Você está na página 1de 19

UNIVERSIDADE ZAMBEZE

Faculdade de Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais


Métodos de investigação Científica, 2º Ano, 2º Semestre

Licenciatura em Engenharia de Agrícola Ambiental

Erosão e o desgaste do solo, caso de estudo: Bairro 16 de junho, município de Chimoio

Alene Luciano Francisco Manuel


Eunice Firmino Nguarai
Kelvin Moisés Niquisse
Simão Luís Bulande
Misheila Da Júlia Marques

Chimoio
Novembro, 2023
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
Faculdade de Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais
Métodos de investigação Científica, 2º Ano, 2º Semestre

Licenciatura em Engenharia de Agrícola Ambiental

Erosão e o desgaste do solo, caso de estudo: Bairro 16 de junho, município de Chimoio

Trabalho em grupo apresentado no


Departamento de Engenharia de
Agrícola Ambiental para
cumprimento parcial dos requisitos
da disciplina de Métodos de
investigação Científica, realizado
sob a orientação científica do
docente: Marques Massocha

Chimoio Novembro, 2023


Índice
1. CAPíTULO I: INTRODUÇÃO ............................................................................ 4

1.1. Enquadramento ................................................................................................. 4

1.2. Justificativa ....................................................................................................... 4

1.3. Problematização ................................................................................................ 5

1.4. Objectivos da pesquisa...................................................................................... 6

1.4.1. Objectivo geral: .......................................................................................... 6

1.4.2. Objectivos específicos................................................................................ 6

1.5. Hipóteses ........................................................................................................... 6

1.6. Estrutura do Trabalho ....................................................................................... 6

2. CAPíTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................... 7

2.1. Erosão ............................................................................................................... 7

2.1.1. Tipos de Erosão .......................................................................................... 7

2.1.2. Erosão por impactos das gotas da chuva .................................................... 7

2.1.3. Erosão laminar ........................................................................................... 8

2.1.4. Erosão em sulcos ........................................................................................ 8

2.1.5. Erosão ravinar ............................................................................................ 8

2.1.6. Erosão em Voçoroca .................................................................................. 9

3. CAPíTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................. 9

3.1. Procedimentos técnicos..................................................................................... 9

3.2. Materiais ......................................................................................................... 10

3.3. Descrição da área do estudo ............................................................................ 10

3.3.1. Localização da área em estudo................................................................. 10

3.3.2. Clima e Hidrografia ................................................................................. 11

3.3.3. Topografia e Solos ................................................................................... 11

4. RESULTADOS ESPERADOS .......................................................................... 13

II
5. ORÇAMENTO ................................................................................................... 13

6. RELATÓRIO E RECOMENDAÇÕES ............................................................. 14

7. Referências Bibliográficas .................................................................................. 16

III
1. CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.1.ENQUADRAMENTO

O tema errosão do solo se refere ao processo de desgaste e remoção do solo pela ação
da água, do vento, da gravidade ou de atividades humanas. A errosão do solo pode causar
diversos problemas ambientais e socioeconômicos, como a perda de fertilidade, a redução da
biodiversidade, a poluição das águas, o assoreamento dos rios, a desertificação, a diminuição
da produção agrícola, entre outros.
O bairro 16 de Junho é um dos bairros da cidade de Chimoio, capital da província de
Manica, em Moçambique. Esse bairro é caracterizado pela ocupação irregular do solo,
principalmente nas zonas de proteção parcial, como as faixas de ferrovias, as faixas de curso
hídrico e as faixas de condutores aéreos de eletricidade. Essas áreas são consideradas
inadequadas para a habitação humana, pois apresentam riscos ambientais e sanitários, além de
dificultar o acesso aos equipamentos e serviços urbanos.
Um possível método para estudar a errosão do solo no bairro 16 de Junho é a observação
assistida. Esse método consiste em realizar visitas ao local de estudo, acompanhado por um
guia ou informante que conheça bem a realidade local. O objetivo é observar e registrar os
aspectos físicos, sociais e culturais do bairro, bem como as percepções e demandas dos
moradores. O método também permite interagir com os moradores e coletar dados qualitativos
através de entrevistas, questionários ou grupos focais.

