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I ENCONTRO DOS GRUPOS DE

PESQUISA EM MÚSICA DA UFCG

CADERNO DE RESUMOS

Cleisson de Castro Melo


Vladimir Alexandro Pereira Silva
(Org.)

Universidade Federal de Campina Grande


26 e 27 de novembro de 2020
E56 Encontro dos Grupos de Pesquisa em Música da UFCG (1. : 2020: Campina Grande,
PB).
Caderno de Resumos do 1º Encontro dos Grupos de Pesquisa em Música da UFCG:
Pesquisa em música: interações entre mercado, inovação e políticas públicas, 26 e
27 de novembro de 2020 em Campina Grande, PB / Cleisson de Castro Melo,
Vladimir Alexandro Pereira Silva (organizadores). – Campina Grande: EDUFCG,
2020.
45 p.

1. Música – Grupos de Pesquisa. 2. Pesquisa – Música. 3. Políticas Públicas e


Música. I. Melo, Cleisson de Castro. II. Silva, Vladimir Alexandro Pereira Silva.
III. Título.

CDU 78-047.37
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECÁRIA MARIA ANTONIA DE SOUSA CRB-15/398
Universidade Federal De Campina Grande

Reitor: Vicemário Simões


Vice-reitor: Camilo Allyson Simões de Farias
Pró-reitor de Pesquisa e Extensão: Onireves Monteiro de Castro
Coordenadora Geral de Extensão: Nadege da Silva Dantas
Pró-Reitor de Ensino: Alarcon Agra do Ó
Pró-reitor de Pós-Graduação: Benemar Alencar de Souza

Centro de Humanidade

Diretora: Fernanda de Lourdes Almeida Leal


Vice-diretor: Vanderlan Francisco da Silva

Unidade Acadêmica de Arte e Mídia

Chefe administrativo: Romero Ricardo de Araújo Damião

Cursos de Música

Coordenador de bacharelado: Vladimir Alexandro Pereira Silva


Coordenador de licenciatura: João Valter Ferreira Filho
Coordenador de Pesquisa e Extensão: Luís Otávio Teixeira Passos
APRESENTAÇÃO
O curso de Música da Universidade Federal de Campina Grande completou, em 2019,
sua primeira década de existência. Ao longo desses dez anos, professores e alunos da
Licenciatura e do Bacharelado realizaram várias ações no campo do ensino, da pesquisa e da
extensão. No que concerne aos aspectos investigativos, nosso corpo docente tem atuado
diretamente com a iniciação científica, por meio do PIBIC-PIVIC, e no âmbito da pós-
graduação, dentro e fora da UFCG, como professores convidados e colaboradores em diferentes
programas. A criação dos grupos de pesquisa no âmbito da nossa IES serviu para aprofundar
nossos campos de estudos, cujos resultados têm sido apresentados em encontros e congressos,
bem como publicados em periódicos especializados, no Brasil e no exterior.
O I Encontro dos Grupos de Pesquisa em Música da Universidade Federal de Campina
Grande é uma iniciativa do Grupo de Pesquisas Unificadas em Artes e Música e do Grupo
Herança Cultural: patrimônio, memória e representação, ambos ligados à UFCG-CNPq. Ele foi
concebido como uma forma de oportunizar a discussão e o compartilhamento de experiências
desenvolvidas por estudantes e profissionais da UFCG e de outras instituições, cujas
investigações estejam em conexão com as linhas de atuação dos referidos grupos.
O tema do evento é “Pesquisa em Música: interações entre mercado, inovação e políticas
públicas”. A meta é permitir o intercâmbio de ideias, problematizando a questão do
pragmatismo científico em nosso meio, sem perder de vista, todavia, as políticas públicas
voltadas para a área. Para tratar desse tema, convidamos a presidente da Associação Nacional
de Pesquisa em Música (ANPPOM), professora Dra. Rosemara Staub, da Universidade Federal
de Manaus (UFAM), e o presidente da Associação Brasileira de Educação Musical (ABEM), o
professor Dr. Marcus Vinicius Medeiros Pereira. Além deles, teremos a participação de
professores e pesquisadores de diversas universidades brasileiras, a exemplo da UFPE, UFSE,
UFRJ, UFJF, UFMS, UFPB, IFMS, UFCG, UNICAMP, UFG, UEA, UFBA, Faculdade Santa
Marcelina, Faculdade de Caparaó, Conservatório Estadual de Música Haidée França
Americano, Escola de Música de Teresina, Escola de Música de Brasília, da Colômbia
(Universidad de Antioquia e Universidad San Buenaventura), de Portugal (Universidade de
Aveiro), e dos Estados Unidos da América (Louisiana State University). A realização deste
evento só foi possível graças ao apoio de diversos parceiros e instituições, sobretudo da
Universidade Federal de Campina Grande, a quem agradecemos. Por fim, esperamos que este
seja o primeiro de muitos outros encontros e que possamos continuar o desenvolvimento dos
nossos estudos, contribuindo para a consolidação da pesquisa em Música em nosso país.

Prof. Dr. Cleisson Melo


Herança Cultural: patrimônio, memória e representação

Prof. Dr. Vladimir A. P. Silva


Grupo de Pesquisas Unificadas em Artes e Música
Programação

Dia 26/11/2020

Abertura e Mesa Redonda com Dra. Rosemara Staub (ANPPOM) e Dr.


8h - 9h
Marcus Vinicius Medeiros (ABEM)
9h15 - 11h Sessão de Comunicações 01 (Pg. 1)
11h - 12h15 Sessão de Comunicações 02 (Pg. 3)
12h15 - 14h Intervalo
14h - 15h15 Sessão de Comunicações 03 (Pg. 5)
15h15 - 16h30 Sessão de Comunicações 04 (Pg. 7)
16h30 - 18h15 Sessão de Comunicações 05 (Pg. 9)

Dia 27/11/2020

8h - 9h15 Sessão de Comunicações 06 (Pg. 12)


9h15 - 10h45 Sessão de Comunicações 07 (Pg. 14)
10h45 - 11h Intervalo
11h – 12h15 Sessão de Comunicações 08 (Pg. 15)
12h15 - 14h Intervalo
14h - 15h45 Sessão de Comunicações 09 (Pg. 18)
15h45 - 16h Intervalo
16h – 17h15 Sessão de Comunicações 10 (Pg. 21)
17h15 - 17h30 Encerramento
Resumos /
Sessões de Comunicações
SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 01

“A MORTE DO CARREIRO”: UM OLHAR SOBRE AS CARACTERÍSTICAS 26/11


DA MÚSICA CAIPIRA NA ATUALIDADE 9h15 às 9h30

Aniela Rovani
Faculdade Santa Marcelina

O presente trabalho busca descobrir os elementos musicais e textuais que caracterizam a música
caipira, raiz cultural que representa os conhecimentos, valores e sabedorias do homem do
campo da região centro-sudeste, para, a partir do conhecimento e apreciação de suas
características culturais originais, propor uma releitura musical, incluindo outros elementos
estéticos em uso na atualidade. O grande desafio foi encontrar uma maneira de transformar
elementos de um gênero musical tão tradicional sem que a essência se perdesse no processo. A
busca por respostas foi referenciada em entrevistas com músicos atuantes e experientes na
música caipira, feitas especialmente para a pesquisa, e na revisão bibliográfica de diversos
livros e artigos científicos.

A PAISAGEM SONORA DA FEIRA CENTRAL DE CAMPINA GRANDE - PB 26/11


9h30 às 9h45
Orlando Carlos Gonçalves de Freitas
UFCG

A feira central, conhecida comumente como Feira Grande, é um importante cenário e palco das
vivências e relações no cotidiano da cidade de Campina Grande. O presente trabalho é resultado
de uma ação cujo objetivo principal foi captar o áudio da paisagem sonora (soundscape) da
feira utilizando aparato tecnológico e técnicas de gravação desenvolvidas para este fim. Nos
debruçamos sobre esse fenômeno ao percebermos uma certa carência na produção de registros
sonoros destes ambientes, correlacionando-o com seu contexto sociocultural, tornando tal
trabalho necessário e atual. Como amparo teórico, primeiramente, utilizamos Schafer (1977),
que versa sobre as relações fundamentais entre a ciência, a sociedade e as artes.
Metodologicamente, esta pesquisa é de base qualitativa, constituindo-se como exploratória. O
resultado inicial dessa exploração indicou que ao disponibilizarmos publicamente tal registro,
embora não intencionalmente para esse fim, podemos fazer uma mediação entre o arquivo
gravado (tangível) e sentimentos surgidos através predominantemente da escuta (intangível).

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REFERENCIALIDADE E DESCONSTRUÇÃO NA OPERETA “UMA VIAGEM
AO CÉU”: UM DIÁLOGO ENTRE TRADIÇÃO E MODERNIDADE
26/11
José Adriano de Sousa Lima Júnior 9h45 às 10h
UFPB

A criação por modelagem sempre existiu nas diversas artes, pois é um procedimento que está
ligado ao ato de aprender por imitação. Na música, em particular, essa técnica é muito usada
nas aulas de Harmonia e Contraponto. Em certa medida, a estrutura de uma obra musical nasce
do diálogo entre aquilo que o compositor estabelece como modelo, materiais melódicos,
rítmicos, motívicos, tímbricos e texturais que ele insere por conta própria. Este trabalho,
apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Música da UFPB, tem como objetivo o estudo
e análise da inter-relação entre elementos sonoros advindos da cultura de tradição oral
nordestina e as técnicas composicionais desenvolvidas a partir da segunda metade do século
XX, tendo em vista a composição de uma obra inédita.

PROJETO CANTEMUS - LABORATÓRIO DA VOZ DA UFMS: PESQUISA,


26/11
PRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO NA MÚSICA CORAL 10h às 10h15

Ana Lúcia Iara Gaborim-Moreira


Denise França Benites
UFMS

O CanteMus – Laboratório da voz, é um projeto de extensão da Universidade Federal de Mato


Grosso do Sul que integra três grupos com perfis distintos: o Grupo Vocal CanteMus - formado
por acadêmicos do curso de Música; o Coro Feminino da UFMS - formado por discentes,
servidoras da instituição e a comunidade externa; e o Coral da UnAPI (Universidade aberta à
pessoa idosa). Os ensaios semanais englobam o trabalho técnico-vocal e sua devida aplicação
à interpretação do repertório – pesquisado ou arranjado de acordo com o perfil de cada grupo.
Neste projeto, os acadêmicos de Música podem vivenciar a rotina de um coro e assim, se
tornarem mais capacitados para o mercado de trabalho. Os resultados musicais produzidos nos
grupos são apresentados em eventos da UFMS, espaços culturais na capital e no interior do
Estado. O projeto também promove workshops sobre saúde vocal para professores e
profissionais da voz, em parceria com Secretarias de Educação e de Cultura. Desta forma,
divulgamos a música coral na universidade e alcançamos reconhecimento artístico fora dela,
junto à comunidade. O CanteMus ainda fomenta pesquisas acadêmicas e mesmo em tempos de
pandemia permanece em atividade, inovando com intercâmbios corais e produção de vídeos
(“coros virtuais”).

