Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1.INTRODUÇÃO
SU
2.EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE
PANDEMIA
2.1 Como outros países estão lidando com
a retomada da educação presencial?
MÁ
3.DESAFIOS DA EDUCAÇÃO NA
PANDEMIA
3.1 A evasão escolar
3.2 Pesquisa do IBGE aponta evasão
escolar como problema crônico
RIO
4.MUNDO PÓS-PANDEMIA: QUAIS OS
CAMINHOS PARA A EDUCAÇÃO
4.1 Ensino híbrido
4.2 Mudanças no papel do professor
4.3 Relacionamento família-escola
4.4 Tecnologia e educação
Boa leitura e não deixe de nos contar o que 4.5 Aprendizagem ativa
achou pelos canais de contato! Os links 4.6 Autonomia dos estudantes
estão no final deste material.
5.SOBRE O CER
2
O mundo começou a se reconfigurar desde a descoberta do novo coronavírus. À medida
que ele começou a circular pelo planeta, mudanças imediatas foram impostas para conter
a transmissão. Diversos setores foram impactados pela pandemia, e a Educação foi um
deles. Instituições de ensino de todos os níveis educacionais passaram a vivenciar os
desafios do Ensino a Distância (EAD).
Em maio de 2020, 190 países estavam com as escolas fechadas e 1,5 bilhão de crianças
e adolescentes foram excluídos de escolas por conta da pandemia de Covid-19, segundo
a professora Claudia Costin, fundadora e diretora do Centro de Excelência e Inovação em
Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (Ceipe-FGV).
A aprendizagem remota pode acelerar o modelo híbrido de educação, que alia o uso da
Inteligência Artificial, dos gadgets e das plataformas educativas à presença do professor
em sala de aula – lembrando que o professor ainda é insubstituível. Por outro lado, a
Educação a Distância pode aumentar drasticamente as desigualdades educacionais entre
ricos e pobres, além de contribuir para a evasão escolar.
3
Qual será o “novo normal” da Educação
pós-pandemia? Novo para quem? Essa é
a principal discussão entre especialistas
neste momento.
4
2.1 Como outros países estão lidando com
a retomada da educação presencial?
5
A maior parte dos países da Europa e da Ásia começou a retomada de forma gradual,
sempre respeitando as medidas de higiene e o uso de máscaras. Além disso, alguns países
optaram pelo modelo híbrido, combinando parte do ensino presencial e outra parte on-line,
como foi a situação da Escócia.
No Brasil, a doença ainda não está controlada. No entanto, a retomada das aulas foi
confirmada em sete estados, além do Distrito Federal, para os meses de agosto e setembro,
apesar de muitos especialistas serem contra o retorno: Acre, Distrito Federal, Goiás,
Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Tocantins e São Paulo.
6
3. DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO
NA PANDEMIA
Sem aulas, sem renda e tendo de lidar com a ansiedade em relação
ao futuro. Esses são alguns dos temores dos estudantes segundo a
pesquisa “Juventudes e Pandemia do Coronavírus”, que ouviu mais
de 33 mil jovens de todas as regiões do país. O levantamento foi feito
remotamente pelo Conselho Nacional de Juventude, o Conjuve.
7
Enquanto as escolas particulares estão mandando tarefas para a casa
dos estudantes desde o início da pandemia, nas escolas públicas
a operação logística para chegar a todos é muito mais complexa.
Embora as escolas particulares também tenham sido forçadas a se
adaptarem às pressas, houve a continuidade do processo pedagógico
na grande maioria delas.
Dos quase 50 milhões de brasileiros entre 14 e 29 anos, mais de 20%,ou seja, 10,1 milhões de
jovens,não finalizaram alguma das etapas da educação básica (que engloba os ensinos fundamental
e médio), segundo a pesquisa PNAD Contínua 2019, divulgada em julho de 2020 pelo IBGE.
A cada jovem que abandona a escola, o Brasil perde R$ 372 mil por ano, apontam cálculos de Ricardo
Paes de Barros, economista-chefe do Instituto Ayrton Senna, em estudo feito em parceria do Insper
com a Fundação Roberto Marinho. No total, o custo anual dessa evasão escolar é de R$ 214 bilhões,
ou 3% do PIB (Produto Interno Bruto), com base na redução das possibilidades de emprego, renda e
retorno para a sociedade das pessoas que não concluem a educação básica.
Para tentar frear as taxas de evasão escolar, o UNICEF lançou, em parceria com a União Nacional dos
Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o guia Busca Ativa Escolar em Crises e Emergência.
A estratégia, lançada em 2017, foi adaptada recentemente para situações de calamidade pública e
emergências, com a intenção de apoiar estados e municípios na garantia do direito à educação de
crianças e adolescentes. A plataforma já tem a adesão de 3,1 mil cidades no país.
9
4. MUNDO PÓS-PANDEMIA:
QUAIS OS CAMINHOS
PARA A EDUCAÇÃO?
Ainda que a evasão escolar e as desigualdades educacionais sejam preocupantes, por outro lado
especialistas repercutem os caminhos possíveis para a Educação diante desse cenário, como
possibilidades de educação híbrida, novas metodologias, melhorias na comunicação entre pais e
escola, dentre outros. Confira:
O ensino híbrido pode ser um dos principais legados da pandemia na Educação. O que já
estava caminhando a passos lentos, será acelerado no pós-pandemia. Para conceituar melhor,
essa modalidade integra as melhores práticas educacionais off-line e on-line.
