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Sociólogos

REPERTÓRIO

EDAÇÃO
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"Não são as crises que mudam o mun

Zygmunt Ba

GUIA DE REPERTÓRIOS SOCIOCULTURAIS POR EIXOS


TEMÁTICOS PARA REDAÇÃO DO ENEM
SUMÁRIO
EDUCAÇÃO

TECNOLOGIA E CIÊNCIA

SAÚDE

IDOSO

CRIANÇA E DOAÇÃO

TRABALHO

MEIO AMBIENTE

LAZER E CULTURA

SEGURANÇA/VIOLÊNCIA

PRECONCEITO/MINORIA

CENSURA/MANIPULAÇÃO

CIDADANIA

BELEZA/PADRÕES DE BELEZA

XENOFOBIA

PRECONCEITO LINGUÍSTICO

INDÍGENAS

MAUS TRATOS AOS ANIMAIS

MOBILIDADE URBANA

MACHISMO

CONSUMISMO

1
EDUCAÇÃO

Émile Durkheim (sociólogo/antropólogo/filósofo francês)

Durkheim é amplamente considerado um dos fundadores da sociologia da


educação. Ele enfocou a função da educação na coesão social.
Ele argumentou que a educação desempenha um papel fundamental na
transmissão de valores e normas sociais, promovendo a solidariedade e a
integração na sociedade.A escola é um mecanismo de socialização secundário

Pierre Bourdieu (sociólogo francês)

Bourdieu desenvolveu a teoria do capital cultural, que influencia a desigualdade


educacional.
Sua pesquisa explorou como a classe social e a cultura de origem afetam o
desempenho educacional e as oportunidades dos indivíduos.

Paulo Freire (patrono/sociólogo brasileiro)

Freire é conhecido por sua pedagogia crítica e seu trabalho na educação


popular.
Ele enfatizou a importância da conscientização e da participação ativa dos
alunos no processo educacional, promovendo a emancipação através da
educação.
-Educação horizontal :Defende uma relação dialética entre educador e educando em
que se estabelece entre eles uma relação recíproca no processo educativo.
- Educação libertadora x Educação bancária
Educação libertadora: é a educação capaz de despertar a consciência crítica do
aluno para que ele exerça seu papel de cidadão e se habilite a revolucionar a
sociedade. Esse método educacional é essencial para a conquista de um ponto de
vista integral do saber e do universo que habita.
Educação bancária: é a educação que parte do pressuposto que o aluno nada sabe e
o professor é detentor do saber. Cria-se, assim, uma relação vertical entre o educador
e o educando. Desse modo, o professor é o detentor do saber, o sujeito do
aprendizado, que deposita o conhecimento no aluno, que é um mero objeto de ensino.

Edgar Morin (sociólogo/antropólogo francês)

– Educar para complexidade


No lugar de uma educação tecnicista, caracterizada pela especialização e
fragmentação do conhecimento, Morin defende uma educação complexa, que
abrange toda a diversidade e multiplicidade dos saberes

2
TECNOLOGIA E CIÊNCIA

Jacques Ellul (sociólogo francês)

Ellul é um sociólogo da tecnologia conhecido por seu trabalho sobre a "tecnologia


como força autônoma".
Ele argumentou que a tecnologia tem uma lógica própria e pode moldar
profundamente a sociedade, muitas vezes de maneiras imprevisíveis.

Donna Haraway (sociólogo/filósofo estadunidense)

Haraway é conhecido por seu trabalho em teoria do ciborgue e pós-humanismo.


Suas ideias exploram a interseção entre humanos e tecnologia, levantando
questões sobre identidade, gênero e poder no contexto tecnológico.

Manuel Castells (sociólogo espanhol)

-A era da informação
A Era da Informação, de maneira geral, constitui o novo momento histórico em que
a base de
todas as relações se estabelece através da informação e da sua capacidade de
processamento e de geração de conhecimentos. A informação torna-se a principal
fonte de poder e produção.

