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RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar o impacto da pandemia da COVID-19 na evasão
escolar nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, levando em consideração diversos
fatores como região, tipo de escola, sexo/raça, entre outros, utilizando dados coletados pelo Censo
Escolar. Este estudo identificou que a evasão escolar é um problema complexo, influenciado por
diversos fatores, como a falta de interesse na escola, a reprovação, a pobreza, a violência e o trabalho
infantil, todos alinhados também com raça/cor. Com a pandemia, surgiram novas causas, como a falta
de acesso à internet, a falta de equipamentos tecnológicos e a dificuldade de adaptação ao ensino
remoto. O objetivo deste trabalho tratou-se de aprofundar a análise sobre a evasão escolar nos anos
finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio durante a pandemia .
ABSTRACT
The present work aims to analyze the impact of the COVID-19 pandemic on school evasion in
the final years of Elementary and High School, taking into account several factors such as
region, type of school, gender/race, among others, using data collected by the School Census.
This study identified that school dropout is a complex problem, influenced by several factors,
such as lack of interest in school, failure, poverty, violence and child labor, all also aligned
with race/color. With the pandemic, new causes emerged, such as the lack of internet access,
the lack of technological equipment and the difficulty of adapting to remote teaching. The
objective of this work was to deepen the analysis of school evasion in the final years of
elementary school and high school during the pandemic
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 04
2 DISCUSSÃO ...................................................................................................... 05
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 06
3.1 Causas Prováveis ............................................................................................... 07
3.2 Fracasso Escolar .............................................................................................. 08
4 METODOLOGIAS APLICADAS .................................................................. 09
5 RESULTADOS .................................................................................................. 10
6 CONCLUSÃO ................................................................................................ 11
7 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 15
8 AGRADECIMENTOS .................................................................................. 16
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1. INTRODUÇÃO
2. DISCUSSÃO
A pesquisa sobre o impacto da pandemia na evasão escolar nos anos finais do Ensino
Fundamental II e no Ensino Médio utilizou uma metodologia que se baseou em uma análise
detalhada dos dados do Censo Escolar no período de 2018 a 2022. Para a coleta de dados,
foram reunidas informações referentes ao número de alunos matriculados, desistentes e
evadidos em cada uma das séries finais do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio, assim
como dados da escola, a rede de ensino (pública ou privada) e a região do país onde se
encontram.
A partir da análise dos dados coletados, foram realizadas análises descritivas e
estatísticas, que permitiram a comparação e visualização dos resultados através de gráficos e
tabelas. Também foram realizadas análises por região, sexo/raça e tipo de escola, a fim de
identificar possíveis diferenças nos índices de evasão entre esses grupos.
Com base nos resultados obtidos, foram elaboradas recomendações e sugestões de
políticas públicas e práticas educacionais para combater a evasão escolar. Essas
recomendações levaram em conta as particularidades de cada região e grupo específico de
alunos, e incluíram estratégias como oferta de suporte e orientação para o estudo em casa,
estratégias pedagógicas que motivem os estudantes e investimentos em políticas públicas que
garantam o acesso à educação. Além disso, foi enfatizada a importância de uma abordagem
personalizada, que considere as particularidades de cada aluno e cada região.
Por fim, a metodologia aplicada na pesquisa permitiu uma análise aprofundada do
impacto da pandemia na evasão escolar nos anos finais do Ensino Fundamental II e no Ensino
Médio. A coleta e análise dos dados permitiram identificar os grupos mais afetados pela
evasão escolar e, a partir disso, elaborar recomendações que possam contribuir para a
elaboração de políticas e práticas educacionais mais efetivas para combater esse problema.
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O estudo proposto aborda a questão do abandono escolar, tema que tem preocupado tanto
educadores quanto responsáveis pelas políticas públicas. Segundo dados do Censo Escolar de
2018, 1,2 milhão de jovens entre 15 e 17 anos estavam fora da escola, representando 11,8%
da população nesta faixa etária e sem atividade educacional.
Importante destacar que existem diversas causas para a evasão escolar, podendo ser de
ordem socioeconômica, cultural, geográfica e didática. Segundo Paro (2001), grande parte dos
alunos em nossas escolas vive em um contexto de carência socioeconômica, cultural, afetiva,
material e psicológica. Dessa forma, a escola deve criar ações para reduzir o índice de evasão
escolar, estimulando o aluno a permanecer em sala de aula e aproximando a família do
ambiente escolar. A participação e envolvimento da família na vida escolar são fundamentais
para o sucesso e a permanência do aluno na escola.
