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As quatro juventudes: estudar, trabalhar, se encontrar.

Coordenadora: Graziela Serroni Perosa

Resumo

Em 2021, nós realizamos um estudo exploratório sobre os jovens de 18 a 24 anos, de diferentes


grupos sociais, a partir de 4 categorias propostas pela CEPAL: os jovens que só estudam, os que
só trabalham, aqueles que estudam e trabalham e os que nem estudam e nem trabalham. O
financiamento de 2 bolsistas PUB nos permitiria realizar uma etapa decisiva da pesquisa: ampliar
significativamente a amostra de respondentes do questionário (de 400 para 1.200
respondentes) e aliar à análise estatística um trabalho de campo qualitativo, com entrevistas e
observações diretas com os 4 tipos de jovens. O principal objetivo é interrogar os efeitos do
acesso e da conclusão da escola secundária sobre as trajetórias destes jovens que, com a mesma
idade biológica, possuem condições de vida muito distintas. Com uma abordagem multimétodos
iremos aliar a observação de séries estatísticas à realização de entrevistas semi-estruturadas,
com jovens residentes no município de São Paulo. A hipótese principal propõe que a
generalização do acesso ao diploma da escola secundária representa um processo de intensa
modificação das aspirações educacionais e ocupacionais que, entre outros efeitos, produz a
formação de uma demanda muito maior pelo ensino superior. Para além deste efeito mais
óbvio, ele tenderia a produzir efeitos decisivos sobre a mobilidade social e, em alguns casos,
estaria associado a processos mais profundos de reinvenção de si mesmo. Os resultados
pretendem contribuir para a renovação das estatísticas públicas sobre a juventude no Brasil.
Espera-se, ainda, que o aprimoramento das estatísticas sobre esta faixa etária possa subsidiar a
elaboração de políticas de educação e cultura, fundadas no reconhecimento das desigualdades
sociais.

Palavras-chave: desigualdades; secundário; mobilidade social; posições intermediárias.


Justificativa
Com este projeto, nos propomos a desenvolver um estudo comparado de jovens

de diferentes estratos sociais com idade entre 18 a 24 anos. Esta faixa etária é crucial

pois nela se realizam escolhas decisivas e que podem conduzir a caminhos mais ou

menos irreversíveis. Não concluir o ensino médio, ingressar no ensino superior, tende a

produzir efeitos duráveis sobre as trajetórias. Sabendo que a variação dos percursos

escolares acompanha a magnitude das desigualdades sociais, desenharemos uma

amostra a partir de categorias estatísticas capazes de dar conta da intensidade das

desigualdades sociais (classe, gênero e raça) tomando como campo empírico a cidade

de São Paulo.

O principal objetivo é oferecer um quadro analítico para pensar a diversidade da

juventude latino-americana, com base em categorias desenvolvidas pela CEPAL, a partir

dos anos 2000, para descrever a população jovem de 18 a 24 anos das nações da

América Latina: os jovens que só estudam, os que só trabalham, aqueles que estudam e

trabalham e os que nem estudam e nem trabalham. Serão aplicados questionários e

realizadas entrevistas semiestruturadas com os 4 tipos de jovens.

A geração de jovens que será investigada nesta pesquisa foi particularmente

afetada pela ampliação do acesso ao ensino médio, ao ensino superior e pela

massificação do acesso às tecnologias da informação. De acordo com os dados da CEPAL,

o Brasil, a Argentina, o Chile e o Uruguai, em 2018, taxas líquidas de escolarização

secundária superiores à 80%, o que representa um prolongamento da escolarização

para um número muito maior de jovens, se comparado à geração de seus pais (PEROSA,

BENITEZ, SANDOVAL,2021). Contudo, a taxa de conclusão do Ensino Médio ainda é

muito inferior à taxa de acesso, com mais de 40% dos jovens não concluem este nível de
ensino. Nesta situação, pode-se dizer, que temos um copo meio cheio e meio vazio. A

principal hipótese deste projeto propõe que a conclusão deste ciclo escolar cresceu

fortemente nos últimos anos, acelerando mutações objetivas e subjetivas entre os

jovens.

