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Chimoio
Novembro, 2023
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
Faculdade de Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais
Métodos de investigação Científica, 2º Ano, 2º Semestre
II
5. ORÇAMENTO ................................................................................................... 13
III
1. CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1.ENQUADRAMENTO
O tema errosão do solo se refere ao processo de desgaste e remoção do solo pela ação
da água, do vento, da gravidade ou de atividades humanas. A errosão do solo pode causar
diversos problemas ambientais e socioeconômicos, como a perda de fertilidade, a redução da
biodiversidade, a poluição das águas, o assoreamento dos rios, a desertificação, a diminuição
da produção agrícola, entre outros.
O bairro 16 de Junho é um dos bairros da cidade de Chimoio, capital da província de
Manica, em Moçambique. Esse bairro é caracterizado pela ocupação irregular do solo,
principalmente nas zonas de proteção parcial, como as faixas de ferrovias, as faixas de curso
hídrico e as faixas de condutores aéreos de eletricidade. Essas áreas são consideradas
inadequadas para a habitação humana, pois apresentam riscos ambientais e sanitários, além de
dificultar o acesso aos equipamentos e serviços urbanos.
Um possível método para estudar a errosão do solo no bairro 16 de Junho é a observação
assistida. Esse método consiste em realizar visitas ao local de estudo, acompanhado por um
guia ou informante que conheça bem a realidade local. O objetivo é observar e registrar os
aspectos físicos, sociais e culturais do bairro, bem como as percepções e demandas dos
moradores. O método também permite interagir com os moradores e coletar dados qualitativos
através de entrevistas, questionários ou grupos focais.
1.2.JUSTIFICATIVA
O risco à erosão dos solos, varia na razão direta da expansão urbana e aumento da
densidade populacional e o desconhecimento da dimensão real dos problemas causados pela
erosão não tem permitido compreender a gravidade do problema. Além disso, existe a ausência
de mecanismos para a identificação de soluções apropriadas e há falta de definição clara das
acções concretas e das responsabilidades para os diferentes actores que devem agir para fazer
face ao problema de erosão no país. Estes factores motivaram a preparação do presente projecto
de pesquisa que visa: identificar as principais causas da erosão de solo no bairro 16 de junho
no município de Chimoio e as respectivas propostas de acção para a solução do mesmo.
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1.3.PROBLEMATIZAÇÃO
De acordo com Gomes (1997) , a crescente pressão em termos de alterações no uso dos
solos associada à ocupação urbana, turística e industrial, o aumento acentuado das
acessibilidades e a sobre-exploração dos recursos minerais, provocam um conjunto de
problemas de origem antrópica, na maioria dos casos com efeitos irreversíveis, ou cuja
reversibilidade é condicionada a outras intervenções, por vezes mais dispendiosas e mesmo
assim insuficientes para restabelecer o equilíbrio natural inicial das áreas afectadas. Estas
alterações traduzem-se na deterioração da qualidade ambiental, do solo e do ar, da água e dos
sedimentos, na alteração e degradação dos habitats naturais, na alteração da morfologia e da
dinâmica dos solos, na erosão, na degradação e descaracterização paisagística, na crescente
exposição das populações e bens a riscos naturais e induzidos (tempestades, acidentes,
desabamentos de encostas) a que se associa uma situação continua de conflitualidade, onde
intervenções necessárias para o sustento da estrutura sócio-económica das populações
introduzem efeitos ambientais adversos nos locais de interesses sociais ou habitacionais. Por
conta disso, a autora tendo frequentada algumas disciplinas relacionadas com esse fenómeno,
constatou que o processo de degradação do solo pela erosão é uma realidade no bairro 16 de
junho o que criou muita preocupação para a autora deste trabalho.
Portanto, com estas declarações segue-se a seguinte pergunta de partida: Que cuidados
devem ser adoptados para evitar a erosão e o desgaste do solo no bairro 16 de junho,
município de Chimoio?