Jean Baudrillard (sociólogo francês)

-Simulacros e simulações
Segundo Baudrillard, a realidade deixou de existir e passamos viver de
representações
difundidas pelos meios de comunicação de massa. Nessa sociedade os símbolos
têm mais peso que o real. Surgem, assim, os “simulacros”, simulações mal feitas do
real, que se tornam mais atraentes que o próprio objeto reproduzido. Vivemos na
era da simulação, em que a verdade e o real não têm validade, e toma-se
facilmente como verdade aquilo que não é real.
Baudrillard aponta que a sociedade hiper-real pós-moderna põe em xeque a
vivência do real,pois o contato com o outro é substituído e reforça-se padrões de
beleza
inatingíveis
Robert K. Merton (sociólogo estadunidense)

Merton é um sociólogo da ciência conhecido por seu trabalho sobre a ética e


normas científicas.
Ele modifica os conceitos de "Efeito Mateus" (acumulação de bens,riquezas e
fama)e "profecia que se auto realiza", que exploram como a pesquisa científica é
influenciada por fatores sociais e culturais.

Tomás Kuhn (físico/sociólogo estadunidense)

Kuhn é famoso por sua obra "A Estrutura das Revoluções Científicas".
Ele modificou o conceito de paradigmas científicos e argumentou que a ciência
passa por mudanças revolucionárias quando paradigmas são desafiados e
substituídos 3
SAÚDE

Talcott Parsons (sociólogo estadunidense)

Parsons é conhecido por sua teoria da ação social e seu modelo do sistema
social. Ele aplicou essa estrutura para entender o papel da medicina na
sociedade.
Ele discute a função da profissão médica na manutenção da estabilidade social,
sua autoridade e responsabilidade na preservação da saúde e no tratamento de
doenças.

Ivan Illich (sociólogo austríaco)

Illich é um crítico da medicalização da sociedade. Em sua obra "Nêmesis


Médica", ele argumenta contra a expansão indiscriminada da medicina e seus
efeitos negativos na saúde pública.
Ele levanta questões sobre a dependência excessiva dos serviços médicos e os
impactos sociais desse interesse.

Artur Kleinman (psiquiatra/sociólogo americano)

Kleinman é um médico antropólogo que estudou a interseção entre cultura, saúde


e doença. Ele desenvolveu o conceito de "experiência de adoecimento".
Sua abordagem ajuda a compreender como as percepções culturais influenciam
a forma como as pessoas enfrentam e lidam com a saúde e a doença.

Michel Foucault (filósofo/escritor francês )

Foucault também oferece uma contribuição significativa no entendimento da


saúde e da medicina. Em "O Nascimento da Clínica", ele traça a evolução
histórica da prática médica e das instituições de saúde.
Suas análises sobre o poder, o conhecimento e a medicalização da sociedade
são valiosas para compreender as dinâmicas do sistema de saúde.

Erving Goffman (sociólogo canadense)

Goffman contribui com a análise da interação social nos contextos de saúde. Em


sua obra “Manicômios, Prisões e Conventos”, ele explora as instituições totais,
incluindo hospitais psiquiátricos.
Sua teoria ajuda a entender como os ambientes de cuidados de saúde moldam a
identidade e a interação dos indivíduos

4
IDOSO

Erich Fromm (sociólogo alemão)

Fromm foi um psicanalista e sociólogo conhecido por suas análises sobre o


envelhecimento e o papel dos idosos na sociedade.
Ele explorou questões psicológicas e sociais enfrentadas pelos idosos,
incluindo solidão, alienação e busca de significado na terceira idade.

Bernice Neugarten (psicóloga/socióloga americana)

Neugarten é uma socióloga pioneira no estudo do envelhecimento e


desenvolveu a teoria dos avanços de vida.
Sua pesquisa sobre idosos enfoca as transições de vida, a adaptação às
mudanças e aos desafios emocionais e sociais enfrentados no veículo.

Emile Durkheim (sociólogo/antropólogo/filósofo francês)

O suicídio é, segundo Durkheim, “todo o caso de morte que resulta, direta


ou indiretamente, de um ato, positivo ou negativo, executado pela própria
vítima, e que ela sabia que deveria produzir esse resultado”. Conforme o
sociólogo, cada sociedade está predisposta a fornecer um contingente
determinado de mortes voluntárias, e o que interessa à sociologia sobre o
suicídio é a análise de todo o processo social, dos fatores sociais que
agem não sobre os indivíduos isolados, mas sobre o grupo, sobre o conjunto
da sociedade.