1.2.JUSTIFICATIVA

O risco à erosão dos solos, varia na razão direta da expansão urbana e aumento da
densidade populacional e o desconhecimento da dimensão real dos problemas causados pela
erosão não tem permitido compreender a gravidade do problema. Além disso, existe a ausência
de mecanismos para a identificação de soluções apropriadas e há falta de definição clara das
acções concretas e das responsabilidades para os diferentes actores que devem agir para fazer
face ao problema de erosão no país. Estes factores motivaram a preparação do presente projecto
de pesquisa que visa: identificar as principais causas da erosão de solo no bairro 16 de junho
no município de Chimoio e as respectivas propostas de acção para a solução do mesmo.

4
1.3.PROBLEMATIZAÇÃO

De acordo com Gomes (1997) , a crescente pressão em termos de alterações no uso dos
solos associada à ocupação urbana, turística e industrial, o aumento acentuado das
acessibilidades e a sobre-exploração dos recursos minerais, provocam um conjunto de
problemas de origem antrópica, na maioria dos casos com efeitos irreversíveis, ou cuja
reversibilidade é condicionada a outras intervenções, por vezes mais dispendiosas e mesmo
assim insuficientes para restabelecer o equilíbrio natural inicial das áreas afectadas. Estas
alterações traduzem-se na deterioração da qualidade ambiental, do solo e do ar, da água e dos
sedimentos, na alteração e degradação dos habitats naturais, na alteração da morfologia e da
dinâmica dos solos, na erosão, na degradação e descaracterização paisagística, na crescente
exposição das populações e bens a riscos naturais e induzidos (tempestades, acidentes,
desabamentos de encostas) a que se associa uma situação continua de conflitualidade, onde
intervenções necessárias para o sustento da estrutura sócio-económica das populações
introduzem efeitos ambientais adversos nos locais de interesses sociais ou habitacionais. Por
conta disso, a autora tendo frequentada algumas disciplinas relacionadas com esse fenómeno,
constatou que o processo de degradação do solo pela erosão é uma realidade no bairro 16 de
junho o que criou muita preocupação para a autora deste trabalho.

Portanto, com estas declarações segue-se a seguinte pergunta de partida: Que cuidados
devem ser adoptados para evitar a erosão e o desgaste do solo no bairro 16 de junho,
município de Chimoio?

5
1.4. OBJECTIVOS DA PESQUISA

1.4.1. Objectivo geral:

➢ Analisar a erosão do solo no bairro 16 de junho, município de Chimoio.

1.4.2. Objectivos específicos

➢ Identificar as principais causas da erosão dos solos no bairro 16 de junho;


➢ Descrever o(s) tipo(s) de erosão identificado no bairro 16 de junho;
➢ Propor medidas de mitigação desta problemática.

1.5. HIPÓTESES

HI: A erosão no bairro 16 de junho é originado pelo declive acentuado dos terrenos.

H2: Os residentes do bairro 16 de junho não se preocupa com técnicas de


conservação/protecção do solo.

H3: A crescente pressão em termos de alterações no uso dos solos associada à ocupação
urbana no bairro 16 de junho não estão na origem da erosão de solo.

1.6. ESTRUTURA DO TRABALHO

Para atingir o objectivo principal deste trabalho, serão necessários estudos, divididos em
capítulos

Capítulo I – Introdução: este capítulo vai apresentar a contextualização da pesquisa, a


justificativa, o problema de partida, as hipóteses e os objectivos da realização do trabalho.
Capítulo II – Revisão Bibliográfica: neste capítulo é apresentada a fundamentação
teórica, referente ao tema abordado.