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1.4. OBJECTIVOS DA PESQUISA
1.5. HIPÓTESES
HI: A erosão no bairro 16 de junho é originado pelo declive acentuado dos terrenos.
H3: A crescente pressão em termos de alterações no uso dos solos associada à ocupação
urbana no bairro 16 de junho não estão na origem da erosão de solo.
Para atingir o objectivo principal deste trabalho, serão necessários estudos, divididos em
capítulos
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2. CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. EROSÃO
Existem dois tipos de erosão de solos: i) a erosão geológica ou natural e ii) a erosão
acelerada (FERRÃO, 1992). A erosão natural é causa por processos geológicos naturais e em
condições ambientais naturais do clima, vegetação e sem intervenção humana. A erosão
acelerada é muito mais rápida do que a erosão natural é uma consequência direta das atividades
humanas mal planificadas no ambiente.
a) Hídrica, quando o principal agente é a água: À erosão hídrica inclui nesta categoria
de processos como erosão por gotas da chuva (splash), erosão laminar (sheet), erosão
em sulcos (rill), erosão ravinar ou voçoroca (gull), e deslocamento e escorregamento de
massa de solos, movimentos de lama, entre outras;
b) Eólica, quando o principal agente é o vento: inclui ambos os processos de remoção,
transporte e deposição de partículas dos solos pela acção do vento e os processos
abrasivos dos movimentos das partículas na medida em que são transportados.
De acordo com Marques (1992), Bertoni e Lombardi Neto (2012), as classificações dos
diferentes tipos de erosão são baseadas na natureza das marcas deixadas na superfície do solo.
Dentro deste contexto, podem-se distinguir os seguintes tipos de erosão hídrica:
Os danos causados pelas gotas das chuvas que impactam o solo a altas velocidades
constituem o primeiro passo para a erosão dos solos. As gotas quebram os grânulos e torrões
dos solos, transformando-as em pequenas partículas, reduzindo a capacidade de infiltração dos
solos. Em áreas muito declivosas, durante uma chuva intensa, a força de uma grande quantidade
de gotas de chuva batendo no solo de um campo de cultivo, resulta num apreciável movimento
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do solo. Assim, os efeitos deste tipo de erosão em solos não protegidos são consideráveis e
reduzem a capacidade de infiltração dos solos aumentando o escoamento superficial
(DUARTE, 1992; BERTONI; LOMBARDI NETO, 2012).
Sulco é um corte pouco profundo no solo, que surge com a concentração da água em
locais específicos com a formação de canais (sulcos) (CARVALHO; DINIZ, 2011). Esse tipo
de erosão resulta de pequenas irregularidades de declive do terreno, fazendo com que as
enxurradas se concentrem em alguns pontos específicos, atinja volume e velocidade suficiente
para formar riscos mais ou menos profundos. Na fase inicial, os sulcos podem ser desfeitos com
operações normais de preparação dos solos e, por isso, a erosão em sulcos, muitas vezes, é
encarada como erosão laminar (KOHNKE; FRANZMEIER, 1995), mas, numa fase avançada,
os sulcos impedem o trabalho das máquinas agrícolas. Não existe uma definição muito clara
para o limite entre a erosão laminar e a erosão em sulcos. Embora a erosão em sulcos seja mais
perceptível que a erosão laminar, muitas vezes despercebida, embora crie incisões mais ou
menos profundas na superfície do solo (LEPSCH et al., 1991)
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segundo a literatura, pode atingir centenas de metros de comprimento e centenas de metros de
profundidade (BERTONI; LOMBARDI NETO, 2012). Este tipo de erosão surge devido à
conjugação de fatores como quedas de água e escorregamentos e movimento de massas de solo.