Em “A juventude é só uma palavra”, Bourdieu (2003) argumenta que o acesso e

a conclusão da escola secundária são fatos sociais da maior relevância porque criam

situações intermediárias. Antes da generalização do acesso a este nível de ensino, o

destino após a escola era muito mais dual: os jovens dos grupos dominantes, sobretudo

do sexo masculino, eram conduzidos à universidade e os jovens das camadas populares

para postos de trabalho manual, como demonstrou o estudo de Paul Willis, Learning to

labor (1977). Um sistema de ensino dual que se estruturou desde o século XIX, descrito

por cientistas sociais de primeira ordem, como Max Weber (2004), Fritz Ringer

(1979;2001), por Bourdieu & Passeron (1964). Diferentemente desse contexto

radicalmente dual, hoje mais de 80% dos jovens tiveram acesso ao ensino secundário.

Uma segunda hipótese é que o acesso e a conclusão da escola secundária

contribuem para criar situações intermediárias e reduzir as desigualdades sociais. A

categoria “jovens que estudam e trabalham” é um exemplo dessas posições sociais

intermediárias. Parte deles são filhos de pais trabalhadores manuais, operários ou

quadros técnicos e, graças às políticas de educação das últimas décadas, se beneficiam

hoje da expansão do acesso ao ensino superior. Nota-se assim, um lento processo de

acumulação de capital cultural e de modificações do estilo de vida, ligados à conquista

do diploma de ensino médio e superior por parte da segunda geração de famílias de

origem operária.
Um dos principais efeitos da progressão às séries finais do sistema de ensino e,

particularmente, reside na abertura de novos horizontes e de maiores aspirações de

estudo e trabalho para um número maior de jovens. A pesquisa empírica que nos

propomos a desenvolver irá considerar os jovens a partir de suas diferentes posições no

espaço social e a reinvenção dos investimentos educacionais a partir delas (Perosa,

Lebaron e Leite, 2015).

Trabalhar com essas categorias estatísticas nos permite considerar a grande

desigualdade (os jovens que só estudam e os que só trabalham), sem negligenciar as

situações intermediárias, identificadas entre os jovens que estudam e trabalham e, em

certo sentido, também entre os jovens que “nem estudam e nem trabalham”.

QUADRO 1: PROPORÇÃO DAS QUATRO JUVENTUDES NOS TRÊS PAÍSES (20-24 ANOS, URBANOS, DE AMBOS OS SEXOS)

Países Só trabalham Só estudam Estudam e Nem estudam e nem


trabalham trabalham

Argentina 35.5% 27.3% 11.0% 26.2%

Brasil 47.1% 13.0% 13.4% 26.4%


Fonte: CEPALSTATS, 2016.

Apesar das divisões sociais que atravessam esse grupo etário, o senso comum nos

ensina a considerar “jovens” todos os indivíduos que estão em uma determinada faixa etária,

entre a infância e a idade adulta (Mauger, 2010). Os demógrafos apontam que a transição para

a vida adulta é marcada pelos seguintes eventos: a saída da escola, o trabalho, a formação de

um novo núcleo familiar, com ou sem filhos. Sob a ótica de biólogos e psicólogos enfatiza-se a

sequência de fases do desenvolvimento praticamente universal, com pouca ou nenhuma

variação entre as classes sociais (Piaget, 2017). A “crise da adolescência”, o “complexo de Édipo”

ou os “conflitos intergeracionais”, diriam respeito a todos os jovens.

Para os historiadores, essa etapa da vida, entre infância e a vida adulta foi provocada

pelo advento da escola obrigatória e mais tarde, pelo prolongamento da escolarização (ARIÈS,
1981; ELIAS, 2012). Para sociólogos da juventude, é na passagem do século XIX para o XX que a

questão juvenil passa a ser interesse dos estudiosos, sendo a condição de “transitoriedade” ou

de “crise potencial” uma marca desses estudos (Abramo, 1994; Spósito, XXX).

