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BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

BIANCA ROSA DOS REIS

DANIELLE CHAVES RIBEIRO

LEONARDO XAVIER

LORENÇA BAPTISTA DE MELLO CRISTO

REDE DE SANEAMENTO

Projeto De Esgotamento Sanitário

VITÓRIA – ES

2022

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BIANCA ROSA DOS REIS

DANIELLE CHAVES RIBEIRO

LEONARDO XAVIER

LORENÇA BAPTISTA DE MELLO CRISTO

REDE DE SANEAMENTO

Projeto De Esgotamento Sanitário

Trabalho de curso apresentado à


Universidade Católica de Vitória, como
requisito para conclusão do desafio de
Projeto De Esgotamento Sanitário.
Professora: Clarisse Pereira Pacheco.

VITÓRIA – ES

2022

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Sumário

1 RESUMO…….............................…...........................................................................5

2 INTRODUÇÃO……….........…...................................................................................6

3 CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO ESTUDADA......…..........................…...............7

3.1 CÁLCULO DE HABITANTES ..............................................................................13

3.2 CURVAS DE NIVEL.............................................................................................14

4 MATERIAL DAS TUBULAÇÕES ......…..................................................................15

5 MEMORIAL DE CÁLCULO ....……..................…………………............................16

6 CONCLUSÃO ..........…...............................................…………………...................20

7 REFERÊNCIAS .....………………………………………...............….........................21

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1. RESUMO

Saneamento básico é um conjunto de serviços fundamentais para o desenvolvimento


socioeconômicas de uma região, tais como abastecimento de água, esgotamento
sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas
pluviais. O saneamento básico é um direito garantido pela Constituição Federal e
instituído pela Lei nº. 11.445/2007.

De forma simplificada, a cadeia do saneamento tem início na captação em


reservatórios de água, onde acontece o tratamento e distribuição aos pontos de
consumo, sejam eles residenciais ou industriais. Em seguida, é feito o descarte em
uma rede de esgoto, direcionando o resíduo para tratamento. O ciclo tem conclusão
quando a água tratada é devolvida ao ciclo natural.

O saneamento básico contribui com a saúde, a educação, o meio ambiente e a


economia. A modernização e ampliação do sistema de saneamento básico beneficia,
em qualquer lugar do mundo, a sociedade como um todo: as empresas, o país, as
cidades e o desenvolvimento social e econômico.

Palavras-chave: Saneamento; água, esgoto, meio ambiente.

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2 INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata-se do estudo do trecho de saneamento de esgoto na


Rodovia Serra Jacaraípe, no município da Serra, visando atendimento à demanda
futura de serviços, para o horizonte de 30 (trinta) anos.
Proporcionar a todos, o acesso universal ao saneamento básico com qualidade,
equidade e continuidade pode ser considerado como uma das questões fundamentais
do momento atual, postas como desafio para as políticas sociais. Desafio que coloca
a necessidade de se buscar as condições adequadas para a gestão dos serviços. A
Política Pública (art. 9º) e o Plano de Saneamento Básico (art. 19), instituídos pela Lei
11.445/07, são os instrumentos centrais da gestão dos serviços. Conforme esses
dispositivos, a Política define o modelo jurídico-institucional e as funções de gestão e
fixa os direitos e deveres dos usuários. Além das diretrizes da Lei Nacional de
Saneamento Básico, a Política e o Plano de Saneamento Básico devem observar,
onde houver, o Plano Diretor do Município. O presente projeto constitui o Plano
Municipal de Saneamento Básico (PMSB) do Município de Serra, integrante da Região
Metropolitana do Estado do Espírito Santo.

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3 CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO ESTUDADA

O local estudado trata-se da Rodovia Serra Jacaraípe, bairro Porto Dourado, do


município da Serra.

A área de abrangência do Município de Serra compreende uma área político


administrativa de cerca de 553 Km², representando uma participação na Região
Metropolitana da Grande Vitória de aproximadamente 24%. Dista cerca de 27 Km da
capital Vitória, localizando-se nas coordenadas de longitude oeste 40º 18’ e latitude
sul 20º 07’, limitando-se ao norte com o Município de Fundão, ao sul com Vitória e
Cariacica, a leste com o Oceano Atlântico e a oeste com Santa Leopoldina.

