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A pandemia do coronavírus e a

maior visibilidade das


desigualdades educacionais
TEMA
Pandemia Surto Contágio

Irrupção Flagelo
Visibilidade Evidência Constatação

Destaque Realce
Desigualdades Desequilíbrio Discrepância

Diferenças Disparidade
Em território
No Brasil No país
nacional

Entre o
Aqui
brasileiros
Textos Motivadores
• Texto 1- O texto destaca o quanto a crise econômica aumentou as
desigualdades sociais e que a recessão é o grande responsável pelas
fragilidades as quais a educação sofre e sofrerá , ainda, por um década
aproximadamente. Ainda evidencia que há uma dificuldade em se
reconhecer o problema – educação em crise – bem como anuncia a
importância da adoção de políticas públicas capazes de reverter a crise
educacional no país. Somado a tudo isso, deixa evidente a
necessidade de manter ou aumentar os investimentos em educação a
fim de que seja possível melhorar elementos que fazem a educação
acontecer.
Textos Motivadores
• Texto 2 – O texto destaca os efeitos do confinamento na saúde mental
de crianças , adolescentes e adultos. Instalado o problema, o texto
propõe medidas de prevenção e de tratamento de forma que seja
possível reduzir as consequências decorrentes da pandemia. Ressalta,
ainda, que para as crianças e adolescentes cujos pais têm um nível
maior de escolaridade a situação é um pouco mais confortável. Assim,
fica claro que as desigualdades sociais impactaram de forma mais
grave os economicamente mais vulneráveis.
Textos Motivadores
• Texto 3- O texto evidencia um dos maiores responsáveis pela crise na educação,
revelando um paradoxo: o elevado desenvolvimento conquistado nas últimas
décadas e o número significativo de brasileiros que não têm acesso à internet.
• O texto 4 – Trata-se de uma entrevista de Mario Sérgio Cortella que chama
atenção para a diferença entre educação e escolarização que, para ele, acontece o
tempo todo de forma presencial ou não. A educação à distância trouxe uma
sobrecarga de trabalho ao professor que precisa ter acesso a mecanismos que o
ajude a trabalhar nesse novo cenário bem como evidencia a importância do
reconhecimento econômico para o profissional através do aumento de salário.
Outro aspecto destacado é quanto ao fato de que a educação à distância deve ser
de caráter emergencial uma vez que a escola é um espaço de convívio tão
importante para o ser humano que é um ser social. Ademais revela que as
desigualdades sociais não oferecem as mesmas oportunidades para que crianças
e adolescentes tenham acesso à educação.
Textos Motivadores
• Texto 5 – O programa Sem Censura entrevista a doutora em
educação Andrea Ramal que fala sobre as transformações pelas
quais a educação passou e passa no período da pandemia da
Covid19. A educadora chama atenção que a discussão não deve
ser focada , apenas, nos dias letivos, na redução dele, nas aulas
aos sábados. Ela afirma que o que precisa ser analisadas são as
disparidades que os estudantes - rede pública e privada –
vivenciam. Falta de computador, de internet e pais poucos
preparados são alguns dos obstáculos que impedem que a
educação à distância seja produtiva no Brasil.
Cenário
• Ausência de estrutura para continuidade das aulas, dificuldade de
adaptação ao ensino remoto, perda da convivência com o meio
escolar, falta de estudo adequado para o Enem, sem contar aqueles
que tinham na merenda escolar uma das poucas refeições nutritivas
feitas no dia.
• Para se ter uma ideia do impacto devastador da Covid-19 na educação,
mais de 137 milhões de crianças e adolescentes ficaram sem
atividades escolares na América Latina e no Caribe. Se levar m
consideração apenas o Brasil, são 4 milhões de estudantes do ensino
fundamental sem acesso a nenhuma atividade escolar. Os dados foram
divulgados pelo estudo “Educação em Pausa”, da UNICEF.
Sobre o que escrever
Para atender ao que foi proposto , o texto deve discorrer sobre como a
pandemia se relaciona com desigualdades educacionais. É importante,
ao longo da discussão evidenciar que:
1- As escolas da rede privada mantiveram as aulas em estilo remoto
logo que as aulas presenciais foram suspensas;
2- A grande maioria das escolas da rede pública não tiveram como
oferecer e/ou manter as aulas remotas.
Tese
Os textos motivadores , de certa forma, conduzem para a elaboração da tese:
Tese simples - A pandemia ampliou as desigualdades entre as escolas públicas e
privadas.
Tese por antecipação – Ainda que exista uma dificuldade em reconhecer as
disparidades entre as escolas públicas e privadas , é preciso identificar o
problema e adotar políticas públicas capazes de resolvê-lo.
Tese complexa - - A pandemia ampliou as desigualdades entre as escolas
públicas e privadas. Nesse sentido, é fundamental que se analisem a frágil
competividade dos alunos que não tiveram acesso ao ensino remoto bem como
essa realidade compromete o desenvolvimento social e econômico do Brasil.
Estrutura do desenvolvimento

