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A EVASÃO ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL

Causas e consequências da evasão escolar que resultam no aumento do


analfabetismo.

ROSAS, Shirley Bastos.


Licencianda em Pedagogia no
Centro Universitário Internacional Uninter

RESUMO
Este trabalho trata da evasão escolar no ensino fundamental. Tal problemática consiste
em buscar entender, por meio do estudo e da pesquisa, quais as razões que deram causa
a evasão escolar no Ensino Fundamental e suas consequências no aumento do
analfabetismo. Essa questão se faz necessário para que possamos através de um esforço
conjunto contribuir para identificarmos as causas e consequências da evasão escolar que
resultaram no aumento do analfabetismo, bem como, nos meios a serem empregados e
nos recursos que possam ser utilizados, para a conscientização de pais e alunos quanto à
importância da frequência escolar, assim como, do resultado final agregado, pois a
assiduidade de um estudante proporcionará melhor conhecimento intelectual e maiores
oportunidades para realizar futuras aspirações profissionais e ou na disputa por futuros
empregos e, ainda, propor uma reflexão sobre as práticas escolares adotadas a fim de
enxergar os dilemas da educação e suas causas, na busca por informações consistentes
que embasem as discussões sobre abandono e evasão escolar na educação básica
pretende-se propiciar um conhecimento mais profundo sobre a temática que se
apresenta sob a forma de evasão do aluno da escola. A escolha do tema surgiu por
intermédio da observação de determinados autores que relatam sobre um grande
número de alunos em escolas publicas do Ensino Médio que abandonam a escola sem
deixar explicações para diretores, professores e colegas de turma sobre o motivo da
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evasão, ficando a duvida do por que abandonar uma escola onde se tem ensino, merenda
e material escolar gratuito. O que vem preocupando as instituições de ensino em geral,
pois a saída desses alunos provoca desequilíbrios sociais, acadêmicos e econômicos. O
objetivo central deste estudo é combater a evasão escolar no Ensino Fundamental,
investigar as causas que contribuem para a evasão, distinguir o que é ausência e o que é
evasão, determinar as faixas etárias em que ocorre a evasão e comparar os dados
estatísticos de outros estudos sobre o mesmo tema. Para isso, foi empregada a pesquisa
bibliográfica, como metodologia, por meio de uma abordagem quantitativa, realizando
levantamentos bibliográficos. Esse propósito será fundamentado a partir da revisão
bibliográfica. O estudo demonstrou que independente do esforço dos professores, na
orientação ao aluno, para que compareçam as aulas, para que estude e, por meio do
estudo, possa crescer intelectualmente e, conquistar uma vida melhor, com melhor
qualidade de vida e melhores recursos econômicos.

Palavras-chave: Evasão. Problemática. Conhecimento. Conquista. Abandono.

1. Introdução
Este trabalho tem como propósito abordar as razões que dão causa a evasão escolar,
no Ensino Fundamental e, como resultado, entender as consequências no aumento do
analfabetismo no Brasil.

Vários estudiosos do tema, dentre os quais se destacam Ribeiro (1991), Bobbio (2004),
retratam a questão da evasão escolar, iniciando suas análises, em contexto com os alunos
que, não têm interesse, não conseguem perceber a importância dos conteúdos para seu
futuro.

A justificativa dessa pesquisa é contribuir, como fonte de informação sócio-educacional,


para a identificação das causas e consequências da evasão escolar um problema que
atinge todos os níveis de ensino da educação no Brasil, onde muitos jovens e crianças
abandonam a escola para ingressar no mercado de trabalho, alguns por perda de
estímulo outros por sobrevivência para manter a casa, é o que descobriremos ao final.

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O filósofo Immanuel Kant (1724 - 1804) afirmou: “o ser humano é aquilo que a educação
faz dele.” Essa ideologia, estabelecida pelo filósofo Immanuel Kant, em que a educação é
capaz de configurar as relações éticas e morais, reflete um caminho para a possibilidade
de solucionar os problemas carcerários que precisam de assistência e mudanças, mas
serve como um norte para concluirmos que a alta taxa de evasão escolar que vem
ocorrendo no Brasil, representa um problema sério, a educação tem um papel importante
na formação do cidadão e essa evasão, nos trás como consequência o aumento do
analfabetismo, situação daquele que não conhece o alfabeto ou não sabe ler nem
escrever.