DEBATE 10h15 às 11h

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SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 02

REGENTES, CANTO CORAL E A SUA GEOVISUALIZAÇÃO NO 26/11


APLICATIVO MAR DE CORAIS 11h às 11h15

Ana Lúcia Bezerra Candeias


Sérgio Deslandes
UFPE

O Grupo de Pesquisa MAR DE CORAIS, vinculado ao CNPq /UFPE possui 4 (quatro) linhas
de pesquisa. Uma delas é a Geomática de Corais: do Brasil ao Exterior. Dentro desta linha
encontra-se o trabalho que estamos desenvolvendo sobre Geovisualização de Corais. Esse
trabalho surgiu da necessidade se conhecer a distribuição dos corais no Brasil e posteriormente,
no exterior. Com as ferramentas gratuitas disponíveis do Google foi possível desenvolver um
aplicativo que localiza os corais e associa a eles uma tabela com as informações do nome do
coral, breve histórico, redes sociais (Facebook, Instagram, YouTube, Spotify), e-mail, nome do
regente, local de ensaio, dias de ensaio, tipo de repertório (erudito, popular, religioso/sacro). A
vantagem dessa organização é a visibilidade dos corais e de sua distribuição nas cidades e nos
Estados do Brasil. Além disso, facilita mecanismos de busca pelo nome do regente, coro, entre
outros. Quando se reúne os corais em um único mapeamento tem-se maior facilidade da
transferência de informações entre regentes. O aplicativo (APP) denotado como Mar de Corais,
foi gerado para reunir essas informações. Maiores detalhes sobre esse APP encontram-se na
página do grupo https://sites.ufpe.br/grupomardecorais/. Os dados dos coros são atualizados de
forma colaborativa com regentes que desejam pertencer a essa Geovisualização. Agradecemos
o apoio dos regentes que já inseriram os dados de seus corais nessa plataforma.

PROCEDIMENTOS DE REELABORAÇÃO MUSICAL DA "SÉRIE 26/11


BRASILEIRA" DE EDMUNDO VILLANI-CÔRTES PARA VIOLÃO E 11h15 às 11h30
CONTRABAIXO

Rafael Feitosa Cardoso


Unicamp

Essa dissertação de mestrado – inédita nessa temática – diz respeito a uma obra para violão e
contrabaixo, a Série Brasileira, onde o autor desse texto (integrante do duo Rafael Cardoso –
Pedro Macedo) teve a honra de trabalhar a obra com o próprio compositor. A formação por si
só já é inusitada, sendo o compositor o único brasileiro com uma obra para duo de violão e
contrabaixo (Choron) presente no catálogo de obras para contrabaixo da professora doutora
Sonia Ray, publicado em 2016. A improvisação foi utilizada como metodologia para trabalhar
o material musical das obras escolhidas, num intenso processo de aprendizado,

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amadurecimento de ideias e domínio dos elementos de cada composição. Desde o princípio, a
intenção foi a criação de uma nova forma de interpretação daquelas composições. Com a
continuidade do trabalho, o que era improvisação começou a se fixar em caminhos pré-
determinados, linhas, forma, reelaboração. O trabalho passou então a uma segunda fase, de
lapidação das ideias geradas a partir da improvisação. O autor deste trabalho teve diversos
contatos com o compositor, que discutiu e o autorizou a versão da música apresentada. A
partitura consiste, então, num trabalho colaborativo.

A PRÁTICA DO CORO TERAPÊUTICO NA ATUAÇÃO 26/11


MUSICOTERAPÊUTICA 11h30 às 11h45

Viviane Mota Ramos


UFBA

Este presente artigo intitulado A prática do coro terapêutico na atuação musicoterapêutica tem
como objetivo principal fazer uma revisão conceitual sobre o tema, buscando contribuir para a
comunidade científica e tendo como método a abordagem qualitativa. São abordadas questões
como a importância da música na promoção de saúde individual e coletiva e os possíveis
benefícios adquiridos por todas as pessoas envolvidas nesse processo. Este artigo teve a
contribuição do referencial teórico de autores como Baranow (1999), Tame (1984), Millecco
(2001), Viellard (2005), Bigand (2005), Rego (1995), Sekeff, (2007), Ramos (2008, 2009),
Leinig (1977), Bennzon (1988), Squire e Kandel (2003), Fredrickson (2004), Gentile (2005),
Swanwick (2002), Amato (2007), Estienne (2004), Levitin 2020, Schaller, (2005), Kirsta
(1986) entre outros, pôde analisar e tecer considerações a respeito de como o coro terapêutico
pode contribui na promoção de saúde mental e qualidade de vida. Assim sendo, é importante
salientar que essa pesquisa surgiu da necessidade de fundamentar cientificamente observações
realizadas durante a minha prática de regência coral. Com este trabalho pode-se visualizar qual
a grande significância da inclusão desta abordagem.

DEBATE 11h45 às 12h15

INTERVALO 12H15 ÀS 14H

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SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 03

PRESENÇAS SONORAS - OFICINAS VIRTUAIS PARA ARTE-EDUCADORES 26/11


14h às 14h15
Auta Inês Medeiros Lucas d’Oliveira
Universidad de San Buenaventura
Universidad de Antioquia

Este trabalho trata sobre um desdobramento de meus estudos de doutorado em “Ciencias de la


Educación” na Universidad de San Buenaventura, Medellín Colômbia e das oficinas virtuais
para formação continuada de arte-educadores que venho desenvolvendo na disciplina “Taller
de Sonoridades” da Licenciatura em Educação Artística e em outros eventos como o Festival
Virtual de Coros, o Seminário Taller de Educación Artística e o encontro Cátedra Itinerante -
outras formas de habitar a escola. Minha pesquisa de doutorado trata sobre os fluxos formativos
de arte-educadores e se baseia na metodologia ARTográfica, que conecta o papel de artista,
investigador e professor em uma mesma pessoa. Neste sentido, essas oficinas virtuais vem
tentando aproximar professores e futuros professores de uma proposta de educação musical que
se acerque da criação, investigação e construção de saberes através da experimentação com
música contemporânea não convencional, desde os conceitos de materialidade como presença
e de arte como potência. Em um contexto pandêmico, propomos um permanente exercício de
reflexão sobre a prática, abordando os sons do confinamento, a limpeza do ouvido e a paisagem
sonora com uma fundamentação teórica que passa por autores como Paulo Freire, Michel
Maffesoli, Murray Schafer e Allan Kaprow.

CANTO PARA TODOS - UMA REFLEXÃO SOBRE CANTO CORAL EM 26/11


INSTITUIÇÕES PÚBLICAS NA CIDADE DE PORTO VELHO 14h15 às 14h30

Sabrynne Sampaio De Sena


Faculdade de Caparaó

O presente trabalho visa demonstrar a importância do canto coral dentro de instituições públicas
na cidade Porto Velho por meio do Projeto “Canto Para Todos” contribuindo para uma melhora
na qualidade de vida do servidor público. Metodologicamente, realizou-se um estudo
bibliográfico a respeito do assunto, e foram examinadas as literaturas pertinentes à temática em
foco. Concluiu-se que, em decorrência da prática do canto coral nas instituições públicas trazem
benefícios na vida do corista, por meio da música e a cena.

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CRIAÇÃO DA ESCOLA DE MÚSICA DE TERESINA (1981-1991): SUJEITOS E 26/11
PRÁTICAS EDUCATIVAS 14h30 às 14h45

Juniel Pereira da Silva


Ednardo Monteiro Gonzaga do Monti
Escola de Música de Teresina

O presente estudo tem como objetivo interpretar a atuação dos sujeitos e suas práticas
educativas na Escola de Música de Teresina nos dez primeiros anos de funcionamento, entre os
anos 1981-1991. O corpus documental é constituído por matérias de jornais, revistas,
correspondências institucionais, materiais didático-pedagógicos, regimento interno e fontes
iconográficas da época em mote. Esses documentos são articulados com seis entrevistas,
realizadas com quatro ex-professores e duas ex-alunas. Nesta perspectiva, investe-se na
compreensão das parcerias institucionais, dos sujeitos e de suas práticas educativas
desenvolvidas na instituição. Coloca-se em destaque os espaços e as atividades musicais
desenvolvidas, bem como, a performance de solistas e conjuntos em recitais e concertos
promovidos pela Escola. O estudo aponta a instituição como uma das primeiras iniciativas do
estado do Piauí referente ao ensino de música. A fundamentação teórica tem como base ideias
de Magalhães (2004) no que concerne a história das instituições educacionais, de Ginzburg
(1989) na abordagem da utilização de fontes documentais diversas, de Souza (2000) no uso da
memória em pesquisas históricas. Como resultado, é possível compreender a instituição como
uma das principais iniciativas do estado do Piauí no que se refere ao ensino de música.

DEBATES 14h45 às 15h15

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SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 04

A MISSA DE DEFUNTOS NA LITERATURA CORAL-SINFÔNICA 26/11


BRASILEIRA DO SÉCULO XX: UMA ANÁLISE DO RÉQUIEM 15h15 às 15h30
CONTESTADO, DE ELI-ERI MOURA

Laís Lorrany Andrade


Vladimir A. P. Silva
UFCG

O objetivo desta pesquisa é analisar o Réquiem Contestado, de W. J. Solha e Eli-Eri Moura. A


investigação é teórica e discute os principais aspectos estruturais da obra, composta em 1993,
para narrador, solistas, coro misto a quatro vozes e orquestra de câmara. Os resultados
demonstram que os autores transitam entre a tradição e a modernidade, recorrendo à
intertextualidade para dialogar com Mozart e Bernstein, por exemplo. O estudo revela as
múltiplas facetas do poeta e do compositor, que, de forma singular, abordaram questões
complexas como essas que envolvem os dogmas religiosos, a vida e a morte.

O CRAVO NO RIO DE JANEIRO DO SÉCULO XX 26/11


15h30 às 15h45
Marcelo Fagerlande
Mayra Pereira
Maria Aida Barroso
UFRJ, UFJF

A pesquisa “O cravo no Rio de Janeiro do Século XX”, realizada de 2014 a 2020 no âmbito
dos programas de pós-graduação PPGM e PROMUS-UFRJ, traça a história do instrumento na
cidade, desde os primeiros concertos na década de 1900, até o momento de expansão e
profissionalização dos cravistas brasileiros na década de 1990. A investigação baseou-se em
extenso manancial de fontes primárias, tendo os periódicos cariocas – através da Hemeroteca
Digital da Biblioteca Nacional – como ponto de partida, e sendo complementada por programas
de concerto, documentos pessoais e de instituições, informações orais e iconografia. Como
resultado, foram levantadas centenas de apresentações, em dezenas de locais - às vezes
inusitados -, nomes de intérpretes e compositores que até então não haviam sido associados ao
cravo, instrumentos utilizados, menções ao cravo na literatura e suas aparições também na
música popular, ilustrando a vida social e cultural na então capital do país. Além disso, foram
destacados aspectos da crítica musical da época que abordavam a relação entre a sonoridade do
instrumento e a acústica dos espaços, e ainda o papel significativo dos pianistas ao apresentarem
o repertório “histórico” e, consequentemente, atraindo interesse para o cravo. O trabalho, já
finalizado, será publicado em forma de livro (no prelo).