Capítulo III – Procedimentos metodológicos: Estarão descritos neste capítulo os materiais


e os métodos utilizados durante a pesquisa, bem como as normas que preconizam os procedimentos
de realização do trabalho.

Capítulo IV – Resultados Esperados: Neste capítulo, são apresentados os resultados


esperados depois das análises feitas sobre a erosão do solo, no bairro 16 de Junho.

6
2. CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. EROSÃO

A erosão é o processo de separação, remoção, transporte e deposição de partículas de


solo causado pela influência do sol, chuva, vento, água e pode ser acelerado pela actividade do
Homem (actividade antrópica).

2.1.1. Tipos de Erosão

Existem dois tipos de erosão de solos: i) a erosão geológica ou natural e ii) a erosão
acelerada (FERRÃO, 1992). A erosão natural é causa por processos geológicos naturais e em
condições ambientais naturais do clima, vegetação e sem intervenção humana. A erosão
acelerada é muito mais rápida do que a erosão natural é uma consequência direta das atividades
humanas mal planificadas no ambiente.

De acordo com Guerra e Marçal (2014), os processos erosivos acelerados causam


prejuízos ao ambiente e à sociedade, tanto no local onde ocorre o processo, como nas áreas de
sedimentação dos materiais erodidos. A erosão dos solos pode ser:

a) Hídrica, quando o principal agente é a água: À erosão hídrica inclui nesta categoria
de processos como erosão por gotas da chuva (splash), erosão laminar (sheet), erosão
em sulcos (rill), erosão ravinar ou voçoroca (gull), e deslocamento e escorregamento de
massa de solos, movimentos de lama, entre outras;
b) Eólica, quando o principal agente é o vento: inclui ambos os processos de remoção,
transporte e deposição de partículas dos solos pela acção do vento e os processos
abrasivos dos movimentos das partículas na medida em que são transportados.

De acordo com Marques (1992), Bertoni e Lombardi Neto (2012), as classificações dos
diferentes tipos de erosão são baseadas na natureza das marcas deixadas na superfície do solo.
Dentro deste contexto, podem-se distinguir os seguintes tipos de erosão hídrica:

2.1.2. Erosão por impactos das gotas da chuva

Os danos causados pelas gotas das chuvas que impactam o solo a altas velocidades
constituem o primeiro passo para a erosão dos solos. As gotas quebram os grânulos e torrões
dos solos, transformando-as em pequenas partículas, reduzindo a capacidade de infiltração dos
solos. Em áreas muito declivosas, durante uma chuva intensa, a força de uma grande quantidade
de gotas de chuva batendo no solo de um campo de cultivo, resulta num apreciável movimento

7
do solo. Assim, os efeitos deste tipo de erosão em solos não protegidos são consideráveis e
reduzem a capacidade de infiltração dos solos aumentando o escoamento superficial
(DUARTE, 1992; BERTONI; LOMBARDI NETO, 2012).

2.1.3. Erosão laminar

A erosão laminar é a forma de erosão que ocorre de maneira suave e aparentemente


uniforme em toda superfície do terreno pela ação das enxurradas não concentradas
(CARVALHO & DINIZ, 2011). O movimento da camada delegada do solo sobre toda uma
área chama-se erosão laminar. Este tipo de erosão remove as partículas do solo, a matéria
orgânica e os nutrientes solúveis, o que cria sérios problemas para a manutenção da fertilidade
e produtividade dos solos (PRUSKI, 2013). Esta forma de erosão dificilmente é perceptível. A
erosão laminar, embora seja um dos mais comuns processos erosivos do solo, ele é muito difícil
de ser identificada e avaliada nas condições gerais dos solos tropicais, em razão da pequena
diferença morfológica entre os horizontes do perfil vertical dos solos tropicais.

