Segundo Luckesi (2013, p.24), avaliar é um ato de decisão, entre alterar uma disposição ou
mantê-la:

O termo avaliar também tem sua origem no latim, provindo da composição a-valere, que
quer dizer “dar valor a...”. Porém, o conceito “avaliação” é formulado a partir das
determinações da conduta de “atribuir um valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso de
ação...”, que, por si, implica um posicionamento positivo ou negativo em relação ao objeto,
ato ou curso de ação avaliado. Isso quer dizer que o ato de avaliar não se encerra na
configuração do valor ou qualidade atribuídos, conduz a uma decisão nova: manter o objeto
como está ou atuar sobre ele. A avaliação, diferentemente da verificação, envolve um ato que
ultrapassa a obtenção da configuração do objeto, exigindo decisão do que fazer ante ou com
ele. A verificação é uma ação que “congela” o objeto; a avaliação, por sua vez, direciona o
objeto numa trilha dinâmica de ação.

O autor considera que a escola brasileira usa mais a verificação do que a avaliação, poucos
são os professores que utilizam a avaliação da aprendizagem e que: “sob a forma de verificação, tem
se utilizado o processo de aferição da aprendizagem de uma forma negativa, à medida que tem servido
para desenvolver o ciclo do medo nas crianças e jovens, pela constante “ameaça” da reprovação”.
(LUCKESI, 2013, p.28).

A utilização de notas ou conceitos no processo de aprendizagem também foi analisada por


Hoffman (2013, p.62):

As notas/conceitos dos alunos, na grande maioria das vezes, não correspondem a pontos
referencias determinados (determiná-los consiste, mesmo, tarefa difícil), assim, vale a
impressão geral dos professores e sua decisão individual do que seja uma graduação numérica
representativa de maior ou menor comprometimento do aluno. Entre dois professores, em
situações muito próximas, podem ocorrer incríveis diferenças na atribuição de menções por
esses aspectos atitudinais. Acrescenta-se, ainda, o grande perigo das notas atribuídas por
métodos comparativos: o aluno ideal (definido subjetivamente pelo professor) é o aluno nota
10, os demais recebem notas conforme forem piores ou melhores do que ele.

O professor tem a responsabilidade de externar à comunidade escolar, preferencialmente ao


quadro de coordenação pedagógica, os resultados das avaliações do rendimento escolar, portanto, o
professor é o principal ator deste sistema e para tal cada personalidade profissional acarreta uma
forma de avaliar, conforme Grillo et al. (2010, p.18):

A avaliação traduz um referencial teórico-metodológico, resultado de posição epistemológica


assumida criticamente pelo docente, às vezes incorporada pelo senso comum, outras por
experiências anteriores, ou mesmo herdada por imitação de um professor mais experiente.
Independentemente do significado atribuído à avaliação pelo professor, ela condiciona os
processos de ensino e de aprendizagem e, reciprocamente, a concepção de ensino e de
aprendizagem determinada a forma de avaliar. A famosa frase de Nóvoa (1997, p.30) “Diz-
me como ensinas e eu te direi quem és, e vice-versa” poderia aqui ser substituída por “Diz-
me como avalias e eu te direi como ensinas”. O aluno tende a se ajustar à modalidade de
avaliação do professor, a qual é representativa da ação docente envolvida. Ele estudará
apenas para a prova se perceber ser essa forma preferida pelo professor, uma perspectiva de
produto, ou procurará apropriar-se do conteúdo analisado e debatido a cada aula, assumindo
uma atitude participativa se o professor valorizar o processo de aprendizagem e buscar outras
formas de avaliação além da prova.

2.4 – EVASÃO POR PROBLEMAS ALHEIOS À ESCOLA.