Hannah Arendt ( socióloga alemã)

Hannah Arendt, ciêntista politica alemã, em seu conceito de “banalidade


do mal” diz que o mal que está presente no cotidiano e que aparenta ser
normal, pode alienar as pessoas de uma forma que elas acabam perdendo
a consciência do quanto isso pode ser prejudicial a elas e aos outros

5
CRIANÇA E DOAÇÃO

Jean Piaget (psicólogo/sociólogo suíço)

Piaget é um psicólogo e epistemólogo cujo trabalho influenciou a sociologia da


infância.
Ele explorou as fases do desenvolvimento cognitivo em crianças, fornecendo
insights sobre como a percepção da criança afeta sua interação com o mundo.

Howard Gardner (psicólogo/sociólogo estadunidense)

Gardner é conhecido pela teoria das inteligências múltiplas, que desafia a visão
tradicional de inteligência.
Sua abordagem considera diferentes habilidades e potenciais em crianças,
enfatizando uma educação mais inclusiva e adaptada às necessidades individuais.

Marcel Mauss (sociólogo francês)

Mauss é conhecido por sua obra "Ensaio sobre a Dádiva", que explora as formas de
doação e troca em diferentes culturas.
Ele fornece insights sobre as dimensões sociais e simbólicas da ação

6
TRABALHO E LAZER

Karl Marx (sociólogo alemão)

Marx é fundamental para entender o contexto do trabalho e suas


implicações sociais.
Sua teoria do materialismo histórico aborda a relação entre trabalho,
alienação e estruturas sociais.
Para Weber, a partir da reforma protestante o trabalho começou a ser
valorizado, ganhando um
status sagrado entre os protestantes, tornando-se o principal referencial
para uma vida virtuosa.

Emile Durkheim (sociólogo/antropólogo/filósofo francês)

Durkheim também é relevante para o tema do trabalho, especialmente sua


obra “O Suicídio”, que analisa as taxas de suicídio em relação às
condições sociais e de trabalho.

Erving Goffman (psicólogo/sociólogo canadense)

–Estigma
Estigma social é definido enquanto marca ou sinal que designa o seu
portador como
desqualificado ou menos valorizado; é a situação do indivíduo que está
inabilitado para
aceitação social plena. Quando vividos de forma recorrente pelo sujeito
produz sofrimento,
humilhação, e em alguns casos, produzindo processos de
despersonalização da identidade
deteriorada.

7
MEIO AMBIENTE

Ulrich Beck (sociólogos alemão)

Beck é conhecido pelo conceito de "sociedade de risco", que explora os


riscos globais e as incertezas relacionadas ao avanço tecnológico e
industrial.
Ele argumenta que os riscos e impactos ambientais são questões sociais
que transcendem as fronteiras nacionais, exigindo uma abordagem global
para enfrentar os desafios ambientais.

Anthony Giddens (sociólogo britânico)

Giddens moveu a teoria da "modernidade reflexiva", destacando a


interconexão entre a modernidade, o desenvolvimento tecnológico e as
questões ambientais.
Ele enfatiza a necessidade de políticas ambientais e práticas sociais que
incorporem reflexão e responsabilidade diante das consequências
ambientais das ações humanas.

Arne Naess (ecologista/sociólogo norueguês)

Naess é o fundador da ecologia profunda, uma filosofia que enfatiza a


interconexão e a igualdade intrínseca de todos os seres vivos e sistemas
naturais.
Ele propôs uma abordagem ecológica baseada na auto transformação e
na mudança de valores para preservar o meio ambiente.

Rachel Carson (bióloga marinha)

Embora seja uma bióloga, Carson teve uma influência significativa na


sociologia ambiental com seu livro "Primavera Silenciosa".
Ela é creditada por lançar o movimento ambientalista moderno, ao expor
os efeitos contra os pesticidas no ambiente e na saúde humana.

