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@profviniciusoliveira

PROFINHO DA REDAÇÃO

7 REDAÇÕES
MODELO
QUENTES
PARA 2022!
Guia de Redação do Profinho – 4ª Ed.
Guia de redação dogasdasdasd

QUEM É O PROFINHO
E aeee! Aqui é o professor Vinícius Oliveira – também conhecido como Profinho! Sou
formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e, há mais de oito anos, dedico a minha
vida na missão de ensinar a galera a alcançar notas perfeitas na redação.
Lindosss, ao longo da minha carreira, já transformei a redação (e a vida) de milhares de
alunos e tive 3 alunas nota 1000 (já posso pedir música no fantástico! ;)
Há alguns anos, eu criei uma estratégia capaz de simplificar a sua vida com a redação:
a Redação ENEM em 10 PASSOS, e você vai aprender tudo aqui neste Guia.
Aliás, tudo o que eu vou te ensinar neste material brabíssimo já foi testado e validado
por centenas de alunos e por mim mesmo em 2016, quando tirei 1000 no Enem e me tornei o
único Profinho do Brasil que entrou no Manual do INEP! 😉😉

POSTURA DO MEU ALUNO


Você agora é o meu aluno, e eu espero algumas posturas de você. Bora ver!
• Mantenha a mente aberta.
A maioria dos candidatos trazem vícios e comportamentos de escrita que podem ser ruins e
prejudicar a evolução. Por isso, eu peço que você, a partir de agora, tenha um olhar crítico
sobre si mesmo e entenda que nada é absoluto em redação. Isso se aplica não só àqueles
alunos que estagnaram em determinada nota, mas também aos vestibulandos que têm bom
desempenho.
• Desconstrua o comportamento medíocre
Comportamento medíocre é aquele que mantém você nas zonas de conforto. De verdade, o
conforto dificilmente levará você a resultados INCRÍVEIS. Por isso, eu preciso que o meu aluno
tenha senso crítico para identificar quais são os comportamentos medíocres da sua rotina e
desconstruí-los.
• Aprenda a comemorar
É isso mesmo. Muitas pessoas acham que comemorar uma vitória é sinônimo de arrogância ou
de prepotência. Não é! Quando a gente vibra depois de bater uma meta (mesmo que
pareça pequena), experimentamos sensações boas de prazer e de satisfação.
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi criado em 1998 pra verificar a qualidade
do ensino público no Brasil e não tinha a importância que tem hoje. Prova disso é que, na
primeira edição, somente 115,6 mil estudantes participaram. Em 2019, tivemos o pico de
participantes, com 5.1 milhões de inscritos.
A redação do ENEM também evoluiu com os anos. Em 98, o candidato deveria escrever
sobre o tema VIVER E APRENDER, e tinha apenas um texto motivador. A partir de 2010, o Enem
passou a ser aplicado às pessoas privadas de liberdade (ENEM PPL).
Bom, uma coisa tem que ficar clara de início: quem sabe escrever não
necessariamente vai tirar 1000! Pra dominar as paradas, você precisa impressionar o corretor

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TEMA - A importância do uso da tecnologia no combate à criminalidade

Em outubro de 1988, a sociedade conheceu um dos documentos mais


importantes da história do Brasil: a Constituição Cidadã, cujo conteúdo garante o
direito à segurança. Entretanto, a subutilização da tecnologia no combate à
criminalidade impede que os brasileiros usufruam desse direito constitucional. Com
efeito, a desconstrução da involução digital, bem como do despreparo do Estado
são iniciativas capazes de fazer com que o problema seja tratado com a devida
importância.

Diante desse cenário, a desatualização da polícia dificulta o combate aos


delitos. Nesse sentido, em 1996, o sequestro e a morte da menina Amber Hagerman
motivaram os Estados Unidos a desenvolver um aviso sonoro capaz de comunicar o
rapto de crianças, em massa e de forma sincronizada com as mídias sociais. Por sua
vez, o Brasil ainda está distante da inteligência aplicada nos EUA, já que não possui
a tecnologia necessária para solucionar os crimes de forma rápida e segura. Inclusive,
como prova desse grave retrocesso, até 2019, não havia um cadastro unificado de
pessoas desaparecidas para agilizar a resolução dos sequestros no Brasil. Assim, a
falta de estratégias inovadores evidencia o atraso da nação verde-amarela, e, se a
involução digital for a regra, o combate eficaz à criminalidade será a exceção.