As dificuldades enfrentadas pelos estudantes das escolas públicas


chamaram atenção para questões importantes, destacando que os
problemas referentes à educação precisam ser reconhecidos e
discutidos ainda que se tenha uma dificuldade ou falta de interesse em
identificá-los.
Assim, destacar a precariedade que a educação pública enfrenta é
relevante.
Estrutura do Desenvolvimento
• Para desenvolver o texto , um dos caminhos é destacar as
consequências negativas.
• 4 anos - é o que a educação pode retroceder no Brasil devido à
pandemia. Mundialmente, a média é de três a nove meses.
• Os grupos populacionais mais prejudicados são os do sexo masculino,
que não se declararam brancos, com mães com ensino fundamental
incompleto ou sem instrução.
• Alunos das regiões Norte e Nordeste deixarão de aprender mais que
alunos do Sul e Sudeste no contexto da pandemia. Além de alunos
do Ensino Fundamental sofrerem mais os impactos que os de outros
níveis educacionais.
• Uma geração inteira ficará “condenada” a uma forma pouco crítica do
conhecimento e da autonomia do indivíduo. Isso gera uma população
que pode ter dificuldade até mesmo de inserção ao mercado de
trabalho.
• Entre alunos que cursaram o 3º ano do ensino médio, a perda de
aprendizagem acumulada já é estimada em 74%, tanto em português
quanto em matemática. É importante ressaltar que esses estudantes,
além do início de 2021, passaram praticamente todo o 2º ano
estudando remotamente. Já ingressaram no último ano, portanto, com
uma proficiência menor do que a esperada: 9 pontos a menos em
língua portuguesa e 10 a menos em matemática — conforme o
Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Estrutura do desenvolvimento
• Outro caminho para organizar os parágrafos de desenvolvimento é por
contraste.