2.1.4. Erosão em sulcos

Sulco é um corte pouco profundo no solo, que surge com a concentração da água em
locais específicos com a formação de canais (sulcos) (CARVALHO; DINIZ, 2011). Esse tipo
de erosão resulta de pequenas irregularidades de declive do terreno, fazendo com que as
enxurradas se concentrem em alguns pontos específicos, atinja volume e velocidade suficiente
para formar riscos mais ou menos profundos. Na fase inicial, os sulcos podem ser desfeitos com
operações normais de preparação dos solos e, por isso, a erosão em sulcos, muitas vezes, é
encarada como erosão laminar (KOHNKE; FRANZMEIER, 1995), mas, numa fase avançada,
os sulcos impedem o trabalho das máquinas agrícolas. Não existe uma definição muito clara
para o limite entre a erosão laminar e a erosão em sulcos. Embora a erosão em sulcos seja mais
perceptível que a erosão laminar, muitas vezes despercebida, embora crie incisões mais ou
menos profundas na superfície do solo (LEPSCH et al., 1991)

2.1.5. Erosão ravinar

Erosão ravinar é o aprofundamento dos sulcos, podendo atingir vários metros de


profundidade e de comprimento (CARVALHO; DINIZ, 2011). Este tipo de erosão ocorre
quando grande concentração de enxurradas passa pelo mesmo sulco, causando a ampliação do
mesmo, pelo aumento de deslocamento de grande quantidade de massas de solo, formando uma
grande cavidade em extensão e profundidade. Este grande sulco passa a se chamar voçoroca e

8
segundo a literatura, pode atingir centenas de metros de comprimento e centenas de metros de
profundidade (BERTONI; LOMBARDI NETO, 2012). Este tipo de erosão surge devido à
conjugação de fatores como quedas de água e escorregamentos e movimento de massas de solo.

2.1.6. Erosão em Voçoroca

Erosão em Voçoroca é a última fase da erosão linear, mas, nesse estágio, com a
participação ativa da água subterrânea (CARVALHO; DINIZ, 2011). Conforme Mauro (1989),
e Carvalho e Diniz (2011), significa “terra rasgada” ou “rasgão no solo” ou ainda “coisa
rasgada”. O que a distingue de outras formas de erosão é a existência de sulcos profundos e
alongados de escoamento, concentrados e superficial, da água pluvial. Geralmente, apresenta
um leque aluvial na sua parte terminal, como consequência da deposição dos sedimentos
removidos e transportados nas partes mais altas da vertente. Paralelamente a estas
características, Mauro (1989) considera, também, como característica das voçorocas, o
afloramento do lençol freático com um comprimento que ultrapassa 1 km, e profundidade de
10 ma 20 m.

3. CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para a consolidação do presente projecto científico, foi necessário que os autores


determinassem e clarificassem dentro das diversas metodologias, a que possa facilitar na colecta
de informação, na aquisição, colecta, análise e interpretação de dados. Pelas características do
presente trabalho, enquadra-se na abordagem o possível método para estudar a errosão do solo
no bairro 16 de Junho a observação assistida. Esse método consiste em realizar visitas ao local
de estudo, acompanhado por um guia ou informante que conheça bem a realidade local. O
objectivo é observar e registrar os aspectos físicos e sociais do bairro, bem como as percepções
e demandas dos moradores. O método também permite interagir com os moradores e coletar
dados qualitativos através de entrevistas, questionários ou grupos focais.

3.1. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS

Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa envolve o procedimento de Estudo de


caso e com está técnica a pesquisa irá se estudar caso específico que será a erosão de solo no

9
bairro 16 de junho no município de Chimoio e o estudo será de Analisar a erosão do solo. E não
só, como também irá se recorrer ao uso da à pesquisa bibliográfica.

3.2. MATERIAIS

Para realização deste projecto serão necessários os seguintes materiais:

• Bloco de nota;
• Esferográfica;
• Telefone com câmera;
• Folha A4.