8
LAZER E CULTURA

Clifford Geertz (antropólogo estadunidense)

Geertz é um antropólogo cultural conhecido por sua abordagem


interpretativa da cultura.
Ele defende uma compreensão densa e contextualizada da cultura,
enfatizando a importância da interpretação simbólica e dos significados
culturais.

Stuart Hall (sociólogo britânico -jamaicano)

Hall foi um importante teórico cultural que explorou a relação entre cultura,
identidade e poder.
Ele cunhou o termo “identidade cultural” e contribuiu para o estudo das
representações culturais e das dinâmicas da cultura popular na sociedade
contemporânea.

Pierre Bourdieu (sociólogo francês)


Bourdieu também é relevante no contexto da cultura, pois desenvolveu a
teoria do capital cultural.
Ele explorou como as formas de capital cultural, como educação e estilo
de vida, enfrentou a posição social e a interação cultural das pessoas.

Thorstein Veblen (sociólogo estadunidense)

Veblen é conhecido pela teoria da "classe ociosa" e pela análise crítica do


consumo e lazer da elite.
Ele explorou como o lazer pode servir como um símbolo de status e como a
busca pelo "consumo conspícuo" está interligada ao lazer.

Robert A. Stebbins (sociólogo estadunidense/pesquisador)

Stebbins é um sociólogo contemporâneo especializado no estudo do lazer


e do tempo livre.
Ele propôs uma teoria dos "tipos de aficionados" para entender as
diferentes formas de envolvimento das pessoas em atividades de lazer e
como isso contribui para a identidade e a satisfação pessoal.

10
SEGURANÇA E
VIOLÊNCIA
Michel Foucault (sociólogo francês)

Foucault explorou o poder, o controle e a disciplina na sociedade.


Suas análises sobre instituições de vigilância, prisões e a relação entre
poder e conhecimento são fundamentais para a compreensão da
segurança e da violência.

William Foote Whyte (sociólogo estadunidense)

William concentra-se nas relações raciais, segregação e vida nas áreas


urbanas.
Sua obra "A Street Corner Society" analisa a dinâmica da violência em
bairros urbanos e a influência da cultura de rua.

Randall Collins (sociólogo americano)

Collins é um teórico do conflito que se concentra na dinâmica da violência


nas interações sociais.
Sua teoria da violência interacional explora como a violência emerge em
situações sociais específicas.

Loïc Wacquant (sociólogo francês)

Wacquant é conhecido por seu trabalho sobre a criminalização da pobreza


e a relação entre pobreza e violência.
Ele explora como as políticas de segurança afetam as comunidadesh
marginalizadas.

Pierre Bourdieu (sociólogo francês)

– Violência simbólica
Violência simbólica é uma forma de violência exercida sem coação física,
causando danos
morais e psicológicos. Se apoia no reconhecimento de uma imposição
determinada no corpo
social, em que o dominado reconhece sua posição como subalterna, seja
no âmbito econômico,
social ou cultural. A violência simbólica se funda na legitimação contínua
do discurso dominante
entre dominador e dom
inado

11
PRECONCEITO/MINORIA

Gordon Allport (psicólogo/sociólogo estadunidense)

Allport foi um psicólogo e sociólogo que realizou pesquisas pioneiras sobre


preconceito e discriminação.
Ele cunhou uma escala de preconceito, que mede atitudes discriminatórias,
e delineou os estágios de formação do preconceito.

Gilberto Freyre (sociólogo brasileiro)

– Mentalidade
escravocrata (livro casa grande e senzala)
O Brasil atual, segundo Freire, ainda conserva uma mentalidade
escravocrata que é responsável
por inúmeros males como racismo, intolerância religiosa, trabalho escravo
etc.

Émile Durkheim (sociólogo alemão)

– Anomia
A anomia é o estado de ausência de solidariedade em que impera o
desrespeito às regras
comuns, às tradições e práticas; quando as leis se desintegram e perdem
seu valor prático.