Ademais, a Quarta Revolução Industrial – marcada pelo surgimento da


robótica – representa o estágio mais avançado da evolução digital e pode cooperar
significativamente para as necessidades da atual geração. Ocorre que o Estado
brasileiro se mostra desatualizado, já que utiliza pouco – ou nada – a inteligência
artificial e a nanotecnologia proporcionadas pela Revolução 4.0. Nesse sentido, as
inovações não recebem a devida importância, e as autoridades policiais combatem
os crimes de forma analógica e retrógrada. Dessa forma, enquanto a polícia não for
atualizada, o Brasil será obrigado a conviver com um dos mais graves problemas para
os cidadãos: a criminalidade.

É urgente, portanto, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, em


parceria com os estados federativos ofereçam a atualização necessária à polícia, por
meio de projetos estratégicos, como a compra de “drones” e de “softwares”
avançados que sejam capazes de auxiliar no cotidiano dos agentes de segurança.
Essa iniciativa teria a finalidade de mitigar o despreparo na resolução dos conflitos e
de garantir que o Brasil seja uma nação segura e, de fato, de livre de qualquer forma
de criminalidade.

Professor Vinícius Oliveira


TEMA - Garantia da dignidade do trabalhador doméstico no Brasil

Em abril de 2022, a mídia brasileira trouxe luz a casos de empregadas


domésticas que viviam há anos em regime exploratório constante, o que se enquadrou
como trabalho análogo à escravidão. Sob essa lógica, as tristes histórias reveladas na TV
representam grave problema e simbolizam que a falta da dignidade no trabalhador do
lar ainda é uma realidade cruel, mas comum. Com efeito, a solução do problema passa
pelo combate não só da subserviência humana, bem como da omissão estatal na
garantia de direitos trabalhistas.

Diante desse cenário, a exploração desumana de mão de obra representa


grave retrocesso. Nesse sentido, o Período Colonial – importante fase de construção do
comportamento do brasileiro – foi marcado pela submissão do negro, sobretudo das
mulheres, ao serviço doméstico sem qualquer garantia de dignidade. Essa cruel
exploração ainda se mantém nos lares brasileiros, já que muitos empregados
domésticos, cuja maioria é mulher negra tal como era no século XVI, ainda são
invisibilizados e privados de direitos trabalhistas, a exemplo do controle de jornada. Não
é razoável que, mesmo 500 anos depois, a sociedade ainda conviva com a realidade
arcaica típica do descobrimento do Brasil.

Ademais, Getúlio Vargas – conhecido como pai dos pobres – promulgou a


CLT: legislação garantidora de importantes direitos trabalhistas. Ocorre que, a garantia
conquistada desde a Era Vargas ainda não se entende efetivamente aos colaboradores
do lar, já que muitos ainda não são remunerados por suas horas-extras e sequer têm a
sua carteira assinada. Assim, as políticas públicas trabalhistas se mostram insuficientes,
e, enquanto a omissão do Estado na efetivação dos direitos laborais domésticos se
mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com um dos mais graves problemas para o
século XXI: a falta de dignidade no trabalho.

É urgente, portanto, que medidas sejam tomadas para combater a submissão


do trabalhador doméstico. Nesse viés, as escolas – responsáveis pela transformação
social – devem desconstruir a invisibilidade dos empregados do lar, por meio de projetos
pedagógicos, como ações comunitárias capazes de reverter a postura retrógrada da
sociedade. Essa iniciativa teria a finalidade de romper a inércia do Estado e de garantir
que o Brasil seja uma nação justa, solidária e, de fato, libre da exploração.

