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REDAÇÃO
REPERTÓRIO
SOCIOCULTURAL
professor júnior nóbrega
ISOLADA TURBO
TIME TURBO DE PROFESSORES
Victória Araújo - 920 NO ENEM 2020 Giovana Nascimento - 960 NO ENEM 2020
REDAÇÃO E GRAMÁTICA REDAÇÃO E BIOLOGIA
O repertório sociocultural, ou somente repertório (como é mais conhecido), será toda e qualquer informação
adquirida por conta de uma vivência social, ou seja, é toda forma de conhecimento, informação, fato que
aprendemos na escola, com a família, entre amigos etc. Mas, para o ENEM, teremos que saber selecionar e
organizar essas ideias, pois nem tudo será aceitável, sobretudo se seu objetivo é atingir nota máxima.
Como visto, repertório é toda informação, fato ou conhecimento adquirido. Dentro do texto dissertativo-
argumentativo, assume importante papel por, em primeiro lugar, ser avaliado em uma das competências
avaliativa do ENEM – a competência 2. Veja, por exemplo, o que temos na cartilha do participante acerca dessa
competência: “Desenvolver o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural
produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo- argumentativo”. Nesse sentido, podemos pontuar,
em segundo lugar, que tem também importância por contribuir como argumento para a discussão que será
elaborada no texto. Então, o bom uso do repertório é fundamental!
No ENEM, há alguns repertórios que são muito usados e assumem uma grande importância no processo
argumentativo, como: Períodos Históricos (alusões históricas); Autores e suas obras literárias (sugiro na literatura
brasileira os clássicos e os poucos conhecidos, sugiro literatura russa, alemã, francesa e os clássicos universais);
Filósofos/Sociólogos e seus pensamentos e conceitos; Filmes; Seriados; Novelas; Dados estatísticos, entre outros.
(quando usas dados, sempre indicar a fonte (jornal, revista, site, canal, etc), pois isso dá mais credibilidade ao
repertório).
Para além desses tipos de repertórios sugerimos que sempre tente inovar para isso acrescentamos que como
repertório podemos utilizar: letras de músicas, poemas, desenhos atuais e antigos, mitos, movimentos artísticos
(cada movimento artístico tem características e objetivos sociais), propagandas da mídia, jogos eletrônicos,
projetos sociais, ONGs, Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, Documentários etc.
Os repertórios na dissertação aparecem como contextualização (introdução) e fundamentações
(desenvolvimento). Você não pode usar mais do que 3 repertórios, pois corre o sério risco de tornar o texto
expositivo e não argumentativo. Então, o correto é usar um repertório na introdução, que é a contextualização, e
usar um em cada parágrafo de desenvolvimento, o que chamamos de fundamentação.
OBSERVE A ESTRUTURA:
P.S. o repertório artístico engloba diferentes artifícios como: filmes, séries, livros, pinturas, músicas, novelas,
desenhos etc. Ele é o “queridinho” entre alunos e corretores por se mostrar surpreendente (eu particularmente
amo). Para usá-lo, basta articular o tema da redação com algum aspecto artístico. Mas não se esqueça de que a
estratégia eficaz para ele é sempre a comparação entre ficção e realidade. Observe o parágrafo modelo a seguir:
"Você quer saber o que é a Matrix? Matrix está em toda parte [...] é o
mundo que acredita ser real para que não perceba a verdade."
O que é a Matrix? Essa é a pergunta feita por Neo, mas de tão intrigante que é, o telespectador atento a internaliza
como sua e, assim, passa a questionar-se. Morpheus, o grande filósofo da obra cinematográfica, diz em dado
momento a Neo que somente ele pode descobrir, de fato, o que é a Matrix, do mesmo modo, que somente cada um
de nós pode descobrir essa verdade.
“Infelizmente, é impossível dizer o que é a Matrix. Você tem de ver por si mesmo”.