Nobert Elias (sociólogo alemão)

– Os estabelecidos e os
Outsiders (livro)
Nobert Elias, em seu livro “Os estabelecidos e os outsiders” faz uma análise
da configuração
social que leva à discriminação e exclusão dos indivíduos. Desse modo,
observou-se que, em
determinado meio coletivo, os “estabelecidos” (grupo socialmente
dominante) tende a
estigmatizar os outsiders (indivíduos que se encontram à margem da
hierarquia social). O autor
conclui que por trás de toda estigmatização existe uma busca por
reafirmação de valores sociais
dominantes, bem como a luta por manutenção do poder e status quo por
parte dos estabelecidos. Ademais, os indivíduos estigmatizados (outsiders)
tendem a se retraírem ou
agirem de forma violenta por não se sentirem aceito no grupo

12
CENSURA/MANIPULAÇÃO

Noam Chomsky (linguista/sociólogo estadunidense)

Chomsky é conhecido por sua teoria da "manufactura do consentimento",


que explora como os meios de comunicação podem ser usados para
moldar as opiniões públicas e restringir o discurso crítico.
Sua análise da concentração da mídia e da influência das elites na
formação da narrativa é fundamental para entender a manipulação da
informação.

Herbert Marcuse (sociólogo/filósofo alemão)

Marcuse foi um teórico crítico da Escola de Frankfurt que abordou a


manipulação ideológica na sociedade de consumo.
Sua obra "A Ideologia da Sociedade Industrial" discute como a cultura de
massa pode ser usada para perpetuar o status quo e suprimir a dissidência

Michel Foucault (sociólogo francês)

Foucault também é relevante para o tema da censura, especialmente em


sua análise das relações de poder e conhecimento.
Sua obra "Vigiar e Punir" examina como as instituições de controle social,
como prisões e sistemas de saúde mental, podem ser usadas para exercer
censura e manipulação.

Walter Lippmann (escritor/jornalista estadunidense)

Lippmann é conhecido por seu trabalho sobre opinião pública e a formação


da opinião pública.
Ele explorou como as elites podem moldar a percepção pública por meio
do controle da informação e da narrativa.

Edward S. Herman e Noam Chomsky

Em seu livro "Manufacturing Consent: The Political Economy of the Mass


Media," Herman e Chomsky analisam em detalhes como a mídia corporativa
pode ser manipulada para servir aos interesses das elites políticas e
econômicas.
Eles introduzem o conceito de "propaganda model" para explicar como
ocorre a manipulação da informação.

Neil Postman (autor/sociólogo estadunidense)

Postman é conhecido por seu trabalho sobre a influência da mídia na


sociedade.
Sua obra "Amusing Ourselves to Death" aborda como a cultura do
entretenimento e a saturação de informações podem obscurecer a
realidade e facilitar a manipulação da opinião pública
13
CIDADANIA

Marshall TH (sociólogo britânico)

TH Marshall é conhecido por sua teoria das três dimensões da cidadania:


civil, política e social.
A dimensão civil refere-se às liberdades individuais, a dimensão política
trata da participação na política e a dimensão social envolve o acesso aos
benefícios sociais.

- Conceito
de cidadania
Cidadania é o conjunto de direitos civis, sociais e políticos garantidos por
uma constituição.

Nancy Fraser (filósofa estadunidense)

Fraser é uma teoria social que contribuiu para a discussão da cidadania ao


destacar a importância da justiça social e da igualdade nas políticas de
cidadania.
Ela propõe uma abordagem crítica à cidadania que inclui a participação
igualitária de todos os membros da sociedade.

14
BELEZA/PADRÕES DE
BELEZA

Pierre Bourdieu (sociólogo francês)

Bourdieu é conhecido por sua teoria sobre o capital cultural, que ajuda a
entender como os padrões de beleza estão relacionados à classe social e
ao poder.
Ele explorou como o gosto estético é socialmente construído e como os
indivíduos são influenciados pelos padrões culturais de beleza.

Noemi Wolf (escritora/jornalista)

Wolf é autora de "O Mito da Beleza", onde analisa como a indústria da


beleza e a mídia influenciam a percepção e a busca da beleza pelas
mulheres.
Ela examina a conexão entre padrões de beleza, opressão e necessidade
de autonomia feminina.