Professor Vinícius Oliveira


TEMA – Implementação do ensino domiciliar no brasil
Em outubro de 1988, a sociedade conheceu um dos documentos mais
importantes da história do Brasil: a Constituição Cidadã, cujo conteúdo garante a
educação a todos. Entretanto, a dificuldade de implementação do ensino domiciliar
impede que os brasileiros usufruam desse direito constitucional. Com efeito, a
solução do problema pressupõe que se combata não só a invisibilidade dos
estudantes de baixa renda, mas também a omissão do Estado.

Diante desse cenário, a desigualdade educacional fragiliza a dignidade


humana dos alunos. Nesse sentido, a Declaração Universal dos Direitos Humanos –
promulgada em 1948 pela ONU – assegura que todos os indivíduos fazem jus a
direitos básicos, a exemplo do acesso ao sistema educacional de qualidade. Ocorre
que, no Brasil, os estudantes de baixa renda estão distantes de vivenciar o benefício
previsto pelas Nações Unidas, sobretudo por conta da falta de políticas públicas
capazes de implementar o ensino domiciliar de forma efetiva. Assim, se os
estudantes de baixa renda continuarem tratados como invisíveis, os direitos firmados
em 1948 permanecerão como privilégios.

Ademais, a inércia estatal inviabiliza a efetiva implementação da educação


domiciliar. A esse respeito, o filósofo inglês John Locke desenvolveu o conceito de
“Contrato Social”, a partir do qual os indivíduos deveriam confiar no Estado, que, por
sua vez, garantiria direitos inalienáveis à população. Todavia, a falta de treinamento
da família para o ensino evidencia que o Poder Público se mostra incapaz de cumprir
o contrato de Locke, na medida em que as autoridades escolares não capacitam pais
e mães para ensinar os filhos em casa, o que representa grave problema. Desse
modo, enquanto a omissão estatal se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com
uma das mais cruéis mazelas para os alunos de baixa renda: a carência educacional.

É urgente, portanto, que medidas sejam tomadas para incentivar o


“homeschooling”. Nesse sentido, as escolas – responsáveis pela transformação social
– devem ensinar a sociedade a reivindicar melhorias em relação ensino domiciliar,
por meio de projetos pedagógicos, como oficinas e ações comunitárias. Essa
iniciativa terá a finalidade de romper a inércia do Estado e de garantir que o
tratamento digno previsto pelas Nações Unidas deixe de ser, em breve, uma utopia
no Brasil.

Professor Vinícius Oliveira


TEMA – O problema da superexposição de crianças e de
adolescentes nas redes sociais

Fundado em 2010, o Instagram tornou-se uma das maiores mídias de


compartilhamento de fotos e de vídeos do mundo. Embora tenha sido
criado para o entretenimento, a rede social de Zuckerberg potencializou um
grave problema comum no Brasil: a superexposição entre crianças e
adolescentes, motivada pela busca excessiva por prestígio na internet e que
torna possíveis os crimes cibernéticos.
Diante desse cenário, a constante busca por prestígio nas mídias
sociais favorece a superexposição infantojuvenil. A esse respeito, o filósofo
francês Guy Debord, em sua obra "Sociedade do Espetáculo", defende que
as relações sociais são medidas por imagens que podem oferecer falsa
perfeição. Nesse sentido, as fotos postadas nas redes sociais, em regra de
forma excessiva, confirmam o fenômeno denunciado por Debord e
colaboram para construir a necessidade de status, cujas vítimas são meninos
e meninas – em fase de formação social. Ocorre que a superexposição pode
causar baixa autoestima e depressão naqueles que não alcançam a
perfeição imposta no ciberespaço.
Nesse sentido, a exposição excessiva favorece a ocorrência de
crimes, e as vítimas são as minorias mais vulneráveis: crianças e
adolescentes. A esse respeito, o ex-presidente Getúlio Vargas saiu da vida
para a história com a criação do Código Penal brasileiro, que, décadas
depois, passou a tratar dos cibercrimes. Entretanto, embora haja punição
para aqueles que cometem delitos na web, o Código Penal ainda é incapaz
de coibir a ação de criminosos que se aproveitam das localizações e das
fotos postadas em tempo real. Inclusive, os delitos podem extrapolar o
universo digital e se manifestar de forma presencial, tal como pedofilia e
sequestros, que poderiam ser evitados a partir do uso responsável das
mídias.
Os excessos nas redes sociais devem, portanto, ser desconstruídos
entre os brasileiros. Para isso, os pais de crianças e de adolescentes devem
evitar a ultraexposição, evitando nutrir a cultura de prestígio imposta nas
mídias, e, principalmente, não veiculando fotos das crianças e localizações
dos jovens, a fim de evitar problemas comuns na contemporaneidade,
como a busca pelo status e os crimes cibernéticos. Assim, a nação verde-
amarela deixará de ser, enfim, uma sociedade de espetáculo.
Professor Vinícius Oliveira
Em 2021, a sociedade ficou marcada por um triste episódio envolvendo
agressões a crianças: o assassinato de Henry Borel, que, embora seja cruel, não é raro
no Brasil. Nesse sentido, a violência doméstica contra meninos e meninas representa
grave problema e pode motivar outros casos como o de Henry. Com efeito, para
prevenir a hostilidade, há de se criar alternativas para valorizar a dignidade humana
infantil, bem como combater o assédio moral dentro dos lares.

