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Trabalho

seminário

Evas ã o
esc ola r

Nome: Lays Gonçalves


Turma: 21
Professora: Natália
Evasão escolar é o ato de deixar de frequentar as aulas, ou seja, abandonar o ensino em
decorrência de qualquer motivo.
Esse problema social que, infelizmente, é comum no Brasil, afeta principalmente os alunos
do Ensino Médio.

Causas da evasão escolar


As causas variam conforme o nível de ensino. Nos primeiros anos (ensino fundamental), a
distância da escola associada à falta de transporte escolar, ou de quem possa levar e buscar
a criança, é a principal causa.
Já no ensino médio, a falta de interesse é que passa a ser uma das principais causas, a qual
resulta do fato de, além do conteúdo ser exagerado, ser descontextualizado, opinião que é
partilhada não só por alunos como pelos professores.
A situação econômica é outro fator que influencia fortemente o abandono escolar. Para
ajudar os pais, que às vezes até proíbem os filhos de continuar os estudos, ou mesmo para
terem certa autonomia financeira, os estudantes começam a trabalhar sem ter concluído os
estudos.
Há aqueles que optam por conciliar as atividades laboral e escolar, mas não conseguindo,
decidem priorizar o trabalho e acabam abandonando a escola.
O aspecto social tem o seu peso nessa questão. A dificuldade para chegar à escola torna
iminente a desistência de continuar os estudos. Isso é mais evidente nas zonas rurais.
Muito discutido nos últimos tempos, o bullying muitas vezes também faz os estudantes se
recusarem a ir para a escola.

Consequências da evasão escolar


Os estudantes que abandonam a escola costumam ter baixa autoestima, o que dificulta as
suas relações pessoais e também profissionais.

Entrar no mercado de trabalho torna-se mais difícil, além do que a qualidade dos serviços
prestados é nivelada por baixo, tal como a sua remuneração.
Tudo isso gera um forte sentimento de desmotivação, a qual acaba por consolidar ainda
mais a desigualdade social no Brasil.

Outras causas:

1. ACESSO LIMITADO
A falta de acesso ainda é um problema em todos os estados brasileiros. Quando falamos de
áreas rurais e periferias urbanas, faltam escolas e vagas próximas à residência do jovem e o
transporte público pode ser demorado ou inexistente.
2. NECESSIDADE ESPECIAL
Mais de 5% dos jovens abandonam a escola por conta de limitações físicas, seja por
deficiência, por doenças graves (crônicas ou contagiosas) ou por serem portadores de
necessidades especiais.
3. GRAVIDEZ E MATERNIDADE
A maternidade precoce pode causar constrangimentos sociais e limita o tempo disponível
para os estudos. A gravidez na adolescência, a despeito de certo declínio recente, continua
elevada e retira da escola uma parcela significativa das jovens brasileiras. Uma pesquisa de
2016 feita pelo MEC, OEI e Flacso revelou que 18% das meninas que pararam de estudar
teve a gravidez como principal motivo.
4. ATIVIDADES ILEGAIS
O uso de drogas e envolvimento em outras atividades ilegais rivaliza com a frequência às
aulas. Ações preventivas e educativas que informem os jovens sobre os malefícios do
envolvimento em atividades de risco, acompanhadas de repressão inteligente e coibição ao
uso e ao comércio de drogas nos entornos escolares são opções viáveis para solucionar
este problema.
5. MERCADO DE TRABALHO
Reconhecidamente, um dos fatores de maior importância para afastar os jovens das
atividades escolares é o seu envolvimento, de forma precoce e em intensidade inadequada,
com o mundo do trabalho.
6. POBREZA
O jovem às vezes não tem condições mínimas de alimentação, vestuário ou higiene para
frequentar a escola com dignidade ou não tem estrutura em casa para realizar os deveres
de casa, como acesso a energia elétrica, internet, livros e cadernos.
7. VIOLÊNCIA
As violências física e psicológica (bullying e assédio, por exemplo) podem acontecer dentro
de casa, na escola ou nas ruas, podendo gerar sérias consequências e traumas que tornam
ir à escola uma experiência insuportável ou impossível, comprometendo o aprendizado dos
jovens e desviando sua atenção dos estudos.
Outras causas:

8. DÉFICIT DE APRENDIZAGEM
Há evidência de que reprovações cumulativas são uma das principais causas da evasão e
abandono. Todo ano, 1,2 milhõe de jovens repetem a série. Isso tem um impacto
psicológico grande, pois o jovem começa a se sentir incapaz, desmotivado e extremamente
fora de lugar em uma turma com alunos mais novos, aumentando assim sua chance de sair
da escola.
9. SIGNIFICADO
Jovens que sentem que a escola não está adequada à sua realidade e visão de futuro
consideram a escola como uma perda de tempo e acabam preferindo se dedicar a outras
coisas.
10. FLEXIBILIDADE
Jovens que não acham que a escola é dinâmica ou inovadora se engajam menos nas
atividades escolares. Uma escola rígida, por melhor que seja naquilo que oferece, irá
atender aos interesses de apenas uma fração dos jovens.
11. QUALIDADE DA EDUCAÇÃO
Tão importante quanto convencer os jovens de que aquilo que a escola ensina é essencial,
é garantir que o conteúdo ensinado seja verdadeiramente relevante para a juventude.
12. CLIMA ESCOLAR
Ninguém voluntariamente fica em um lugar que não se sente bem ou que não se sente
pertencente. É preciso que o jovem na escola se sinta seguro, respeitado e acolhido.
13. PERCEPÇÃO DA IMPORTÂNCIA
É papel da educação e da escola não apenas ensinar temas relevantes, mas também
motivar os jovens estudantes para esses temas, mostrar que o que está sendo ensinado é
ou será útil para a sua vida, apresentar a educação como um valor.
14. BAIXA RESILIÊNCIA EMOCIONAL
Por último, desentendimentos com os professores ou colegas, baixo desempenho
acadêmico, problemas pessoais ou com a família e amigos e até a depressão podem gerar
desinteresse do jovem na escola.
Alguns dados:
Se comparados os dados de 2017 para 2018 do Censo Escolar, a taxa de abandono entre
jovens negros subiu 0,1%, enquanto o de jovens brancos diminuiu na mesma proporção.
Confira os gráficos completos na seção Educação em Números.
Evasão escolar na pandemia
Cerca de 244 mil crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos estavam fora da escola no
segundo trimestre de 2021, mostra relatório da organização Todos Pela Educação divulgado
nesta quinta-feira (2). O número representa um aumento de 171% em comparação a 2019,
quando 90 mil crianças estavam fora da escola.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua),
que abrange os efeitos da pandemia.
O levantamento também aponta que houve queda no percentual de pessoas da mesma
faixa etária que estava matriculado no ensino fundamental ou médio. Enquanto em 2019,
99,0% estavam matriculados, em 2021, esse índice caiu para 96,2%, menor valor desde
2012.
Há solução para a evasão escolar?
É preciso que os professores se reúnam e avaliem os alunos tentando detectar se há
dentro do corpo discente estudantes propensos a essa situação. Esse é um dever da
escola.
Detectar o problema é o primeiro passo para buscar formas de resolvê-lo. A verdade é que
todos precisam de incentivo, e não só, mas deve ser dada atenção maior aos que já
apresentam as características que levam à evasão escolar.

Detectado o problema, é preciso avaliar a forma de agir: recorrer à família para buscar uma
solução conjunta, por exemplo, afinal, nem sempre a ausência dos filhos na escola é
conhecida pelos pais.
Num segundo momento, quando os esforços da escola com a família não são suficientes, é
hora do Conselho Tutelar ou o Ministério Público serem acionados.
Busca Ativa Escolar
Busca Ativa Escolar é uma plataforma que busca amenizar esse problema. A plataforma faz
parte de uma iniciativa da Unicef que conta com algumas parcerias. Chama-se “Fora da
Escola Não Pode!”.
Através dela, um grupo de profissionais acompanha as ausências dos estudantes. A partir
disso, é desenvolvido um acompanhamento que tem como intuito fazê-los regressar à
escola.

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