A evasão escolar tem como causa, inúmeras situações e o conjunto destas leva o jovem ao
desânimo e ao questionamento da sua especialização através da escola, segundo Silva Filho (2017,
p.43) “Condições socioeconômicas e violência são motivos importantes a serem discutidos,
principalmente em regiões urbanas, onde o tráfico de drogas se faz presente em sua maioria e
influencia diretamente em muitos casos no comportamento do educando.”; também Batista (2009,
p.4) disserta sobre as causas do abandono escolar:

O abandono à escola é composto então pela conjugação de várias dimensões que interagem
e se conflitam no interior dessa problemática. Dimensões estas de ordem política, econômica,
cultural e de caráter social. Dessa maneira, o abandono escolar não pode ser compreendido,
analisado de forma isolada. Isto porque, as dimensões socioeconômicas, culturais,
educacionais, históricas e sociais entre outras, influenciam na decisão tomada pela pessoa em
abandonar a escola.

A busca de resoluções neste quadro é a tônica dos pesquisadores, segundo Anuto (2013, p.24)
uma possível saída para os conflitos escolares e evasão é:

Para que haja uma convivência pacifica no ambiente escolar, é necessário que apresente uma
boa estrutura física, assim como um corpo docente capacitado e engajado em promover a
unidade da escola através da excelência na prestação de cada serviço prestado. É importante
ainda a criação de escolas em regime integral que ofereçam aos jovens oportunidades de
formação profissional, com cursos de ponta que se coadunem com o atual mercado de
trabalho, ainda que ofereça pelo menos duas opções de curso de línguas e capacitação digital.
Assim, teremos condições de não apenas prevenir, mas de capacitar meninos e meninas de
baixa renda a terem condições reais de competir por um futuro melhor.

O ensino médio é a fase final da aquisição de conhecimentos pelos jovens, desde seu início
na vida escolar, neste período, todo conhecimento é consolidado e auxilia no entendimento dos
demais temas apresentados pela escola e que seguirão seus primeiros passos na jornada profissional
que lhe espera, Idoeta (2014, p.1) apud Andrea Bergamaschi sobre a importância do ensino médio:

É no ensino médio que desembocam todos os problemas anteriores da formação.[...] A


criança começa a acumular dificuldades de aprendizado desde a alfabetização; dificuldades
em ler e em interpretar. O ensino médio acaba tendo que lidar com tudo isso, além de seus
próprios problemas: um currículo escolar desconectado das expectativas do aluno para seu
futuro.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

O estágio curricular é o ponto máximo de todo discente do curso superior, após inúmera horas
de estudos finalmente chega o momento de exteriorizar sua prática na instituição escolar, seja pública
ou instituição privada, a atividade foi desenvolvida na Escola Estadual de Ensino Médio Mariz e
Barros, localizada na Avenida Delegado Eli Correa Prado, n° 915, Bairro Vila Mário Quintana, CEP
91260-300, Porto Alegre/RS, a escola está sob a coordenação da 1° CRE, localizada na cidade de
Porto Alegre/RS. A escola atende a comunidade oferecendo formação nas séries iniciais, ensino
fundamental e médio, muitos alunos são filhos de pais que se formaram nas dependências da escola,
são oferecidos estudos nos turnos da manhã, tarde e noite, cada turno conta com sua direção e vice
direção, bem como supervisão pedagógica atuante nos três turnos, as instalações da escola são de boa
qualidade, o prédio possui sistema de combate a incêndio, refeitório com alimentação balanceada,
supervisionada por nutricionista da 1° CRE, biblioteca, laboratório de informática com acesso à
internet, conhecida como sala do médio, quadra de esportes, parque infantil, estacionamento e salas
de aula equipadas com carteiras, quadro negro e infraestrutura para utilização de mídias.
A escola está situada em região conflagrada, para tanto a secretária atende os pais e alunos
através da janela, com acesso pela parte externa, mas dentro do pátio da escola, durante nosso período
de estágio não presenciamos nenhum tipo de irregularidade, os alunos são oriundos de famílias com
menor capacidade de renda, porém são educados e solícitos; o corpo docente da escola atende todas
as disciplinas ofertadas pelo sistema de ensino, há eventualmente problemas de falta dos professores,
mas a vacância é suprida por outro docente disponível naquele momento, a observação do estágio foi
realizada em diversas turmas, porém a regência foi ministrada na turma do primeiro ano do ensino
médio, a 102 é formada por aproximadamente vinte e cinco alunos, os quais têm presença aleatória,
já que nosso período de regência foi de seis horas-aula.

