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A PANDEMIA E O IMPACTO NAS REAÇÕES DE ENSINO E APRENDIZADO

Adálcio Hugo Gonçalves Dos Santos (Engenharia de Materiais, CEFET-MG) – adalciobh@gmail.com


Allan Barreiro Da Silva (Engenharia de Materiais, CEFET-MG) – allan0423@gmail.com
Ana Carolina Lopes (Engenharia de Materiais, CEFET-MG) – tec.carolinalopes@gmail.com
André Guilherme Martins Costa (Engenharia de Materiais, CEFET-MG) – andreguimcosta@gmail.com
Arthur Mader Portela Garcia Carvalho (Engenharia de Materiais, CEFET-MG) –
arthurmadercarvalho@gmail.com
Beatriz Aimée Teixeira Furtado Braga (Engenharia de Materiais, CEFET-MG) – beatrizatfb@gmail.com

RESUMO
Este artigo analisa a forma como a pandemia vivida no ano de 2020 tem afetado as
relações de ensino e aprendizado, levando em conta o isolamento social. Tal abordagem se faz
necessária a fim de fundamentar dados sobre o desenvolvimento e adaptação da comunidade
educacional nesse novo contexto e quais serão os principais impactos refletidos na sociedade
como um todo. O objetivo deste estudo é identificar as possíveis dificuldades encontradas nesse
modelo e correlacionar com fatores econômicos, sociais e psicológicos, discutindo como tais
aspectos impactam o rendimento e a qualidade do ensino. Este intento será atingido a partir de
pesquisas realizadas entre jovens e adultos, docentes e discentes, do ensino médio à graduação
de instituições públicas e privadas. A pesquisa demonstrou que, de fato, a educação foi
diretamente afetada com a transição para o virtual. Foram evidenciados distúrbios na
produtividade dos envolvidos, assim como carência de apoio fornecido pelas instituições
particulares. Já no âmbito psicológico, foi observado aumento significativo no grau de
ansiedade correlacionado, ainda, com o decaimento financeiro no grupo analisado. No entanto,
tal dissertação ainda se manteve subjetiva, devido a agentes limitadores como o tempo e
conhecimento técnico para aprofundamento nos dados.
Palavras Chave: Covid-19. Pandemia. Ensino. Ensino Médio. Graduação

INTRODUÇÃO

A realização de pesquisas no âmbito educacional é mister para que se possa interpretar


o sistema de ensino aplicado em diferentes sociedades, uma vez que a educação é a principal
ferramenta para formar a base do desenvolvimento social. Entretanto, o enfrentamento da
pandemia da Covid-19 trouxe agravantes para as pessoas de todo um coletivo que luta por
condições básicas de vida, dentre elas, o acesso à educação de qualidade. Sob tal ótica, a adoção
de novas medidas e metodologias de ensino, no geral, agravaram ainda mais as desigualdades
quanto a disseminação do conhecimento, seja por questões sanitárias, de acessibilidade, da má
qualidade da educação, dentre outros.

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Em concordância, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU, 2020), mais de 1.5
bilhão de jovens foram afetados com o fechamento de escolas em mais de 188 países. Além
disso, ao redor do mundo, o Ensino a Distância (EaD) foi introduzido em mais de dois terços
dos países, sendo que esse dado é reduzido a quase um terço quando inserido em países de baixa
renda.

Nesse contexto, são perceptíveis problemáticas envolvendo fatores sociais, econômicos


e psicológicos que influenciam diretamente na qualidade do ensino e na capacitação
profissional dos indivíduos na sociedade. Desse modo, este artigo irá apresentar os impactos da
pandemia da Covid-19 na educação, tanto para alunos quanto para professores. Baseado nisso,
o estudo foi feito por meio de pesquisas realizadas entre discentes e docentes, com diferentes
faixas etárias e classes econômicas. Sendo assim, tem-se como objetivo identificar as possíveis
dificuldades encontradas com o novo modelo de ensino; apurar sua transição e adaptação;
avaliar diferenças na forma de sua aplicação em instituições públicas e privadas; determinar as
mudanças na progressão de aprendizagem e sua correlação com fatores sociais e psicológicos
e expor os impactos sociais e econômicos gerados neste período de pandemia.