Sendo assim, a descoberta da realidade é um ato individual, ainda que possa ser influenciado por outrem, e que
depende de vontade e coragem. É muito mais fácil permanecer seguindo a rotina cotidiana, fazendo parte de uma
engrenagem, como gostam de falar os positivistas. A dificuldade reside em enfrentar as condições dadas, a fim de
que se possa atingir a consciência do real, tornando-se um inadequado social.
A escolha entre a pílula azul e a vermelha é o que determina se você quer saber o que é a Matrix. Se você decidiu
pela pílula azul, por favor, não continue. Caso, ainda esteja na aula, escolheu a vermelha. Sábia escolha.
Seguem as palavras de Morpheus sobre o que é a Matrix:
A Matrix, dessa forma, é a construção artificial de uma realidade que se reveste de aparências
determinadas pela nossa mente. É uma hiper-realidade, uma espetacularização, dada pelos
dominantes e que aceitamos como verdadeira. Como prisão “tradicional”, haveria repulsa e
todos combateriam tal prisão. No entanto, quando se criam gaiolas enfeitadas e cheias de
distrações, passamos a não perceber (ou não querer perceber) que, embora existam
“atrativos”, ainda estamos em uma prisão. E como toda prisão, há controle, coerção e
cerceamento de liberdade.
Todos os elementos que formam a Matrix não passam de manipulações significativas feita por
aqueles que detêm o monopólio das relações de força, para usar um termo de Foucault, e que
nós aceitamos como verdadeiras. Assim, internalizamos as coisas a partir de seu valor
simbólico, o que leva, por conseqüência, a um mundo de simulacros.
Embora, o simulacro seja uma versão simulada da realidade, a sua construção se dá de uma
forma tão cuidadosa que a ilusão passa a substituir o real no imaginário das pessoas. Estas
ficam condicionadas de tal maneira que se recusam a aceitar que aquele mundo é apenas uma
ilusão. Morpheus chega a alertar Neo para isso, afirmando-lhe que alguns indivíduos estão tão
habituados àquela realidade que defenderão o sistema.
Esse fato demonstra que a força do dominante consiste no nosso consentimento, uma vez que aceitamos uma
realidade que nós é passada sem o menor poder de questionamento. Pelo contrário, procuramos aumentar a
nossa dependência e alienação ao sistema, o que em uma sociedade de consumo, obviamente demonstra-se
pelo consumismo.
A de se considerar que o problema não é o consumo, mas sim, o valor simbólico que é dado às mercadorias,
criando a hiper-realidade da Matrix. Essas ideias de Baudrillard podem ser percebidas também em Marx, a
saber, na relação de fetichismo da mercadoria, em que as pessoas passam a atribuir às mercadorias um valor
quase divino, as consumindo pela sua transcendência, isto é, pela capacidade que certas mercadorias têm de
elevar o indivíduo perante os outros.
O que não percebemos (ou não queremos perceber), mais uma vez, é que a Matrix, a nossa sociedade
consumista, cria um exército de servos voluntários, que aceita os grilhões impostos pelos dominantes através
da publicidade, como se fossem soluções mágicas de felicidade. Tomando suas pílulas azuis todos os dias,
distanciam-se de si mesmos e, portanto, do autoconhecimento, tão necessário à libertação, já que, como dito, a
libertação é individual e se o indivíduo não busca autoconhecer-se a fim de pensar de forma crítica o mundo
que o circunda, torna-se impossível enxergar a Matrix.
A decisão entre sair ou permanecer na caverna é difícil desde Platão. Entretanto, a coragem é o que separa as
almas livres dos meros autômatos que nos tornamos. A coragem é que faz um homem decidir tomar a pílula
vermelha e livrar-se das amarras que tornam o mundo mais “bonito”. A coragem é que faz o homem manter-se
erguido percebendo a decadência da humanidade fora da hiper-realidade. A coragem é o que permite que
alguns homens lutem pela liberdade daqueles que se acham livres por poderem escolher entre o Bob’s e o
McDonald’s. A coragem é o que falta para aqueles que insistem em continuar em dobrar a colher e não
percebem que são eles que se dobram, pois como disse Goethe:
"Não existe pior escravo do que aquele que falsamente acredita estar livre."