O projeto de estágio proposto foi a linguagem e localização cartográfica, a professora regente


foi orientada sobre o estudo de caso, o conteúdo em questão já fora ministrado em aula anteriores
neste ano pela docente, assim os objetivos foram: identificar a simbologia utilizada na elaboração de
mapas cartográficos; elaborar um mapa de localização de sua comunidade no contexto municipal;
entender o sistema de coordenadas matemáticas e sua aplicação em documentos cartográficos;
interpretar e comparar mapas, gráficos e dados apresentados em sala de aula emitindo parecer sobre
seus componentes; o desenvolvimento do processo da prática foi realizado em quatro encontros,
sendo seis períodos de aula com tempo hora-aula de quarenta e cinco minutos, os encontros foram
nas segundas-feiras, com duas hora-aula e nas terças-feiras com uma hora-aula, assim dispostos no
cronograma abaixo:

FIGURA 3 – CRONOGRAMA DA PRÁTICA DO ESTÁGIO III

FONTE: Gilmar Nobre (2019)


Os planos de aula foram concebidos com títulos: Cartografia elementar_1; Cartografia
elementar_2 e Cartografia elementar_3, sendo que a cartografia elementar_1 foi fracionada em duas
etapas, justamente nos dias em que havia uma hora-aula; a proposta pedagógica desta atividade era
produzir na sala de aula o máximo possível em cada croqui, para posteriormente transformá-lo em
mapa. Nos encontros de duas horas-aula foram aplicadas avaliações para verificação da retenção do
conhecimento revisado, na primeira avaliação dos alunos devem dissertar em duas questões,
conforme figura abaixo:

FIGURA 4 – PROVA DISSERTATIVA DE GEOGRAFIA – CARTOGRAFIA ELEMENTAR 2

FONTE: Gilmar Nobre (2019)

Na primeira questão a resposta é pessoal e o aluno responde espontaneamente, a segunda


questão exige do aluno uma descrição do que foi exposto no quadro negro e na encenação realizada
pelo estagiário em regência, onde definiu-se os pontos cardeais Norte, Sul, Leste e Oeste. No segundo
encontro de duas horas-aula o objetivo foi revisar o sistema cartesiano de coordenas e entender o
conceito de escala e sua utilização, ao final foi aplicada uma avaliação em que os alunos formaram
grupos com quatro integrantes cada, as provas continham duas questões relativas ao mapa mundi
impresso no verso da prova, o tempo da prova foi de sessenta minutos. A primeira questão era comum
a todos, portanto o resultado esperado é que os alunos interajam e cheguem a uma mesma resposta,
certa ou errada, pois na aula expositiva foi informado no quadro negro o formato internacionalmente
conhecido das coordenadas geográficas, a figura 5 nos mostra a questão.

Na segunda pergunta os alunos de posse de uma régua devem indicar as distâncias dos pontos
presentes no mapa mundi, conforme figura 6, seguindo a escala do mapa, onde 1cm equivale à
1630km, os discentes foram orientados sobre a margem de erro na leitura da régua que é de 1mm, os
alunos precisam atentamente posicionar a régua na interseção das linhas horizontais e verticais e
efetuar a leitura, a segunda questão da prova não é igual para todos, cada aluno tem suas quatro
medidas diferentes entre si, assim esperasse que o grupo haja de forma organizada, onde um realiza
as medições com a régua, outro anote as medições, outro calcule as distâncias e o último anote os
valores para que todos no final transportem para sua prova o valor exigido; essa etapa o uso das novas
tecnologias no ensino da Geografia e da Matemática foi liberada, pois o cálculo exigiria um enorme
esforço, assim o celular pôde ser usado. A hipótese de calcular individualmente também foi aceita,
mas a proposta é trabalhar em grupo em prol de um bem comum, aceitando as limitações de cada um
já é um grande aprendizado.

FIGURA 5 – PROVA DE CONHECIMENTOS.

FONTE: Gilmar Nobre (2019)

FIGURA 6 – MAPA MUNDI COM COORDENADAS GEOGRÁFICAS E ESCALA.