O objetivo geral foi encontrar os recursos e meios legais para serem utilizados na
diminuição da evasão escolar por meio da conscientizando dos pais e alunos quanto a
importância da frequência escolar, da possibilidade de progresso no futuro pelo estudo
possibilitando maiores oportunidades para conquista de aspirações profissionais, como
se formar na faculdade, ter uma profissão, tornar-se um especialista, conseguir um bom
emprego, ter um bom salário, etc. E ainda, propor uma reflexão sobre as práticas
escolares adotadas a fim de enxergar os dilemas da educação e suas causas, na busca por
informações consistentes que embasem as discussões sobre abandono e evasão escolar
na educação básica pretende-se propiciar um conhecimento mais profundo sobre a
temática que se apresenta sob a forma de evasão do aluno da escola.

O objetivo específico desse trabalho é entender as razões que deram causa a evasão
escolar, no Ensino Fundamental, e suas consequências no aumento do analfabetismo no
Brasil.

A escolha do tema surgiu por intermédio da observação de determinados autores que


relatam sobre um grande número de alunos em escolas publicas do Ensino Médio que
abandonam a escola sem deixar explicações para diretores, professores e colegas de
turma sobre o motivo da evasão, ficando a duvida do por que abandonar uma escola
onde estão meus amigos, onde se tem ensino, merenda e material escolar gratuito. O que
vem preocupando as autoridades responsáveis pela educação no Brasil, a saída desses

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alunos provoca desequilíbrio social, acadêmico e econômico, além de, apresentarem
baixa autoestima, o que dificulta as suas relações pessoais e também profissionais.
O objetivo central deste estudo é entender a evasão escolar no Ensino Fundamental,
investigando as causas que contribuem para a evasão, distinguindo o que é ausência e o
que é evasão, determinando as faixas etárias em que ocorre a evasão e comparar os
dados estatísticos de outros estudos sobre o mesmo tema.

Estudos demonstraram que, independente do esforço dos professores na orientação ao


aluno quanto à importância do estudo em sua vida, para que compareçam as aulas e
estude para conquistar uma vida melhor, a necessidade de sobrevivência ficou
evidenciada como fator determinante, embora não seja o principal, a ausência de políticas
públicas também contribui para a não resolução do problema.

Não devemos confundir o abandono escolar que se caracteriza pela falta de frequência às
aulas durante o ano letivo, ou seja, esse aluno já se matriculou e desistiu de continuar,
caracterizando o abandono escolar, com evasão escolar que é, quando o estudante não
efetua a matrícula para dar continuidade aos estudos no ano seguinte.

Observatório da educação conceitua evasão escolar como sendo o ato de deixar de


frequentar as aulas, ou seja, abandonar os estudos em decorrência de qualquer motivo.
Esse problema social é comum no Brasil, podemos afirmar que ele afeta principalmente
os alunos do Ensino Fundamental, entretanto, as causas da evasão escolar podem variar
conforme o nível de ensino. Segundo a visão de Arroyo (1997), na maioria das vezes na
identificação das causas da evasão escolar, a escola atribui a responsabilidade à
desestruturação familiar, mas o professor e o aluno não têm responsabilidade para
aprender.

Entretanto, nos primeiros anos (ensino fundamental), a distância da escola associada à


falta de transporte escolar, ou de quem possa levar e buscar a criança, é a principal causa.
Já no ensino médio, a falta de interesse é que passa a ser uma das principais causas, a

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qual resulta do fato de, além do conteúdo ser exagerado, ser descontextualizado, opinião
que é partilhada não só por alunos como pelos professores.