3.3. DESCRIÇÃO DA ÁREA DO ESTUDO

3.3.1. Localização da área em estudo

A pesquisa será realizada no bairro 16 de junho com os seguintes limites: Norte- Circulo
Mudzingadazi, Sul — Centro da Cidade de Chimoio, Este- Bairro Josina Machel e a Oeste 7
de setembro, através do riacho matadouro, com uma população de 13 464 habitantes segundo
o senso 2017, localizado no município de Chimoio, Provincia de Manica.

10
Figura 1: Localização da área de estudo

Fonte: Adaptado pelo autor

3.3.2. Clima e Hidrografia

O clima é quente e temperado em Chimoio. No inverno existe muito meno pluviosidade


que no verão. O clima é classificado como Cwa de acordo com a Kóppen e Geiger. 21.3 ºC é a
temperatura média. A média anual de pluviosidade é de 949 mm.

3.3.3. Topografia e Solos

Geologicamente o Distrito de Chimoio está situado na zona sub-continental cuja


formação paisagística é determinada pela tectónica, consistindo de duas principais unidades. A
primeira representada pelos depósitos de Gneisse do Soco Cristalino do Precâmbrico, onde é
possível distinguir três principais unidades de terreno, nomeadamente:

❖ A zona planáltica, com altitudes de 500 a 700 m, moderadamente dissecado, de vales


de erosão largos (10-50 m de profundidade), e inselbergs isolados;
❖ A zona de transição com altitudes variando entre 200-500 m, fortemente dissecado,
vales incisivos, estreitos e profundos (20-100 m), e;
11
❖ A zona de planície, com 200-300 m de altitude, moderadamente dissecado e de vales de
erosão muito largos, atravessados nas partes interior e central das depressões por rios
incisos.

A segunda unidade geológica é representada pela planície aluvionar de depósitos


aluvionares do rio Révuê, do Quaternário, na parte Sudeste, com altitudes inferiores a 200 m.

Quanto às características dos solos, o distrito apresenta a seguinte distribuição:

❖ As partes planas e os declives superiores do planalto e da zona de transição são


caracterizados pela ausência de cascalho e pedras, profundos, avermelhados, de textura
(franco)-argilo-arenosa;
❖ Os declives médios e inferiores são pouco profundos com a presença de cascalho e
pedras á superfície, assim como de afloramentos rochosos. A cor do subsolo muda em
função da classe de drenagem, apresentando as fases melhor drenadas cores
avermelhadas, moderadamente drenados de cor amarela, e aquelas imperfeitamente
drenadas de cores acinzentadas;
❖ As baixas depressões são caracterizadas por uma alternância de camadas de areia grossa
e camadas de textura franca húmica de cores escuras;
❖ As partes altas da planície de 200-300 m têm solos franco-arenosos castanhos ou solos
arenosos de cores amareladas;
❖ A Planície Aluvionar dos depósitos do rio Révuê, tem solos de textura franco-argilo-
limosa, de cores acinzentadas escuras.

12
4. RESULTADOS ESPERADOS

Com base na pesquisa realizada, espera-se que sejam identificados os principais tipos de
erosão que ocorrem no município de Chimoio, mais especificamente no bairro 16 de junho, e
que sejam delineadas as respectivas medidas mitigativas para combater ou prevenir a ocorrência
desse fenômeno. A erosão é um problema ambiental que afeta significativamente a qualidade
de vida dos habitantes deste bairro e que exige atenção imediata.

Uma vez identificados os tipos de erosão predominantes, a pesquisa se concentrará em


desenvolver medidas mitigativas eficazes. Isso pode incluir a implementação de técnicas de
engenharia civil, como a construção de estruturas de contenção de solo, a vegetação de áreas
críticas para estabilização do solo, a gestão sustentável da água da chuva e a conscientização da
comunidade sobre práticas de conservação do solo.

