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ANAIS DO CONGRESSO INTERNACIONAL MOVIMENTOS DOCENTES

Volume VI 2021
AS DIFICULDADES NO ACESSO AO ENSINO DURANTE A PANDEMIA DE
COVID-19 NA ESCOLA DR. JACKSON LAGO, PRESIDENTE SARNEY-MA

Thiago Ronyerisson Silva Costa290; Lais Isabella Monteiro Mendes291; Igor


Breno Barbosa de Sousa292

Acesse a apresentação deste trabalho.

RESUMO

A pandemia da covid-19 e a necessidade de distanciamento social,


expõe as dificuldades dos alunos no acesso ao ensino público, sobretudo os
que residem na zona rural. Em meio a isso, o presente artigo se propõe a
analisar as estratégias adotadas em uma escola da rede pública estadual de
ensino durante o primeiro ano da pandemia da covid-19. A pesquisa foi
baseada no método hipotético dedutivo com abordagem do tipo survey, foram
utilizados junto a bibliografia especializada no tema, dados secundários,
questionário semiestruturado e softwares de tabulação de dados e confecção
de mapas. Os resultados obtidos expõem as inúmeras dificuldades enfrentadas
pelos alunos na modalidade do ensino remoto, com isso, faz-se essencial a
participação ativa do Estado em garantir o acesso as ferramentas que
propiciam o acesso ao ensino durante a pandemia.

Palavras-chave: Ensino remoto. Covid-19. Estratégia.

INTRODUÇÃO

O acesso ao ensino no Brasil, apresenta-se de forma desigual,


seja pela falta de investimento por parte do Estado, ou pelas múltiplas
estruturas que na conjuntura histórica, deixaram a educação em segundo
plano. Mesmo com o fortalecimento de políticas voltadas para a
democratização da educação a partir da promulgação da Constituição Federal
de 1988, ainda evidencia-se um conjunto de dificuldades enfrentadas,
principalmente nos municípios com predominância de população rural.

290
Bacharel em Administração; Graduando em Geografia Bacharelado UEMA;
ronyrmm@hotmail.com
291
Graduanda em Pedagogia Licenciatura UEMA; lais.isabellamm@gmail.com
292
Mestre em Desenvolvimento Socioespacial e Regional UEMA; Professor do curso de
Geografia - UEMAnet e da Pós-Graduação em Geoprocessamento Aplicado IFNMG;
iggor_breno@hotmail.com

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Nesse contexto, a pandemia da covid-19 foi responsável por aumentar
os desafios no acesso à educação. A falta de acesso às Tecnologias da
Informação e Comunicação (TICs), para as aulas remotas, somam-se às
dificuldades de locomoção para entrega ou retirada do material impresso, uma
vez que muitos desses alunos residem na zona rural, localizando-se a dezenas
de quilômetros da escola e enfrentam problemas de deslocamento por meio do
transporte escolar, ou seja, fatores que contribuem para evidencirar as
desigualdades socioespaciais.

Ao mesmo tempo que as dificuldades se apresentam, a gestão escolar


junto ao corpo docente procuram oferecer apoio aos estudantes mediante a
aplicação de estratégias baseadas em aplicativos de mensagens, plataforma
escolhida para fazer a comunicação entre aluno e professor(a), por outro lado,
a produção de material impresso é requerida para os alunos sem conexão.
Contudo, as demais opções como web conferência e similares, se mostram
inviáveis devido à baixa conectividade e ausência de políticas públicas voltadas
a atender esses alunos.

Desse modo, em meio a pandemia da covid-19 e dentro da modalidade


de ensino remoto, é necessário criar, possibilidades para que o aluno tenha
acesso à educação pública e de qualidade, a construção em conjunto do
conhecimento, em uma relação ativa entre o aluno e a escola visando a sua
formação integral. A caminhada no acesso ao ensino eficaz, ainda precisa
percorrer um longo caminho, para que as desigualdades socioespaciais
venham a diminuir e os alunos alcancem os objetivos de ensino propostos,
mediantes aos documentos planejados para a educação e assim consigam
estar preparados para ingressar no concorrido mundo do trabalho, sem
grandes perdas.