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SER MARIA: O PROCESSO CRIATIVO EM TEATRO COMO LABORATÓRIO
PARA A EDUCAÇÃO MUSICAL 26/11
15h45 às 16h
Esdras Sarmento
UFPB

Este resumo discute o projeto apresentado na disciplina TCC I da Licenciatura em Música –


Práticas interpretativas (Canto popular) da UFPB. Visando a realização de uma pesquisa de
caráter prático, a proposta tem por objetivo experimentar o uso de uma montagem de Teatro
como laboratório da Educação Musical e, especificamente, sobre formas de exploração da voz
em cena. Sob orientação da doutora Eleonora Montenegro, o experimento possui três objetivos
específicos: adaptar o texto dramatúrgico do Auto de Maria Mestra – espetáculo de teatro de
Altimar Pimentel (1936-2008) com canções de Pedro Santos (1932-1986) – para um monólogo
musical; analisar possibilidades de uso da voz nesta adaptação tendo como enfoque o canto
popular; refletir sobre a aprendizagem acerca do canto, oportunizada a partir desse experimento.
Com uma metodologia baseada na experimentação e registro continuado, os procedimentos
metodológicos são concebidos pelo uso de fotos, vídeos e diário de campo, além da leitura do
texto dramatúrgico para adaptação. Sob um enfoque teórico, a investigação seguirá a
perspectiva adotada em outra pesquisa, a nível de doutorado, que está sendo finalizada no
PPGM da UFPB e que foca na musicalidade da montagem original deste espetáculo.

DEBATES 16h às 16h30

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SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 05

MÚSICA CORAL EM CONTEXTO DE PANDEMIA: REFLEXÕES 26/11


A/R/TOGRÁFICAS DE UMA DIRETORA VIRTUAL 16h30 às 16h45

Fernanda Keiko Miki da Costa


Universidad de Antioquia

Este trabalho aborda um projeto de investigação-criação em andamento, realizado junto ao


curso de Maestría en Músicas de América Latina y el Caribe na Universidad de Antioquia, em
Medellín, Colômbia. A pesquisa parte de um questionamento sobre como dar continuidade às
atividades musicais coletivas dada a crise sanitária que instaurou a necessidade de isolamento
social, levando coros e orquestras, amadores e profissionais, a recorrer à atividades remotas
como maneira de perseverar durante a pandemia. A metodologia busca, através de reflexões
artográficas e de experimentações artísticas gerar uma obra interativa para vozes e ensemble
instrumental que reflita o contexto pandêmico. Enquanto regente em permanente formação,
tomo como referentes artísticos os trabalhos de Eric Whitacre, John Cage, Terry Riley e Murray
Schafer e, como referentes teóricos, o conceito de virtualidade, apresentado por Pierre Lévy,
relacionado ao devir de Gilles Deleuze. Em suma, busco realizar uma A/R/Tografia sobre o
papel do diretor coral frente à crise sanitária do COVID19 e as possibilidades de fortalecer laços
com os cantores e com a comunidade coral através da virtualidade.

CAMINHOS DO ENSINO A DISTÂNCIA NA EDUCAÇÃO MUSICAL COM 26/11


INCENTIVO DE POLÍTICA PÚBLICA EDUCACIONAL 16h45 às 17h

Tallyrand Moreira Jorcelino


Escola de Música de Brasília (EMB)

Em tempos atuais de educação remota, as tecnologias digitais de informação e comunicação na


educação musical se sobressaem e tornam-se destaques. Nessa vertente, o objetivo da pesquisa
é refletir sobre o papel do ensino a distância na educação musical a partir do incentivo de
políticas públicas educacionais. Metodologicamente, centra-se no Sistema Universidade Aberta
do Brasil (UAB), vigente a partir do Decreto nº 5.800/2006, e na interação com o Sistema e-
MEC que colabora na sistematização das informações de cursos gratuitos voltados à área do
conhecimento Música para a sociedade e partes interessadas. A formação de professores em
cursos de graduação se faz presente em municípios, estados e no Distrito Federal por meio do
Programa UAB. As instituições de ensino superior públicas, estaduais ou federais, elaboram e
ofertam cursos com uso de ambiente virtual de aprendizagem (AVA) institucional, de aporte
financeiro da Capes/MEC, e co-responsabilidade na implementação das ações junto aos
governos, a quem cabe a providência de estruturas físicas, equipamentos e manutenção de polo

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de educação a distância, requisitos do Decreto nº 9235/2017. Os avanços na oferta de cursos de
licenciatura permeados por práticas pedagógicas e vivências com uso de ferramentas e recursos
digitais em ambiente Moodle favorecem os egressos na atuação em educação musical e na
usabilidade das tecnologias digitais repletas de inovação junto à diversidade do público de
discentes.

A MÚSICA INCIDENTAL DE REGINALDO CARVALHO: UMA ANÁLISE DA 26/11


TRILHA DO FILME LADRÃO EM NOITE DE CHUVA 17h às 17h15

Éwerson de Carvalho Santos


Vladimir A. P. Silva
UFCG

O objetivo deste trabalho é analisar a música incidental do filme Ladrão em noite de chuva
(1955). A trilha sonora original deste longa metragem, baseado na peça Do tamanho de um
defunto, de Millôr Fernandes, é de Reginaldo Carvalho (Guarabira-PB, 1932 - João Pessoa-PB,
2013). Em nosso estudo, coletamos informações sobre o compositor e analisamos os elementos
estruturais da obra, incluindo os aspectos rítmicos, melódicos e harmônicos. Os resultados
demonstram que Reginaldo Carvalho faz uso de vários procedimentos tradicionais e modernos,
incluindo a polirritmia, o leitmotiv e as escalas modais. A intertextualidade musical também se
destaca, sobretudo na paráfrase de um trecho das Bachianas Brasileiras Nº 2, de Heitor Villa-
Lobos (1887-1959). Conclui-se, portanto, que há uma estreita relação entre a música e a
narrativa fílmica no longa metragem Ladrão em noite de chuva.

O CANTO CORAL: UM ALIADO NA FORMAÇÃO INTEGRAL DO 26/11


ESTUDANTE DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO NO IFMS CAMPUS CAMPO 17h15 às 17h30
GRANDE

Rodrigo Falson Pinheiro


Marilyn Aparecida Errobidarte de Matos
Manoel Câmara Rasslan
IFMS

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (IFMS), criado
a partir da Lei nº 11.892/2008, visa à formação de cidadãos que se insiram no mundo do
trabalho, por meio da qualificação profissional. Criada na mesma época, a Lei 11.769/2008
torna obrigatório o ensino de música nas escolas. O IFMS Campus Campo Grande possui, além
da disciplina de Arte, que aborda a música, um projeto de extensão chamado Coral IFMS -
Campus Campo Grande, que visa, entre outros objetivos, contribuir para a educação musical
dos estudantes e demais participantes por meio do canto coral, bem como contribuir para o bem
estar físico, mental e social de seus participantes. A pesquisa teve por objetivo analisar se de
fato o canto coral contribuiu para a formação integral de estudantes do Ensino Médio Integrado,

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e se a música auxilia em outras unidades curriculares. A metodologia foi norteada pelos
princípios da pesquisa-ação, e para a análise dos dados, utilizamos a Análise de Conteúdo,
segundo Laurence Bardin. Os resultados mostraram que, dos 50 respondentes dos
questionários, 92% afirmaram que o canto coral contribuiu para a formação integral. Os dados
revelaram também 96% dos respondentes acreditam que a participação no Coral contribuiu em
outras unidades curriculares. Portanto, a pesquisa revelou que o canto coral tem contribuído na
formação integral dos estudantes.

DEBATES 17h30 às 18h15

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SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 06

RITMISMO.COM, CURSOS E AULAS DE BATERIA ONLINE: 27/11


CARACTERIZAÇÃO, DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE UM AMBIENTE VIRTUAL 8h às 8h15
DE APRENDIZAGEM DE BATERIA

Guy Braga Villela


Conservatório Estadual de Música Haidée França Americano

Apresentação de uma pesquisa que faz uma análise descritiva de um ambiente virtual de
aprendizagem de Bateria, o website Ritimismo.com. Também o caracteriza, seguindo algumas
definições de modelos de ensino, presente em literatura especializada. Trata do uso de novas
tecnologias para o ensino e aprendizagem de instrumento musical. Apresenta resultados que
demonstram uma abordagem particular, alternativa e inovadora para o ensino de Bateria, suas
diversas faces de estudo e de elementos necessário para a profissionalização do Músico.

A PRODUÇÃO MUSICAL COMO FORMA DE AJUDA NO MAL DE 27/11


ALZHEIMER: A MÚSICA NO PROCESSO DE BEM ESTAR AOS 8h15 às 8h30
PORTADORES DE DEMÊNCIA

Elias Xavier Dos Santos


UFCG

A música, em pacientes com o mal de Alzheimer, por muito tempo foi questionável devido à
deterioração que a doença causa no cérebro. Estudos mais recentes mostram que a música atua
em diferentes partes do cérebro, e pode promover o equilíbrio entre o pensar, o sentir e o agir.
Com base em pesquisas sobre música e cérebro, esta pesquisa exploratória tem como objetivo
investigar o uso de algumas músicas e frequências específicas bem como a utilização de
técnicas de mixagem na tentativa de promover uma nova perspectiva a respeito da música e a
doença de Alzheimer (DA). Hoje, através de tecnologias já existentes, o produtor musical pode
promover determinadas frequências sonoras que, segundo estudos do cérebro e neurociência,
podem ativar determinadas regiões do cérebro, mais especificamente as memórias mais
recentes e, com o uso de recursos técnico-sonoros, buscamos contribuir para uma melhor
qualidade de vida e uma melhor compreensão das reações sensoriais-motora para o portador de
DA. Entendemos que a música pode contribuir para uma possível melhora de vida, e através de
do olhar de um produtor musical, fazer o uso de músicas e frequências sonoras específicas na
tentativa de desencadear/preservar memórias mais recentes nas pessoas com DA. Assim, com
base nos estudos de Sacks, esse trabalho, de forma exploratória, tem como objetivo uma
possível contribuição para as áreas em evidência.

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TRANSCRIÇÃO, ARRANJO E INTERPRETAÇÃO DE DEZ CANÇÕES DE
DANÇAS TRADICIONAIS MOÇAMBICANAS PARA CORO DE VOZES 27/11
AFINS E MISTO, A CAPPELLA E COM ACOMPANHAMENTO 8h30 às 8h45
INSTRUMENTAL

Mauro Albino Muhera


Vladimir A. P. Silva
UFCG

Transcrição, arranjo e interpretação de dez canções de danças tradicionais moçambicanas para


coro de vozes afins e misto, a cappella e com acompanhamento instrumental. Moçambique é
um país que se encontra no continente africano, na região da África Austral. Com onze
províncias, divididas em três regiões (Norte, Centro e Sul), tem 30 milhões de habitantes,
segundo o Senso de Geral da População de 2017 (INE, 2017). Foi colonizado pelos portugueses
por quase quinhentos anos, conseguiu a sua independência em 1975. O objetivo deste projeto,
com caráter exploratório, é desenvolver o processo de criação e interpretação de dez arranjos
de canções de danças tradicionais de Moçambique. Para a consecução da meta proposta, este
trabalho será dividido em duas etapas teórico-práticas. Na primeira, revisaremos a literatura
pertinente com o propósito de discutir os conceitos de arranjo, transcrição, original e tradução,
bem como os princípios que norteiam a prática interpretativa, sobretudo no campo da música
coral. Na segunda etapa, confeccionaremos os dez arranjos corais, acappella e com
acompanhamento. Nesta etapa, trataremos dos aspectos técnicos, musicais e vocais, incluindo
as questões melódicas, rítmicas, harmônicas, textuais e históricas inerentes ao repertório
arranjado. Com os resultados obtidos, esperamos contribuir para a expansão da literatura coral
disponível no mercado, inserindo, nesse contexto, novas possibilidades, dando visibilidade a
música moçambicana, ainda pouco interpretada para além das suas fronteiras geográficas.

