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A partir da leitura do texto didático “História dos Direitos da Infância e do

Adolescente” e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua


formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal
da língua portuguesa sobre o tema “A importância do ECA na sociedade
brasileira: como popularizar essa questão em nosso âmbito social?”,
apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e
fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I
O mundo se encontra em um quadro grave ocasionado pela pandemia do novo
coronavírus (covid-19), com as escolas fechadas e a pobreza se acentuando
no país, muitas famílias enxergam crianças e adolescentes como uma mão-de-
obra a mais para ajudar nas despesas da casa. Uma visão errônea, pois isto
pode acarretar danos irreversíveis no ciclo da educação, impactando
diretamente no bem estar físico e emocional dos mesmos.
Segundo dados do IBGE de 2016, os últimos disponíveis, 2,4 milhões de
crianças e adolescentes de 5 a 17 anos estavam em situação de trabalho
infantil no Brasil. Destes, 1,7 milhão exerciam também afazeres domésticos de
forma concomitante ao trabalho ou estudo. O problema afeta, em especial,
meninas e meninos negros. Do total em trabalho infantil no Brasil em 2016,
64,1% eram negros. Na Região Norte, este percentual era ainda maior, 86,2%,
seguido da Região Nordeste, com 79,5%, e do Centro-Oeste, com 71,5%. No
Sudeste e no Sul eram 58,4% e 27,9%, respectivamente.
(Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/unicef-
alerta-para-o-risco-de-aumento-do-trabalho-infantil-durante-e-apos - Acesso
em: 17 de Fev.2020).

Texto II
175 milhões de crianças não estão matriculadas na educação infantil, o
primeiro relatório global na história do UNICEF dedicado à educação infantil
destaca a falta de investimento nesta etapa pela maioria dos governos em todo
o mundo. No Brasil o quadro não é diferente, entre as crianças de 4 e 5 anos,
91,7% estavam na pré-escola em 2017, totalizando quase 4,9 milhões de
pessoas. Em 2016, eram 90,2%. Nordeste e Sudeste apresentaram taxas
acima da média nacional, 94,8% e 93,0%. Em seguida aparecem Sul (88,9%),
Centro-Oeste (86,9%) e Norte (85%). Entre os principais motivos apontados
pelos pais para a não frequência à pré-escola estão:

 Crianças de 4 e 5 anos:
 44,4% (196 mil): dificuldade de acesso, seja por falta de vaga (24,6%) ou
inexistência de escola na localidade de moradia (19,8%).
 41,4% (182 mil): desejo dos pais ou responsáveis.

Embora o percentual de crianças de 4 e 5 anos na escola venha crescendo, o


aumento não foi suficiente para que o Brasil alcançasse a Meta 1 do Plano
Nacional de Educação, que previa a universalização do acesso à pré-escola
até o ano de 2016. A meta não foi alcançada nacionalmente, nem em nenhuma
região do País.

(Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/175-


milhoes-de-criancas-nao-estao-matriculadas-na-educacao-infantil#:~:text=Entre
%20as%20crian%C3%A7as%20de%204,%25)%20e%20Norte%20(85%25). -
Acesso em: 17 de Fev.2020).

Texto III
Trinta anos atrás, os líderes mundiais assumiram um compromisso histórico
com as crianças de todo o mundo ao adotar a Convenção sobre os Direitos da
Criança – um acordo internacional sobre a infância.
Tornou-se o tratado de direitos humanos mais amplamente ratificado da
história da humanidade – foi ratificado por 196 países; somente os Estados
Unidos não ratificaram a Convenção – e ajudou a transformar a vida das
crianças e dos adolescentes em todo o mundo. O Brasil ratificou a Convenção
sobre os Direitos da Criança em 24 de setembro de 1990.
Nos últimos 30 anos, a vida de crianças e adolescentes foi transformada:

Mas milhões ainda são deixados para trás e a infância está mudando rapidamente:
Nem toda criança consegue desfrutar de uma infância plena. Nem todo
adolescente consegue viver plenamente sua adolescência. Ainda hoje, muitas
infâncias e adolescências são interrompidas.
Cabe à nossa geração exigir que líderes de governos, empresas e
comunidades cumpram seus compromissos e tomem medidas pelos direitos de
meninas e meninos agora, de uma vez por todas. Eles devem se comprometer
a garantir que todas as crianças e todos os adolescentes tenham assegurados
todos os direitos.
(Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/convencao-direitos-da-crianca-30-
anos - Acesso em 18 fev. 2021).

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