Nesse sentido o problema da presente pesquisa é: quais as dificuldades


no acesso ao ensino na pandemia da covid-19, frente as desigualdades
socioespaciais? O objetivo geral da pesquisa trata de analisar as estratégias de
ensino adotadas na escola Dr. Jackson Lago durante o primeiro ano da
pandemia da covid-19.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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A educação é um direito fundamental previsto nos Artigos 6º e 205 da
Constituição Federal de 1988. A Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996,
reconhecida por Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB),
estabelece em seu artigo 4º inciso VII, como norma fundamental, o dever do
Estado com ensino público efetivado mediante a garantia da oferta de
educação escolar regular para jovens e adultos e aos que forem trabalhadores
as condições de acesso e permanência na escola (CARDOSO; FERREIRA;
BARBOSA, 2020).

Entretanto, é nesse contexto que a pandemia da covid-19 valida o


descaso do Estado em garantir o acesso ao ensino, sobretudo para uma
parcela da sociedade, visto que a pandemia impôs grandes desafios para
professores e alunos, principalmente na educação básica (SOUZA, 2020).
Cardoso, Ferreira e Barbosa (2020) afirmam que não há argumento legítimo a
justificar restrições e intervenções no âmbito de tutela desses direitos quando
há risco de resultarem no esvaziamento do núcleo essencial destes, ainda que
somente à uma parcela da população.

Dessa forma, o Ministério da Educação (MEC), por meio da portaria 343,


de 17 de março de 2020, orientou a rede escolar para o desenvolvimento das
atividades não presenciais, onde recomendou-se que:

Neste período de afastamento presencial, [...] as escolas


orientem alunos e famílias a fazer um planejamento de estudos, com
o acompanhamento do cumprimento das atividades pedagógicas não
presenciais por mediadores familiares (BRASIL, 2020, p. 9).

Com a emergência da pandemia, as escolas precisaram se organizar


para migrar para o ensino com o uso das tecnologias digitais, esta migração
gerou uma transposição de práticas e metodologias do ensino presencial para
as plataformas virtuais de aprendizagem, o chamado ensino remoto que
segundo Moreira e Schlemmer (2020, p. 9), traduz-se em:

[...] ensino presencial físico (mesmos cursos, currículo,


metodologias e práticas pedagógicas) [...] transposto para os meios
digitais, em rede. O processo é centrado no conteúdo, que é
ministrado pelo mesmo professor da aula presencial física. Embora
haja um distanciamento geográfico, privilegia-se o compartilhamento
de um mesmo tempo, ou seja, a aula ocorre num tempo síncrono,
seguindo princípios do ensino presencial.

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Por sua vez, Bordenave e Pereira (2002) ressaltam a importância das
estratégias de ensino elaboradas pelos professores para que os estudantes
tenham diversas formas de interação e construam o conhecimento de acordo
com suas experiências individuais para interpretar as informações,
experiências subjetivas e conhecimentos prévios. Freire (2019) enfatiza que o
papel do professor é estabelecer relações dialógicas de ensino e
aprendizagem; em que professor, ao passo que ensina, também aprende.

Por outro lado, ao analisar os impactos da atual situação de saúde


pública internacional na educação, constata-se que não havia preparação para
enfrentar esse tipo de situação, e que a carência de políticas públicas
educacionais e fatores tangenciais à educação têm dificultado esse período de
adaptação (CARDOSO; FERREIRA; BARBOSA, 2020). Alves e Faria (2020),
enfatizam que as relações pedagógicas estão se tornando ampliadas e
colaborativas com o uso das TICs, o que remete a ideia de que a educação
está sendo democratizada, contudo, desconsidera-se a desigualdade de
acesso por grande parte dos alunos as TICs.

Nascimento e Santos (2020) enfatizam, que as três esferas de governo


lançam sobre a sua rede escolar um ensino remoto que não atende a centenas
de milhares de estudantes, seja por falta de acesso as TICs, seja por falta do
básico para sobreviver, assim, o Estado torna-se responsável por operar
políticas públicas de exclusão. As dificuldades no acesso as TICs exprimem o
que Carlos (2017) define como desigualdade socioespacial, sendo este um
fenômeno que tem como resultado, o processo de reprodução capitalista que
cria, articula e mantém espaços com desenvolvimento desigual.