1. TRANSIÇÃO ENTRE MODALIDADES DE ENSINO DURANTE A PANDEMIA


1.1. IMPACTOS DO ENSINO REMOTO EM ALUNOS

Várias escolas e universidades ao redor do mundo estão oferecendo o ensino a distância


para minimizar a perda do calendário letivo. Porém, a pesquisa “O Impacto do Covid-19 em
crianças” afirmou que quase um terço da população de jovens já estavam excluídas do mundo
digital antes da pandemia e que, dessa forma, estarão inclinados a interromper os estudos se o
ensino virtual continuar em vigor (ONU, 2020). Destarte, no Brasil, essa desigualdade, que já
existe entre os ensinos público e privado, também pode ser aumentada. Isso acontece uma vez
que os alunos de baixa condição financeira, os quais, em sua grande maioria, optam pelo ensino
público, tendem a não ter acesso ao ensino remoto devido a sua situação econômica (GIOLO,
2010).

A situação, além de aumentar o desequilíbrio do nível do ensino básico entre países


desenvolvidos e subdesenvolvidos, ou até mesmo entre classes sociais, também possui grandes
chances de aumentar a desigualdade de gênero. O gênero feminino, em escala mundial, possui

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menos acesso à tecnologia e, dessa maneira, terá menos acesso aos estudos em EaD do que os
homens. (Setor de Normatização das Telecomunicações – ITU, 2019)

Ademais, além de ressaltar a desigualdade social e tecnológica, o isolamento social


também destaca problemas relacionados à saúde mental dos estudantes. Cornine , Bao e Ayittey
(2020) afirmam que a ansiedade dos alunos é influenciada diretamente pelas consequências da
pandemia, como o crescimento do número de infectados e a grande propagação de notícias
falsas relacionadas ao coronavírus.

O estudo “Impactos do COVID na psicologia de alunos universitários” (AYITTEY,


2020) também comprova que a ansiedade entre esses discentes está associada às questões de
sua moradia, aspectos financeiros e da saúde de seus familiares. A esfera familiar, ainda, pode
ser profundamente influenciada pelos lockdowns e pelas políticas de fechamento do comércio.
Se não houver ajuda do governo, a tensão doméstica tende a aumentar, uma vez que a renda
pode diminuir, contribuindo, mais além, para que os alunos não consigam aprender dentro de
casa pelo ensino EaD. (ONU, 2020)

Já em relação às aulas, a pesquisa “O impacto do COVID na educação superior ao redor


do mundo” foi realizada em vários países pela Associação Internacional das Universidades
(IAU, 2020). Tal pesquisa concluiu que o pensamento dos alunos era que o ensino em EaD
deveria possuir uma pedagogia diferente do ensino presencial, e que o nível de preparo dos
professores para encarar essa mudança em sua metodologia de ensino era muito variado.

1.2. IMPACTOS DO ENSINO REMOTO EM PROFESSORES

No que tange os professores de Ensino Médio (EM), é perceptível um desconforto em


relação ao Ensino Remoto. De acordo com Heloisa Morel (2020), diretora executiva do Instituto
Península, 83% dos professores não se consideram preparados para darem aulas online, mesmo
após dois meses desde o início da implementação do Ensino Remoto.

As dificuldades se iniciam com a falta de experiência com o método de ensino em


questão, sendo indicado que 90% dos docentes nunca haviam tido contato com o EaD antes da
pandemia. Os problemas continuam com a falta de treinamento, com 55% dos professores
alegando que não receberam treinamento para realizar as atividades (MOREL, 2020).

Para os professores de cursos superiores, a falta de um plano de ensino no Ensino


Remoto Emergencial (ERE) é um dos fatores que mais tem prejudicado os docentes, devido à
necessidade de mudar a pedagogia e se adaptar às tecnologias para poder lecionar, sem
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orientação adequada. A partir desses problemas, surgem atrasos na matéria, cobrança para que
o nível de ensino seja mantido, ausência do contato com o aluno e demais dificuldades.
(RODRIGUES, 2020)

2. METODOLOGIA DE PESQUISA

Visando estudar a contradição das relações de ensino em período de quarentena, foram


realizados levantamentos de dados a partir de dois formulários enviados separadamente para
docentes e discentes, de instituições de ensino médio, cursos pré-vestibulares e graduação,
públicas e privadas. Dessa forma, foi possível conhecer a realidade de uma amostra
populacional recolhida de forma abrangente e aleatória. Os questionários foram criados a partir
da plataforma do Google Forms, contendo 20 perguntas em cada, subdivididas em três seções.
Estas estavam relacionadas às informações gerais (idade, tipo de instituição, modalidade de
ensino, cidade); condição e qualidade de acesso e adaptação ao meio virtual.