A situação econômica é outro fator que influencia fortemente o abandono escolar. Para
ajudar os pais, que às vezes até proíbem os filhos de continuar os estudos, ou mesmo
para terem certa autonomia financeira, os estudantes começam a trabalhar sem ter
concluído os estudos. Há aqueles que optam por conciliar as atividades laboral e escolar,
mas não conseguindo, decidem priorizar o trabalho e acabam abandonando a escola. O
aspecto social tem o seu peso nessa questão. A dificuldade para chegar à escola torna
iminente a desistência de continuar os estudos. Isso é mais evidente nas zonas rurais.

Conforme dados do PNE – 2014/2024, Há cerca de 2 milhões de meninas e meninos fora da


escola, somente na faixa etária de 11 a 19 anos. Se incluirmos as crianças de 4 a 10 anos, o
número certamente é ainda maior. E a eles se somam outros milhões que estão na escola,
sem aprender, em risco de evadir.

2. Metodologia
Por meio da pesquisa bibliográfica, como metodologia, utilizando uma abordagem
quantitativa, foram realizados levantamentos bibliográficos para coletar dados e
empregados o método de investigação de base linguística-semiótica usado,
principalmente, em ciências sociais, definida como aquela que privilegia a análise de
microprocessos, através do estudo das ações sociais individuais e grupais, realizando um
exame intensivo dos dados e caracterizados pela heterodoxia no momento da análise, ela
busca entender, descrever e, em alguns casos, explicar, os fenômenos sociais e culturais
de grupos sociais estudando o fenômeno através de coleta de dados, sendo a rede
mundial de computadores (WEB), a fonte para encontrar obras correlacionadas com
o objeto da pesquisa.

Como parâmetro para a restrição das buscas, foram utilizadas palavras-chave como:
Evasão, Problemática, Conhecimento, Conquista e Abandono, assim como, foram
consideradas as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, que tem

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como base orientar a organização, articulação, o desenvolvimento e a avaliação das
propostas pedagógicas de todas as redes de ensino brasileiras, e que propõem garantir
espaços e tempos para participação, o diálogo e a escuta cotidiana das famílias, o
respeito e a valorização das diferentes formas em que elas se organizam trabalhar com os
saberes que as crianças vão construindo ao mesmo tempo em que se garante a
apropriação ou construção por elas de novos conhecimentos.

3. Revisão bibliográfica/ Estado da arte


A presente pesquisa visa apresentar a problemática da evasão escolar no Brasil e seus
desdobramentos:

“por definição educação é o ato ou efeito de se desenvolver e construir


processos de aprendizagem, nesse contexto, a educação pode acontecer em
diversificados contextos, como família, escola, igreja e/ou comunidade, e
acontece de forma livre e espontânea com todos os seres humanos em suas
relações com o outro ou com grupos sociais” (Brandão, 1995).

Entende-se então, que a educação acontece sempre quando há relações entre pessoas e
intenções de ensinar e aprender. De tal forma:

“Educar se torna um processo de levar o indivíduo de volta a ele mesmo,


incentivando a construção de novos saberes e o desenvolvimento humano em
todos os seus aspectos, ou seja, educar tem o poder de potencializar o ser
humano através do conhecimento” (Brandão, 1995).

Meksenas (2002) ressalta que: “Durkheim percebeu que a convivência na sociedade é


impossível sem a educação, pois ela é um elemento adaptador e normalizador básico na
integração indivíduo-sociedade”.

Isso fica muito claro quando Durkheim (1978, apud Meksenas, 2002, p. 40) afirma:

“Em cada um de nós existem dois seres. Um constituído de todos os estados


mentais que não se relacionam senão conosco mesmos e com os
acontecimentos de nossa vida pessoal; é o que poderia chamar de Ser Individual.
O outro é um sistema de ideias... Que exprimem os grupos diferentes de que
fazemos parte... Seu conjunto forma o ser social. Constituir esse ser social em
cada um de nós – tal é o fim da educação”.

