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ESCOLA ESTADUAL PRESIDENTE CASTELO BRANCO

PROFESSORA:
DISCIPLINA:REDAÇÃO
SÉRIE: 3º ANO
SIMULADO II PROPOSTA DE PRODUÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de
sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema “Debate sobre os impactos da pandemia na educação brasileira”,
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
A pandemia e os impactos irreversíveis na educação

As adaptações ao mundo digital na rede particular e pública diante da covid-19 é destaque do


artigo de Paulo Arns, do Colégio Positivo

Mais de 1,5 bilhão de alunos e 60,3 milhões de professores de 165 países foram afetados pelo
fechamento de escolas devido à pandemia do coronavírus. Nessa crise sem precedentes, de
proporção global, educadores e famílias inteiras tiveram que lidar com a imprevisibilidade e, em
benefício da vida, (re) aprendemos a ensinar de novas maneiras. Na China, cerca de 240 milhões
de crianças e jovens se adaptaram rapidamente ao fechamento das instituições de ensino e
passaram a ter aulas remotas em uma escala jamais vista, da educação básica ao ensino
superior. Os chineses mostraram que é possível fechar as salas de aula sem parar de aprender.

[...]

Uma questão a se pontuar é a desigualdade gigante entre os sistemas públicos e privados da


educação básica — e a própria distância social entre as famílias dos estudantes. Enquanto
alunos de escolas particulares aprendem por meio de diversos recursos e estratégias
combinadas, como vídeo ao vivo ou gravado, envio de tarefas, mentoria e sessões em grupos
menores para tirar dúvidas, muitos estudantes das escolas públicas sequer têm acesso à
internet.

Além disso, nem todos os municípios possuem estrutura de tecnologia para oferta de ensino
remoto e nem todos os professores têm a formação adequada para dar aulas virtuais. Outra
realidade que complica a adesão de alunos às aulas on-line são os softwares utilizados para esse
fim, que, em sua grande maioria, são desenvolvidos para funcionar em computadores —
ambiente acessado atualmente por apenas 57% da população brasileira, segundo o IBGE. Muitas
crianças da geração Z nunca ligaram um computador e 97% dos brasileiros acessam a internet
pelo celular.

[...]

*Paulo Arns da Cunha é diretor-executivo do Colégio Positivo.

Disponível em: https://revistaeducacao.com.br/2020/04/15/pandemia-educacao-impactos/


TEXTO II

Disponível em: https://www.inesc.org.br/educacao-publica-numa-democracia-moribunda/

TEXTO III
Impacto da pandemia na educação é desigual, aponta documento

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou, na


última quarta-feira (20), o adiamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
2020. A polêmica em torno de uma nova data é apenas um capítulo do amplo debate sobre as
consequências da pandemia de covid-19 também para a educação. Um documento elaborado por
pesquisadores da Rede CoVida – Ciência, Informação e Solidariedade – alerta para os impactos
do fechamento das unidades escolares sobre a vida dos 47,8 milhões de estudantes da
Educação Básica no Brasil.

Apesar de defenderem as medidas de suspensão das aulas, os pesquisadores apontam uma


série de questões que podem agravar o aprendizado e o aumento das desigualdades no médio e
longo prazo. “O objetivo é discutir como o afastamento desses estudantes, principalmente dos
38,7 milhões que estão matriculados em escolas públicas, vai aumentar o grau de desigualdade
da educação no país”, explica Márcio Natividade, professor do Instituto de Saúde Coletiva
(ISC/UFBA) e um dos autores do documento.

O grupo de pesquisadores destaca a repercussão das alterações no calendário escolar, e do


próprio Enem, para a saúde dos alunos. “Levantamos desde a preocupação com problemas
nutricionais decorrente da interrupção do fornecimento da alimentação escolar, assim como a
pressão psicológica e o impacto do longo período de isolamento social sobre a saúde mental dos
estudantes”.

Outro problema discutido pelo documento é a alternativa de educação na modalidade EaD e a


falta de uma política de acesso à internet mais igualitária. No Brasil, de acordo com o Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apenas 42% das classes “D” e “E” estão conectadas, sendo
que mais de 70% dos usuários encontram-se nas áreas urbanas. “Esse processo é agravado pela
precariedade ou inexistência de internet em uma parcela significativa dos lares onde residem
esses estudantes”, observa.

Ainda segundo o professor, é preciso também investir na capacitação dos educadores para uso e
domínio das ferramentas digitais neste novo cenário. “São limitações pedagógicas e tecnológicas
que dificultam e impedem o desenvolvimento de atividades de educação à distância em nosso
país”, avalia.

Disponível em: http://www.isc.ufba.br/impacto-da-pandemia-na-educacao-e-desigual-aponta-document

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