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ABSTRACT: The article aims to conduct qualitative and quantitative as well as theoretical-
analytical survey of urban planning in the districts of the city of Feira de Santana - BA, with
emphasis on the management of the water resources present in the analytical scale in question.
With a theoretical framework based on ADÔRNO (2013), BORSOI (1997), BRASIL (1997),
CARELLI (2011), FEIRA DE SNTANA (2009), MUÑOZ (2000), NASS (2002), noting that municipal
urban planning it lacks greater pro-activity both in its practical character - application of projects
and inspections - and in its form of laws, with the analytical importance of popular participation
being clearly noted
1 INTRODUÇÃO
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1.2 Caracterização: Físico natural
Localizado em uma área com as bacias hidrográficas do Subaé, Pojuca e Jacuípe (MAPA
2), diversas lagoas, as quais geraram a alcunha de Cidade dos “Olhos d’água”, alguns riachos e
várias nascentes. A nascente existente no bairro Brasília é uma das diversas que alimentam o rio
Subaé.
O clima de Feira de Santana é tropical, numa área de transição climática entre a Zona da
Mata e o Sertão, denominado Agreste baiano. A cidade é influenciada, por massas de ar quentes
provenientes do Atlântico e massas de ar frias vindas do Sul do Brasil. No verão é quente e seco,
com médias máximas de 29 °C e mínimas entre 21 °C. No inverno é frio e chuvoso, com máximas
entre 24 °C e mínimas entre 17 °C. A precipitação média anual é de 888 mm podendo ser vista no
mapa de isolineas apresentando o município de feira localizado em um intervalo entre duas
isoietas de 900 e 800mm. O índice de aridez é de 22,0%, hídrico: -19,0 mm e umidade 48%
(média anual). (INEMET, 2017)
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referente ao período de
1961 a 1970 e a partir de 1999, a menor temperatura registrada em Feira de Santana foi de 8,7 °C
em 17 de junho de 1997, e a maior alcançou 39,4 °C em 12 de fevereiro de 1961. Os maiores
acumulados de precipitação registrados em 24 horas foram 100,3 mm em 25 de novembro de
2005 e 100 mm em 17 de março de 2011. O menor índice de umidade relativa do ar foi registrado
em 3 de fevereiro de 2002, de 17%.
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1.2.2 Variáveis Legais
O município é regido pela Lei complementar nº 41/2009 que dispõe sobre ampliação e dá
nova redação ao código de meio ambiente que aborda sobre o sistema municipal do meio
ambiente para a administração da qualidade ambiental, proteção, controle e desenvolvimento do
meio ambiente e uso, adequado dos recursos naturais em Feira de Santana, Lei nº 1612/1992.
Porém obras urbanísticas de canalização de córregos efetuadas no passado não são
fiscalizadas e não passa por manutenção municipal, o “abandono” desses canais canalizados
abrem espaço para efeitos diverso, partindo da própria população que descartam resíduos e lixos
diversos transformando o córrego em um esgoto a céu aberto, dentre outros efeitos.
Feira de Santana recentemente vem trabalhando em obras de revitalização de suas
lagoas, para utilização publica, mas o tratamento e revitalização dos diversos canais que
alimentam as bacias hidrográficas da região acabam por não ocorrer, ocasionando um desconforto
para a população que vive nas proximidades destes córregos.
Assim o Capítulo I que aborda sobre os princípios, objetivos e normas gerais da política
municipal do meio ambiente em sua seção I referente aos princípios aponta no Art 2º:
2. POLUIÇÃO X CONTAMINAÇÃO
Para se iniciar tal discussão é preciso saber antes a diferença entre Poluição e
Contaminação, assim seguem alguns conceitos que expressão as diferentes visões que são
encontradas sobre as temáticas em questão.
Poluição é uma alteração ecológica, ou seja, uma alteração na relação entre os seres
vivos, provocada pelo ser humano, que prejudique, direta ou indiretamente, nossa vida ou nosso
bem-estar, como danos aos recursos naturais como a água e o solo e impedimentos a atividades
econômicas como a pesca e a agricultura (NASS, 2002).
Nem toda alteração ecológica pode ser considerada poluição. Um lançamento de uma
carga de esgoto doméstico de uma casa em uma lagoa provoca a diminuição do teor de oxigênio
de suas águas. Mas se esta diminuição de oxigênio não afetar a vida dos peixes nem dos seres
que lhes servem de alimento, então o impacto ambiental provocado pelo esgoto lançado na lagoa
não é uma poluição.
Porém quando o numero de casas que lançam seus esgotos na lagoa ultrapassam os
milhares, podemos sim supor que agora este esgoto se enquadra como uma poluição pela carga
que excede a capacidade de depuração da lagoa.