Espera-se que os resultados desta pesquisa forneçam um guia abrangente para enfrentar
o problema da erosão no bairro 16 de junho, contribuindo assim para melhorar a qualidade de
vida dos residentes e preservar o meio ambiente local.

5. ORÇAMENTO

Material Quantidade Preço Unitário Total Unidade


Transporte 20 15 300
Lanche 5 100 500
Bloco de nota 5 40 200
Caneta 5 10 50 Metical
Celular 1 10000 10000
Subtotal 11050
Imprevistos (10%) 1105
Total 12155

13
6. RELATÓRIO E RECOMENDAÇÕES

A erosão do solo é um processo de degradação que afeta a qualidade e a produtividade das


terras, além de causar impactos ambientais e sociais. Existem diferentes tipos de erosão do solo,
que podem ser classificados de acordo com os agentes erosivos, como a água, o vento, o gelo
ou a gravidade. Neste trabalho, apresentamos os resultados de um estudo sobre dois tipos de
erosão do solo causados pela água em no bairo 16 de junho na cidade de Chimoio.

A figura 2 do anexo, ilustra uma erosão do solo, especificamente a erosão em sulcos. A


erosão em sulcos ocorre quando a água escorre por uma encosta e forma pequenos canais no
solo. Para prevenir a erosão em sulcos, é importante manter uma cobertura vegetal saudável,
como grama ou arbustos, para diminuir o fluxo da água e reduzir a quantidade de solo que é
levada. A erosão em sulcos pode evoluir para formas mais severas de erosão, como as ravinas
ou as voçorocas, que são grandes crateras que comprometem a estrutura do solo e a
biodiversidade local.

A partir das análises feitas, concluímos que a área em estudo apresenta dois tipos de erosão
do solo causados pela água, que são a erosão em sulcos e a erosão do tipo voçoroca. Esses tipos
de erosão podem trazer prejuízos para a agricultura, a pecuária, a qualidade da água e a
conservação ambiental. Portanto, é necessário adotar medidas de prevenção e recuperação do
solo, que levem em conta as características físicas, químicas e biológicas do solo, bem como as
condições climáticas e socioeconômicas da região.

A figura 2, apresenta um claro exemplo de erosão do solo, destacando, de modo específico,


o conhecido como erosão em sulcos. A erosão em sulcos é um processo que se desencadeia
quando a água, proveniente de chuvas ou de outras fontes, percorre uma encosta e,
gradualmente, começa a esculpir pequenos canais no solo. Esses sulcos, muitas vezes visíveis
nas paisagens afetadas, representam um problema ambiental importante, com consequências
negativas para a terra e os ecossistemas.

A prevenção da erosão em sulcos é de extrema importância para a conservação do solo e da


saúde do ambiente circundante. Uma das estratégias mais eficazes para combater esse tipo de
erosão é manter uma cobertura vegetal saudável. Isso pode ser alcançado através do cultivo de
gramados, arbustos ou árvores, dependendo do contexto. A presença de vegetação desempenha
um papel fundamental na redução da erosão, uma vez que ela atua como uma barreira natural,

14
impulsionando a velocidade do fluxo de água e, consequentemente, a quantidade de solo que é
transportada.

Além disso, o cenário ajuda a estabilizar o solo, impedindo que ele seja erodido pela acção
da água. As raízes das plantas funcionam como uma âncora, mantendo o solo no lugar e, ao
mesmo tempo, melhorando sua estrutura. Assim, a implementação de práticas de conservação
da vegetação nas encostas e áreas propensas à erosão em sulcos é uma estratégia fundamental
para mitigar os impactos adversos desse processo.

A figura 3 do anexo, mostra outro tipo de erosão do solo, chamado de erosão Voçoroca.
Entretanto, há regiões onde a probabilidade dessa erosão aparecer é maior. Só para ilustrar,
lugares de alta declividade, áreas das quais a superfície do solo foi degradada por concentração
de enxurradas ou por reflexo do escoamento da água.