Sandra Lee Bartky (professora estadunidense)

Bartky é conhecido por sua análise crítica sobre o corpo feminino e os


padrões de beleza impostos pela sociedade.
Em sua obra “Foucault, Feminilidade e a Modernização do Poder
Patriarcal”, ela aborda como os padrões de beleza moldam a identidade e
a submissão das mulheres.

Jean Kilbourne (escritora/cineasta)

Kilbourne é uma ativista e pesquisadora que se concentra na


representação de gênero e beleza na publicidade.
Ela examina como as imagens publicitárias perpetuam padrões inatingíveis
de beleza, influenciando níveis de autoestima e saúde mental.

Susan Bordo (filósofa australiana)

Bordo é conhecido por suas análises sobre a construção social da


feminilidade e da beleza.
Em "Peso Insuportável: Feminismo, Cultura Ocidental e o Corpo", ela
explora como a cultura e a mídia afetam a percepção do corpo e dos
padrões de beleza.

Renée Engeln (psicóloga)

Engeln é psicóloga e autora de "Beauty Sick: How the Cultural Obsession


with Appearance Hurts Girls and Women".
Ela examina os efeitos negativos dos padrões de beleza na saúde mental
das mulheres e propõe maneiras de combater essa obsessão cultural
15
XENOFOBIA

Albert Memmi (escritor francês)

Memmi é conhecido por seu trabalho sobre colonialismo e racismo.


Em sua obra "O Racismo", ele explora as raízes psicológicas e sociais da
xenofobia, examinando as dinâmicas de opressão e discriminação.

Stuart Hall (sociólogo britânico-jamaicano)

Hall é um importante teórico cultural e social, com contribuições


significativas para os estudos culturais.
Ele analisado como a mídia e a cultura popular pode perpetuar
estereótipos e preconceitos, incluindo a xenofobia.

Étienne Balibar (filósofo/professor francês)

Balibar é conhecido por suas análises sobre racismo, nacionalismo e


xenofobia.
O argumento de que a xenofobia está intrinsecamente ligado à construção
das identidades nacionais e às políticas de exclusão.

Zygmunt Bauman (sociólogo polonês)

Bauman é conhecido por sua análise da modernidade líquida e das


relações sociais na sociedade contemporânea.
Ele explora como a xenofobia é exacerbada pela incerteza e pela
instabilidade social resultante da globalização.

Tariq Modood (sociólogo britânico)

Modood é um sociólogo que se concentra em estudos de migração,


etnicidade e cidadania.
Ele explora a relação entre a identidade nacional, a pertença e a
xenofobia, e sugere formas de promover a coexistência de importação em
sociedades diversas.

16
PRECONCEITO
LINGUÍSTICO

Pierre Bourdieu (sociólogo francês)

Bourdieu é conhecido por sua teoria do campo linguístico, que explora


como as normas linguísticas são usadas para estabelecer hierarquias
sociais.
O argumento de que o preconceito linguístico está intrinsecamente ligado
à estrutura de classe e ao poder, influenciando a percepção das diferentes
variedades linguísticas.

William Labov (linguista estadunidense)

Labov é um linguista que converteu estudos sociolinguísticos pioneiros


sobre o preconceito linguístico.
Seu trabalho revelou como as atitudes em relação aos dialetos e sotaques
refletem preconceitos sociais e influenciam a comunicação.

Basil Bernstein (sociólogo britânico)

Bernstein explorou a relação entre língua, classe social e educação.


Ele desenvolveu a teoria do código restrito e do código modificado,
demonstrando como o preconceito linguístico pode afetar o desempenho
escolar e as oportunidades educacionais.

Jennifer L. Eberhardt (psicóloga americana)

Eberhardt é uma psicóloga social que investigou o preconceito racial e


suas manifestações na linguagem.
Ela abordou como a linguagem pode ser usada para promover estereótipos
e discriminação racial.