Nass (2002) aborda que a contaminação é a presença, num ambiente, de seres
patogênicos, que provocam doenças, ou substâncias, em concentração nociva ao ser humano. No
entanto, se estas substâncias não alterarem as relações ecológicas ali existentes ao longo do
tempo, esta contaminação não é uma forma de poluição.
Esta diferenciação é fundamental no caso do ambiente ser a água. Uma água barrenta, de
coloração acentuada, malcheirosa ou espumante é considerada impura ou nociva, por estar "suja".
Entretanto, muitas vezes, trata-se de uma água que não faz mal à saúde. Já uma água realmente
contaminada por germes patogênicos, mas inodora e de aparência límpida, não é rejeitada. Trata-
se de um equívoco perigoso.
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3. DIAGNÓSTICO
1
Variação percentual com o período imediatamente anterior.
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TABELA 3 - TAXA MÉDIA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO ANUAL DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO
MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA, BAHIA 1940 - 2010
ANOS TAXA MÉDIA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO ANUAL (%)
1940 -
1950 3,00
1960 3,80
1970 4,60
1980 4,50
1991 3,05
2000 1,64
2010 1,57
FONTE: IBGE - CENSOS DEMOGRÁFICOS.
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Em 1846 a sede é transferida para a fazenda que recebia o nome de Santana dos Olhos
D'Água que por e ali passava a estrada das boiadas, onde se passava com o gado que deveria ser
vendido em Salvador, Cachoeira e Santo Amaro. Os donos daquela fazenda
eram católicos fervorosos e construíram uma capela em louvor a Nossa Senhora Santana e São
Domingos. Com o movimento de vaqueiros e viajantes, formou-se uma feirinha. Quando da sua
fundação no século XVIII os poucos moradores existentes saciavam sua sede com a água
existente nos "Olhos D'Água", fonte localizada na fazenda e ainda nos diversos minadouros
e tanques da cidade. Afirma-se que o grande propulsor do desenvolvimento feirense foi a atividade
pecuária. (ACHE TUDO E REGIÃO, 2014)
O bairro Brasília, em Feira de Santana, fica situado a 20 minutos do centro da cidade.
Dispõe de várias ruas e avenidas largas, sendo que uma das principais é a Avenida Maria
Quitéria, estão localizados diversos conjuntos habitacionais, dentre eles, o Conjunto Luís Eduardo
Magalhães e o Conjunto João Marinho Falcão (mais conhecido como Jomafa), o qual foi entregue
aos seus moradores iniciais no mês de março de 1979, dispondo de quarenta caminhos (nome
que é dado aos seus logradouros internos) e quinhentos e quarenta unidades habitacionais.
Ao longo dos anos, o bairro Brasília vem sofrendo diversas alterações nas suas
características, deixando de ser eminentemente residencial, contando, hoje, com diversos
estabelecimentos dos seguimentos comerciais, de despachantes e emplacadoras de veículos,
uma vez que neste bairro situa-se também a sede da 3ª CIRETRAN, bem como o Complexo
Policial de Feira de Santana.
3.5 OBSERVAÇÃO
As nascentes do Rio Subaé estão especializadas em uma área de 20,62 km² e são
caracterizadas principalmente por demandas de usos urbanos, industriais e agrícolas (ADÔRNO,
2013), a nascente estudada localiza-se a sudeste do bairro Brasília, nas proximidades com o
Hospital Geral Cleriston Andrade e a Av. Eduardo Fróes da Motta, as obras de canalização e
paisagismo do córrego Subaé foram efetuadas a partir do ano de 2016, e de acordo com a lei
municipal 1.612/92, respeitou as características ambientais locais, e preservação de vegetal local,
assim como obras que possibilitem maior aproveitamento por parte da população local.
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TABELA 4 – PRINCIPAIS ARTIGOS DA LEI Nº 1.612/92 REFERENTES À PRESERVAÇÃO E
CONSERVAÇÃO RECURSOS HÍDRICOS
LEGISLAÇÕES
ARTIGOS
LEI ANO TEMA DISCUSSÃO
UTILIZADOS
O zoneamento ambiental definindo-se as áreas de
maior ou menor restrição no que respeita ao uso e
Art. 14
ocupação do solo e ao aproveitamento dos
recursos naturais.
Compete ao município criar, definir, implantar e
administrar áreas de interesse ecológico e, ou
Art. 17
paisagístico como ASRE nas Sub categorias de
APM, APCP e APA a serem protegidas.