Evidencia-se com isso, a dificuldade dos estudantes que residem na


Zona Rural possuírem acesso as TICs, e de modo geral, a criação de
condições, dimensões e fatores para a oferta de um ensino de qualidade que
também esbarra em uma realidade marcada pela desigualdade
socioeconômica e cultural de regiões, localidades, segmentos sociais e dos
sujeitos envolvidos, sobretudo dos atuais sujeitos-usuários da escola pública
(CARDOSO; FERREIRA; BARBOSA, 2020). O acesso ao ensino perpassa
pela facilidade de acesso as instalações da escola e não cabe às redes de
ensino e às escolas resolverem sozinhas esse tipo de problema, como também

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não podem ignorá-los, caso contrário, qualquer proposta de educação imposta
verticalmente nesse momento só vai acentuar as desigualdades sociais e
educacionais já existentes (NASCIMENTO; SANTOS, 2020).

Quando observa-se a postura adotada pelo Estado em relação a


educação Freire, (2019) dizer-se comprometido com a libertação e não ser
capaz de partilhar com o povo, a quem continua considerando absolutamente
insipiente, é um grande equívoco, aproximar-se dele, mas sentir, a cada passo,
a cada dúvida, a cada expressão sua, uma espécie de susto, e pretender impor
o seu status, é manter- se nostálgico quanto a sua origem.

METODOLOGIA

Para a construção desta pesquisa, houve a necessidade de se fazer uso


do método hipotético dedutivo, pois está relacionado com a realidade que se
pretende compreender, ou seja, a eficácia das estratégias aplicadas para o
acesso ao ensino em uma escola da rede pública estadual. Segundo Marconi e
Lakatos (2003), no método hipotético-dedutivo, o problema surge antes das
expectativas e teorias , permitindo a elaboração de hipóteses, estas que
estarão sujeitas às tentativa de refutação e, caso sejam coorroboradas,
permitem novas contruções teóricas.

Foi feita a abordagem do tipo survey, pois entende-se que os dados


envolvidos podem ser quantificáveis, o que significa traduzir opiniões e
informações para classificá-las e analisá-las. O levantamento do tipo survey
têm como objeto, contribuir para o conhecimento em um ramo particular de
interesse mediante a coleta de informações sobre indivíduos ou sobre o
ambiente em que esses indivíduos estão inseridos (MIGUEL, 2007).

Quanto aos instrumentos, foi utilizado um roteiro de pesquisa


semiestruturado junto ao levantamento e sistematização in loco a partir da
observação natural dos pesquisadores, com isso, foi possível aplicar as
ferramentas disponíveis no Google Forms para aplicação dos questionários,
Microsoft Excel versão 2019 para tabulação dos dados e do QGIS para
elaboração do mapa.

Em relação a área de estudo, a pesquisa foi realizada no município de


Presidente Sarney, situado na região Norte do estado do Maranhão, conta com

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uma população de 19.069 habitantes, sendo que 76% destes residem na Zona
Rural (IBGE, 2020). O município localiza-se a 155 km a oeste da capital, São
Luís. Possui apenas uma escola para atender a demanda de estudantes do
ensino médio de todo o município, inaugurado em 2017, o Centro de Ensino Dr.
Jackson Lago tem suas instalações fixadas na sede do município, sendo a
primeira escola a atender os estudantes do ensino médio durante os três
turnos, antes, essa modalidade de ensino era ofertada apenas no período
noturno em um prédio cedido pela prefeitura.

Aplicou-se o questionário entre os alunos das 2ª e 3ª séries, cujo quadro


escolar é composto por cerca de 420 alunos regularmente matriculados,
procedimento realizado durante o recebimento dos livros didáticos para o ano
letivo de 2021, contornando uma amostra de 97 alunos. Dos 50 povoados além
da sede, foi possível obter respostas dos alunos com residência em 15
povoados mais a sede, distribuidos por todo o território do município. O C.E Dr.
Jackson Lago é responsável por atender estudantes a um raio de 25 km a
partir da suas instalações, conforme exposto na figura 1 a seguir.

Figura 1 Mapa Político Administrativo do Município de Presidente Sarney-MA

Fonte: Elaborado pelos autores.

Ressalta-se que o transporte dos estudantes durante as aulas

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presenciais, era feito por meio da frota de ônibus escolares da prefeitura
municipal em parceria com o governo do Estado, para rateio dos custos de
manutenção. Entretanto, durante a pandemia o transporte escolar que parte
dos povoados com destino a escola, parou de circular, onerando os estudantes
que passaram a se deslocar por meio de motocicletas ou um transporte
-de-
apostilas impressas distribuídas na escola.