John Baugh (linguista estadunidense)

Baugh é um sociolinguista que examina o preconceito linguístico em


contextos multilíngues e multiculturais.
Seu trabalho destaca como o preconceito linguístico pode ser uma forma
de discriminação, especialmente em comunidades linguisticamente
diversas.

Deborah Cameron (linguista britânica)

Cameron é uma linguista que se concentra na relação entre gênero e


linguagem.
Ela explorada como o preconceito linguístico pode ser usada para
fortalecer estereótipos de gênero e como a linguagem é usada para
expressar poder e controle.

18
INDÍGENAS

Frantz Fanon (psiquiatra/filósofo político natural)

Fanon, embora seja mais conhecido como um psiquiatra e filósofo, fez


contribuições importantes para o entendimento das lutas de libertação dos
povos colonizados e indígenas.
Sua obra "Os Condenados da Terra" aborda questões de identidade,
colonialismo e resistência, que são relevantes para a compreensão das
experiências dos povos indígenas sob o domínio colonial.

Vine Deloria Jr (autor/ativista americano)

Deloria foi um autor nativo americano e ativista que escreveu


extensivamente sobre a história, cultura e direitos dos povos indígenas.
Seu livro "Custer Died for Your Sins" destaca questões contemporâneas
enfrentadas pelos nativos americanos e oferece uma crítica perspicaz à
política governamental dos EUA.

Taiaiake Alfred (autor indígena)

Alfred é um autor indígena canadense que examina a resistência indígena


e a revitalização cultural.
Seu trabalho "Wasáse: Caminhos Indígenas de Ação e Liberdade" discute
como os povos indígenas podem reivindicar suas identidades e direitos.

Audra Simpson (antropóloga colombiana)

Simpson é uma antropóloga que se concentra nas questões de identidade


e autodeterminação dos povos indígenas.
Ela escreveu sobre as experiências contemporâneas dos povos indígenas,
particularmente os mohawks, em seu livro "Mohawks interruptus"

19
MAUS TRATOS AOS
ANIMAIS

Peter Singer (filósofo/professor australiano)

Conhecido por seu trabalho na ética animal.


Em sua obra "Libertação Animal", ele argumenta pela consideração ética
dos interesses dos animais, criticando a exploração e o sofrimento sofrido
por muitos animais que enfrentam nas mãos dos seres humanos.

Tom Regan (ativista estadunidense)

Regan foi um filósofo e defensor dos direitos dos animais.


Em seu livro "Os Direitos dos Animais: Um Manifesto", ele apresenta a
teoria dos direitos dos animais, sustentando que os animais têm direitos
protegidos e intrínsecos, e não devem ser vistos apenas como meios para
os fins humanos.

Gary L. Francione (acadêmico de Direito)

Francione é um teórico dos direitos dos animais e professor de direito.


Em sua obra "Introdução aos Direitos dos Animais: Seu Efeito sobre as
Liberdades Civis e as Leis da Terra", ele argumenta por uma abordagem
abolicionista, buscando eliminar completamente a exploração dos animais

Carol J. Adams (escritora/ativista estadunidense)

Adams é uma escritora e ativista que foca nas interseções entre gênero,
exploração animal e veganismo.
Em "A Política Sexual da Carne: Uma Teoria Crítica Feminista-
Vegetariana", o exame de como o consumo de carne está relacionado à
opressão das mulheres e dos animais.

20
MOBILIDADE URBANA

Henri Lefebvre (sociólogo francês)

Lefebvre é conhecido por suas análises sobre o espaço urbano e a produção do


espaço.
Sua obra "O Direito à Cidade" explora a relação entre espaço urbano, poder
político e participação cidadã na configuração da mobilidade e da vida urbana.

David Harvey (geógrafo britânico)

Harvey é um geógrafo e teórico social que escreveu extensivamente sobre


urbanização e questões urbanas.
Seu livro "A Condição Pós-Moderna" discute as transformações urbanas pós-
modernas, incluindo aspectos relacionados à mobilidade e ao planejamento
urbano.

Doreen Massey (geógrafa britânica)

Massey é uma geografia conhecida por sua abordagem sobre o espaço como uma
construção social.
Ela explorou a complexidade da mobilidade e a multiplicidade de relações
espaciais em sua obra "Pelo Espaço".