O envio ocorreu via aplicativos sociais e e-mail, sem restrição de região, a fim de obter
o maior alcance de resultados possível. Ao final do prazo de 10 dias o envio de respostas foi
fechado, verificando-se a colaboração de 49 professores e 313 alunos. Tendo em vista que
esperava-se uma amostra de cerca de 70 alunos, com uma proporção aluno/professor
equivalente a 1/10, as quantidades foram consideradas satisfatórias.

Por último, os dados, em forma numérica e relatos, foram filtrados por relevância em
relação aos objetivos da pesquisa. Estes, então, foram codificados em forma de gráficos e
citações, a serem expostos nos resultados e analisados na discussão.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A princípio, é importante recortar que o público avaliado, como pode ser observado nos
gráficos 1 e 2, são de maioria da região sudeste, principalmente de Minas Gerais. Portanto, os
resultados devem ser vistos no contexto da região brasileira mais bem desenvolvida e com
maior número de recursos federais. Em seguida, também vale ressaltar que grande parte dos
alunos e professores analisados frequentam instituições de graduação ou ensino médio com

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técnico integrado, públicas, como mostram os gráficos 3 e 4. Os dados, assim, são comparados
em forma de porcentagem, a fim de gerar a mesma unidade para comparação.

Gráfico 1 – Quantidade de Alunos por Região Gráfico 2 – Quantidade de Professores por


OIDJVODMVÇDVÇDFVMÇDFVMÇFVMFKVDÇFBK Região

Gráfico 3 – Quantidade de Alunos por Gráfico 4 – Quantidade de Professores por


Modalidade de Ensino Modalidade de Ensino

Seguindo o objetivo de identificar diferenças na aplicação do ensino remoto emergencial


em escolas públicas em relação ao ensino à distância já vigente em instituições particulares,
pode-se analisar os gráficos 5 e 6. No gráfico 5, fica claro que as instituições públicas oferecem
diversos tipos de apoio para os alunos enfrentarem o período de adaptação ao ensino virtual,
sendo os principais apoio financeiro, empréstimo de aparelhos e custeio de internet.

Gráfico 5 – Tipos de Apoio para Alunos Oferecidos Gráfico 6 – A Instituição Ofereceu Algum l
por Instituições Públicas e Privadas Preparo Para os Professores no Ensino Remoto?

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Já os estabelecimentos privados, que tendem ao caráter comercial, apresentam em
64,3% das vezes nenhum tipo de apoio. Isso é, também, evidente em um dos relatos de aluno
da graduação que respondeu a pesquisa:

Tenho tido muita dificuldade em pagar as mensalidades da faculdade, a Universidade


é particular e, mesmo com essa crise mundial, não se solidarizaram com a situação de
seus discentes pagantes. No início do curso (iniciei em 02/2020) havia na sala cerca
de 40 alunos, talvez um pouco mais. Desde que começou essa pandemia, temos agora
nas aulas cerca de 26 ou 20 alunos, ou seja, muitos alunos desistiram e, em sua
maioria, foi por motivos financeiros. Ou seja: essa instituição educacional está
preferindo perder alunos do que fazer um acordo que agrade ambos os lados. A
Universidade não tem sido flexível, ainda estão cobrando juros de quem efetua o
pagamento das mensalidades atrasado [...]Sei que a Universidade está se empenhando
para fazer o seu melhor, mas talvez ela esteja pensando muito mais nela que nos seus
educandos.

Assim, é demonstrado a preferência das particulares pelo lucro sobre a o ensino. No


entanto, mesmo com as dificuldades enfrentadas pela falta de apoio da instituição, 30% dos
alunos de instituições particulares, de acordo com o gráfico 7, ainda indicam que a metodologia
dos professores não decaiu devido à pandemia. Mesmo os que sentem uma piora ainda
representam apenas 53% dos alunos, 23% a menos do que o resultado das escolas públicas. Por
essa ótica, pode-se considerar como causa a falta de preparo dos professores para o ensino
remoto. Tendo que o ensino a distância já era uma realidade para as particulares e foi implantado
como emergencial nas públicas, a transição nestas foi desorganizada e experimental.