DEBATES 08h45 às 09h15

13
SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 07

INFLUÊNCIA ARMORIAIS NA COMPOSIÇÃO BRASILEIRA PARA CRAVO 27/11


9h15 às 9h30
Maria Aida Falcão Santos Barroso
UFPE

Esta é uma comunicação de pesquisa de doutorado (PPGM-UFRJ) em andamento que busca


investigar de que maneira a presença do cravo na fase experimental do Movimento Armorial
influenciou a composição brasileira para o instrumento. Utilizando metodologia mista que
envolve revisão bibliográfica, pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas, a pesquisa
objetiva contextualizar o cravo no Movimento Armorial; apontar os elementos estruturais que
caracterizam a música Armorial para cravo; traçar um paralelo entre cravo e viola na música
brasileira – do “barroco” ao armorial; identificar as obras compostas para cravo (e/ou viola) no
âmbito do Movimento Armorial; e investigar a presença de elementos armoriais nas
composições para cravo posteriores ao Movimento. A fundamentação teórica, construída a
partir de estudos interdisciplinares, baseia-se nos conceitos de invenção, hibridação, memória
e identidade em autores como Hosbsbawm e Ranger (2008), Albuquerque Jr (2009), Didier
(2012), Gomes Júnior (2016), Canclini (2015), Halbwachs (1990) e Ortiz (2006). Como
resultado, espera-se chegar a uma seleção de obras compostas intencionalmente em estilo
armorial; obras que soam como armoriais, mas cujos autores não assumem qualquer tipo de
afiliação estética ou ideológica ao movimento; e obras que não trazem, numa primeira escuta
ou leitura, elementos armoriais, mas que foram idealizadas pelos compositores segundo
inspiração armorial através de textos ou imagens.

ABDON MILANEZ: UM COMPOSITOR AUTODIDATA, O TEATRO 27/11


MUSICAL BRASILEIRO E A INVENÇÃO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 9h30 às 9h45
REPUBLICANA

Kleiton De Araújo Santos


UFPB

A partir de 1859 no Brasil, o teatro falado romântico e realista começa a perder público, quando
no Rio de Janeiro o empresário Joseph Arnaud cria o Teatro Alcazar Lyrique (1866/1880), com
ambiente de cabaré francês, para público masculino, remodelando os hábitos burgueses da
cidade ao gosto de espetáculos ligeiros, como: vaudevilles, operetas, bailes de máscaras e
fantasias. Neles, havia a música, a dança e a exploração dos corpos de mulheres, interpretando
textos maliciosos e cômicos. Com isso, vários escritores passam a escrever para esse gênero,
gerando críticas de intelectuais nos jornais. Percebendo essa nova prática e seu
desenvolvimento no país, é possível sublinhar, além de análises estéticas e musicais, a função

14
sociocultural, identitária e política deste gênero. Nos textos com estereótipos de classes, nas
músicas e no público alvo, com tratamento historiográfico dos materiais impressos,
informativos e críticos em jornais e revistas da época, é possível identificar estratégias de
ascensão social da população e profissional de músicos, compositores e dramaturgos. Para isso,
a investigação usa da trajetória artística, política e da obra de Abdon Felinto Milanez (1858 -
1927) na cidade do Rio de Janeiro entre 1889 a 1922 como mote de investigação. Compositor
paraibano, autodidata, engenheiro civil, escrevia operetas e musicava textos para o Teatro de
Revista carioca tendo como principal libretista o dramaturgo Arthur Azevedo (1855-1908).

DIMENSÕES INTERTEXTUAIS: DIÁLOGOS COMPOSICIONAIS ENTRE 27/11


TRADIÇÃO E CONTEMPORANEIDADE 9h45 às 10h

Túlio Augusto Silva Santos


Universidade de Aveiro

Este trabalho trata da investigação de processos composicionais conduzidos pelo


entrelaçamento dos aspectos e elementos estruturais da música de tradição popular e da tradição
composicional erudita. Tem como princípio essencial a atitude intertextual como abordagem
motivadora. Trata-se de uma investigação no campo da teoria e prática composicional
fundamentada na intertextualidade em música como ferramenta de criação. Visa, contudo,
ampliar a abordagem de ressignificação de elementos da cultura popular mantendo-se
elementos reconhecíveis circunscritos no âmbito lusófono. O interesse pelo foco nas relações
intertextuais apoia-se, em grande parte, na ideia fundamental de que o processo composicional
pessoal e a linguagem musical (individual e coletiva), em si, demonstram que “o discurso,
efetivamente, é não somente o lugar da manifestação da significação, mas ao mesmo tempo o
seu meio de transmissão” (GREIMAS, 1966, p. 152). Espera-se contribuir para um maior
entendimento das relações intertextuais e dos processos envolvidos na composição enquanto
discurso e linguagem; indica uma necessidade de se preencherem lacunas relacionadas à
tradução de discursos de ressignificação, sobretudo no que se refere à valorização de elementos
da cultura tradicional; favorece a ampliação dos estudos das possibilidades sonoras de maneira
sistematizada, permitindo valorização de textos musicais a partir da identificação dos mesmos
no contexto musical erudito; isto é, num alargamento de sua utilização em obras para formações
diversas.

DEBATES 10h às 10h45

INTERVALO 10H45 ÀS 11H

SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 08

15
O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA MÚSICA EM TEMPOS DE
PANDEMIA NA GRADUAÇÃO DE LICENCIATURA E BACHARELADO EM
27/11
MÚSICA 11h às 11h15

Alba Valéria Vieira da Silva


Enderson Flávio Barbosa Pereira
UFCG

Esse estudo é um recorte em andamento de uma pesquisa de doutorado, que apresenta uma
análise sobre o processo de ensino e aprendizagem da música em tempos de pandemia na
licenciatura e bacharelado em música, tendo como objetivo analisar como ocorre a construção
da aprendizagem musical dos alunos de forma remota. Também, entendemos a importância da
questão da pesquisa: como os alunos do curso de licenciatura e bacharelado em música
constroem uma aprendizagem musical de forma remota? Utilizamos uma metodologia
qualitativa, de caráter exploratório, que buscou, inicialmente, elaborar uma revisão da literatura
referente a temática, a qual percebemos ser escassa por se tratar de um evento recente, o
COVID19. Para coleta de informações foi utilizado um questionário, em seguida análise dos
dados. No entanto, o resultado desta pesquisa possibilita perceber a dificuldade no andamento
das aulas remotas e dessa mudança tão repentina, causada pela pandemia no processo de ensino
e aprendizagem. Ainda, vários desafios precisam ser vencidos nessa modalidade de ensino, seja
por questões de aptidão com os recursos tecnológicos ou, até mesmo, os problemas emocionais
que estão sendo desencadeados.

REFLEXÕES SOBRE A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO 27/11


PEDAGÓGICO-MUSICAL NO ÂMBITO DA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA 11h15 às 11h30
UFCG

Wellyddna Paula Santos Pontes


Mariana da Rocha Cunha
UFCG

Um dos maiores desafios da formação docente na área de música está relacionado à necessidade
de integração entre os conhecimentos específicos da ciência musical e os conhecimentos
didático-pedagógicos essenciais para o desempenho da profissão docente. Com foco nessa
realidade, esta apresentação oral tem como principal objetivo refletir em torno de alguns
aspectos referentes à construção do conhecimento pedagógico-musical entre os residentes de
música da UFCG, começando com a apresentação de algumas das principais discussões em
torno do ensino de música nas escolas de Educação Básica – suas justificativas e funções –, e,
posteriormente, trazendo um relato de experiência do espetáculo didático intitulado Jackson do
Pandeiro: os ritmos do rei, realizado pelos residentes entre os meses de agosto e setembro de
2019. A partir das discussões realizadas em torno das atividades formativas da Residência
Pedagógica, a apresentação aponta questionamentos e discussões referentes à

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operacionalização do ensino de música nas escolas da educação básica e procura delinear bases
conceituais que possam vir a fundamentar uma definição mais consistente do que seja o
conhecimento pedagógico-musical.

A APRENDIZAGEM ASSISTIDA PELAS NOVAS TECNOLOGIAS: UMA 27/11


DISCUSSÃO SOBRE O USO DA GRAVAÇÃO SONORA COMO 11h30 às 11h45
FERRAMENTA PARA AUXILIAR NO ESTUDO DIÁRIO DA PERFORMANCE
MUSICAL

Ralmon Sousa Pereira


UFCG

A habilidade de gravar e o uso de suas tecnologias (i.e., software/hardware), por vezes, estão
atrelados ao processo de produção musical, na prerrogativa de que são ferramentas pertencentes
a engenharia de áudio. Entretanto, o uso de alguns softwares/hardwares podem trazer uma
conotação reconfigurada na educação e possibilitar a ampliação de atuação não apenas no
sentido vertical, mas também no horizontal (i.e., elencando várias abordagens), por exemplo:
comprovação autoral, registro de ensaios, seleção para concursos públicos, bolsas de estudos,
fins educacionais e avaliação da performance. Muito embora, tais perspectivas múltiplas,
muitas das vezes, passam despercebidas entre alguns músicos. Este artigo busca discutir sobre
o uso da gravação performática como ferramenta de autoavaliação do músico para auxiliá-lo
no seu desenvolvimento no instrumento, o qual pode ser tratado como uma evolução
progressiva da técnica do instrumento a partir de várias audições do material gravado. Para tal
propósito será apresentado a DAW - Ardour, microfone (s), cabo (s) xlr e/ou outros formatos, e
o aparelho de reprodução sonora (laptop e/ou headfones), na tentativa de contornar possíveis
danos no áudio gravado. Com isso, o músico apropria-se de um recurso didático e disciplinar,
com base no auxílio de conteúdos gravados da sua rotina de estudos, resultando na
autoavaliação continuada da performance musical, que pode ser revisitada/analisada a partir da
escuta do material gravado.

DEBATES 11h45 às 12h15

INTERVALO 12H15 ÀS 14H

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SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 09

GUIA PARA PERFORMANCE DA OBRA "AMERICAN TRYPTIC" DE JAKE 27/11


RUNESTAD 14h às 14h15

Néviton Rodrigues Barros


Louisiana State University

O objetivo desta pesquisa é a análise do texto e música das três obras que compõem a obra
American Tryptic de Jake Runestad. Entrevistas com o compositor e regentes que gravaram a
obra serão conduzidas, assim como a análise da partitura pelo método de Julius Hereford.

