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A sociedade atual tem exigido um desempenho académico cada vez mais eficaz e um
conhecimento de si mesmo cada vez maior e mais preciso. É neste sentido que se impõe o
estudo do insucesso escolar , enquanto opositor do sucesso individual.
O insucesso escolar tem sido objeto de diversos estudos ao longo dos tempos, dada a
sua relevância para a vida profissional, pessoal, social e emocional dos estudante, acredita - se
que, apesar das crianças com insucesso não manifestarem comportamentos específicos ou
desajustados visíveis, as suas dificuldades podem causar danos na personalidade de quem as
possui.
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Inicio do fenómeno insucesso escolar
Freire, M. F (2006) ap. Isambert – Jamati, (1985) afere que antes dos anos 60
do século passado, a preocupação com o fracasso escolar massivo das crianças
provenientes das denominadas camadas populares era diminuta, pois tal fracasso estava
na ‘ordem das coisas’ ficando durante bastantes anos o culpado por uma estrutura
escolar que justapunha duas ideias educativas compartimentadas: um popular, que
desembocava na vida activa e outra mais elitista, que preparava para estudos superiores.
O insucesso escolar que conhecemos hoje é datada de há bem poucos anos. Esta
noção passou gradualmente do campo da psicologia ao da sociologia. Porém ela não fez
essa passagem em todos os locais e ao mesmo tempo.
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Foi sobretudo por volta dos anos 80 que se tentou esclarecer esta noção de
Insucesso Escolar, mesmo que já tivesse tentado encontrar soluções para a situação que
a realidade das aulas tornava evidente.
Segundo Tavares (1998), as causas do insucesso escolar estão relacionadas com vários
factores tais como:
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habilitação dos pais e o ambiente familiar; o tipo de habitação em que vivem e a
distância a escola.
No caso dos professores que usam métodos de ensino, recursos didácticos, técnicas de
comunicação inadequadas às características da turma ou de cada aluno, fazem parte
igualmente de um vasto leque de causas que podem conduzir a uma deficiente relação
pedagógica e influencia negativamente os resultados. Na escola o professor deve estar
sempre atento as etapas do desenvolvimento do aluno, colocando-se na posição de
facilitador da aprendizagem e calcando seu trabalho no respeito mutuo, na confiança e
no afecto “ele deverá estabelecer com seus alunos uma relação de ajuda, atento para as
atitudes de quem ajuda e para a percepção de quem é ajudado”.
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(Gonçalves, 2002). Existem três teorias explicativas do insucesso escolar e merecedoras de
destaque pela sua importância que marcou três épocas distintas:
Identifica o aluno como principal responsável do seu sucesso escolar, sendo que
este está depende das capacidades e da inteligência da criança ou jovem em questão.
«Apoiada na convicção de que a inteligência é hereditária, um ponto de partida na vida
de cada indivíduo, esta teoria baseia-se nas “medidas” da inteligência (essencialmente
através dos testes), medidas que revelam a existência de consideráveis diferenças
individuais» (Benavente e Correia, 1980, p. 10). Como seria de esperar, esta teoria
embora fortemente criticada pelos meios académicos e científicos, é a que prevalece na
opinião dos professores e da escola, sendo que desculpabiliza os demais sujeitos
intervenientes no processo e encara o aluno como o único responsável pelo seu percurso
académico.
Que defende que a criança quando chega à Escola traz consigo uma herança
cultural que se traduz nas suas origens e que se reflete nas diferentes condições de vida,
sendo assim, esta teoria sustenta que estas desigualdades sócio – culturais poderão
desencadear o insucesso escolar das crianças mais desfavorecidas socialmente, pelo
facto de se considerar que a sua herança sócio -cultural possa estar mais desajustada do
modelo cultural aplicado na escola.
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entre as diferentes classes sociais dos alunos, estando assim o problema generalizado à
escola e aos professores.