Trindade e Oliveira (2019) afirmam que a falta de incentivo familiar é uma das
motivações da evasão escolar e está relacionada a aspectos socioeconômicos, nos quais
famílias muito pobres não conseguem manter seus filhos em idade escolar na escola. Além
disso, é possível encontrar mais dados sobre esse tema em censos escolares e demográficos.
É importante destacar que a evasão escolar se difere do abandono escolar. O abandono
ocorre quando um aluno interrompe um período na vida escolar, geralmente um ano letivo,
deixando de frequentar as aulas durante esse período. Já a evasão é a interrupção permanente,
em que o aluno deixa de frequentar a escola e não realiza a (re)matrícula.
O termo "evasão escolar" é utilizado em diversos contextos com significados
diferentes, o que dificulta a compreensão dos fatores reais que contribuem para o problema e
a implementação de ações efetivas para combatê-lo.
De fato, a evasão escolar é um desafio que afeta todos os níveis de ensino no Brasil,
levando muitos jovens e crianças a abandonarem a escola para ingressar no mercado de
trabalho. Para esses alunos, a educação não é uma prioridade, mas sim a sobrevivência,
especialmente em um país marcado por altos níveis de desigualdade de renda. Segundo
Krawczyk (2009).
Atualmente, a desigualdade social afeta de maneira direta as camadas de menor poder
aquisitivo, o que é uma preocupação constante tanto para os sistemas de ensino públicos
quanto privados. Por esse motivo, Alonso (2009) aponta que essa questão é um dos fatores
responsáveis pelo abandono escolar desde o Ensino Fundamental.
Existem diversos fatores que contribuem para a evasão escolar, os quais resultam de
processos sociais e culturais que datam desde a criação da instituição escolar. Essa
desigualdade se manifesta tanto intelectualmente, quanto financeiramente e culturalmente,
sendo sentida desde a Educação Básica devido à falta de oportunidades de acesso a diferentes
tipos de conhecimentos por parte dos alunos. É importante reconhecer essas desigualdades,
caso contrário, muitos alunos estarão matriculados no sistema educacional, mas sem a devida
apropriação do conhecimento que o processo de ensino e aprendizagem exige.
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A evasão é um desafio antigo que surge em conexão com o insucesso escolar, que tem
impactos negativos no progresso pessoal e profissional de crianças, jovens e adultos no Brasil.
Para discutir o problema do insucesso escolar, é fundamental compreender a sua abrangência,
pois existem diversas razões e causas pelas quais os alunos permanecem ou abandonam a sala
de aula. Em relação à educação, a Constituição Brasileira de 1988 atribui responsabilidade
tanto à família quanto ao Estado de orientar as crianças durante todo o seu trajeto social e
educacional.
De acordo com Queiroz (2002), a evasão escolar não se restringe a algumas
instituições educacionais específicas, mas sim é uma questão nacional generalizada. Vários
estudos consideram que fatores sociais são determinantes para o fracasso e a evasão escolar
(Queiroz, 2002, p. 114), e esses temas vêm sendo cada vez mais discutidos pelo Estado,
sociedade e diversas organizações educacionais. Estudos destacam que a exclusão social e
educacional pode ser influenciada por uma família desestruturada, falta de políticas públicas e
ações governamentais, falta de emprego, desnutrição, gravidez na adolescência e até mesmo
pela própria escola.
De acordo com Lourenço (2013, apud Sampaio, 2018), a evasão escolar pode acarretar
diversas consequências negativas, incluindo o impacto no desenvolvimento profissional dos
indivíduos. A falta de qualificação pode levar os jovens a trabalhos precários e,
consequentemente, à exclusão social e vulnerabilidade. A evasão também pode tornar o
ingresso no mercado de trabalho mais difícil, levando a trabalhos mal remunerados e sem
perspectivas de crescimento, o que pode gerar desmotivação e aumentar a desigualdade social
no país.
Além disso, a condição econômica e social precária em que muitos jovens vivem
aumenta o risco de evasão escolar e pode ter consequências graves, como o envolvimento
com atividades criminosas, o uso de drogas e álcool, o que por sua vez pode aumentar os
índices de violência, doenças e problemas psicológicos. É necessário, portanto, que sejam
criadas políticas públicas e iniciativas para combater a evasão escolar e seus efeitos negativos
sobre a vida dos jovens e da sociedade como um todo.
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4. METODOLOGIAS APLICADAS
5. RESULTADOS
Foi constatado por meio da análise realizada uma discrepância mínima em relação à evasão
escolar, levando em consideração o tipo de escola, seja pública ou privada. Mesmo diante do
considerável impacto da pandemia no país, verificou-se que o índice de matrículas ativas nas
duas modalidades de instituições se manteve dentro da média ao longo dos cinco anos
analisados. Isso demonstra que tanto as escolas públicas quanto as privadas têm despendido
esforços significativos para mitigar os efeitos negativos da evasão escolar durante esse
período desafiador.