STUDIO ORQUESTRA FILARMÔNICA TRAINEE / SOFT - PERSPECTIVAS 27/11


INOVADORAS PARA O ENSINO DA CLARINETA 14h15 às 14h30

Jailson Raulino
UFPE

Grupo formado para atuar na pesquisa em performance musical e ensino dos instrumentos
musicais, com ênfase na prática interpretativa da música brasileira. Tem como objetivo
precípuo a divulgação e discussão de conhecimentos por meio de publicação e promoção de
eventos científicos e artísticos. No projeto em tela, utilizo-me do conceito de perspectiva
relacionando-o com a possibilidade de analisar uma determinada situação, observando-se
alternativas de enfrentamento ao cenário mundial de isolamento social, que tem gerado uma
instabilidade nas atividades artísticas em geral e de caráter coletivo. Trata-se de uma abordagem
do ensino da clarineta a partir do ambiente de projeto social e de uma imersão em um contexto
orquestral. Pretende-se consolidar um espaço quer virtual ou físico, de vivências musicais,
desenvolvendo uma prática pedagógica estratégica da clarineta. Dentro desta visão, observam-
se os projetos sociais como o ponto de partida para a carreira do instrumentista. Apresentam-se
como ferramenta que contribui para o desenvolvimento integral de profissionais da música,
agregando-os aos diferentes contextos e desafios sociais. Ainda, em consonância com o marco
regulatório que orienta o desenvolvimento das políticas públicas para o ensino da música, este
empreendimento busca compreender e corresponder com novas perspectivas de formação e
profissionalização musical.

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MADRIGAL DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS (UEA):
ATIVIDADES ARTÍSTICAS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
27/11
Adroaldo Cauduro 14h30 às 14h45
UEA

As atividades artísticas do Madrigal Amazonas da UEA, durante a pandemia da COVID-19,


foram adaptadas para os meios digitais. Este trabalho visa descrever como o Madrigal
conseguiu dar continuidade a suas atividades artísticas a partir de um Ambiente Virtual de
Aprendizado (AVA) disponibilizado pela UEA. Metodologicamente, foi construída uma sala
de aula virtual a partir de uma Matriz de Design Instrucional que estabeleceu o conteúdo, os
materiais, as estratégias de aprendizagem, as avaliações. Estabeleceu-se um Roteiro de Estudos
com as atividades específicas semanais individuais. Paralelamente, foi criado calendário de
encontros/ensaios virtuais do grupo através de videoconferências (Google Meet) visando
trabalhar aspectos artístico-musicais do repertório do Madrigal. Assim foi possível estabelecer
um processo de ensino-aprendizagem dinâmico, interessante que possibilitou o crescimento
técnico da performance de cada cantor, e por consequência, acarretou no incremento do nível
artístico do grupo. Como produtos artísticos foram realizados vídeos virtuais de obras musicais
corais a partir de gravações individuais feitas pelos próprios componentes do Madrigal de forma
domiciliar utilizando meios próprios como o telefone celular. Valendo-se dos vídeos virtuais e
de vídeos históricos de performances, foi possível inscrever o grupo em inúmeros festivais
virtuais.

VALDEMAR DE OLIVEIRA - UM COMPOSITOR DE OPERETAS EM 27/11


PERNAMBUCO DO INÍCIO DO SÉC. XX 14h45 às 15h

Sérgio Deslandes
UFPE

A pesquisa sobre a produção musical de Valdemar de Oliveira (1900-77) iniciou-se


sistematicamente a partir da aprovação de um projeto PIBIC da UFPE. Considerado por muitos
como um dos responsáveis pela modernização das artes cênicas em Pernambuco, atuou
intensamente em diversas áreas, o que nos obriga sempre a apresentá-lo, em ordem de atuação
durante a vida, como: músico, compositor, regente, médico, ator, bacharel em Direito, escritor,
professor, autor e diretor teatral e crítico musical. Atuou ainda em diversos cargos da
administração pública, sendo Diretor do Teatro de Santa Isabel de 1939 a 1950; foi eleito para
a Academia Brasileira de Música em 1950 (cadeira nº 24). Cursou Medicina na Escola de
Medicina da Bahia, formando-se em 1924, onde defendeu sua tese de doutoramento com o tema
Musicoterapia (encontrada na íntegra nesta pesquisa). Tornou-se Bacharel em Direito pela
Faculdade de Direito do Recife, em 1929. Sua condição social lhe permitia estar sempre em
contato com a arte erudita do Recife bem como com o que havia de mais moderno na Europa e

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na nascente indústria do Musical norte-americano, e, sendo assim, o teatro musical - óperas,
operetas e Revistas - e as canções sempre estiveram presentes em suas composições. Suas
primeiras operetas possuem diversas “árias” em formato de fox-trot e fox-shimmy com letras
em francês, e orquestrações aparentadas ao estilo vienense.

DEBATES 15h às 15h45

INTERVALO 15H45 ÀS 16H

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SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 10

DIVERSITY AND DEVELOPMENT OF CHORAL TONE 27/11


16h às 16h15
Jeonai do Nascimento Batista
Louisiana State University

This research in progress presents a reflection on the concept and diversity of choral tone.
Revisiting articles and books written since the beginning of the twentieth century, it aims to
understand what the premises, parameters, and historical context are to what can be considered
good tone quality and how to achieve it. In addition, it reflects on the dilemma of multicultural
choral tone authenticity, cultural appropriation, and ethnocentrism.

ENSAIO DE ORQUESTRA: COMPORTAMENTO PEDAGÓGICO DE 27/11


MAESTROS PROFISSIONAIS 16h15 às 16h30

Daniel Guimarães Nery


UFSE

Este artigo investiga como a interação verbal e não verbal entre o maestro e orquestra pode
afetar os resultados artísticos do grupo. Estudos inferem que as orquestras querem ser lideradas,
mas também se sentem encorajadas ao contribuírem para a interpretação da partitura. Com base
nessas perspectivas, vinte videos de acesso aberto de excelentes maestros ensaiando orquestras
proeminentes foram analisados através de uma observação sistemática. Os aspectos observados
foram: gestão do tempo; conteúdo musical; estratégias de comunicação e atitude do maestro.
Os resultados indicaram que os maestros passaram uma grande quantidade de tempo de ensaio
deixando a orquestra tocar e deram instruções sobre aspectos de interpretação (por exemplo,
dinâmica e estilo). As principais estratégias utilizadas pelos maestros foram modelagem e
metáforas. Além disso, os maestros deveriam, por meio de suas instruções verbais e sua própria
postura, (a comunicação não verbal), criar uma atmosfera intensa a fim de promover um
trabalho colaborativo e pró-ativo. Este fenômeno não ocorrerá se eles não forem cientes de sua
postura, sua própria natureza e personalidade, bem como se eles não tiverem entusiasmo óbvio
para a tarefa em mãos. Assim, maestros e professores de regência podem achar esses resultados
significativos ao aplicá-los em um ensaio colaborativo, onde a orquestra compartilha e negocia
os resultados artísticos desejados.

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O REGENTE DE CORO ACADÊMICO E A EDUCAÇÃO MUSICAL NO 27/11
CANTO CORAL 16h30 às 16h45

Wdemberg Pereira da Silva


UFG

A presente pesquisa se propõe a analisar as práticas do regente de coro acadêmico,


reconhecendo o espaço do canto coral como espaço de educação musical. A função do regente
é complexa e requer diversas habilidades que vão além do conhecimento do gestual, sintaxe
musical, periodicidade e estilo. Há de se notar que muitos regentes de carreira consolidada
tiveram sua formação voltada para performance, principalmente nos cursos de graduação. A
atividade coral, em muitos níveis, suscita no regente habilidades de educador musical. Além da
técnica vocal, que é comumente responsabilidade do regente em diversos tipos de formação dos
conjuntos vocais, este profissional ao conduzir seu ensaio de forma educativa proporciona o
aprendizado de diferentes habilidades e conceitos no campo do saber musical. Como
metodologia, lançamos mão da pesquisa bibliográfica e uma pesquisa de campo com três
regentes de coros acadêmicos. As bases teóricas que fundamentam essa pesquisa advêm da
educação musical, psicologia e regência coral. Os dados foram analisados a partir dos seguintes
temas: habilidades administrativo-organizacionais e habilidades técnico-musicais dos regentes.
Observou-se em campo que tais habilidades foram amplamente usadas pelos sujeitos da
pesquisa em prol do crescimento musical dos coristas sob sua regência. Esperamos que a
descrição da prática docente desses regentes possa servir de exemplos metodológicos para
diversos outros profissionais que trabalhem com o canto coral.

DEBATES 16h45 às 17h15 – ENCERRAMENTO 17h15 às 17h30

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NOTAS BIOGRÁFICAS

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ADROALDO CAUDURO

Regente e compositor, Adroaldo Cauduro é doutorando em Música pela UNICAMP, mestre em


Artes-Música/Regência pela Eastern Illinois University nos Estados Unidos, onde recebeu os
prêmios The Outstandig International Student in Music, 18/04/2000; Outstanding Graduate
Alumnus Award – 2015 Class of Outstanding Graduate Alumni, abril/2015. É Bacharel em
Música/Regência pela UFRGS. Publicou três livros de poemas musicados para coro, orquestra
de cordas, músicos e cantores solistas: “Cantando o Imaginário do Poeta”(1994), poemas de
Mario Quintana; “Cantando Poetas Ibero-Americanos”(2014), 29 poemas de Thiago de Mello,
Carlos Nejar, Tenório Telles, Elson Farias, Luiz Bacellar, Fernando Pessoa e Garcia Lorca;
“Cantando Poetas das Américas: vozes femininas”(2020), poemas de Astrid Cabral, Maria
Dinorah e Emily Dickinson. Atualmente, é professor das disciplinas Regência Coral e
Orquestral, Orquestração e Arranjo Vocal do curso de Música da Universidade do Estado do
Amazonas – UEA, bem como atua como regente titular da Orquestra Sinfônica e do Madrigal
da UEA.

ALBA VALÉRIA VIEIRA SILVA

Natural de S. Bernardo do Campo-SP, começou a estudar música na banda da cidade. Possui


graduação em Bacharelado em Música pela Universidade Federal da Paraíba (1990) e mestrado
em Música - Prática Musicais pela Universidade Federal da Bahia (1999). Foi professora de
clarinete do Conservatório Pernambucano e da Escola Anthenor Navarro de João Pessoa.
Participou como clarinetista da Orquestra Sinfônica Jovem e da Orquestra Sinfônica do Estado
da Paraíba. Atualmente, é professora adjunto da Universidade Federal de Campina Grande, na
classe de clarinete e saxofone. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Educação
Musical, atuando principalmente nos seguintes temas: práticas pedagógicas, interpretação,
história, música de câmera e projeto musical. Realiza, por anos, Projetos de Extensão na UFCG
na área de prática instrumental (clarinete /saxofone), sendo a Coordenadora do Grupo de
Pesquisa e Extensão em Práticas Musicais Inclusivas (GEPIM). É doutoranda em Educação, na
Universidad Autonoma de Asuncion.