Gráfico 7 – Houve Decaimento na Metodologia Utilizada pelos Professores?

Esse fato vai, também, em convergência com os dados do gráfico 6, revelando que
enquanto 80% das instituições pagas oferecem preparo para os professores, este número
corresponde a apenas 60% das públicas. Outrossim, dialogando com estas questões, há o relato
de um dos professores:

Infelizmente não tivemos tempo para uma adaptação, tivemos que aprender na pressão
e com pouco material e conexão para os alunos da rede pública de ensino. Embora
alguns alunos tenham recursos em mãos, a maioria não sabe utilizá-los de maneira

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crítica e construtiva, o que na minha opinião faz com que o ensino não seja levado a
sério pelos envolvidos.

Em seguida, com o intuito de analisar a adaptação e impactos do ensino remoto na


vivência dos alunos e professores, devem ser levados em conta os fatores econômicos e
psicológicos que os afetam. Apesar da adaptação dos professores, indicada no gráfico 9, ser
bem avaliada, a adaptação de alunos que possuem transtornos psicológicos diagnosticados
(correspondentes a 24% do total) e dos alunos que foram afetados por impactos financeiros no
âmbito familiar durante a pandemia (correspondentes a 48% do total) sofre declínio, de acordo
com o gráfico 8. A maioria destes avalia sua adaptação como 1,2 ou 3, o que supõe-se depender
da dificuldade de conciliar os estudos com a realidade da ansiedade, pressão e sobrecarga. Em
caso análogo, o gráfico 10 indica como esse mesmo grupo têm se sentido, com um grande pico
em mais ansiosos (entre 80 e 90% dos alunos) e mais pressionados (em média 73% dos alunos).

Gráfico 8 – Adaptação ao ERE/EaD de Alunos que Gráfico 9 – Adaptação dos professores ao


Possuem Algum Transtorno Psicológico ou Foramjkcas jjjERE/EaDdçklvndçvkçvnkdsçvdçksvndçv
Afetados por Impactos Financeiros no Âmbito kvdsmvuhdknkjdnknkdmvbmvbkfmvbkfmbfk
Familiar

Gráfico 10 – Como os Alunos com Transtorno Psicológico ou Afetados por Impacto Financeiro no
Âmbito Familiar Têm se Sentido no Período de Quarentena

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Os professores, a despeito de estarem mais adaptados, similarmente se sentem mais
pressionados e mais ansiosos, como visto no gráfico 11, principalmente aqueles que lecionam
em instituições públicas, devido às questões discutidas anteriormente.

Gráfico 11 – Como os Professores Têm se Sentido no Período de Quarentena

Conjuntamente, foram levantados questões, nos gráficos 12 e 13, que prejudicam a


produtividade tanto dos discentes quanto docentes. As principais, como procrastinação e
dificuldade de gerenciamento de tempo, são fatores recorrentes em qualquer estilo de ensino.

Gráfico 12 – Fatores que Prejudicam a Produtividade Gráfico 13 – Fatores que Dificultam o Trabalho
Alunos dos Professores

Observa-se, contudo, que barulhos externos, conexão defeituosa, falta de concentração


e falta de engajamento são problemas provenientes da nova forma de ensino, que exigem
planejamento e adaptação para serem superados. Como foi posto por um dos professores:

O ERE mostrou eventuais potencialidades que podem ser úteis durante o ensino
presencial, porém não o substitui. Estou enfrentando um problema de comunicação
com as turmas. Não sei é falta de engajamento [...] ou eu que não estou sabendo atingí-
los, mas o fato é que em geral não tenho um bom retorno dos alunos [...]. Isto me
frustra e [...] é o diferencial negativo do ERE [...].

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação apresenta-se como um agente transformador social que, durante a pandemia
do coronavírus, foi afetada diretamente com fechamento de escolas e mudanças na forma de
ensino. Diante disso, a pesquisa teve como base três objetivos, sendo o primeiro identificar as
dificuldades encontradas para a transição e adaptação da educação virtual. Ele foi evidenciado
através da análise dos distúrbios que foram indicados como problemas para a produtividade do
aluno e o andamento do trabalho realizado pelos professores. Assim, ficou claro que houve
concordância entre os dados obtidos e os resultados esperados.

