EAD e os desafios da pandemia no sistema de ensino online
O ensino a distância (EAD) já existe há bastante tempo no Brasil, desde
1904, quando surgiram os primeiros cursos de datilografia por correspondência, porém foi em 1996 que ele apareceu da maneira que conhecemos hoje, online. Com a ascensão da covid em 2020 e os protocolos de quarentena, vimos esse modelo se fortalecer cada vez mais, já que passamos a ficar mais tempo em casa, com isso vieram também seus obstáculos, como a dificuldade com acesso à internet e a baixa qualidade do ensino púbico. Segundo pesquisa do ministério das comunicações feita em 2019, 71% da população com mais de 16 anos não tem acesso à internet diariamente, grupo formado por negros, pessoas de classe C, D e E, que são menos escolarizadas. Além disso, o estudo aponta também que 34 milhões de pessoas estão desconectadas no país. Isso mostra o quanto é dificultoso inserir de maneira adequada um ensino online no Brasil, já que poucas pessoas vão ter um acesso ideal ou o mínimo para assistir as aulas online. Não podemos esquecer também da baixíssima qualidade do nosso ensino público, que deixou milhares de jovens sem qualquer tipo de estudo por um período entre 1-2 anos, pois não havia nenhum tipo de conteúdo virtual e os alunos ficaram afastados das escolas por esse tempo de quarentena e na maioria dos casos tendo até que repetir as séries. E isso tudo infelizmente aumentou consideravelmente a desigualdade social, segundo especialistas. Portanto, podemos concluir que o ensino a distância é um modelo muito promissor para o sistema de ensino, mas que não pôde ser aplicado da maneira adequada devido aos problemas sociais brasileiros. Para solucionar isso, faz-se necessário a aplicação de uma nova politica de distribuição de aparelhos eletrônicos nas salas de aula do ensino público para fins educativos e melhor distribuição de renda e acesso à internet para amenizar a desigualdade social.