O Código do O controle, monitoramento e a fiscalização dos
Meio Ambiente e empreendimentos e das atividades que causem ou
dispõe sobre o Art. 29 possam causar impactos ambientais serão
sistema municipal realizados pelo Sistema Municipal do Meio
do meio ambiente Ambiente.
para a Serão considerados de preservação permanente,
administração da os revestimentos florísticos e demais formas de
qualidade Art. 37 vegetação naturais situadas: ao redor de rios e
Lei Nº ambiental, quais quer cursos d’agua, lagoas e nascentes –
1992
1.612 proteção, perenes ou intermitentes.
controle e A criação pelo município de áreas para Parques
desenvolvimento Municipais, com finalidade de resguardar atributos
do meio ambiente especiais da natureza, conciliando a proteção da
Art. 40
e uso, adequado flora, da fauna, de belezas naturais com a utilização
dos recursos para objetivos educacionais, recreativos e
naturais no científicos.
município de Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente
Feira de Santana. poderão ser lançados direta ou indiretamente nos
Art. 69
corpos de água desde que obedeçam as condições
indicadas na presente lei
Os lançamentos finais dos sistemas públicos e
particulares de coleta de esgoto sanitário em corpos
hídricos deverão ser precedidos de tratamento
Art. 74
adequado, ou seja, tratamento com a eficiência
comprovada e que não afete os usos legítimos
destes recursos hídricos.
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MAPA 5 – BAIRRO BRASÍLIA: PONTOS OBSERVADOS
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deveria refletir maior oxigenação. A grande carga de despejo doméstico acaba por proporcionar
um aumento na quantidade de matéria orgânica disponível – OD – e esta, por sua vez, em
processo de decomposição gera a redução das concentrações de oxigênio dissolvido pela ação
das bactérias decompositoras que absorvem este oxigênio, comprometendo assim a vida
aquática.
Com a permanência do nível de OD negativo por tempo prolongado, o córrego tornou-se
anaeróbico – ausência de oxigênio –, causando a geração de maus odores, o crescimento de
outros tipos de bactérias e a morte de diversos seres aquáticos aeróbicos, inclusive peixes.
(ADÔRNO, 2013)
4. CONCLUSÃO
Deste modo é proposto com esta breve pesquisa de observação, a execução por parte da
população local da estruturação de uma associação de moradores do bairro, para que estes
possam observar os problemas existentes em seu espaço e em assembleia levantarem pontos a
serem cobrados a gestão pública, para que se amplie a qualidade de vida e o bem estar da
população local, que se sentirá assistida pelos órgãos de gestão municipal.
Por parte da gestão pública o desenvolvimento e execução de projetos de participação
pública da população dos bairros os quais estes projetos serão aplicados, assim como a criação
de planos ambientais de preservação e transformação dos recursos hídricos localizados em área
urbana como patrimônio municipal, e a criação de um projeto de descontaminação e revitalização
do córrego do bairro Brasília.
E por fim, mas não menos importante, cabe aos órgãos públicos ambientais e de
planejamento e desenvolvimento urbano o rigor na fiscalização dos projetos públicos assim como
a cobrança da execução do mesmo, emitindo multas aos devidos envolvidos, sendo estes: pessoa
física ou órgão público em ação irregular.
Referências
ACHE TUDO E REGIÃO. História de Feira de Santana, 2014. Disponível em: <
http://www.achetudoeregiao.com.br/ba/feira_do_santana/historia.htm/>. Acesso em: 25 de jan de 2018,
16:17.
ADÔRNO, Erivaldo; SACRAMENTO DOS SANTOS, Elinaldo; BOMFIM DE JESUS, Taise. SIG e regressão
linear para avaliação ambiental das nascentes do rio Subaé em Feira de Santana-BA. Boletim Goiano de
Geografia, v. 33, n. 2, 2013.
BORSOI, Zilda Maria Ferrão; TORRES, Solange Domingo Alencar. A política de recursos hídricos no
Brasil. Revista do BNDES, v. 4, n. 8, p. 143-166, 1997.
BRASIL, Lei das Águas. Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional, 1997.
CARELLI, Liamara; PAIXÃO LOPES, Priscila. Caracterização fisiográfica da bacia Olhos D’água em Feira de
Santana/BA: Geoprocessamento aplicado à análise ambiental. Boletim Goiano de Geografia, v. 31, n. 2,
2011.
DE JESUS SOUZA, Ana Paula Mascarenhas; MACHADO, Ricardo Augusto Souza. DELIMITAÇÃO E
CARACTERIZAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA-BA.
FEIRA DE SNTANA. Lei Complementar nº 41/2009 dispõe sobre ampliação e dá nova redação ao código de
meio ambiente, lei nº 1612/1992, conforme especifica. Código de Meio Ambiente. 2009
MUÑOZ, Héctor Raúl. Interfaces da gestão de recursos hídricos: desafios da lei de águas de 1997. 2000.
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