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Brandão (1995, p. 73) aponta que:

“a educação como prática social no decorrer do tempo vai além das fronteiras
do saber comum de todas as pessoas, e consequentemente faz emergir tipos e
graus de saberes que correspondem desigualmente a diferentes categorias de
sujeitos. A educação é uma prática social cujo fim é o desenvolvimento do que
na pessoa humana pode ser aprendido entre os tipos de saber existentes em
uma cultura, para a formação de tipos de sujeitos, de acordo com as
necessidades e exigências de sua sociedade, em um momento da história de seu
próprio desenvolvimento.”

Nessa prerrogativa, a educação é um processo pelo qual uma pessoa ou grupo de


pessoas adquirem conhecimentos gerais, científicos, técnicos ou especializados com o
objetivo de desenvolver sua capacidade ou suas aptidões.

“É importante salientar que a educação visa o pleno desenvolvimento da pessoa


e a qualifica para o trabalho; a Constituição de 1988, Art. 205, diz que A
educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho” (Brasil, 1988 p. 15).

O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu Art. 53, preconiza a educação na mesma


lógica da Constituição Federal:

“A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno


desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania
e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes: igualdade de condições para o
acesso e permanência na escola; direito de ser respeitado por seus educadores;
direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores; direito de organização e participação em entidades
estudantis; acesso á escola pública e gratuita próxima de sua residência” (Brasil,
2008, p. 19).

Um dos problemas atuais da educação é a evasão escolar. Como aponta Meksenas


(2002):

“A evasão nos últimos anos vem sendo estudada e pesquisada de forma mais
intrínseca; sendo assim, nos últimos cinquenta anos, as estatísticas educacionais
oficiais nos países da América Latina mostram um quadro em que a evasão
escolar parece ser o principal entrave ao aumento da escolaridade e da
competência cognitiva de sua população jovem.”

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Meksenas (2002, p. 13) esclarece ainda que:

“Dados oficiais contém erros importantes, que têm conduzido os pesquisadores


e as autoridades educacionais a análises e políticas que simplesmente não levam
em conta o principal problema de fluxo de alunos nos sistemas educacionais,
que é a repetência escolar, que, a partir de 1985 que aqui no Brasil, se começou a
propor uma metodologia alternativa para determinar indicadores educacionais
utilizando dados censitários ou de grandes surveys, como as PNADs do IBGE
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), que são realizadas anualmente”.

Na contemporaneidade, o Brasil enfrenta uma grave situação em relação à educação,


principalmente nas classes mais pobres, em que, mesmo com várias leis e projetos, como
o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de Diretrizes e Base da Educação
(LDB), o problema da evasão escolar atinge grande número de crianças e adolescentes. A
evasão escolar acontece quando o aluno deixa a escola por qualquer motivo e não mais
retorna. Dados sobre o assunto são difíceis de conseguir, pois existe uma dificuldade
muito grande para acompanhar o destino de cada aluno.

Patto (1999) menciona a complexidade do fracasso escolar, discorrendo sobre as


dificuldades de conseguir dados específicos, bem como as dimensões políticas, históricas,
socioeconômicas, ideológicas, pedagógicas e institucionais como fatores que
fundamentam processos e dinâmicas em que se efetivam as práticas do cotidiano escolar.
Contudo, as análises antropológicas até hoje realizadas mostram claramente na cultura
do sistema de ensino a existência do fracasso escolar, ora atribuída aos próprios alunos,
ora a seus pais, ora ao sistema sociopolítico, raramente aos professores, sua formação ou
à organização escolar. Extrai-se assim, do censo educacional 2004, que é sintomático
perceber que o esforço das famílias brasileiras em manter seus filhos na escola não se
traduz numa escolarização mais competente. Tudo leva a crer que nunca houve uma real
função educadora de forma autossuficiente da escola. Hoje, a escola é um restaurante,
um ambulatório médico, uma creche ou um depósito de crianças. Raramente
encontramos uma escola que pretenda que seu processo de ensino-aprendizagem formal
se esgote intramuros independente da situação da criança (Brasil, 2004, p. 6). Diante
disso, pode-se inferir que as escolas na maioria das vezes não assumem o seu papel de

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contribuinte no processo de formação do aluno; ela acaba assumindo papéis que são de
outros atores sociais.