DJAMILA RIBEIRO
FILÓSOFA E ESCRITORA BRASILEIRA
Djamila Ribeiro é Mestre em Filosofia Política. É conferencista, realizou palestras em diversos países, entre eles, na
Beauvoir Society, em 2011 e 2014 na Universidade do Oregon e Saint Louis (EUA) e em La Plata em 2015 (Argentina). Em
2016 palestrou por duas vezes na sede da ONU, em Nova York. Em Harvard, em 2017 e 2018 (EUA) e em Oxford e King's
College (Inglaterra); Goethe University em Frankfurt 2018 (Alemanha), onde esteve também como Special partner da
Bienal de Artes Modernas de Berlim (Alemanha) em 2018. Esteve em Barcelona em 2018 e Madri em 2019 (Espanha). Em
2019 esteve também em Paris, Rennes, Lille, Toulouse e Montpellier (França) e em Bruxelas (Bélgica) lançando a versão
traduzida de seus dois livros em francês, bem como proferiu palestras em Berkeley, Califórnia, e Duke, Carolina do Norte
(EUA).
Ao longo de sua trajetória, recebeu algumas premiações como Prêmio Cidadão SP em Direitos Humanos, em 2016. Trip
Transformadores, em 2017. Melhor colunista no Troféu Mulher Imprensa em 2018, Prêmio Dandara dos Palmares e está
entre as 100 pessoas mais influentes do mundo abaixo de 40 anos, segundo a ONU. Também é conselheira do Instituto
Vladimir Herzog e visitou a Noruega a convite do governo Norueguês para conhecer as políticas de equidade de gênero do
país, em 2017. Foi escolhida como “Personalidade do Amanhã” pelo governo francês em 2019.
Em março de 2018, a convite da Revista Gol, foi pra Detroit produzir um artigo para a revista. Djamila foi capa da Revista
Gol, Revista Claudia, colunista da Carta Capital e Revista Elle Brasil. Atualmente é colunista do jornal Folha de S. Paulo e
da Revista Marie Claire.
É coordenadora da coleção Feminismos Plurais onde já foram publicados seis volumes contando com a sua primeira obra
intitulada O que é lugar de fala?, que esteve em segundo lugar na lista dos mais vendidos da FLIP junto com Quem tem
medo do Feminismo Negro?, lançado pela Companhia das Letras e que aparece em terceiro na mesma lista. Seus dois
livros aparecem nas listas dos mais vendidos na Bienal do Livro de São Paulo, Flipelô e na Revista Veja. Além de ser a
primeira mulher brasileira a ser convidada para o Festival do Livro de Edimburgo em 2018 e ser presença confirmada na
Feira do Livro de Berlim nesse ano.
Fez consultoria de conteúdo para a marca Avon, para a Rede Globo de Televisão no programa Amor e Sexo, entre outras
empresas e instituições. É idealizadora e coordenadora do Selo Sueli Carneiro.
Minha luta diária é para ser reconhecida como sujeito, impor minha existência numa
sociedade que insiste em negá-la.
Como negra, não quero mais ser objeto de estudo, e sim o sujeito da pesquisa.
Estamos, então, diante de uma filósofa, professora universitária e romancista. Suas obras transitam pelas
temáticas do feminismo, racismo, classismo, feminicídio e genocídio indígena. Márcia Tiburi se dedica ao
ensino consistente e à problematização de questões desprezadas na tradição filosófica ocidental, por exemplo.