Sendo assim, elas pedem maior atenção, o que significa medidas preventivas a fim de diminuir
ou mesmo conter o surgimento de voçorocas. São algumas delas:

➢ Barragem da área de enxurrada acima da voçoroca;


➢ Retenção da área de inundação na parte de drenagem;
➢ Remoção das grotas, cavidades causadas pelas águas das chuvas numa encosta, morro,
serra ou montanha;
➢ Recuperação da área desmatada;
➢ Construção de estruturas para conter a velocidade da água;
➢ Controle de sedimentação das grotas e voçorocas ativas;
➢ Isolamento da área;
➢ Maneio consciente na vegetação nativa da área;
➢ Implantação e cumprimento de políticas ambientais;
➢ Educação socioambiental no bairo afectado.

Em suma, a recuperação no bairo 16 de junho, onde aconteceu a voçoroca é um processo


necessário e que requer cuidados. Portanto, é preciso fazer análise química e textual do solo,
para saber sobre sua fertilidade e textura.

Em resumo, a erosão em sulcos é um desafio significativo para a conservação do solo e do


meio ambiente. A manutenção de uma cobertura vegetal saudável é essencial para prevenir e
reduzir a erosão em sulcos, preservando a qualidade do solo e promovendo a sustentabilidade
ambiental.

15
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, M. G. M. Os espaços urbanos em Moçambique. In: GEOUSP, Espaço e Tempo,


n.14, São Paulo, 2003,

BERTONI, LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. 8º ed. São Paulo; Ícone Editora,
2012. 355 p.

BOCA, N.T. As Mudanças da Paisagem e sua Influência na Dinâmica do Risco de Erosão na


Cidade de Xai-Xai, Moçambique, Espaço Aberto, PPGG - UFRJ, Rio de Janeiro, V. 10, N.2,
p. 87-105, 2020.

CARVALHO]. C;; DINIZ, N. C. Cartilha de Erosão. Brasília: Universidade de Brasilia


FINATEC, 2011. 33 p.

DUARTE, L. A. F. Erosão hídrica e erosão eólica. In: FERRÃO, J. E Agricultura e


Desertificação. Lisboa: Associação Internacional das Jornadas de Documento + 9 páginas
Engenharia dos Países de Língua Portuguesa (ALJE), 1992. p. 49 - 60. Impactos Das Mudanças

FERRÃO, J. E. Erosão natural e erosão acelerada. In: FERRÃO, J. E Climáticas Em


Moçambique.

Agricultura e Desertificação. Lisboa: Associação Internacional das Jornadas de Celcio.


Engenharia dos Países de Língua Portuguesa (AIJE), 1992. p. 32 - 37; Ainda não há avaliações

GOMES, F. F. V., 1997, Protecção Costeira, 1a ed, FEUP, Porto.

GUERRA, A. J. T; MARÇAL, M. S. Geomorfologia Ambiental. Rio de Janeiro: Editora


Bertrand, 2014.

MARQUES, M. M. Formas degradação do solo. In: FERRÃO, J. E. Agricultura e


Desertificação. Lisboa: Associação Internacional das Jornadas de Engenharia dos Países de
Língua Portuguesa (AIJE), 1992. p. 31 - 48.

MAURO, C. A. Vaçoroca: Marcas das relações sociedade-natureza na bacia de Monjolinho.


São Carlos SP. 1989. 235 f. Tese (Doutorado em geografia — área de concentração de
Geografia Física) - Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas. 1989.

PRUSKI, F. F. Conservação de solo e água: práticas no controle da erosão hidrica, 2º Ed.


Viçosa: UFV, 2013.
16
Anexos

Figura 2: Erosão em sulcos na área em estudo

17
Figura 3 e 4: Erosão Voçoroca na área em estudo

18

Você também pode gostar