Patto (1999) afirma: “não existe partilha complementar entre escola, família, políticas
públicas e sociedade no processo de formação e educação do aluno.” Ainda nesse
contexto Skinner (1968, 1978) explica, que a evasão escolar apontando a Diretriz V, da lei
de diretrizes e bases da educação, que prevê que as causas da evasão sejam identificadas
para que formas de superação sejam encontradas. Para ele, a primeira ação deveria ser a
identificação de contingências aversivas, para que então elas fossem substituídas por
contingências de controle positivo.

Libâneo (1994) aponta que: “têm-se verificado na prática escolar alguns equívocos em
relação aos objetivos, funções e o papel da avaliação na melhoria das atividades
escolares”. Ele valoriza o uso de um conhecimento que possibilitasse a liberdade
intelectual e política para que as pessoas dessem real significado à informação, julgando-a
criticamente e tomando decisões mais livres e acertadas. Em sua perspectiva os métodos
de ensino são classificados segundo os aspectos externos, ou seja, método de exposição
pelo professor, método de trabalho independente, método de elaboração conjunta ou
conversação, método de trabalho em grupo e método de atividades especiais. Afirma,
ainda que: “a avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas
e atribuição de notas. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico – didáticas, de
diagnóstico e de controle em relação às quais se recorre a instrumentos de verificação do
rendimento escolar”.

Como solução para acabar com a evasão escolar, Libânio apresenta 4 estratégias, quais
sejam:
_ Reanálise da metodologia de ensino;
_ Promover capacitação continuada aos educadores;
_ Uso da tecnologia para aulas interativas; e
_ Ações educativas.

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Fatores da evasão escolar e a relação família-escola
Para Caggiano (2009, p. 10):

“a evasão escolar é o reflexo de uma sociedade injusta e excludente, que


propicia uma cidadania tutelada. A institucionalização do não saber e da
dependência inviabiliza o alcance efetivo dos direitos do cidadão e ao mesmo
tempo condiciona os comportamentos individuais e a gestão compartilhada. A
educação, como direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 e por leis
educativas complementares, tem sido outorgada formalmente, mas não tem se
efetivado plenamente, como um direito para a formação da cidadania.”

Caggiano (2009, p. 9) afirma:

“A educação antes da Constituição cidadã de 1988 era considerada ilha de


excelência, mas as vagas não eram para todos; nessa lógica, existe ainda hoje
uma defasagem na garantia de uma educação de qualidade para todas as
pessoas e em todos os níveis e modalidades de ensino apresentam os dados de
2007 do MEC e do INEP referentes à produção da desigualdade educacional,
esclarecendo que apenas 40,1% da população de 14 anos frequenta o Ensino
Médio; os índices de evasão e repetência continuam altos – 19,5% para o Brasil –,
o que demonstra uma enorme inadequação entre a demanda e a qualidade da
oferta e, mais uma vez, confirma as desigualdades regionais: Norte, com 27,3% e
Nordeste, com 27,5; de 100 alunos que ingressam no Ensino Fundamental,
apenas 59 terminam a 8ª série e somente 40 chegam ao final do Ensino Médio.”

Por sua vez, Queiroz (2008) destaca: “que a evasão escolar está interligada a múltiplos
fatores, tanto internos quanto externos à escola, cabendo ao gestor escolar refletir sobre
eles e questioná-los por meio de diagnóstico situacional, debates e reflexões
compartilhadas com os atores sociais envolvidos.”