ANA LÚCIA BEZERRA CANDEIAS

É professora de Departamento de Engenharia Cartográfica da UFPE, tem doutorado em


Computação Aplicada, Mestrado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais, São Paulo, e graduação em Engenharia Eletrônica pela UFPE. Tem ligação
com a Música desde criança. Participa do Coral Ars Canticus, laboratório de vozes, desde 2017,
sob a regência de Sérgio Deslandes. É do Grupo de pesquisa Mar de Corais/CNPq, onde
pesquisa sobre Geomática de Corais: do Brasil ao Exterior. Essa linha de pesquisa reúne seus

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conhecimentos de Cartografia, Geoprocessamento e Computação com a Geovisualização de
Corais. Desenvolve metodologias para facilitar a interação entre regentes e compartilhamento
de dados e informações. Um dos resultados é o aplicativo MAR DE CORAIS, disponível no
site: https://sites.google.com/view/mardecorais/

ANA LÚCIA IARA GABORIM-MOREIRA

Bacharela em Música - Composição e Regência, Mestre em Música pela UNESP e Doutora em


Artes pela USP. Sua tese, sobre a Regência Coral Infantojuvenil, recebeu menção honrosa no
Prêmio Tese Destaque USP 2016. Desde 2006, é professora do curso de Música da UFMS, em
Campo Grande, nas áreas de Regência, Canto Coral e Técnica Vocal. Coordena os projetos de
extensão “PCIU – Projeto coral infantojuvenil da UFMS” e “CanteMus – laboratório da voz”,
que engloba o Grupo Vocal CanteMus, o Coro Feminino da UFMS e do Coral da UnAPI (3a
idade). Dentre suas publicações, constam diversos artigos acadêmicos em congressos nacionais
e internacionais, capítulos e organização de livros; é membro da Academia Feminina de Letras
e Artes de Mato Grosso do Sul – AFLAMS, integra a diretoria da Nova ABRACO – Associação
Brasileira de Regentes de Coros e representante estadual da ABEM – Associação Brasileira de
Educação Musical.

ANIELA ROVANI

Cantora, pianista e regente coral formada pelo Conservatório de Tatuí, pós-graduada em


Canção Popular e Produção Musical pela Faculdade Santa Marcelina. Diretora musical de
diversas montagens de teatro musical, atuando também como bailarina e atriz, experiência que
rendeu o prêmio de Melhor Intérprete no II Festival da Canção Brasileira do Sesi, 2019, através
do projeto Música de Interior. Com o canto lírico, participou de duas montagens de ópera na
Itália, "La Cenerentola", de Rossini, e "L'Elisir d'Amore", de Donizetti. Aniela tem vasta
experiência na área educacional, atuando em diversos projetos, cursos e oficinas dentro da área
musical, com destaque para as práticas de performance corporal para cantores e coral cênico.
No Projeto Guri, atuou como supervisora educacional, orientando educadores e alunos na
prática do canto coral em cerca de vinte e cinco municípios.

AUTA INÊS MEDEIROS LUCAS D'OLIVEIRA

Arte-Educadora, licenciada em Educação Artística pela Universidade Federal de Pelotas


(1990), pós-graduada como especialista em História da Cultura e da Arte pela Universidade
Federal de Minas Gerais (2005) e mestra em Artes Visuais com ênfase em Ensino da Arte e
Educação Estética pela Universidade Federal de Pelotas (2014). Desde 2018, cursa o doutorado

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em “Ciencias de la Educación” na linha de pesquisa “Estudios culturales y lenguajes
contemporáneos” na Universidad de San Buenaventura, Medellín, onde desenvolve a tese
“Arte-educadores: fluxos de formação desde uma perspectiva ARTográfica”. Atualmente,
trabalha como professora investigadora na Licenciatura en Educación Artística da Universidad
de San Buenaventura e também atua como professora de cátedra na Maestría en Músicas de
América Latina y el Caribe na Universidad de Antioquia, ambas em Medellín, Colômbia.

DANIEL GUIMARÃES NERY

Professor de regência no Departamento de Música da Universidade Federal de Sergipe, Daniel


Nery é bacharel e mestre em Composição e Regência pela UNESP, Universidade Estadual
Paulista. Já esteve a frente de importantes orquestras como Orquestra Filarmônica de Minas
Gerais, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas.
Estreou na Europa com Orquestra Filarmônica das Beiras em Portugal. Em 2010 mudou-se para
Aracajú para integrar como maestro adjunto da Orquestra Sinfônica de Sergipe, considerada
pela crítica como uma das mais importantes e atuantes orquestras fora do eixo Rio-São Paulo.
Em 2017 foi selecionado para cursar o Doutoramento em Direção Orquestral na Universidade
de Aveiro em Portugal, sob a orientação do maestro António Vassalo.

DENISE FRANÇA BENITES

Denise França Benites é licencianda em Música pela Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul, Brasil. Desde 2015, integra diversos grupos corais, como o Coro de Câmara / Madrigal da
UFMS, Grupo Vocal CanteMus e Coro Feminino da UFMS. Em 2018, ingressou no PCIU!
(Projeto Coral Infantojuvenil da UFMS) como monitora e, em 2019, assumiu a regência do
grupo Master (formado pelos pais dos coralistas infantojuvenis). É professora de Técnica Vocal
da Escola de Música da UFMS. Desenvolve pesquisas na área do Canto Coral, integrando o
GPEP – Grupo de Pesquisa em Educação e Prática Musical da UFMS. Participou do grande
coro do 37º Festival de Londrina (PR); do Painel Funarte de Regência 2016 (em Campo
Grande); do I Congresso Canto Coral USP – UNESP – UNICAMP (2018); no ano de 2019,
participou da Oficina de Música de Curitiba, do XIV SIMCAM e do XXIV Encontro Nacional
da ABEM realizados em Campo Grande (MS).

EDNARDO MONTEIRO GONZAGA DO MONTI

Doutor em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - ProPEd/Uerj, com


período de estágio no exterior financiado pela Capes, realizado no programa de Pós-graduação
em Memória e Crítica da Educação da Universidad Alcalá (Madri - Espanha), é vice-
coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Piauí e

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Coordenador do curso de graduação em Música. Líder do Núcleo de Pesquisa Educação,
História e Ensino de Música - NEHEMus e líder-adjunto do Núcleo de Pesquisa Educação,
História e Memória - Nehme. Em 2020, iniciou a parceria com grupo de pesquisa Historia,
Memoria y Patrimonio de la Educaciónda, no projeto Plan Andaluz de Investigación, com a
Universid de Sevilha. É editor da Revista Caminhos da Educação: diálogos, culturas e
diversidades; membro da equipe editorial dos seguintes periódicos: Revista Brasileira de
Pesquisa (Auto)biográfica; Revista Epistemologia e Práxis Educativa. É consultor ad-hoc de
periódicos especializados, de editoras universitárias e de agências de fomento.

ELIAS XAVIER DOS SANTOS

Iniciou suas atividades musicais ainda na infância e adolescência, tocando bateria e realizando
cursos de formação na Banda de Música do 2º Batalhão da Polícia Militar da Paraíba, sob a
direção do Capitão Tarciso Francisco. Por conta do seu desempenho, passou a tocar com a
banda do 2º BPM e outras bandas bailes, dentre as quais Vereda Tropical, do Grupo Magníficos,
Niedson Lua, Pyterson Batalha e outras bandas locais e de cidades vizinhas. É aluno do
Bacharelado em Música da UFCG, com ênfase em Produção Musical, sendo também aluno de
contrabaixo na classe do professor Cleisson Melo.

ENDERSON FLÁVIO BARBOSA PEREIRA

Enderson Pereira iniciou seus estudos aos 7 anos de idade com o maestro Eufrásio Pereira,
aprendendo a tocar flauta doce, ler partituras e posteriormente saxofone. É aluno da
Licenciatura em Música da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na classe de
saxofone da professora Alba Valéria. É professor da Escola Major José Monteiro, sub-regente
e professor da Banda de Música 31 de março, na cidade de Ingá-PB. Tem experiência na área
de regência e canto coral com renomados professores, dentre os quais o suíço Mathias Heep,
no FIMUS, e os maestro Hélio Nunes e Vladimir Silva.

ESDRAS SARMENTO

Esdras Sarmento é bacharel em Produção musical (UFCG-2014), tendo estudado também


composição musical. Mestre em Etnomusicologia (UFPB-2017), foi fundador do grupo
Yakekan, voltado à prática da música latina. Dedicado ao canto coral, integrou o CoroEmCanto
da UFCG, o Coro Hatsuhinodê da UFPB e fundou o Grupo Vocal do CCI, formado no Centro
de Convivência da Pessoa Idosa em João Pessoa. Foi diretor musical do Grupo Cênico Recreio
Dramático em Areia – PB e integrou, como cantor/ator, o projeto PrestoÓpera da UFPB.
Realizou a produção musical dos espetáculos Y e Foucault reconta Black-Tie, ambos realizados
no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas – PPGARC da UFRN. Está concluindo,

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simultaneamente, o doutorado em Musicologia/Etnomusicologia, pelo PPGM da UFPB, e a
Licenciatura em Canto popular, na mesma universidade. Dedica-se aos estudos de
experimentação vocal, canto para teatro, composição musical e canto coral. Interessado em
política cultural, marketing cultural, gestão cultural, empreendedorismo e economia criativa.

ÉWERSON DE CARVALHO SANTOS

Éwerson de Carvalho Santos nasceu em Queimadas – Paraíba, em 1999. Começou a aprender


música aos dez anos de idade e aos treze anos já lecionava aulas particulares de violão. Possui
o ensino médio completo pela Instituição Federal da Paraíba, com curso técnico em
Manutenção e Suporte em Informática. Atualmente, é graduando do bacharelado em Música
pela Universidade Federal de Campina Grande com habilitação em violão, na classe do
professor Jorge Ribbas. Foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
(PIBIC/CNPQ - UFCG), com a orientação do Dr. Vladimir Silva, com o qual realizou pesquisas
sobre a música instrumental do compositor paraibano Reginaldo Carvalho. Além disso, desde
os 18 anos de idade vem apresentando concertos de violão solo em festivais como, por exemplo,
o Encontro Paraibano de Violonistas, Sesc Partituras e o Festival Internacional de Música de
Campina Grande.

FERNANDA KEIKO MIKI DA COSTA

Fernanda Miki é graduada em canto pela Universidade Federal de Pelotas (Brasil) e atualmente
é aluna do programa de Mestrado em Músicas da América Latina e Caribe, da Universidade de
Antioquia (Colômbia). Foi aluna beneficiária da bolsa Erasmus Mundus no Conservatório
Superior de Música das Ilhas Canárias (Espanha), onde estudou canto e regência coral. Em sua
carreira musical, realizou concertos como solista e regente, além de ter participado de
importantes festivais internacionais de música em países da América Latina e Europa. Fernanda
é diretora do Ensamble Vocal Pindorama, criado por ela na cidade de Medellín, em 2018, e do
Coro de Bienestar, da Faculdade de Artes da Universidade de Antioquia. Em 2020, fez parte da
equipe diretiva do Festival Virtual de Coros Medellín 2020, que reuniu 1800 cantores de 13
países.

GUY BRAGA VILLELA

Graduado em Licenciatura em Música com habilitação em Bateria pela Universidade Vale do


Rio Verde, parte da graduação foi concluída no curso de Música da UFJF. Graduado na
Licenciatura e no Bacharelado do curso de História da UFJF. Pós-Graduação em Tutorial na
Educação a Distância pela Faculdade São Luíz. Professor de Bateria no Conservatório Estadual
de Música Haidée França Americano de Juiz de Fora.