Erosão em Voçoroca é a última fase da erosão linear, mas, nesse estágio, com a
participação ativa da água subterrânea (CARVALHO; DINIZ, 2011). Conforme Mauro (1989),
e Carvalho e Diniz (2011), significa “terra rasgada” ou “rasgão no solo” ou ainda “coisa
rasgada”. O que a distingue de outras formas de erosão é a existência de sulcos profundos e
alongados de escoamento, concentrados e superficial, da água pluvial. Geralmente, apresenta
um leque aluvial na sua parte terminal, como consequência da deposição dos sedimentos
removidos e transportados nas partes mais altas da vertente. Paralelamente a estas
características, Mauro (1989) considera, também, como característica das voçorocas, o
afloramento do lençol freático com um comprimento que ultrapassa 1 km, e profundidade de
10 ma 20 m.
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bairro 16 de junho no município de Chimoio e o estudo será de Analisar a erosão do solo. E não
só, como também irá se recorrer ao uso da à pesquisa bibliográfica.
3.2. MATERIAIS
• Bloco de nota;
• Esferográfica;
• Telefone com câmera;
• Folha A4.
A pesquisa será realizada no bairro 16 de junho com os seguintes limites: Norte- Circulo
Mudzingadazi, Sul — Centro da Cidade de Chimoio, Este- Bairro Josina Machel e a Oeste 7
de setembro, através do riacho matadouro, com uma população de 13 464 habitantes segundo
o senso 2017, localizado no município de Chimoio, Provincia de Manica.
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Figura 1: Localização da área de estudo
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4. RESULTADOS ESPERADOS
Com base na pesquisa realizada, espera-se que sejam identificados os principais tipos de
erosão que ocorrem no município de Chimoio, mais especificamente no bairro 16 de junho, e
que sejam delineadas as respectivas medidas mitigativas para combater ou prevenir a ocorrência
desse fenômeno. A erosão é um problema ambiental que afeta significativamente a qualidade
de vida dos habitantes deste bairro e que exige atenção imediata.
Espera-se que os resultados desta pesquisa forneçam um guia abrangente para enfrentar
o problema da erosão no bairro 16 de junho, contribuindo assim para melhorar a qualidade de
vida dos residentes e preservar o meio ambiente local.
5. ORÇAMENTO
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6. RELATÓRIO E RECOMENDAÇÕES
A partir das análises feitas, concluímos que a área em estudo apresenta dois tipos de erosão
do solo causados pela água, que são a erosão em sulcos e a erosão do tipo voçoroca. Esses tipos
de erosão podem trazer prejuízos para a agricultura, a pecuária, a qualidade da água e a
conservação ambiental. Portanto, é necessário adotar medidas de prevenção e recuperação do
solo, que levem em conta as características físicas, químicas e biológicas do solo, bem como as
condições climáticas e socioeconômicas da região.
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impulsionando a velocidade do fluxo de água e, consequentemente, a quantidade de solo que é
transportada.
Além disso, o cenário ajuda a estabilizar o solo, impedindo que ele seja erodido pela acção
da água. As raízes das plantas funcionam como uma âncora, mantendo o solo no lugar e, ao
mesmo tempo, melhorando sua estrutura. Assim, a implementação de práticas de conservação
da vegetação nas encostas e áreas propensas à erosão em sulcos é uma estratégia fundamental
para mitigar os impactos adversos desse processo.
A figura 3 do anexo, mostra outro tipo de erosão do solo, chamado de erosão Voçoroca.
Entretanto, há regiões onde a probabilidade dessa erosão aparecer é maior. Só para ilustrar,
lugares de alta declividade, áreas das quais a superfície do solo foi degradada por concentração
de enxurradas ou por reflexo do escoamento da água.
Sendo assim, elas pedem maior atenção, o que significa medidas preventivas a fim de diminuir
ou mesmo conter o surgimento de voçorocas. São algumas delas:
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERTONI, LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. 8º ed. São Paulo; Ícone Editora,
2012. 355 p.
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Figura 3 e 4: Erosão Voçoroca na área em estudo
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