Sêda (2002) afirma:

Os alunos oriundos das classes populares têm dificuldades para o acesso à


escola e a sua permanência lá em razão dos seguintes fatores que podem
interferir nesse sentido: muitos têm que trabalhar para ajudar no orçamento do
lar, provocando incompatibilidade no horário para os estudos; o desgaste
prematuro no trabalho, não sobrando tempo e ânimo para estudar; a distância
da escola para suas casas ou mesmo a falta de moradia fixa, com constantes
mudanças de endereço; uma escola não atrativa ou autoritária; professores
despreparados; ausência de motivação; alunos considerados indisciplinados,
outros com problema de saúde ou devido à ocorrência de gravidez precoce; uso
de violência doméstica e negligência dos pais ou responsáveis; uso de
substâncias ilícitas; desestrutura familiar, baixo poder aquisitivo para obtenção
de materiais escolares exigidos pelas escolas; violência e outras causas oriundas
do sistema capitalista e educacional do país.
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Vasconcellos (1995) explica “que o processo de conclusão dos estudos dos alunos
possibilita a eles apropriação do saber e, consequentemente, constroem como cidadãos.
Logo, entender e interferir positivamente no processo de evasão escolar é um desafio
que exige postura de desconstrução das verdades construídas nas complexidades do
tema.”

O conhecimento prévio sobre a evasão escolar é observado por Freire:

“Como um desafio, pontuando que o próprio fato de tê-lo reconhecido como tal
me obrigou a assumir em face dele uma atitude crítica e não ingênua. Essa
atitude crítica, em si própria, implica a penetração na intimidade mesma do
tema, no sentido de desvelá-lo mais e mais. Assim, (...) ao ser a resposta que
procuro dar ao desafio, se torna outro desafio a seus possíveis leitores. É que
minha atitude crítica em face do tema me engaja num ato de conhecimento.
Logo, é importante perceber que o conhecimento prévio sobre evasão escolar e
o esforço dos educadores na sua maioria não têm sido suficientes para conseguir
a frequência e a aprovação dos alunos, assegurando sua permanência nas
escolas” (Freire, 1982, p. 86).

Mesmo a educação sendo um direito dos cidadãos, há esforços em vão para a


permanência deles nas escolas.

O ECA aparece como regulador social e jurídico do Art. 227, caput, da Constituição do
Brasil e o Estado tem o dever de assegurar à criança e ao adolescente o direito à
convivência familiar .

“Essa norma estatutária reafirma o direito constitucional à educação e institui


meios para reclamá-lo, principalmente por meio da rede de proteção aos direitos
das crianças e adolescentes formada pelos mais diversos atores inseridos neste
novo paradigma de atenção ao público infanto juvenil” (Vóvio, 2004).

Segundo Vóvio (2004) “a Constituição Federal de 1988 consagrou direitos no campo


educacional em sintonia com os Direitos Humanos e com a mobilização social em torno
da redemocratização do país, como tão bem expressa.”

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Para esse autor, a Constituição de 1988 propõe uma educação que busque superar as
desigualdades e promover aprendizagens fundamentais para o pleno desenvolvimento
humano e inserção social. Dentro dessa perspectiva, a escola é uma das principais
instituições responsáveis pelo desenvolvimento e pela promoção de aprendizagem que
permitam o acesso à cultura e ao desenvolvimento de práticas socialmente valorizadas e
necessárias para a inserção plena de todos. Porém, segundo o autor, a dificuldade
enfrentada por alunos para entender esse tipo de proposta educacional acaba gerando
evasão escolar.

Entende-se então que pensar em educação é também pensar no papel que a escola
desempenha na atual sociedade. E o Brasil do século XXI enfrenta velhos e novos desafios
em diversas áreas e setores, acarretando sérias consequências não só no ensino e no
aprendizado, mas também na economia, na política, no social e com bastante destaque
para a educação. Sobre essa prerrogativa, Vóvio esclarece que “nos últimos anos, a
educação tem sido apontada como uma das principais vias para a construção de uma
sociedade mais justa, solidária e democrática.”
- Em primeiro lugar porque a educação é elemento fundamental para o desenvolvimento
pessoal e para a realização da vocação do ser humano.
- Segundo, porque é o caminho para formar pessoas sensíveis para questões que afetam
a todos e a grupos minoritários, para a prática da liberdade e para o exercício da
cidadania.
- Terceiro, porque é uma das vias para ampliação do processo produtivo e o
desenvolvimento tecnológico do país.
- Quarto, porque é o caminho para a mobilização social, sem a qual as mudanças não se
viabilizam, a modernização não distribui seus frutos e não superam as desigualdades e a
exclusão (Vóvio, 2004, p. 32-33).

