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Apesar de terem havido muitos avanços para a infância e a

adolescência no Brasil nesse período, ainda são muitos os desafios


para que o país de fato garanta todos os direitos de nossas
crianças e adolescentes.
Uma moradia digna e bem estruturada é fundamental para o
desenvolvimento integral da criança. Mas no Brasil, segundo censo
do IBGE de 2010, são 3,2 milhões de domicílios localizados em
favelas, com mais de 11 milhões de pessoas vivendo nessas
condições. Na cidade de Belém (PA), por exemplo, 52,43% das
residências estão em favelas.

artigo completo:

https://lunetas.com.br/25-desafios-da-infancia-e-da-adolescencia-
no-brasil/

Até 2013, mais de 3 milhões de crianças e adolescentes, de 5 a 17


anos, trabalhavam no Brasil (IBGE/Pnad). Embora o país tenha
reduzido em 59% esse número nos últimos 20 anos, dificilmente
cumprirá a meta de erradicar o trabalho infantil até 2020. Segundo
estimativa do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do
Trabalho Infantil, mantida a tendência de redução atual, mais de 2
milhões de crianças e adolescentes ainda trabalharão no final da
década.

Ainda são muitos os desafios para que o país de fato garanta todos
os direitos de nossas crianças e adolescentes. É o que mostram os
25 itens listados pela Fundação Abrinq, indicando os principais
entraves ao desenvolvimento da infância e da adolescência.

IDEIAS:

Crianças e adolescentes têm sido alvo de muitos crimes em nosso país. A violência contra eles
tem crescido de forma alarmante, abrangendo desde tentativas de legalização do aborto por
meio de medidas que promovem a pornografia infantil até tentativas de legalização da pedofilia
e do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. As pessoas esquecem que as
crianças e os jovens são os futuros jovens e adultos de um país e são a futura sociedade do
país. Uma sociedade saudável produz um país saudável, e uma sociedade doente significa um
país doente. Portanto, a importância de cuidar da saúde física e mental das crianças e
adolescentes hoje.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, criado a partir da Lei 8069 de 1990, consolidou como
sujeito de direitos todas as crianças e adolescentes. Entretanto, nota-se que tal condição não é
de fato garantida à população infanto-juvenil brasileira.
Em uma primeira análise, percebe-se que ainda há muitos casos de violência infantil no Brasil,
evidenciado por dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em que
houve pouco mais de 26000 denúncias de agressão contra crianças e adolescentes entre os
meses de março e junho de 2020. Tal fato, portanto, demonstra a não preservação dos direitos
dessa população que devem ser garantidos integralmente pelo Estado, pela sociedade e pela
família, segundo o Artigo 227 da Constituição Federal Brasileira de 1988.
Outro ponto a se destacar é a questão referente ao trabalho na infância: a obra ‘’Capitães de
Areia’’ de Jorge Amado mostra uma das facetas do abandono infantil ao contar a história de um
grupo de menores abandonados nas ruas e os atritos desse com a sociedade baiana do século
XX, os quais precisavam roubar para sobreviverem nas ruas. Partindo dessa alusão, ao proibir o
trabalho durante a pré-adolescência, cenas de crianças e adolescentes em empregos informais
ou participando de crimes podem tornar-se mais comuns.
Portanto, em vista dos fatos mencionados, conclui-se que é necessário que o Estado promova a
criação de políticas como o programa ‘’Jovem Aprendiz’’, que permite o adolescente a partir dos
14 anos a trabalhar de maneira formal; e o desenvolvimento de Conselhos Tutelares melhor
estruturados para atender às crianças e aos adolescentes. Além disso, é necessário maior
atuação do CONANDA, órgão fiscalizador das ações executadas pelo poder público em prol da
população infanto-juvenil.

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