Diante desse cenário, a violência doméstica contra as crianças fragiliza a sua


integridade. A esse respeito, no contexto do Iluminismo, a Declaração dos Direitos
do Homem e do Cidadão foi um dos primeiros tratados internacionais a considerar
meninos e meninas como hipossuficientes — indivíduos que dependem de proteção
dos pais e do Estado. Ocorre que o Poder Público e a família se mostram incapazes
de proteger a infância, tal como estabeleciam os iluministas no século XVIII. Desse
modo, a persistência do abandono parental, do assédio sexual e das faces cruéis da
violência contra as crianças representa grave retrocesso. Assim, não é razoável que,
em vez de ser um ambiente seguro, os lares simbolizem lugares hostis e traumáticos.

Ademais, a manipulação emocional sobre a criança dá lugar a prejuízos


psicológicos. Sobre isso, o médico Peter Sifneos nomeou como “Alexitimia” o
conceito clínico conhecido popularmente como “cegueira emocional”, segundo o
qual o relacionamento tóxico com os genitores pode provocar na criança a perda da
capacidade de demonstrar afeto. Nesse sentido, muitas famílias são imprudentes com
os filhos e, assim, são responsáveis por ocasionar consequências irreparáveis como a
síndrome definida por Sifneos. Desse modo, enquanto os maus-tratos não forem
evitados, a sociedade terá de conviver com um dos piores obstáculos para o
desenvolvimento: o caos familiar.

É urgente, portanto, que as escolas — responsáveis pela transformação social


— devem contribuir para a garantia da dignidade humana na infância, por meio de
projetos pedagógicos, como palestras e ações abertas à comunidade, capazes de
proteger a infância. Essa iniciativa teria a finalidade de repudiar os casos cruéis de
agressão doméstica, a exemplo do abandono parental e do assédio sexual. Assim,
será possível garantir que episódios tristes como o da morte do menino Henry
deixem de ser, em breve, realidade no Brasil.

Professor Vinícius Oliveira


TEMA – Meios para combater a evasão escolar no Brasil

Em 1996, foi fundada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, cuja função
inicial era modernizar o ensino básico no Brasil e estimular os indivíduos se manterem
ativos no processo pedagógico. Todavia, a alarmante evasão escolar evidencia que a meta
da LDB está distante de ser a realidade de crianças e de adolescentes. Com efeito, as
estratégias para manter os alunos no ciclo pedagógico pressupõem que se combata a
desatualização das aulas e que se garanta a ampliação da perspectiva de vida dos
estudantes.

Diante desse cenário, a educação brasileira é inspirada no modelo da Revolução


Industrial do século XVIII, que reproduzia dentro da escola o formato de uma pequena
fábrica. Nesse viés, os estudantes eram submissos, dependentes e estimulados a obedecer,
a fim de se tornarem bons operários no futuro. Mesmo após séculos de evolução, esse
formato antigo ainda se perpetua no Brasil, mostra-se defasado e incapaz de reter o
adolescente no processo pedagógico. Assim, enquanto as escolas brasileiras se mantiverem
como fábricas, tal como era no século XVIII, a evasão escolar continuará como uma triste
realidade entre os estudantes.