Educar primando pela solidariedade, para o pleno exercício da democracia e uma


cidadania efetiva tem sido um dos desafios encontrados atualmente na busca da garantia
desse direito por meio de políticas intersetoriais, destinação de recursos e a criação de
recursos educativos entre outros.

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Piana deixa claro que “legislações brasileiras reformuladas têm defendido uma educação
de acesso a todo cidadão, de qualidade de uma eminente inserção no mercado
profissional e no mundo do trabalho. Mas nem sempre se tornam realidade esses
discursos, não passando de meras ilusões e uma pseudoeducação. Pois milhares de
crianças, adolescentes e jovens, mesmo matriculados em uma escola, permanecem
excluídos de uma educação participativa, democrática, conscientizadora, dialógica,
autônoma e afetiva” (Piana, 2009, p. 57).

A escola complementa o trabalho da família na formação do indivíduo, porém não é


exatamente o que temos presenciado. Ele afirma que atualmente a escola vem tomando
para si atribuições que são de responsabilidade da família, e essas duas instituições
precisam estar conscientes do papel destinado a elas.

Nesse diapasão, enfatiza Szymanski (2001):

“a ação educativa da escola e da família apresenta nuances distintas quanto aos


objetivos, conteúdos, métodos e questões interligadas à afetividade, bem como
às interações e contextos diversificados. A escola é responsável pela
complementaridade da ação iniciada pela família, por isso se torna tão
importante a participação familiar na vida escolar do indivíduo, pois ele já chega
à escola com sua personalidade quase ou já formada no seio de sua família. E
ressalta o papel da família no sentido de valorizar o trabalho da escola,
participando do processo educacional da criança ou adolescente, cobrando o
aprendizado com responsabilidade, disciplina e compromisso, pois quando a
criança ou adolescente percebem que a família está interessada em seu
desenvolvimento escolar sente-se importante, contribuindo para um melhor
aprendizado. Por fim, aponta que a parceria entre escola e família resulta em
uma educação com maior qualidade e na formação de um sujeito consciente dos
seus deveres e direitos, crítico, autônomo e preparado para viver em sociedade,
pois são essas duas instituições previamente construídas as responsáveis pela
inserção do sujeito no contexto social. A relação educacional não se resume no
dueto aluno-professor; a participação da família é fundamental para que a
criança e o adolescente se desenvolvam como estudante e pessoa. Por isso, ela
deve ser motivo de preocupação e atenção.”

Na mesma sintonia Piana (2009) ressalta “na realidade o que se nota é que muitas
famílias não se encontram em condições de exercer seu papel, o que se exige atenção
especial por parte dos profissionais e do Estado.”

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A evasão escolar pode ocorrer em qualquer nível de ensino, desde a educação
básica até o ensino superior. Falando assim, nem dá para imaginar a proporção desse
problema. Mas na verdade, esse fenômeno afeta de forma significativa e crescente todo
o desenvolvimento da educação no Brasil.

4. Considerações finais

A sociedade moderna tem passado por constantes transformações que são


sentidas principalmente no ambiente escolar, visto que, essas mudanças têm seus
reflexos neste ambiente. A tecnologia está presente em todos os locais, e muitas vezes os
professores não estão atualizados para fazerem uso desses recursos que em muito
poderia contribuir para uma aula mais prazerosa para os alunos que são “nativos
digitais”. Outro fator importante de elencar é que, existe uma infinidade de problemas
que provocam a evasão escolar, dentre eles podemos destacar: Falta de interesse ou
motivação pelos estudos; Dificuldades financeiras ou familiares; Gravidez na
adolescência; Trabalho infantil ou precoce; Violência ou discriminação na escola; Falta de
infraestrutura ou qualidade do ensino. Todavia, ações como refletir sobre como atuar em
sala de aula podem fazer a diferença e promover o ensino aprendizagem de maneira que
o estudante tenha vontade de permanecer na escola. A presente revisão bibliográfica
tem como pressuposto analisar a problemática sobre a evasão escolar no Ensino
Fundamental e identificar, as causas e consequências, que resultam no aumento do
analfabetismo, propor ideias e buscar caminhos que possam contribuir para a
redução dessa evasão.