Em relação ao índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB),


a rede estadual de ensino do município apresentou nota 3 em 2019, um
aumento de 0,3 pontos percentuais quando comparado a avaliação realizada
em 2017.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A modalidade de ensino adotada durante a pandemia foi a do Ensino


Remoto Emergencial (ERE), estratégia mediada parcialmente pelo uso das
TICs entre professores e alunos. Porém, 8% dos alunos avaliados na pesquisa
não possuíam acesso à internet, sendo que 20% dos alunos que possuíam
acesso, não conseguiam visualizar as aulas ministradas pelos professores,
totalizando 28%. Diante desse cenário, a gestão do C.E Dr. Jackson Lago,
planejou uma estratégia local com base no plano do ERE durante a pandemia,
formulado pela Secretaria de Estado da Educação (SEDUC), conforme exposto
na figura 2 a seguir.
Figura 2 Fluxograma da estratégia de ensino utilizada pelo C.E Dr. Jackson Lago

Fonte: Elaborado pelos autores.

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A estratégia consiste em atender os alunos que possuem ferramentas


de acesso (smartphone, computador e tablet) junto a conexão com a internet e
os alunos que não possuem acesso a essas ferramentas e a internet. Os
alunos A com acesso foram atendidos com aulas semanais, mediante o uso de
plataformas digitas. Os alunos sem acesso foram atendidos por meio de uma
apostila com o conteúdo bimestral, tendo sido elaborada pelos professores e
impressa e distribuída pela gestão da escola, portando o mesmo conteúdo
ministrado para os alunos com acesso, contudo, a ausência do professor em
ministrar o conteúdo se mostrou prejudicial aos alunos sem acesso. Dito isso, o
gráfico 1 a seguir evidencia a satisfação dos alunos AS em relação a estratégia
da apostila impressa.
Gráfico 1.

Fonte: Elaborado pelos autores.

O resultado expresso, evidência uma dispersão acentuada, onde 34%


dos alunos avaliam o uso dessa estratégia com notas entre 1 e 3, sendo que
50% avaliam com notas entre 8 e 10. O estudo aponta que essa dispersão está
relacionada à distância e ao custo de deslocamento até a escola para entregar
e retirar uma nova apostila, além da ausência do professor para explicar o
conteúdo. Assim, quanto maior a distância do povoado em que reside o aluno
em relação as instalações da escola, menor a nota de avaliação. Dessa forma,
o gráfico 2 a seguir exibe o resultado geral da avaliação das estratégias de
ensino adotadas pela escola.
Gráfico 2.

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Fonte: Elaborado pelos autores.

Quando se avalia a eficácia das estratégias de ensino, 63% dos alunos


avaliam entre 8 e 10, tendo média de 7,67. Resultado diferente da avaliação do
ensino remoto durante a pandemia, que apresentou média de 6.94. A partir
dessa avaliação, observa-se que em meio as dificuldades apresentadas
durante a pandemia e ao descaso do Estado em relação à educação, o corpo
docente junto a gestão da escola conseguiu atender parcialmente os alunos.
Em razão disso, constata-se que esse resultado é similar ao exposto no gráfico
3 a seguir.
Gráfico 3.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Mesmo com as dificuldades no acesso aos TICs que promovem o


acesso ao ensino durante a pandemia, 68% dos alunos avaliam as
metodologias utilizadas pelos professores da escola entre as notas 8 e 9, tendo
média de 7,75 considerado um desempenho satisfatório. Evidencia-se que os
alunos reconhecem mesmo em meio as dificuldades enfrentadas, o papel e
empenho dos professores. É neste contexto que Dias e Cunha (2020) afirmam

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que é o Estado que precisa se fazer presente e priorizar os mais vulneráveis e
garantir o acesso ao ensino na pandemia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa evidencia inúmeras dificuldades que ampliaram-se no


período da pandemia da covid-19, monstra as dificuldades postas na
modalidade do ERE, no qual os alunos precisavam dispor de acesso as TICs
para terem acesso as aulas. Contudo, a falta de planejamento por parte do
Estado em garantir o acesso as TICs tornou-se fator essencial para os
problemas enfrentados por esses alunos.

Diante desse agravo, percebe-se importância das estratégias adotadas


pela escola para a formação educativa desses alunos. Assim, seja qual for a
modalidade de ensino adotada, é essencial garantir o acesso e a qualidade no
ensino público.

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