Manuel Castells (sociólogo espanhol)

Castells é um sociólogo que se concentra nas questões da era da informação e da


globalização.
Em sua obra "A Sociedade em Rede", ele discute as transformações sociais e
urbanas relacionadas à mobilidade e à comunicação.

John Urry (sociólogo britânico)

Urry é um sociólogo que investiga a mobilidade contemporânea e seus impactos na


sociedade.
Seu livro “Mobilidades” explora as diversas formas de mobilidade, incluindo a
mobilidade urbana, e seu papel na vida cotidiana.

Jeffrey Kenworthy e Peter Newman (escritores)

Kenworthy e Newman são conhecidos por suas pesquisas sobre transporte e


desenvolvimento urbano sustentável.
Eles co-autoraram o livro "Planejamento de Transporte Urbano Sustentável" e
desenvolveram o conceito de "cidade orientada para o trânsito", enfatizando a
importância de sistemas de transporte eficientes para cidades sustentáveis

21
MACHISMO

Pierre Bourdieu (sociólogo francês)

Bourdieu é conhecido por sua análise das estruturas de poder e das


relações de gênero.
Em sua obra "A Dominação Masculina", ele explora como o machismo é
sustentado e reproduzido por meio das estruturas sociais e culturais.

Raewyn Connell (socióloga australiana)

Connell é uma socióloga que desenvolveu o conceito de "masculinidade


hegemônica".
Ela argumenta que o machismo é interrompido por meio da promoção de
uma forma específica de masculinidade que reforça a dominação
masculina sobre as mulheres e outros homens.

Judith Butler (filósofa/socióloga estadunidense)

Butler é uma teórica de gênero conhecida por seu trabalho sobre


performatividade de gênero.
Ela questiona as normas de gênero tradicionais e explora como o
machismo é enraizado em ideias fixas sobre o que significa ser homem.

Michael Kimmel (sociólogo americano)

Kimmel é um sociólogo que se concentra nas questões de masculinidade e


igualdade de gênero.
Em sua obra "Homens e Masculinidades: Teorias, Pesquisas, Aplicações",
ele aborda como o machismo é socialmente construído e como os homens
podem desafiar as expectativas tradicionais de masculinidade.

Bell Hooks

Hooks é uma teórica feminista que escreveu sobre as interseções entre


raça, classe e gênero.
Em "The Will to Change: Men, Masculinity, and Love", ela explora como o
machismo afeta não apenas as mulheres, mas também os homens, e
propõe uma abordagem transformadora.

Scott Coltrane (sociólogo)

Coltrane é um sociólogo que analisou o papel dos homens na perpetuação


do machismo.
Em sua obra "Patriarcado e Desigualdade: Rumo a um Feminismo
Substantivo", ele discute como os homens podem se envolver na luta contra
o machismo.

22
CONSUMISMO

Jean Baudrillard (sociólogo francês)

– Sociedade do
consumo
As relações humanas são mediadas pela aquisição massiva de bens,
serviços e produtos. A felicidade é travestida em objetos.

Karl Marx (sociólogo/filósofo alemão)

– Fetichismo da
mercadoria
A mercadoria adquire valores ou características irreais para aumentar o
consumo.

Sascia Sassen (socióloga)

– Desertificação das cidades


Uma das características atuais do espaço urbano é a “desurbanização”,
que elimina, do espaço
público, pequenas ruas e praças e deixa as cidades vazias.

Florestan Fernandes (sociólogo brasileiro)

– Equidade x
Igualdade
Segundo Florestan, é necessário que se garanta formas de equidade que
assegurem a ordem
social, e que se estabeleça um padrão de equilíbrio dinâmico capaz de
permitir ajustamentos
nas normas levando em conta a necessidade dos indivíduos; tratar
desigualmente os desiguais.

Pierre Bourdieu (sociólogo francês)

– “Habitus”
São princípios que o homem carrega dentro de si, e que foram dados pelo
meio social. O habitus
é individual, mas ele se constrói no processo de socialização; são valores
socialmente compartilhados.
.

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