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EDUCANDÁRIO MANOEL RODRIGUES

8º ANO “A” – TURNO TARDE

TRABALHO DE ÉTICA

ADOLESCÊNCIA NO BRASIL

RAPHAEL BARROS DA SILVA

ESPERANTINA – PI, FEVEREIRO DE 2024


O Brasil possui uma população de 210,1 milhões de pessoas, dos quais
53.759.457 têm menos de 18 anos de idade (Estimativa IBGE para 2019). Mais
da metade de todas as crianças e adolescentes brasileiros são
afrodescendentes e um terço dos cerca de 820 mil indígenas do País é criança.
São dezenas de milhões de pessoas que possuem direitos e deveres e
necessitam de condições para desenvolver com plenitude todo o seu potencial.
De 1990 a 2019, o percentual de crianças com idade escolar obrigatória
fora da escola caiu de 19,6% para 3,7% (Pnad 2019). No entanto, mesmo com
tantos avanços, em 2019, 1,5 milhão de meninos e meninas ainda estavam fora
da escola (Pnad, 2019). E essa exclusão escolar tem rosto e endereço: quem
está fora da escola são os pobres, negros, indígenas e quilombolas. Uma parcela
tem algum tipo de deficiência. E grande parte vive nas periferias dos grandes
centros urbanos, no Semiárido, na Amazônia e na zona rural. Muitos deixam a
escola para trabalhar e contribuir com a renda familiar.
Além do desafio de acesso escolar, há quem esteja na escola sem
aprender. O sistema de educação brasileiro não tem sido capaz de garantir
oportunidades de aprendizagem a todos. Muitos meninos e meninas são
deixados para trás. Ao ser reprovados diversas vezes, saem da escola. Em 2018,
6,4 milhões de estudantes das escolas estaduais e municipais tinham dois ou
mais anos de atraso escolar.
Para o UNICEF, a face mais trágica das
violações de direitos que afetam meninos e
meninas no Brasil são os homicídios de
adolescentes: a cada hora, alguém entre
10 e 19 anos de idade é assassinado no
País [estimativa do UNICEF baseada em
dados do Datasus (2018)] — quase todos
meninos, negros, moradores de favelas.
O Brasil tem uma das legislações mais avançadas do mundo no que diz
respeito à proteção da infância e da adolescência. No entanto, é necessário
adotar políticas públicas capazes de combater e superar as desigualdades
geográficas, sociais e étnicas do País e celebrar a riqueza de sua diversidade
.
De acordo com os dados preliminares compilados pela nova edição do
Cenário da Infância e Adolescência no Brasil, a mortalidade materna aumentou
em 53% de 2020 para 2021, atingindo 110,2 óbitos maternos para cada 100 mil
nascidos vivos. Quando se compara a taxa obtida em 2019 com a taxa de 2021,
o aumento é de quase 100%.
A alta dos números da mortalidade materna acompanha o surgimento da
pandemia de COVID-19, pois as taxas mantiveram-se relativamente constantes
entre 2015 e 2019, aumentando vertiginosamente a partir de 2020. Este
fenômeno pode ser explicado pela sobrecarga do sistema de saúde brasileiro,
aliada ao quadro já acentuado da mortalidade materna e às condições corporais
especiais da mulher durante a gestação e o puerpério.
A Educação foi uma das áreas que mais sofreu impactos nos últimos
anos devido à pandemia de COVID-19, por causa das medidas restritivas que
levaram à suspensão das aulas presenciais temporariamente. O aumento do
abandono escolar, por exemplo, que vinha diminuindo antes de 2020, voltou a
crescer depois deste ano, principalmente nos anos finais do ensino
fundamental e no ensino médio.
No primeiro caso, a taxa de
abandono chegou a 1,8% em
2021, depois de atingir 1,1%
após uma série de quedas ao
longo dos anos anteriores. Já
para o ensino médio, a taxa,
que havia figurado em 2,3%
em 2020, atingiu a casa dos
5% em 2021.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Confira a nova edição do Cenário da Infância e Adolescência no


Brasil. Disponível em: <https://www.fadc.org.br/noticias/confira-a-
nova-edicao-do-cenario-da-infancia-e-adolescencia-no-brasil>.

Situação das crianças e dos adolescentes no Brasil. Disponível


em: <https://www.unicef.org/brazil/situacao-das-criancas-e-dos-
adolescentes-no-brasil>.

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