Dialogando com estes estudos, nos propomos a realizar um estudo empírico

comparativo em dois contextos nacionais, ambos marcados pela expansão do acesso ao

secundário e superior. Interroga-se em que medida as condições de trabalho e estudo

condicionam suas práticas (de sociabilidade, de usos das tecnologias, etc.), mas também

fenômenos suscetíveis de serem interpretados como subjetivos, como suas percepções sobre o

futuro e a percepção do bem-estar. O município de São Paulo é um caso interessante para este

estudo. Com sua dimensão gigantesca, o município atraiu durante todo o século XX jovens que

procuravam melhores condições de estudo e trabalho (Fontes, 2010) e que contribuíram para a

formação de um “mercado escolar” ou educacional pungente, com uma ampla oferta

educacional, atravessada por fortes desigualdades sociais e materializadas, antes de tudo, na

subdivisão entre o ensino público e privado em todos os níveis de educação.

Objetivos
- Oferecer um quadro analítico para pensar a diversidade da juventude com base nestas

categorias estatísticas: os jovens que só estudam, os jovens que estudam e trabalham,

os jovens que nem estudam e nem trabalham e os jovens que só trabalham;

- Apresentar uma lista de recomendações expressas de políticas públicas para a

Educação Básica e de acesso à cultura de apoio às diferentes juventudes, em especial,

aquelas das classes baixas e intermediárias;

- Subsidiar a elaboração de políticas de educação e cultura para jovens fundadas no

reconhecimento das desigualdades sociais.

Métodos
Uma das originalidades deste projeto é apoiar-se nas categorias estatísticas

desenvolvidas pela CEPAL e hoje presentes também no Censo Populacional. Tais categorias são

mais apropriadas ao contexto latino-americano do que as estatísticas produzidas pela OCDE,

pensadas originalmente para a realidade dos países ricos do Norte.

Pretende-se aliar o estudo de séries estatísticas do IBGE à um levantamento por

questionários, seguidas de entrevistas semi-estruturadas voltadas para compreender o processo

de acesso e conclusão dos diferentes níveis de ensino desde 1980, por meio do portal Séries

Estatísticas do IBGE. Atualmente, ao consultarmos o site das Séries estatísticas do IBGE (subtema

“crianças, adolescentes e jovens), encontramos 28 informações, disponíveis para o intervalo de

1990 a 2009. São informações detalhadas sobre o trabalho infantil, seu rendimento diferencial,

taxas de mortalidade sem assistência, taxas de homicídio, de trabalho agrícola, de jovens com

aids, etc. Contudo, faltam categorias sintéticas, que possam englobar em uma só categoria a

informação relativa à relação entre trabalho e estudo. Com isso, nós pretendemos contribuir

para a renovação das estatísticas públicas, ferramentas indispensáveis para a elaboração de

políticas públicas (Derosières, 2014).

Realizar a aplicação de questionários para ampliar a amostra do projeto financiado pela

Fundação Carolina (2021) para 1000 respondentes. Este instrumento inclui questões sobre a

origem social, a trajetória escolar e ocupacional de jovens de 18 a 24 anos residentes no

município de São Paulo. Tais questionários serão respondidos on-line, prioritariamente. Os

dados produzidos com os questionários serão tratados com o método de Análise Geométrica de

Dados (AGD) por meio de uma análise de correspondências múltiplas, testados para a cidade de

São Paulo em estudos anteriores da autora (Perosa, Lebaron e Leite, 2015, Perosa et all, 2016;

Perosa, 2019; Perosa, Benitez, 2021).

Para o tratamento dos dados produzidos, faremos uso da noção de espaço social que

nos permite apreender simultaneamente a posição na estrutura social e as posições assumidas,

os pontos de vista, que geralmente os acompanham (Bourdieu, 2011). A reconstituição do


espaço de posições possíveis do universo de jovens será feira com base na Análise de

Correspondência Múltipla (ACM), técnica utilizada por Pierre Bourdieu em La Distinction (1979)

e La Noblesse d’état (1989), principalmente, como principal método de construção e

representação de um conjunto de variáveis que intencionalmente dão conta de certas relações

sociais e, portanto, de certas desigualdades.

A ACM é uma técnica de análise multidimensional de dados desenvolvida pela escola

francesa Analyse des Données, que está particularmente focada em Métodos de Classificação,

especialmente Classificação Hierárquica Ascendente (AHC), implementada por vários autores

como Escoffier e Pagès, 1992; Moscolon, 2005; Baranger, 2012; Le Roux e Ruanet, 2004 e 2010;

López Roldán e Fachelli, 2015.