Ela defende ferozmente que o campo filosófico não deve se restringir aos eruditas, nem tampouco os
intelectuais politizados. É para todos e todas! Todos e todas que se atentam para o lugar de fala de cada
experiência vivenciada, os não-lugares, o que é incomum e, muitas vezes, improvável.
Duas vezes presidente, ex-ministro da Fazenda e das Relações Exteriores e senador, Fernando Henrique Cardoso
é um dos sociólogos mais conhecidos pela população brasileira. Formado no curso de ciências sociais da
Universidade de São Paulo, o tucano teve uma larga produção acadêmica além de sua carreira política. Ele
lecionou em universidades francesas, americanas e britânicas, mas é mais conhecido por sua carreira como
professor e pesquisador na própria USP, onde se tornou professor emérito.
FHC é principalmente conhecido por suas teorias sobre o o desenvolvimento econômico e social das nações,
tendo publicado dezenas de livros e artigos ao longo de sua vida. Em 2013, ele se tornou o terceiro ex-presidente a
ser eleito para uma das cadeiras da Academia Brasileira de Letras.
Na política, FHC é conhecido por ser idealizador do Plano Real como ministro de Itamar Franco e pelas
privatizações durante seus mandatos como presidente da República. Um dos fundadores do PSDB, ele foi o
primeiro presidente reeleito no Brasil.
1 - “Não temos de ter medo da globalização. Temos de ter competência para nos inserir.”
2 - “Ou educamos nosso povo ou não vamos conseguir nunca ser um povo solidário.”
3 - “É demagógico. Alertar contra a fome é bom, mas falar e não resolver é gravíssimo.”
FLORESTAN FERNANDES
Um dos mais importantes estudiosos da sociologia no Brasil, Fernandes deu aulas na USP e na Pontíficia
Universidade Católica (PUC), além das universidades estrangeiras de Columbia, Toronto e Yale.
Militante de esquerda e autor de trabalhos seminais de pesquisa sociológica no Brasil, Fernandes também teve
carreira na política. Ele foi escolhido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) para ser um dos membros da
Assembleia Nacional Constituinte de 1987 e depois se elegeu deputado, pelo mesmo partido.
" Um povo educado não aceitaria as condições de miséria e desemprego como as que temos.”
“Tantos já erraram por motivos diferentes, deformando e detratando o 'negro' que não haveria mal maior em tal
compensação.”
“É muito complicada a vida de um intelectual na sociedade de consumo de massa.“
"Em nossa época, o cientista precisa tomar consciência da utilidade social e do destino prático reservado a suas
descobertas“
BETINHO
Herbert José de Sousa, mais conhecido por Betinho, foi um dos mais importantes ativistas brasileiros no século
XX, principalmente pela criação de projetos como a Ação da Cidadania e o Instituto Brasileiro de Análises Sociais
e Econômicas, o Ibase. Formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais, Betinho se
destacou pela luta contra a desigualdade econômica e pela reforma agrária. No fim da vida, Betinho também foi
figura importante na conscientização e combate à aids no Brasil, doença que contraiu no final dos anos 80 após
uma transfusão de sangue.
"Essas crianças estão nas ruas porque, no Brasil, ser pobre é estar condenado à marginalidade. Estão nas ruas
porque suas famílias foram destruídas. Estão nas ruas porque nos omitimos. Estão nas ruas, e estão sendo
assassinadas."
"Um país não muda pela sua economia, sua política e nem mesmo sua ciência; muda sim pela sua cultura."
"O que somos é um presente que a vida nos dá. O que nós seremos é um presente que daremos à vida."
"O desenvolvimento humano só existirá se a sociedade civil afirmar cinco pontos fundamentais: igualdade,
diversidade, participação, solidariedade e liberdade."
ANTONIO CANDIDO
Sociólogo formado pela USP, Antonio Candido foi um dos mais importantes críticos literários da história do
Brasil, tendo sido vencedor de diversos dos mais importantes prêmios da língua portuguesa, como o Jabuti, o
Machado de Assis e o Camões.