Expectativas familiares
Tal como refere Lahire (1977), a família assume um papel essencial na vida
escolar dos jovens, visto que é através da família que estes jovens recebem as
motivações e daí interiorizam as suas ações e comportamentos, sendo que estas crianças
aprendem por observação ou por imitação dos adultos que lhe são próximos. Assim
sendo, as atitudes, condutas e valores dos adultos tornam-se o centro da atenção dos
jovens.
Por outro lado, ao invés de fatores de ordem cultural e social, Martins (1993)
atribui as causas do insucesso escolar ao meio familiar de proveniência do aluno, uma
vez que os pais não lhes incutem aspirações e expectativas que lhes permitam na escola
competir com os outros grupos sociais.
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A questão familiar é também levantada por Almeida et al. (2005), afirmando
que o sucesso está mais garantido quando na família se encontram as perceções,
orientações, disposições, valores e hábitos culturais rentabilizados pela escola.
O papel da escola
Para muitos milhares de alunos, a escola constitui uma oportunidade única para
romper com situações económicas e sociais desfavoráveis e precárias. Certamente por
essa razão muitos pais sempre se sacrificaram para que os seus filhos a frequentassem.
Aprender deve constituir o primeiro propósito da vida escolar. Exige esforço por parte
dos alunos e o reconhecimento de uma hierarquia – os professores têm conhecimentos
que os alunos não têm e que precisam de aprender. Ensinar constitui outro incontornável
propósito da escola que exige, da parte dos professores, a mobilização de uma
significativa variedade de conhecimentos e competências.
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conhecimento poderoso está associado ao conhecimento teórico, mais independente de
contextos, e, consequentemente, tende a ter uma aplicação mais universal.
Por esta razão, cabe à escola manter o equilíbrio entre os domínios cognitivo,
afectivo e psicomotor, mantendo uma atitude de igualdade face a diferenças raciais,
étnicas, sócio-económicas ou religiosas.
Isto para que também os aspetos da personalidade dos alunos que ensina sejam
tidos em conta, sobretudo no que se refere ao autoconceito, sendo ele uma componente
fundamental no ato de aprender.
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Consequências do insucesso escolar nos alunos
Afirma Fonseca (1999) que a criança com problemas escolares é sintoma de uma
sociedade em segregação e está sujeita a uma dupla repressão ideológica (por um lado a
família, por outro a escola). As aprendizagens escolares surgem à criança como
“fantasmas repressivos, os quais resultam numa multiplicidade de fracassos escolares,
conducentes possivelmente a condutas sociopatológicas e à delinquência” (Fonseca,
1999, p. 348).
“Uma criança com insucesso escolar transporta um peso frustacional, que se reflete na
família, no professor e no grupo dos seus companheiros. Este aspeto, para além de ser
impregnado de tendências antissociais que se verificam mais tarde, converteu-se num
sentimento de autodesvalorização e autosubstimação que urge combater.
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A colaboração da família com a escola é de extrema importância, tentando
desenvolver estratégias que possam assim melhorar o desempenho dos alunos, passando
por criar um elo de ligação e cooperação entre a escola e os pais impulsionando a
entreajuda e fomentando o espírito de equipa e a construção de parcerias que apoiem a
qualidade do ensino.
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Conclusão
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Referencias bibliográficas
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Introdução....................................................................................................................................1
Inicio do fenómeno insucesso escolar.........................................................................................2
Conceito de insucesso escolar.....................................................................................................3
Fatores que influenciam na ocorrência do fenómeno................................................................3
Fatores extra - escolares e escolares.......................................................................................3
Fatores individuais dos alunos................................................................................................4
Teorias explicativas do insucesso escolar segundo....................................................................5
Teoria dos dotes individuais....................................................................................................5
Teoria do handicap sócio – cultural........................................................................................5
Teoria sócio – institucional......................................................................................................5
Expectativas familiares................................................................................................................6
O papel da escola.........................................................................................................................7
Consequências do insucesso escolar nos alunos........................................................................9
Formas de combate ao insucesso escolar.................................................................................10
Conclusão...................................................................................................................................11
Referencias bibliográficas..........................................................................................................12
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