D1 – Ensino Público – Evasão escolar, não participação em processos


seletivos, violência/criminalidade

D2- Ensino Privado – Mais oportunidade, redução da concorrência


Repertório Sociocultural
Números
• 70% das redes de ensino declararam ter cumprido o ano letivo de
2020 - A suspensão das aulas presenciais em março de 2020 exigia
respostas imediatas dos setores e profissionais envolvidos na
Educação. A grande maioria que afirma ter cumprido o calendário
escolar o fez por meio de atividades educacionais não presenciais, mas
com monitoramento pedagógico remoto.
• 78,6% foi o grau de dificuldade de acesso à internet registrado pelas
redes - O grau piora em relação aos mais vulneráveis, com maior
entraves quanto à conexão, o que contribui para a perda do vínculo
escolar e para a evasão.
Números
• 5,5 milhões de estudantes no Brasil não tiveram acesso ou tiveram
acesso limitado às atividades escolares - A falta de internet é uma das
principais razões, já que, sem ela, os estudantes não conseguem
acompanhar as atividades de suas casas. No país, 47 milhões de
pessoas não têm acesso à internet, segundo estudo do Comitê Gestor
da internet no Brasil.
• Dois a cada três alunos brasileiros podem não aprender a ler
adequadamente um texto simples aos 10 anos segundo o Banco
Mundial.
História
• Uma educação focada exclusivamente na catequização. Foi assim que
nasceu o embrião do ensino no Brasil, em 1549, quando os primeiros
jesuítas desembarcaram na Bahia.
• A educação pensada pela Igreja Católica - que mantinha uma relação
estreita com o governo português - tinha como objetivo converter a
alma do índio brasileiro à fé cristã.
• Havia uma divisão clara de ensino: as aulas lecionadas para os índios
ocorriam em escolas improvisadas, construídas pelos próprios
indígenas, nas chamadas missões; já os filhos dos colonos recebiam o
conhecimento nos colégios, locais mais estruturados por conta do
investimento mais pesado.
História
• Em outra ponta da educação, com um atendimento diferenciado,
estavam os filhos de portugueses. Os descendentes de europeus
também frequentavam as aulas dos jesuítas, mas recebiam um
ensinamento mais aprofundado, inclusive de outras matérias.
• O conhecimento repassado aos alunos não se restringia à propagação
do ensino religioso, e envolvia mais conteúdo voltado às letras. A
diferenciação do ensino para este público privilegiado era um pedido
que vinha de cima, feito pela própria elite colonial que morava no
Brasil.
Uso de ferramentas...
• “Os índios são papel em branco”, escreveu, certa vez, o líder jesuíta no
Brasil, o padre Manuel de Nóbrega, em carta enviada à corte
portuguesa. A educação dos índios, em especial da tribo curumim, era
uma tarefa encampada pelo padre José de Anchieta, homem
considerado um dos mais atuantes pedagogos da Companhia de Jesus.
Para educar os indígenas, Anchieta lançava mão de recursos ainda
atuais em algumas escolas brasileiras, como o teatro, a música e a
poesia. Por causa de sua obra preservada, especialmente as cartas em
que documentava as rotinas escolares, Anchieta pode ser apontado
como um dos nomes de maior destaque da história da educação
brasileira.
Segregação desde sempre
• De acordo com os registros históricos, a hierarquia familiar dos
portugueses funcionava da seguinte maneira: o primogênito teria
direito sobre todas as propriedades da família; o segundo filho era
enviado aos colégios e, possivelmente, completaria seus estudos
superiores na Europa; já o terceiro seria entregue à Igreja para seguir a
vida religiosa. A educação letrada no Brasil colonial era direcionada
somente aos homens. As mulheres não tinham acesso aos colégios e
eram educadas somente para a vida doméstica e religiosa.
Segregação desde sempre
• Um dos momentos mais importantes da história da educação no Brasil
ocorre com a chegada da família real ao Brasil, em 1808 que trouxe
cerca de 60 mil livros que, mais tarde, dariam origem à Biblioteca
Nacional, na própria capital carioca. A presença da coroa portuguesa
impulsionou alguns investimentos na área da educação, aportes que
culminaram na criação das primeiras escolas de ensino superior. Estes
locais tinham como foco, exclusivamente, preparar academicamente
os filhos da nobreza portuguesa e da aristocracia brasileira.
• Apesar de o país ter se tornado independente em 1822, a educação,
durante o período Imperial, não contabilizou muitos avanços práticos.
A gratuidade do ensino, estabelecida por determinação da corte
portuguesa, não representou, de fato, investimentos em construção
de escolas com espaços físicos adequados, muito menos contratação
de professores bem formados e uso de métodos e materiais didáticos
aprofundados. A falta de prioridade do investimento em educação
prejudicou de forma mais significativa as classes populares do país. Os
filhos das famílias mais ricas, por outro lado, tinham acesso facilitado
ao colégio, e poderiam cursar universidades em Portugal.
• Em 1827, foi sancionada a primeira lei brasileira que tratava
exclusivamente da educação. O texto, em seu artigo 1º, afirmava que
“Em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos, haverão as
escolas de primeiras letras que forem necessárias”.
• A nova regra também foi um marco para as garotas, que passaram a se
misturar aos meninos nas escolas de letras do Estado. Não havia,
ainda, uma duração de tempo definida para o ensino primário, mas a
lei foi o início de uma nova forma de organizar o ensino brasileiro.
• No artigo 6º, a lei versava sobre as matérias que os professores
deveriam ensinar em sala de aula.
Literatura
• O Ateneu de Raul Pompeia apresenta o panorama do sistema de
educação imposto em colégios internos do século XIX, tipicamente
presentes na vida da elite brasileira.
• Capitães da Areia de Jorge Amado narra a vida de um grupo de
meninos que não têm acesso à educação e ,sem perspectivas, ganham
as ruas de Salvador e formam uma gangue que pratica diversas
infrações nos bairros nobres da capital baiana.
• Doidinho de José Lins do Rego destaca as diferenças entre o colégio de
Itabaiana, de seu Maciel, e o de Santa rosa. Não somente pela
localização , mas por questões sociais.
Artes
• Em “Os Retirantes”, Portinari,
dentre tantas questões
relevantes, explicita que, em
busca de melhores condições de
vida, as cinco crianças que fazem
parte da obra não frequentam a
escola e ficando subentendido o
ciclo que permanece.
Artes
• Em “Escola ao entardecer”,
Gerrit Dou ressalta a importância
da educação e mostra que a
educação se faz com esforço, e é
com a luta contra a escuridão da
ignorância que se constrói o
saber.
Música
Tamo Junto (Não Desista) – Lexa e Carlinhos Brown

Se não dá pra ir pra escola agora


Não deixe a escola ficar longe de você
Ligue, clique, se conecte
Não desista do direito, seu direito de aprender
Ruxell no beat
O mundo parou, parou
Mas ninguém vai te parar, parar
'Tá chato, 'tá ('tá, 'tá, 'tá, 'tá, 'tá, 'tá)
'Tá dureza, 'tá ('tá, 'tá, 'tá, 'tá, 'tá, 'tá)
Mas uma certeza tenho, tenho
Quem não parar, vai chegar lá, meu bem
Meu bem
Gabriel o Pensador – Estudo Errado
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada
Proposta de Intervenção
• Ação – Adotar políticas públicas eficientes
• Agente – Ministério e Secretária de Educação

• Detalhamento – melhoria na infraestrutura e salário, investimentos em


tecnologia e na formação e capacitação de educadores, escolha de
metodologias adequadas

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