FONTE: Revista Zunai, Atibaia, 17 fev. 2019. Disponível em:


<https://revistazunai.com.br/coordenadas-geograficas/>. Acesso em 18 out. 2019.
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

A realização do estágio curricular é sempre um momento de revisão pessoal, as posturas como


indivíduo e futuro profissional, o professor regente que nos cede espaço merece nossa gratidão e
nosso respeito como profissional dedicado à formar vidas, a escola é o preparativo para vida social e
profissional de jovens cada vez mais ansiosos e atentos ao meio onde vivem, o discente do curso
superior se dá conta dessa condição quando convive no meio escolar na oportunidade do estágio, na
minha vivência do estágio pude conviver com alunos da minha comunidade, eles são encontrados nas
ruas e no comércio local, antes da minha intervenção na escola eles já haviam me visto, porém depois
desse convívio passaram a me cumprimentar quando nos vemos e me dizem “oi profe”, uma coisa
simples ao olhar de muitos, mas para quem esteve à frente destes meninos e meninas preparando uma
aula atrativa, para chamar-lhes à atenção ao mundo que os cerca é motivo de orgulho ao ser lembrado
como uma pessoa familiar à eles, significa que fomos aceitos pela comunidade estudantil, mesmo que
na condição de estagiário. No afã de apresentar nossas aulas, envoltos na rotina diária de outra
atividade profissional, com os condicionantes do tempo sempre escasso, realizamos o nosso máximo,
pecamos é claro, pois somos seres humanos e suscetíveis a falhas.

Os objetivos propostos sob nossa ótica foram alcançados, de uma forma ou de outra, já que o
planejamento prévio nem sempre resulta na aplicação daquilo que idealizamos, ajustes tiveram de ser
feitos, principalmente no horário, já que as escolas atualmente enfrentam instabilidades no quadro
profissional, os alunos da escola pública dispersam rapidamente sua atenção, o uso do celular,
proibido pelo Estado, ainda é um grande vilão nas salas de aula, o seu uso concomitantemente com o
conteúdo é um desafio ao futuro profissional, pois necessita planejar uma aula menos monótona do
que aquela tradicional, sabemos a necessidade dos conteúdos no caderno, no quadro, nos trabalhos
de casa, das leituras, enfim todo volume de informações elencados no programa anual determinado
pelo Estado, uma aula dinâmica e com desafios foi nossa proposta, realizamos até mesmo o
tradicional “jogo da forca” e uma breve apresentação teatral para cativar a atenção dos alunos.

Percebemos que em algum momento a atenção dos alunos se dispersou e muitos realizavam
tarefas de outras disciplinas que não fizeram em casa no momento da aula, essa dificuldade de tornar
sua aula atrativa é o grande desafio da carreira de professor, nossa proposta de recolher os croquis e
trabalhar esta tarefa somente no horário da aula foi uma das maneiras encontradas de não
sobrecarregar os jovens, haja vista que muitos realizam atividades profissionais após as aulas e
também pensamos que nossa sobrecarga também se estenderia ao próxima professor e sua habilitação,
junto a tudo isso há o evento avaliativo, nossa intervenção foi mais verificativa do que avaliativa, o
tempo junto aos discentes não nos possibilitou uma melhor forma de avaliar os alunos, a não ser a
tradicional forma de avaliar que é a do certo e do errado, vimos que a avaliação não é somente uma
tarefa de “julgar” o certo e o errado, mas uma forma de conhecer os potenciais e direcionar os valores
de formação do jovem, avaliar no ensino médio é um ato de responsabilidade do docente que ao
referenciar seus critérios em patamares diversos, daqueles estabelecidos no PPP ou na realidade da
comunidade em que vivem os alunos pode comprometer o desenvolvimento profissional e pessoal
dos jovens e consequentemente seu futuro.

REFERÊNCIAS

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mudar esse cenário. 2013. 33p. Monografia (Pós Graduação em educação: métodos e técnicas de
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campus Medianeira, Medianeira, 2013. Disponível em:
<http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4745/1/MD_EDUMTE_II_2012_42.pdf>.
Acesso em: 25 out. 2019.
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educacional no desenvolvimento de adolescentes: um estudo realizado com alunos do interior
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http://web.unifoa.edu.br/portal_ensino/mestrado/mecsma/arquivos/03.pdf>. Acesso em: 18 out.
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