Ademais, o distanciamento entre teoria e prática é obstáculo para a manutenção


dos educandos no sistema. A esse respeito, em sua obra “Pedagogia do Oprimido”, Paulo
Freire defende que a escola deve ter íntima relação com a realidade dos alunos e não ficar
restrita ao universo teórico – problema conhecido como academicismo. Todavia, o Ensino
Médio contemporâneo vai de encontro à ideologia de Freire, haja vista a deficiência dos
métodos desenvolvidos nas escolas, capazes de criar abismos entre a sala de aula e a
sociedade. Nesse sentido, o distanciamento denunciado pelo pedagogo acarreta um dos
mais graves problemas do Ensino Médio brasileiro: a fragilidade do seu papel social e,
consequentemente, o abandono escolar.

Impende, portanto, que a educação cumpra, de fato, o seu papel nos últimos anos
do ensino básico. Para isso, o Ministério da Educação – responsável pela atualização do
ensino – deve desconstruir o modelo ultrapassado de aulas, por meio da flexibilização do
currículo, como propõe a Base Nacional Comum Curricular, para que a diversidade cognitiva
dos alunos seja valorizada. Por sua vez, os próprios estudantes, com auxílio dos professores,
podem realizar pesquisas e seminários relacionando a teoria aprendida em aula com o seu
próprio contexto, como ocorre em nações desenvolvidas, a fim de combater o problema do
academicismo e garantir que o ambiente seja mais interessante e, em breve, livre da evasão
escolar.

Professor Vinícius Oliveira


TEMA - Os desafios do combate ao endividamento da população brasileira

No início do século XX, o governo norte-americano promoveu grande


expansão de crédito para a população, que confiava no constante crescimento dos
EUA entre 1918 e 1928. Ocorre que a população não estava preparada para a grande
recessão econômica que ocorreria em 1929, fenômeno que se popularizou sob o título
de Grande Depressão. Nesse viés, o despreparo e a falta de planejamento econômico,
vividos na Crise de 29, são a cruel realidade dos brasileiros endividados, motivada pela
extrema pobreza e pela falta de educação financeira desde a infância.

Diante desse cenário, é inviável ter planejamento financeiro quando,


historicamente, não há o que se administrar. A esse respeito, a formação do Brasil foi
marcada por uma colônia de exploração, que, desde o século XVI, promove
desigualdade de renda e miséria. Nesse sentido, o brasileiro acostumou-se a viver com
recursos escassos, e o planejamento financeiro não é a prioridade em uma nação
marcada pela exploração colonial, que ainda se perpetua de forma negativa e reflete
no endividamento. Paralelamente, os brasileiros que conseguem emergir
financeiramente veem-se despreparados para lidar com o dinheiro e são incapazes de
evitar o acúmulo de dívidas.

Outrossim, o modelo de escola que ainda está vigente no Brasil baseia-se no


modelo do século XVIII, que impõe a uniformização do comportamento para se chegar
à submissão do indivíduo. Essa subserviência se manifesta desta forma no Brasil: os
alunos não são estimulados a terem sucesso financeiro e a se verem livre das dívidas,
mas sim a dependerem dos seus empregadores. Antes, a educação financeira daria a
possibilidade de o cidadão emergir socialmente e de exigir melhores condições de
emprego e de vida, o que no Brasil não era – e ainda não é – o interesse das classes
dominantes.

Para combater o endividamento, portanto, a escola deve problematizar a


histórica cultura de pobreza, que ainda permanece enraizada na sociedade, por meio
de eventos pedagógicos, como aulas e palestras, capazes de mostrar a necessidade de
organizar os gastos, sobretudo em tempos de crise. Essa iniciativa teria a finalidade de
motivar homens e mulheres, desde a infância, a aprender a administrar o dinheiro, de
modo que a Grande Depressão permaneça apenas na história.

Professor Vinícius Oliveira

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