Como causa vimos que a falta de interesse e percepção do aluno, sobre os


conteúdos ensinados na escola e a sua importância para seu futuro contribuem
sobremaneira no aumento da evasão, além da necessidade de ajudar a manter as
despesas básicas em casa com comida e contas a pagar e até mesmo a necessidade do
jovem trabalhar mais cedo são fatores desencadeados pela condição financeira em casa,
sem um projeto de ensino profissionalizante que, desde o ensino fundamental ofereça
condições para que o aluno perceba que não só aprende as matérias básicas na escola,

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mas, também desenvolve habilidades para se tornar um profissional no futuro, podendo
desde já, com seus conhecimentos, ensejar um trabalho que lhe proporcione um salário,
dignidade, independência e autonomia profissional. O filósofo Immanuel Kant (1724 -
1804) afirmou: “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”.

Como consequência negativa da evasão escolar, para os indivíduos e para a


sociedade, podemos constatar a baixa qualificação profissional e renda; Maior
vulnerabilidade social e violência; Menor participação política e cidadania; e Aumento da
desigualdade e da pobreza. Nesse diapasão, observamos o aumento do analfabetismo
no país, situação daquele que não conhece o alfabeto ou não sabe ler nem escrever.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no Brasil, em 2022, 5,6%
das pessoas com 15 anos ou mais de idade, o equivalente a 9,6 milhões de pessoas, eram
analfabetas. Desse total, 55,3% (5,3 milhões de pessoas) viviam na Região Nordeste e 22,1%
(2,1 milhões de pessoas), na Região Sudeste. Entre mulheres e homens com 15 anos ou
mais de idade, a taxa de analfabetismo era de 5,4% para as mulheres e 5,9% para os
homens. A pesquisa mostra que quanto mais velho é o grupo populacional, maior é a
proporção no número de analfabetos. Entre as pessoas com 60 anos ou mais de idade, a
taxa de analfabetismo era de 16,0%. Cerca de 18% dos jovens de 14 a 29 anos de idade no
Brasil, equivalente a quase 52 milhões de pessoas, não completaram o ensino médio, ou
porque abandonaram, ou porque nunca frequentaram a escola. Quando esses jovens
foram perguntados sobre o motivo de terem abandonado os estudos, a necessidade de
trabalhar foi apontada como fator principal tanto para os homens quanto para as
mulheres. Além disso, no caso das mulheres, a gravidez e a falta de interesse em estudar
também foram mencionadas.

Como proposta é necessário implementar medidas eficazes que incentivem os


jovens a continuar os estudos, através de investimentos em programas de assistência
social, oferta de atividades extracurriculares e oportunidades de emprego para os
jovens. Aumentar os investimentos públicos em educação, focando na criação de
laboratórios, oficinas e salas de especialização, fomentando uma educação de
qualidade, que possa proporcionar uma formação profissional incentivando o aluno a

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se desenvolver e criar expectativa de futuro a partir desse conhecimento. A escola
através do ensino de excelência precisa alimentar o sonho do aluno para que ele não
desista no meio do caminho, daí a importância do investimento na educação.
Portanto, para combater a evasão escolar, é preciso adotar medidas como oferecer
bolsas de estudo ou auxílios financeiros; Ampliar o acesso à educação infantil e integral;
Melhorar a qualidade do ensino e da formação dos professores; Diversificar as
metodologias e os currículos escolares; Promover a inclusão e o respeito à diversidade na
escola; Fortalecer o vínculo entre a escola, a família e a comunidade; e Garantir a
continuidade das atividades escolares.

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