Como resultado de ações positivas, as escolas desempenharam um papel eficiente na
implementação de medidas preventivas e intervencionistas para evitar um efeito cascata de
evasões escolares. Além da implementação bem-sucedida do modelo de ensino a distância
(EAD) quando necessário, o qual foi capaz de manter os alunos engajados e frequentando a
escola, outros fatores também desempenharam um papel crucial nessa estabilidade.
Uma dessas influências pode ter sido o incentivo tanto por parte das escolas quanto das
famílias para que os estudantes permanecessem matriculados e participando ativamente das
atividades educacionais. A colaboração entre educadores, pais e responsáveis, em conjunto
com a implementação de estratégias pedagógicas adaptadas ao contexto de ensino remoto,
pode ter contribuído para o equilíbrio desses números. O apoio emocional e psicossocial
oferecido aos alunos também desempenhou um papel importante, garantindo que se sentissem
apoiados e motivados a continuar seus estudos.
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Referente a uma análise por sexo, identificou-se um número maior de matrículas por parte do
sexo masculino. No entanto, um fator detectado foi uma constante queda no número de
matrículas entre os anos de 2018 e 2021. A partir de 2021, é possível visualizar um aumento
constante nessas mesmas matrículas. É evidente que a pandemia exerceu influência sobre
esses números, visto que houve um impacto significativo na educação durante esse período.
No entanto, é interessante observar que a queda nas matrículas já ocorria dois anos antes do
surgimento da pandemia.
Essa tendência de diminuição nas matrículas levanta questões importantes a serem
consideradas. É necessário um estudo mais aprofundado para compreender os motivos
subjacentes a essa queda antes mesmo da pandemia. Pode-se especular que fatores
socioeconômicos, questões de acessibilidade à educação e influências culturais possam ter
contribuído para essa tendência.
Por outro lado, é encorajador notar que a partir de 2021 ocorreu um aumento constante nas
matrículas. Isso pode indicar que as medidas adotadas durante a pandemia, como a
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acesso equitativo à educação para todos os grupos raciais e étnicos, incluindo os estudantes
indígenas.
É essencial que sejam implementadas medidas específicas para enfrentar os desafios
enfrentados pelos estudantes indígenas, como o desenvolvimento de programas educacionais
culturalmente relevantes, a melhoria da infraestrutura das escolas em comunidades indígenas,
a capacitação de professores para lidar com as necessidades específicas desses estudantes e a
promoção de uma abordagem intercultural no sistema educacional como um todo.
Além disso, é importante envolver as comunidades indígenas no processo de formulação e
implementação de políticas educacionais, reconhecendo e valorizando seus conhecimentos,
culturas e tradições. Somente através de uma abordagem abrangente e inclusiva, é possível
superar as desigualdades educacionais e garantir que todos os estudantes, independentemente
de sua raça/etnia, tenham acesso igualitário a uma educação de qualidade.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste estudo foi analisar a problemática da evasão escolar no Brasil e apontar
possíveis intervenções para enfrentá-la. A evasão e o abandono escolar representam um dos
maiores desafios da educação brasileira, sendo considerados como consequências do fracasso
escolar. Os fatores que agravam a evasão e o abandono escolar permanecem os mesmos:
desigualdades sociais, acesso limitado, trabalho, violência, problemas de saúde físicos e
psicológicos, entre outros. Jovens de baixa condição econômica têm menor rendimento
educacional, aumentando os índices de reprovação, abandono e evasão escolar. O papel das
escolas, dos pais, dos professores, do estado e da sociedade é fundamental para mudar o
cenário das desigualdades sociais, uma vez que a educação oferece acesso a mais
oportunidades e pode mudar a perspectiva dos jovens em relação ao futuro.
No entanto, o desafio da evasão deve ser enfrentado por todos, incluindo sociedade, escola,
estado, governo, aluno, família e instituições educacionais. É necessário criar projetos
respaldados e alinhados às políticas públicas, garantindo uma melhor qualidade de vida para
todos. Conclui-se que a problemática da evasão escolar ainda está longe de ser resolvida
completamente. Apesar das inúmeras possíveis intervenções, o tema deve continuar sendo
debatido e refletido para encontrar soluções efetivas.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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TRINDADE, M. F. B.; OLIVEIRA, F. L. Idosos na EJA: fatores que motivam a inclusão e
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ELLEN RIZIA, A PROBLEMÁTICA DA EVASÃO ESCOLAR: UMA REVISÃO
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8. AGRADECIMENTOS