Mais conhecido do grande público por seu livro Formação da literatura brasileira, Candido escreveu dezenas de
outras obras e lecionou por quase cinco décadas, formando gerações de estudiosos da literatura e sociólogos no
Brasil.
Temos que entender que tempo não é dinheiro. Essa é uma brutalidade que o capitalismo faz como se o
capitalismo fosse o senhor do tempo. Tempo não é dinheiro. Tempo é o tecido da nossa vida.
DARCY RIBEIRO
Antropólogo formado pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, o mineiro Darcy Ribeiro foi uma
figura influente tanto na política quanto na academia brasileira. Ele esteve entre os fundadores de duas
universidades, a Universidade de Brasília e a Universidade Estadual do Norte Fluminense, que leva o seu nome, e
produziu diversas obras sobre o desenvolvimento e história dos povos latino americanos. Em 1992, ele chegou a
ser eleito como membro da Academia Brasileira de Letras, na cadeira 11.
Foi mais conhecido, porém, por sua longa atuação política. Militante de esquerda, Darcy Ribeiro foi ministro-
chefe da Casa Civil do governo de João Goulart, posição que ocupou de 1963 até o golpe militar, em março de
1964. Anteriormente havia sido ministro da Educação do mesmo governo.
Na ditadura militar, Darcy Ribeiro militou contra o regime e chegou a ser exilado, voltando à cena política com a
redemocratização. Ele foi vice-governador de Leonel Brizola no Rio de Janeiro, onde foi o idealizador do projeto
dos Centros Integrados de Ensino Público (CIEP), que buscou reformular a educação básica no estado. Darcy
Ribeiro chegou a concorrer ao governo do estado, perdendo para Moreira Franco. No fim da vida se elegeu
senador e foi um dos responsáveis pela criação do Memorial da América Latina, em São Paulo.
Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca.
Mestrado é só para mostrar que o sujeito é alfabetizado, pois a metade dos que estão na universidade não sabem
ler.
GILBERTO FREYRE
Um dos principais sociólogos da história do Brasil, o pernambucano Gilberto Freyre teve sua formação
acadêmica no exterior, nas universidades de Baylor, no Texas, e Columbia, em Nova York. Na primeira, se
graduou em artes liberais, formação interdesciplinar comum nas faculdades americanas. Depois, obteve o título
de master of arts defendendo uma tese de sociologia sobre a vida social no fim do século XIX no Brasil.
Freyre é mais conhecido por sua obra Casa-Grande & Senzala, um dos livros mais influentes no estudo das
humanidades do Brasil, em que argumentou que a formação sociocultural do país se deu por meio da
miscigenação entre as diversas etnias que habitaram o país durante a colonização. Entre os muitos prêmios que
ganhou, destacam-se o Machado de Assis e três Jabutis. O sociólogo também teve uma carreira política, tendo
sido filiado à UDN e ocupado um cargo no governo do general Emílio Médici.
“Os brancos dormem muito, mas só conseguem sonhar com eles mesmos”
“O Brasil não existe. O que existe é uma multiplicidade de povos, indígenas e não indígenas, sob o tacão de uma
“elite” corrupta, brutal e gananciosa, povos unificados à força por um sistema mediático e policial que finge
constituir-se em um Estado-nação territorial. Uma fantasia sinistra. Um lugar que é o paraíso dos ricos e o
inferno dos pobres."
NOVE ALUSÕES LITERÁRIAS PARA VOCÊ
USAR NAS SUAS REDAÇÕES
1 - A PEDRA DE DRUMMOND
Quem nunca pensou em utilizar esta alusão em seu texto?