Professores afirmam que o on-line não vai substituir o presencial, mas já perceberam que os
dois podem caminhar juntos. Nessa metodologia, há momentos em que o estudante estuda
sozinho, desfrutando das ferramentas via internet; em outros, a aprendizagem acontece de
forma presencial, valorizando a interação entre estudantes e professores.
10
Por inserir tais ferramentas digitais no processo de aprendizagem do estudante, essa
estratégia tem se mostrado mais coerente com o estado atual da Educação. Afinal, os
estudantes deste século são nativos digitais, estão imersos no mundo virtual. Neste
sentido, o ensino híbrido traz para a sala de aula a realidade da nova geração.
O esforço estará em transferir essa habilidade dos jovens, como nativos digitais,
para a área da Educação. Nessa perspectiva, o trabalho do professor vai ser fazer
a transposição ao trazer mais ferramentas digitais para o ensino-aprendizagem.
Com elas, teremos dados mais significativos, saberemos quantos estudantes
estão entrando na plataforma buscando fazer as tarefas e cumprir as atividades
e informações detalhadas sobre seu desempenho. Além de ter a possibilidade de
propiciar a esses estudantes informações muito mais criativas e envolventes. 11
É necessário continuar estabelecendo processos de maior engajamento, visto que o estudante
chega em sala de aula com mais informações sobre o mundo e o conteúdo educacional, o que
não significa que seja conhecimento. O professor passa a ocupar um papel de gestor desse
conhecimento, tendo o papel de um facilitador ou curador.
Mesmo aqueles professores resistentes ao uso da tecnologia tiveram de aprender como conduzir
as aulas e apoiar os estudantes neste novo cenário. Todas essas habilidades adquiridas pelos
professores possibilitarão uma nova forma de ensinar no pós-pandemia.
Habilidades como o Storytelling – a arte de contar histórias – é um dos exemplos de atividades
diferenciadas que professores levarão mais vezes para a sala de aula.
Neste momento, boa parte dos familiares está mais próxima dos estudantes e das escolas, auxiliando
na realização das tarefas ou até acompanhando integralmente as aulas on-line. A interação com
professores também ocorre por grupos de WhatsApp, pelas plataformas de Educação e durante
as aulas, em que há uma comunicação mais direta com as instituições de ensino.
12
É fundamental que essa parceria permaneça após a pandemia, beneficiando
estudantes e toda a comunidade escolar. A parceria entre a escola e a família
exerce grande importância na formação do estudante, pois é na família que são
trabalhadas as primeiras formações morais, e na escola são consolidadas de
forma sistematizada. E, no momento pós-pandemia, essa união na condução do
processo educacional será ainda mais importante.
Os docentes estão até experimentando junto aos estudantes novas ferramentas de colaboração
e também promovendo encontros virtuais. O smartphone é hoje a principal ferramenta de
comunicação e de apoio no processo pedagógico em 94% dos lares, segundo levantamento da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE).
13
4.5 Aprendizagens ativas
As metodologias ativas também estarão presentes na sala de aula, quer
mesclando o aprendizado on-line e off-line, quer promovendo a Sala de
Aula Invertida, com a distribuição de conteúdo antecipado para discussão
nos ambientes virtuais de aprendizado, que influenciando os estudantes a
resolver problemas.
Com a volta gradual prevista para as escolas nos próximos meses, que deve
ser uma mistura entre presencial e on-line, a tecnologia vai se manter
presente, porém caberá aos educadores observar de perto as necessidades
de cada estudante.
14
Emerge no pós-pandemia uma oportunidade de flexibilização do tempo e do espaço. Os gestores
educacionais estarão mais seguros para novas composições pedagógicas no que diz respeito à
presencialidade e ao Ensino a Distância. Se anteriormente havia alguma dúvida sobre a eficácia da
aprendizagem a distância, agora passou a ser uma alternativa de continuidade dos estudos.
Devemos ter em mente que a tecnologia é uma aliada no sucesso educacional e, no momento pelo
qual estamos passando,minimizou os efeitos negativos impostos pelo isolamento social. Sendo
assim, o retroceder não é uma alternativa, afinal estamos vivenciando uma transformação digital que
também impacta a Educação brasileira.
O próximo desafio para escolas e universidades é o de manter um equilíbrio entre aulas presenciais
e o uso de ferramentas tecnológicas. Na Educação do futuro, o mundo presencial e o ambiente
digital se conectam. A realidade nos propõe a mistura da Educação tradicional com as ferramentas
que auxiliam em todos os processos; esse pode ser o “novo normal” para estudantes e professores.
Por isso, o Sebrae criou o Centro Sebrae de Referência em Educação Empreendedora (CER),
que tem como objetivo produzir e compartilhar conhecimento, elaborar estudos e fomentar o
desenvolvimento de pesquisas e ferramentas para difundir a Educação Empreendedora.
Temos como um dos nossos objetivos ser uma ponte entre o universo acadêmico e o mercado.
Trata-se de um ambiente em que a produção de conhecimento será fomentada por parcerias
estratégicas com universidades, empresas, além de centros de pesquisas e profissionais
renomados nacional e internacionalmente.
16
SAÚDE MENTAL DOS ESTUDANTES:
MANEIRAS DE LIDAR COM O ASSUNTO
DURANTE A PANDEMIA
17