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PROPOSTA DE COMENTÁRIO - P6

TEXTO 1: Após mais de dois anos de pandemia, e faltando pouco tempo para as Eleições 2022, o
UNICEF faz um alerta a eleitoras e eleitores: é urgente priorizar a Educação no Brasil. Um estudo
inédito, realizado pelo Ipec para o UNICEF, revela que 2 milhões de meninas e meninos de 11 a 19
anos que ainda não haviam terminado a educação básica deixaram a escola no Brasil. Eles
representam 11% do total da amostra pesquisada.
Realizada em agosto deste ano, ouvindo meninos e meninas de todas as regiões do País, a pesquisa
mostra que a exclusão escolar afeta principalmente os mais vulneráveis. No total, 11% dos
entrevistados não estão frequentando a escola, sendo que, na classe AB, o percentual é de 4%,
enquanto, na classe DE, chega a 17% – ou seja, é quatro vezes maior.
Entre quem não está frequentando a escola, metade (48%) afirma que deixou de estudar “porque
tinha de trabalhar fora”. Dificuldades de aprendizagem aparecem em patamar também elevado, com
30% afirmando que saíram “por não conseguirem acompanhar as explicações ou atividades”. Em
seguida, 29% dizem que desistiram, pois “a escola não tinha retomado atividades presenciais” e 28%
afirmam que “tinham que cuidar de familiares”. Aparecem na lista, também, temas como falta de
transporte (18%), gravidez (14%), desafios por ter alguma deficiência (9%), racismo (6%), entre
outros.
Entre os estudantes que estão na escola, a evasão é um risco real. Segundo a pesquisa, nos últimos
três meses, 21% dos estudantes de 11 a 19 anos de escolas públicas pensaram em desistir da escola.
Entre os principais motivos, está o fato de não conseguirem acompanhar as explicações ou atividades
passadas pelos professores – item citado por 50% dos que pensaram em desistir. Desigualdade
social, comprometimento do desenvolvimento cognitivo, intelectual e cultural são algumas das
possíveis consequências da evasão. Quanto mais os estudantes se afastam das escolas, mais
desqualificação profissional vamos encontrar. É algo óbvio, mas que pode influenciar negativamente
a economia do país e também na desigualdade social. O indivíduo que abandona os estudos,
provavelmente terá dificuldades de se colocar no mercado de trabalho. Levando em consideração
que sem o certificado de conclusão do ensino médio, o que pode se conseguir são trabalhos com
baixa remuneração.
“O País está diante de uma crise urgente na Educação. Há cerca de 2 milhões de meninas e meninos
fora da escola, somente na faixa etária de 11 a 19 anos. Se incluirmos as crianças de 4 a 10 anos, o
número certamente é ainda maior. E a eles se somam outros milhões que estão na escola, sem
aprender, em risco de evadir. É urgente investir na inclusão escolar e na recuperação da
aprendizagem. Por isso, o UNICEF vem a público fazer esse alerta e conclamar eleitoras e eleitores a
votar pela Educação”, afirma Mônica Dias Pinto, chefe de Educação do UNICEF no Brasil.
https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/15desetembrode2002.

CONTEXTO E COMANDO DE PRODUÇÃO: Sua professora de Língua Portuguesa trouxe para a


sala uma postagem colocada na conta da unicef, no Instagram, com o intuito de criar uma
campanha para que os eleitores votem em candidatos que têm propostas para a educação Tal
postagem foi feita logo depois de o governo federal anunciar cortes importantes no orçamento
destinado à educação pública no ano de 2022, ou seja, logo após a pandemia. Essa postagem
gerou uma polêmica nos comentários, pois, alguns usuários da internet criticavam a campanha da
Unicef, alegando indução ao voto, mas outros apoiavam o voto pela educação. Leia a postagem e,
como aluno do ensino médio, escreva um comentário sobre ela. Deixando clara sua posição e
argumento, apoiando ou não a campanha “vote pela educação“. Não assine seu comentário.
Escreva o mínimo de 15 e o máximo de 22 linhas.

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