Esta citação, amigos, não é pra qualquer tema, como muita gente costuma fazer. As pedras mencionadas nesta
poesia podem ser classificadas como obstáculos ou problemas que as pessoas encontram na vida, descrita
neste caso como um “caminho”. Essas pedras podem impedir a pessoa de seguir o seu percurso, ou seja, os
problemas podem impedir de avançar na vida. Assim, utilize esta alusão quando o tema se referir a algum
problema difícil de solucionar.
2 - MACHADO DE ASSIS
Há muitas opções em relação a este autor, já que ele escreveu muitas obras valiosas. Aqui, deixe de lado a
alusão do defunto autor, pois ela é genérica demais para a maioria dos temas. Que tal falar de Dom
Casmurro? Pode ser feita alusão quanto à narrativa do livro em si, que só apresenta a visão de uma pessoa (o
narrador Bentinho), o que gera a falta de voz da personagem Capitu (que é mulher).
Tal alusão pode ser utilizada em qualquer tema que envolva problemas de liberdade de expressão, censura e
ditaduras.
Exemplo de conclusão:
Nota-se que o suicídio se tornou um problema de saúde pública no Brasil. Para
alterar esse cenário, portanto, o Ministério da Saúde, junto às secretárias
estaduais de educação, devem promover o treinamento de professores, através da
contratação de profissionais qualificados, para identificar tendências
depressivas nos jovens e utilizarem as obras literárias que retratem o suicídio,
como foi o caso da obra de Gothe, promovendo a reflexão e o alerta frente a esse
emblema. Além disso, os responsáveis devem ser mais atentos ao comportamento
dos filhos em casa e na internet, promovendo o diálogo frequente e o zelo e; à
mídia, cabe usufruir de seu poder persuasivo para campanhas de valorização à
vida e o incentivo à procura de auxílio. Dessa forma, as taxas de suicídio
amenizarão favorecendo a contrução de uma sociedade mais empática.
4 - MADAME BOVARY (FLAUBERT)
O romance apresenta uma sociedade provinciana e moralista. Emma Bovary é uma mulher insatisfeita com a vida
que leva e com a falta de paixão. A alusão pode ser feita quando o tema permitir que a argumentação fale sobre
vida idealizada, perfeita, como fuga da vida real, ou seja, quando se puder falar sobre alienação.
8 - EU SOU MALALA
A obra fala bastante sobre o direito à educação feminina e sobre obstáculos à valorização da mulher. Pode ser
utilizada em temas que envolvam a luta pelo direito à educação e também quando se tratar de desigualdade de
gênero.
9 - JOGOS VORAZES
Quem já leu a trilogia deve ter se apaixonado pela Katniss (interpretada nos cinemas por Jennifer Lawrence). Os
livros falam sobre Panem, um país dividido em Distritos. A cada ano, cada distrito precisa enviar 2 jovens (um
menino e uma menina) para os Jogos Vorazes, como forma de punição por uma rebelião ocorrida anos antes. A
alusão a esta obra pode ser utilizada em temas que envolvam opressão de grupos minoritários, fome, pobreza,
efeitos da guerra.
GEORGE ORWELL
Tal alusão pode ser utilizada em qualquer tema
que envolva problemas de liberdade de
expressão, censura e ditaduras, por exemplo
(obra: 1984).
EXEMPLO DE INTRODUÇÃO
No livro 1984 de George Orwell, é retratado um futuro distópico em que um Estado totalitário controla e
manipula toda forma de registro histórico e contemporâneo, a fim de moldar a opinião pública a favor dos
governantes. Nesse sentido, a narrativa foca na trajetória de Winston, um funcionário do contraditório
Ministério da Verdade que diariamente analisa e altera notícias e conteúdos midiáticos para favorecer a imagem
do Partido e formar a população através de tal ótica. Fora da ficção, é fato que a realidade apresentada por
Orwell pode ser relacionada ao mundo cibernético do século XXI: gradativamente, os algoritmos e sistemas de
inteligência artificial corroboram para a restrição de informações disponíveis e para a influência
comportamental do público, preso em uma grande bolha sociocultural.