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JAILSON RAULINO

Professor Associado na Universidade Federal de Pernambuco. Clarinetista, Doutor em Música


pela Universidade Federal da Bahia (2008), com tema da pesquisa focado na “História da
clarineta no frevo”. Desenvolveu estágio de Doutoramento (Sandwich) na Universidade de
Aveiro - Portugal (2007), na área de etnomusicologia, sobre música e pós-colonialismo. Mestre
em Música pela Universidade Federal da Bahia (2000). Possui graduação em Música -
Bacharelado pela Universidade Federal da Paraíba (1990). Em 1998, atuou no Grupo de
Pesquisa “Interpretação do repertório brasileiro para clarineta” na UFBA, desenvolvendo
pesquisas sobre a clarineta no Brasil, incluindo sua história, técnica, pedagogia e atividades
envolvidas na interpretação do seu repertório. Atualmente, é líder do Grupo de Pesquisa em
Competências Performáticas Musicais e Didáticas Instrumentais – UFPE/CNPq, grupo
formado para atuar na pesquisa em performance musical e ensino dos instrumentos musicais,
com ênfase na prática interpretativa da música brasileira.

JEONAI DO NASCIMENTO BATISTA

Jeonai Batista iniciou sua vida musical tocando clarinete nos projetos de banda de música em
sua terra natal, Teresina-PI. Estudou Regência na Universidade Federal de Campina Grande -
Brasil, com o Dr. Vladimir Silva, onde fez parte do Coro de Câmara de Campina Grande como
corista e pianista. É Bacharel em Música, com concentração em Canto e Piano, pela Mississippi
State University-EUA. Nos EUA, atuou com sucesso em óperas, concertos e competições de
canto e piano. Em 2017, ficou em segundo lugar na Mississippi Music Teachers Association
Young Artist Competition. Também foi finalista, em 2015, 2016 e 2017, nos concursos da
National Association of Teachers of Singing-EUA. Ainda em 2017, estreou com tenor solista
no Carnegie Hall - New York City, interpretando a Missa de Alcaçus, de Danilo Guanais. Jeonai
Batista participa de congressos da área, incluindo a MMTA State Conference e a College of
Education Research Forum. Atualmente, é mestrando em regência na Louisiana State
University.

JOSÉ ADRIANO DE SOUSA LIMA JÚNIOR

Graduado em Música, Bacharelado em Composição, pela Universidade Federal de Campina


Grande (2017). É regente do coral da ACF, Associação Cristã Feminina, professor de Música
da Escola Virgem de Lourdes e professor da disciplina Teoria Musical no Seminário São João
Maria Vianney, todos na cidade de Campina Grande. Foi aluno de canto da Profa. Ms. Malú
Mestrinho, composição com Dr. Luís Passos, Dr. Leonardo Margutti e de regência do Prof. Dr.
Vladimir Silva. Foi monitor voluntário e integrante do Coro de Câmara de Campina Grande.
Compõe e arranja para diversas formações instrumentais e vocais. Atualmente, é aluno do
mestrado em Composição na UFPB, sendo orientado pelo Dr. José Orlando Alves.

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JUNIEL PEREIRA DA SILVA

Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal


do Piauí - UFPI (2020), Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Latino
Americana de Educação - FLATED (2017), Licenciado em Música pela Universidade Federal
do Piauí - UFPI (2016), Graduado em Pedagogia pela Faculdade Entre Rios do Piauí - FAERPI
- (2011). Diretor da Escola de Música Campo Harmônico, Professor da Escola Estadual de
Música Possidônio Queiroz. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação
Musical, atuando principalmente nos seguintes temas: Teoria musical, Música Litúrgica e
Canto Pastoral, Canto, Regência Coral, Ensino de Violão, Ensino de Teclado e História da
Música. Pesquisador na área de História e Memória da Educação, é membro do Núcleo de
Pesquisa Educação, História e Ensino de Música – NEHEMus.

KLEITON DE ARAÚJO SANTOS

Kleiton de Araújo Santos, cantor lírico (contratenor), licenciado em práticas interpretativas do


canto pela UFPB, especialista no ensino de História da Música pela Universidade Cidade
Verde, Mestre em História Cultural pela UNICAP, Doutorando em Musicologia pela UFPB. É
professor concursado de canto do CEARTE - Centro Estadual de Arte da Paraíba e professor
concursado de Música na Prefeitura Municipal de João Pessoa. Desenvolve pesquisas históricas
e de práticas do repertório músico-teatral dos séculos XIX e XX.

LAÍS LORRANY ANDRADE

Laís Lorrany Andrade é natural de Queimadas, agreste paraibano. Integra o Coro de Câmara de
Campina Grande, regido pelo Dr. Vladimir Silva, no qual teve oportunidade de estrear várias
obras. É aluna do curso de Bacharelado em Composição desde 2018, na Universidade Federal
de Campina Grande (UFCG). Em 2019, durante o IX Festival Internacional de Música desta
mesma cidade, sua peça Tema e Variações, para orquestra de Cordas foi estreada, sob a regência
do Prof. Dr. Luís Passos. Atualmente, faz parte do Programa Institucional Voluntário de
Iniciação Científica (PIVIC), cujo objeto de pesquisa consiste na análise do Réquiem
Contestado, obra do compositor paraibano Eli-Eri Moura.

MANOEL CÂMARA RASSLAN

Doutor em Educação (2013) pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade


Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Professor no Curso de Música da Faculdade de Artes,
Letras e Comunicação. Regente responsável pelos grupos do Movimento Coral da UFMS.

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Professor vinculado ao Mestrado Profissional em Artes (PROF-ARTES). Pesquisador do
Observatório de Cultura Escolar (UFMS).

MARCELO FAGERLANDE

Marcelo Fagerlande é graduado em cravo pela Escola Superior de Música de Stuttgart na classe
de Kenneth Gilbert (1986), mestre e doutor em Musicologia pelo Conservatório Brasileiro de
Música (1993) e UNIRIO (2002), respectivamente. Realizou estágios pós-doutorais na França
e no Brasil. É professor da Escola de Música da UFRJ desde 1995, onde criou a Semana do
Cravo, o bacharelado e o mestrado no instrumento. Realizou concertos no Brasil e em diversos
países da Europa, América do Norte e América do Sul. Dirigiu premières de óperas barrocas
em diversos teatros do país. Gravou CDs como Marcelo Fagerlande no Museu Imperial, Bach
e Pixinguinha e A Arte da Fuga. Publicou os livros O Método de Pianoforte de José Maurício
e O Baixo contínuo no Brasil. www.marcelofagerlande.com.br

MARIA AINDA FALCÃO BARROSO

Maria Aida Barroso é graduada em Regência, mestra em Cravo (2006) e doutoranda em


Musicologia pela Escola de Música da UFRJ. É professora do Departamento de Música da
UFPE desde 2010, onde coordenou projetos como a Semana da Música, Orquestra
Experimental de Frevo e LEMEI – Laboratório de Educação Musical Especial e Inclusiva.
Dirigiu o Quarteto Colonial, que realizou concertos no país em projetos apoiados pela
FUNARTE e SESC, gravando, em 2008, o CD O Sacro e o Profano na Corte de D. João VI.
Integra o Duo Frevando, que gravou o CD Frevos para Trombone e Piano, em 2019.

MARIANA DA ROCHA CUNHA

Mariana da Rocha Cunha é licencianda em música pela Universidade Federal de Campina


Grande e desempenha atividades como professora de piano, teclado, preparação para o teste de
habilidade específica e musicalização infantil. Nos anos de 2018 e 2019, integrou ativamente o
Programa de Residência Pedagógica e colaborou também nos eventos realizados tanto na parte
de organização quanto na prática instrumental. Atualmente, tem se dedicado à pesquisa na área
de ensino-aprendizagem do piano, o qual faz parte o seu Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC), utilizando como objeto de estudo alguns alunos da licenciatura em música.

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MARILYN APARECIDA ERROBIDARTE DE MATOS

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Católica Dom Bosco (1995) e
graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Católica Dom Bosco (1992).
Especialização em Planejamento Educacional pela Universidade Salgado de Oliveira RJ,
Mestrado em Ensino de Ciências pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e
Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional pela Anhanguera/Uniderp.
Atualmente é professora titular de Metodologia da Pesquisa do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - campus Campo Grande. Tem experiência na
área de Educação, com ênfase em Ensino-Aprendizagem, atuando principalmente nos seguintes
temas: ensino de ciências, softwares educativos, tecnologias da informação e comunicação,
educação ambiental e ensino técnico e tecnológico.

MAURO ALBINO MUHERA

Nasci na cidade da Beira na província de Sola em 1987, nacionalidade moçambicana, filho de


Albino Macela Muhera e da Raquel Samuel. Ingressei na arena musical pela influência dos
meus pais por serem pastores da Igreja. Aos 11 anos de idade, tive as primeiras aulas de Piano
na igreja, e ao mesmo tempo era membro de um coral infanto-juvenil. Licenciado em Música
pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane, tive as primeiras
aulas de regência com Maestro Óscar Castro (argentino). De momento sou professor de piano
na mesma Universidade e professor de Educação Musical na Willow International School da
Matola. Sou Diretor musical do grupo coral Castelo Forte da IASD da Liberdade desde 2009.
Sou pianista e compositor do Projeto UM PIANO UMA VOZ onde já temos um CD lançado e
neste momento estamos na conclusão do nosso II CD. Neste momento sou estudante de Pós-
graduação em Música na área de Práticas Interpretativas (Regência) sob a orientação do Prof.
Dr. Vladimir P. Silva na Universidade Federal da Paraíba.

MAYRA PEREIRA

Mayra Pereira é graduada em cravo pelo Conservatório Real de Haia, na classe de Jacques Ogg
(2008), mestra em Cravo pela Escola de Música da UFRJ (2005) e doutora em Musicologia
pela UNIRIO (2013). É professora do Departamento de Música da UFJF desde 2014, onde
criou e coordena o LaPHI – Laboratório de Performance Historicamente Informada e o
NEIMPHI – Núcleo de Estudos Interdisciplinares em Musicologia e Performance
Historicamente Informada. Realizou concertos no Brasil e Europa. É autora do livro Do Cravo
ao Pianoforte no Rio de Janeiro – Panorama de suas histórias e características até 1830.

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NÉVITON RODRIGUES BARROS

Néviton Barros é regente coral e orquestral, arranjador, pianista colaborador e pedagogo vocal.
Graduou-se Técnico em Canto Lírico (1998), na Escola de Música de Brasília, na classe da
Professora Nida Gibran. Graduou-se em Regência (2002), na Universidade de Brasília, na
classe do Dr. David Junker. Graduou-se Mestre em Artes, com ênfase em Regência, no Hunter
College, na cidade de Nova York, na classe do Dr. Paul Mueller. Atualmente, é Doutorando em
Regência Coral e Pedagogia Vocal pela Louisiana State University, nas classes do Dr. John
Dickson e Dra. Loraine Sims. Foi Regente Assistente do Coro Sinfônico Comunitário da
Universidade de Brasília, de 1998 a 2004. Foi Regente do Coro da Igreja Presbiteriana de
Brasília pelo mesmo período. Durante a implementação do Programa de Avaliação Seriada
(PAS) da UnB, foi convidado pela Universidade para ser o responsável pela área de Música,
redigindo e implementando Música como disciplina obrigatória neste processo. Foi Regente
Assistente do Coro Nacional do Peru, de 2007 a 2009. Em Nova York, foi Diretor Musical da
International Brazilian Opera Company (IBOC) e Diretor Artístico e Musical do grupo vocal
AdHoc. Foi diretor artístico e musical da Orquestra Beauchef, em Santiago do Chile, entre 2017
e 2018, quando resignou para ir aos Estados Unidos fazer seu Doutorado.