O segundo objetivo buscou verificar se há diferenças na forma da aplicação das


tecnologias de ensino remoto em instituições públicas e privadas. Esse objetivo se mostrou mais
relevante no suporte social e financeiro ao aluno, em que destacam-se as escolas públicas, as
quais fornecem maior ajuda. Outrossim, é perceptível a melhor preparação das instituições
particulares nas divergências sobre a preparação do corpo docente e o não decaimento
significativo da metodologia aplicada pelos professores.

O terceiro objetivo pretendeu determinar as mudanças na progressão de aprendizagem


e sua correlação com fatores sociais e psicológicos. Foi verificado que houve aumento
significativo de ansiedade e pressão entre alunos e professores, principalmente aqueles
inseridos em grupos afetados por transtornos psicológicos ou perdas financeiras no período de
quarentena. Esses, ainda, indicaram menor adaptação ao modelo virtual, convergindo com a
hipótese levantada.

A realização da pesquisa mostrou algumas dificuldades na execução, sendo um


elemento fundamental o tempo. Embora alcançados os números pretendidos na metodologia do
projeto, houve pouca heterogeneidade no público pretendido, principalmente ligado à
modalidade de ensino e a quantidade de professores atendentes ao questionário proposto.
Portanto, não se pode generalizar todos os dados obtidos, por falta de amostra. Ainda como
agente limitador, o período disponível impossibilitou um aprofundamento no desenvolvimento
teórico ligado à psicologia na educação.

Em relação ao questionário idealizado para pesquisa, notou-se que o direcionado para


professores deveria apresentar mais especificidades para esse público. Algumas indagações
realizadas não resultaram em dados relevantes para os objetivos propostos e algumas respostas
pré-fornecidas poderiam ter sido melhor pensadas para realizar correlações com outros
parâmetros abordados.
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Observadas algumas dificuldades e limitações encontradas, junto com o que foi obtido
com a pesquisa, é possível salientar que uma temática voltada em maioria para o corpo docente
é cabível na abordagem do tema do trabalho. Um levantamento de dados mais heterogêneo e
mais abrangente resultaria em uma amostragem com diferentes pontos de relevância. Ainda,
uma busca em campo, visando comunidades carentes e zonas rurais, em caso do interior do
estado, poderia demonstrar uma discrepância mais tangível quanto ao impacto da pandemia no
ensino.

5. REFERÊNCIAS

A cada 10 professores, 8 não se sentem preparados para o EAD. Estadão. 17 maio de 2020.
Educação. Disponível em: <https://noticias.r7.com/educacao/a-cada-10-professores-8-nao-se-
sentem-preparados-para-ead-17052020 > Acesso em 28 de out. de 2020

DHAR, B. K.; AYITTEY, F. K.; SARKAR, S. M. Impact of COVID on Psychology among


the University Students. 2020. Disponível em: <https://onlineli
brary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/gch2.202000038>. Acesso em: 29 out. 2020.

GIOLO, Jaime. Educação a distância: tensões entre o público e o privado. 2010. Disponível
em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0101-7330201000040 0012&script=sci_arttext>.
Acesso em: 29 out. 2020.

IAO - Associação Internacional das Universidades. THE IMPACT OF COVID-19 ON


HIGHER EDUCATION AROUND THE WORLD. Disponível em: <https://www. iau-
aiu.net/IMG/pdf/iau_covid19_and_he_survey_report_final_may_2020.pdf>. Acesso em 29
out. 2020.

ITU - Setor de Normatização das Telecomunicações. Measuring digital development. 2019.


Disponível em: <https://www.itu.int/en/ITU-D/Statistics/Docu
ments/facts/FactsFigures2019.pdf>. Acesso em 26 set. 2020.

ONU - Organização das Nações Unidas. Policy Brief: The Impact of COVID-19 on children.
2020. Disponível em: <https://www.un.org/development/desa/dspd/wp
content/uploads/sites/22/2020/08/sg_policy_brief_covid19_and_education_august_2020.pdf>
. Acesso em 25 set. 2020.

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RODRIGUES, Alessandra. Ensino remoto na Educação Superior: desafios e conquistas em
tempos de pandemia. SBC Horizontes, jun. 2020. ISSN 2175-9235. Disponível em:
<http://horizontes.sbc.org.br/index.php/2020/06/17/ensino-remoto-na-educacao-superior/>.
Acesso em: 28 out. 2020.

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