Posteriormente, cada bolsista irá realizar 4 entrevistas, com os 4 tipos de jovens,

aplicando um roteiro de entrevista elaborado em conjunto com a orientadora.

Os resultados deste estudo quanti e quali devem contribuir tanto para compreender a

complexidade da reprodução social por meio da escola, como os processos de ascensão social

das camadas populares e intermediárias na cidade de São Paulo, ampliando e prolongando

estudos anteriores nossos (Perosa, Lebaron e Leite, 2015; Perosa, 2019).

7. Detalhamento das atividades a serem desenvolvidas pelo(a)(s)


bolsista(s)

- Observação e análise de séries estatísticas do IBGE sobre a progressão do acesso e

conclusão do Ensino Médio no Brasil e em São Paulo (https://seriesestatisticas.ibge.gov.br/ ;

https://infocidade.prefeitura.sp.gov.br )

- Aplicação de 250 questionários on-line nos quatro tipos de jovens (entre 18 e 24 anos):

os jovens que só estudam, que só trabalham, que estudam e trabalham, que nem estudam e

nem trabalham, em uma amostra estruturada por gênero e raça/cor e nível socioeconômico.
- Cada bolsista irá realizar 4 entrevistas semi-estruturadas, uma com cada categoria de

jovem.

- Análise dos resultados em conjunto com a professora e a equipe de bolsistas;

- Redação do relatório final.

Resultados Previstos e critérios de avaliação

Uma das nossas ambições é contribuir para uma renovação das estatísticas

públicas junto às instituições públicas que produzem as estatísticas nacionais relativas à

juventude nos dois países. Para tanto, buscaremos realizar 2 seminários com a equipe

do INFOCIDADE, da Prefeitura Municipal de São Paulo, visando a discutir os dados

disponibilizados hoje sobre os jovens e sobre educação e aqueles que poderiam ser

disponibilizados. Nosso diálogo com o INFOCIDADE já está adiantado com alguns

geógrafos e estatísticos.

A disponibilidade destas estatísticas é fundamental para a elaboração de

diversas políticas educacionais de inclusão (especialmente no nível da Educação Básica)

e mesmo para a elaboração de políticas culturais, intensificadas desde a década de 1990

e particularmente ao longo do ano 2000.

Insistimos que essas categorias da CEPAL, desenvolvidas a partir do estudo

pioneiro de Filgueiras (1998), são capazes de sintetizar, em boa medida, as principais

divisões sociais que incidem sobre os jovens, o que explica a heterogeneidade social

deste grupo etário. Atualmente, ao consultarmos o site das Séries estatísticas do IBGE

(subtema “crianças, adolescentes e jovens), encontramos 28 informações, disponíveis

para o intervalo de 1990 a 2009. São informações bem detalhadas sobre o trabalho

infantil, seu rendimento diferencial, as taxas de mortalidade sem assistência, as taxas


de homicídio, mas também de trabalho agrícola, de jovens com HIV, etc. Faltam,

contudo, mais informações sobre como os fenômenos incidem sobre os diferentes

grupos da população (sexo, origem social, geográfica, etnorracial, etc). A metodologia

da pesquisa, em especial o uso de métodos de análise geométrica de dados, permite

operacionalizar a noção de interseccionalidade ao possibilitar identificar uma estrutura

de correlações estatísticas. Faltam, contudo, categorias sintéticas, que possam englobar

em uma só medida a informação relativa à relação entre trabalho e estudo. Com isso,

nós pretendemos contribuir para o desenvolvimento técnico de estatísticas públicas,

ferramentas indispensáveis nos dias atuais para a elaboração de políticas públicas

(Derosières, 2014)

Cronograma

Atividades/Meses Set. a Dez. Mar. A Junho


Nov. a Maio a
Fev. agosto

Discussão teórico-metodológico do projeto x

Elaboração de um quadro comparativo das x X


estatísticas oficiais disponíveis para a
juventude (IBGE e Infocidade)

Aplicação de questionários X x

Processamento dos dados obtidos X x

Identificação dos perfis de jovens e X x


entrevistas em profundidade

Reuniões com o Infocidade x X

Elaboração de planilhas com os dados das x x


entrevistas e análise das entrevistas

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