ORLANDO CARLOS GONÇALVES DE FREITAS

Natural de Campina Grande-PB, Orlando Freitas desenvolve atividades ligadas à música desde
1995. De formação autodidata, passeou por vários estilos musicais e sua profissionalização se
dá em 1999, com o grupo CABRUÊRA, com o qual excursionou pelo Brasil e Europa. Desde
2017, produz de forma independente, lançando, respectivamente, seus primeiros quatro álbuns
solo de música experimental/eletro acústica. Em parceria com o selo de Los Angeles/USA
PanyRosasDiscos, lança ORLANDO FREITAS & MAKINA GURU, TWO FRAMES OF
TIME e HOME. Em agosto de 2019, teve sua faixa Passeio pela Feira Central de Campina
Grande divulgada pelo Walking Museum/UK e pela revista online Kuruma'tá. Em março/abril
do mesmo ano, participou de lives com o grupo de música experimental SPIO – ORQUESTRA
DE IMPROVISAÇÃO DE SÃO PAULO e em setembro concedeu entrevista para a revista
online especializada em música brasileira Ritmo Melodia. Desde 2017, é aluno no curso de
Bacharelado em Produção Musical – UFCG.

RAFAEL FEITOSA CARDOSO

Discípulo de nomes de peso do violão, como Marcos Murilo, Henrique Pinto e Juan Falú,
Rafael Cardoso é formado pela Universidade Livre de Música (hoje EMESP Tom Jobim) e pela
Faculdade de Artes Alcântara Machado (FAAM). Mestrando em performance musical pela
UNICAMP, com pesquisa sobre Reelaboração musical da obra “Série brasileira” de Edmundo
Vilani Côrtes para violão e contrabaixo. Atua amplamente na área da educação musical, pelo

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projeto Guri, onde é supervisor educacional da regional Jundiaí, realizando a gestão e formação
de educadores musicais em mais de vinte municípios. Realiza também um trabalho como
educador e regente do grupo Raízes de Atibaia, que atua na pesquisa e performance do
repertório caipira. Além da área educacional, Rafael mantém trabalhos de performance em
música de câmara, em duo com o contrabaixista Pedro Macedo e no “Música de interior” com
a Cantora Aniela Rovani. Como solista, lançou recentemente o CD Inspirações (2019), com
repertório autoral para violão solo.

RALMON SOUSA PEREIRA

Ralmon Sousa Pereira, brasileiro, natural de Serra Branca (PB). Produtor musical com vários
talentos, tais como gravação/mixagem/masterização em estúdio e em shows ao vivo -
FOH/monitores, professor de música e áudio. Multi-instrumentista, arranjador, compositor,
possui Bacharelado em Música com ênfase em Produção Musical pela Universidade Federal de
Campina Grande (UFCG). Também desenvolve trabalhos de pesquisas sobre três pilares:
música, tecnologia e mercado musical. É mestre em Computação, Comunicação e Artes pela
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com linha de pesquisa em Arte Computacional.
Atualmente é aluno do curso de Licenciatura em Música (piano) da Universidade Federal de
Campina Grande (UFCG).

RODRIGO FALSON PINHEIRO

É Mestre em Música pela Universidade Estadual de Campinas (2006). Graduado nos cursos de
Regência e Piano (2002) pela mesma Universidade, nas classes dos Professores Eduardo
Östergren e Alexandre Pascoal Neto, respectivamente. Entre os cursos de aperfeiçoamento,
destacamos o 34º Festival de Inverno de Campos do Jordão (2003), no curso de Regência de
Orquestra, sob orientação do Maestro Jamil Maluf. Em 2005, fundou o "Coro de Câmera de
Campinas", atuando como regente até 2012. Atualmente é docente no Instituto Federal de Mato
Grosso do Sul (IFMS), desde 2012, onde atua como Pianista/Regente, sendo o maestro
responsável pelo Coral IFMS - Campus Campo Grande.

SABRYNNE SAMPAIO DE SENA

Possui graduação em Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal de Goiás (2014)
e graduação em Licenciatura em Ensino Musical Escolar pela Universidade Federal de Goiás
(2007). É regente dos corais do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, Ministério Público
de Rondônia e Energia Sustentável do Brasil, sendo também professora do Governo do Estado
de Rondônia. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Regência Coral, atuando

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principalmente nos seguintes temas: musicografia braille, educação musical, show, formação
de professores e audiodescrição.

SÉRGIO DESLANDES

Natural de Curitiba/PR, trabalhou como professor no Conservatório de MPB de Curitiba, na


Faculdade de Artes do Paraná, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Possui graduação
em Licenciatura em Música pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (1990), Mestrado
em Música/Composição pela Universidade Federal da Bahia (2008) e Doutorado em
Música/Regência também pela UFBA (2015). Possui vários livros editados no sul do Brasil, e,
em 2019, recebeu a Menção Honrosa do Prêmio Amaro Quintas da Academia Pernambucana
de Letras, por seu livro “Ópera no Recife - Vozes, bastidores e Espectadores”, escrito em
parceria com Karuna Sindhu de Paula e Felipe Souza. Atualmente, é professor de Regência
Coral na UFPE e integrante do “Tapioca de Shark” - Trio de violões. Suas obras podem ser
vistas e ouvidas no site http://sergiodeslandes.art/

TALLYRAND MOREIRA JORCELINO

Brasiliense. Aluno do curso técnico em Documentação Musical na Escola de Música de Brasília


(EMB). Graduando em Administração, Biólogo e Engenheiro Agrônomo pela Universidade de
Brasília (UnB). Especialista em Práticas Musicais em Contextos Educacionais pela UnB, e em
Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância pela Universidade Federal
Fluminense (UFF). Mestre em Defesa Sanitária Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa
(UFV).

TÚLIO AUGUSTO SILVA SANTOS

Túlio Augusto S. Santos (1983) é graduado em Composição e Regência pela Universidade


Federal da Bahia (Brasil), mestre em Composição Musical, mestre em Ensino de Música
(Análise e Técnicas de Composição) e doutorando em Composição pela Universidade de
Aveiro. É professor no Collegium Musicum Conservatório de Música de Seia, Escola
Profissional da Serra da Estrela e Conservatório Regional de Castelo Branco, onde também é
coordenador dos Cursos Livres de Jazz. Estudou com Paulo Costa Lima, Fernando Burgos,
Wellington Gomes, Agnaldo Ribeiro e Sara Carvalho. Participa ativamente nos âmbitos da
música erudita e popular, tendo atuado em diversos projetos no Brasil, Portugal, Suécia,
Holanda, Bélgica, Inglaterra, Israel, França, Espanha, Dinamarca, Qatar e Itália. Teve seu
trabalho apresentado por formações diversas. Como performer, tem apresentado seu trabalho
autoral sobretudo no âmbito do jazz e em diversas formações que vão desde trio, quarteto,
ensemble misto, música eletrônica e orquestra sinfônica.

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VIVIANE MOTA RAMOS

Soprano, natural de Serrinha-Bahia, é graduada em Pedagogia pela UNEB e em Canto Lírico


pela UFBA, especialista em Metodologia do Ensino de Língua Inglesa (Uninter) e em
Musicoterapia (Faculdade Hélio Rocha) e pós-graduanda em Neuropsicologia (Uniasselvi). Foi
aluna dos Seminários Internacionais de Música da UFBA e do Seminário de Música do
CUCA/UEFS. Atua, desde 2009, como regente do Coral 30 de Junho, em Serrinha. Em 2011,
participou do projeto Vozes do Brasil como representante de sua cidade natal. Participou de
formação para regentes do programa NEOJIBA e atuou como cantora no seu coro sinfônico.
Integrou a ALBA (Associação Lírica da Bahia) e o coro Barroco da Bahia. É responsável pela
preparação vocal de diversos corais do interior da Bahia. Desde 2012, atua como
musicoterapeuta no CAPENE (Centro de Apoio pedagógico para pessoas com necessidades
especiais) em Serrinha-BA.

VLADIMIR ALEXANDRO PEREIRA SILVA


Vladimir Silva, doutor em Música pela Louisiana State University (EUA), tem atuado como
regente, solista e conferencista na Argentina, França, Itália, Áustria, Alemanha, Portugal,
Espanha, Colômbia e Estados Unidos. Como professor convidado, lecionou em diversas
universidades brasileiras e no exterior, nos Paineis FUNARTE de Regência Coral e nos
Festivais de Música de Goiás e Londrina. Como compositor, tem peças publicadas pela
FUNARTE e Gentry Publications/Hal Leonard (EUA). Estreou obras de importantes
compositores, destacando-se Eli-Eri Moura, Reginaldo Carvalho e Danilo Guanais. Seus
artigos estão publicados no Choral Journal, Per Musi, Musica Hodie, ICTUS, Opus e European
Review of Academic Studies. Foi membro do Conselho de Cultura da Paraíba (2011-2013).
Atualmente, é professor nos cursos de graduação (UFCG) e pós-graduação (Mestrado em
Música UFPB), Diretor Artístico do Festival Internacional de Música de Campina Grande,
regente do Coro de Câmara de Campina Grande e presidente da Associação Brasileira de
Regentes de Coros - ABRACO.

WDEMBERG PEREIRA DA SILVA

Wdemberg Silva nasceu em Prata do Piauí-PI, em 1982. É mestre em Música (EMAC/UFG -


2019), bacharel em Regência (EMAC/UFG - 2016) e licenciado em Geografia (UESPI - 2006).
É regente do coral das Oficinas de Música e professor de Regência e Canto Lírico (EMAC/UFG
- Extensão). É cantor do Coro Sinfônico de Goiânia (Barítono). É membro da Comissão
Organizadora do Simpósio Internacional de Musicologia (EMAC-
UFG/Caravelas/CESEM/FHSC/UNL). Realiza pesquisas nas Áreas de Regência, Canto e
Educação Musical. Artigos publicados: A inteligência interpessoal em conjuntos musicais
(XVII SEMPEM/FLADEM, 2017) e A inter-relação entre a regência e a educação musical

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(XVI SEMPEM, 2016). Foi integrante dos Corais Madrigal da UFPI, Coro Masculino da UFPI
e Coro de Música Antiga da EMAC/UFG. Atuou, como regente auxiliar, no Coro de Câmara
da EMAC/UFG. Foi Regente convidado na Orquestra de Violões da EMAC/UFG e Educador
Musical na Rede Estadual de Goiás.

WELLYDDNA PAULA SANTOS PONTES

Wellyddna Paula Santos Pontes cursa Licenciatura em Música pela UFCG, com habilitação em
violoncelo. Atua como professora de musicalização infantil e de violoncelo e desempenha
atividades como cantora e violoncelista. Como performer, ganhou o primeiro lugar como
cantora na categoria Júri Popular do Festival Dom Música (2016). Participou, nos anos de 2018
e 2019, da Residência Pedagógica da UFCG, Subprojeto Arte/Música. Atualmente, tem
desenvolvido pesquisa sobre o ensino do violoncelo, especificamente sobre o acompanhamento
de música popular neste instrumento.

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