O Município de Serra está localizado na microrregião de Vitória, a 70 metros de


altitude, e apresenta variação de altitude entre a máxima e a mínima de 490 metros
(Mestre Álvaro) e de 0 m (nível do mar), respectivamente. O relevo do município
apresenta uma variedade de feições geomorfológicas decorrentes de sucessivas
mudanças climáticas, das características litológicas e estruturais e dos fatores
biológicos. Existindo assim a ocorrência do domínio dos depósitos sedimentares, com
a Região das Planícies Costeiras e a Região dos Tabuleiros Costeiros, do Domínio de

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Faixas de Dobramentos Remobilizados, representada pela Região das Colinas e
Maciços Costeiros e pela Região da Mantiqueira Setentrional.

O município é essencialmente urbano, e se caracteriza pelo crescente


desenvolvimento industrial. Aproximadamente 99% da população estão no perímetro
urbano. Os pólos de Civit 1 e 2 ocupam uma área de 6 milhões de metros quadrados.
Mais de 400 empresas estão instaladas no local. Juntos, os dois centros e o Terminal
Intermodal de Serra geram diretamente dois mil postos de trabalho. O setor imobiliário
se destaca na cidade, além disso, a Serra ocupa a primeira posição na área industrial,
com mais de um terço do PIB capixaba neste segmento. Destacam-se dentro dos
indicadores socioeconômicos os seguintes:

a) De acordo com a classificação do IBGE, a indústria respondeu por 51,33% do PIB


de Serra de 2006, enquanto o setor de serviços compôs 47,94% do PIB; e

b) Em 2008, a Serra respondeu por 21,4% dos empregos formais existentes na região
metropolitana, o equivalente a 103.255 empregos.

O quadro abaixo apresenta um comparativo de oito anos (2000 – 2008) do PIB de


Serra com o Brasil, a Região Sudeste, o Estado do Espírito Santo e Vitória, e o gráfico
indica que a taxa de crescimento de Serra nesse intervalo é de 19%.

Comparativo do Produto Interno Bruto a preços correntes de Serra com o Brasil, Região Sudeste,
Espírito Santo e Vitória, 2000 a 2008

Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Elaboração: PMS/Seplae/DAE. O Produto Interno Bruto (PIB)
equivale aos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos a preços correntes e por atividade econômica, e respectivas
participações.

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O quadro e gráfico abaixo apresentam os primeiros dados definitivos e divulgados na
Sinopse do Censo 2010 pelo IBGE, para o município de Serra uma população total de
409.267 habitantes, sendo 406.450 habitantes (99,3%) localizados na área urbana.
Este valor total de população não inclui os bairros Hélio Ferraz, Conjunto CarapinaI e
Bairro de Fátima. Ao compararmos os dados do CENSO de 2000 com os de 2010
constatou-se um aumento de 27,43% da população no município.

Quadro - População residente, segundo localização do domicílio

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Gráfico - % População residente, segundo localização do domicílio

População de Serra 2000 - 2010

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População de Serra - 2000/2010

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A bacia hidrográfica do rio Jacaraípe compreende uma superfície de 203,01 km² e
ocupa 37% do território municipal da Serra no estado do Espírito Santo, essa é a bacia
responsável por ser o corpo receptor do trecho estudado neste projeto. O canal
principal do rio Jacaraípe possui extensão de 29,31 km com seu curso nascendo no
morro da Cavada e desaguando no oceano na região de Jacaraípe. Outro elemento
estruturante de destaque na bacia hidrográfica são as duas lagoas, situadas na porção
leste, próximas ao litoral e que se estendem para a parte central da área em estudo,
facilmente identificáveis por serem duas grandes áreas de acúmulo hídrico/ espelho
d’água, denominadas: Lagoa Juara com 2,79 km² e Lagoa Jacuné com 1,28 km².

Tomando como referência o relatório elaborado em 2011 intitulado: “Plano de


proteção de recursos naturais das lagoas Juara, Jacuné, Carapebus e Maringá e das
orlas costeiras sob suas influências” as lagoas Jacuné e Juara apresentam elevado
grau de antropização, marcadas pela poluição com lançamento de forma direta e
indireta de efluentes domésticos dos diversos bairros e indústrias como polos CIVIT
(Centro Industrial de Vitória).

Os principais critérios e parâmetros de projeto adotado foram consubstanciados nos


estudos, projetos e planos existentes, além dos dados e das informações gerenciais

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e operacionais. Com base na avaliação dos dados de consumo de água da CESAN,
considerando-se os valores adotados nos estudos e projetos existentes mais
recentes, como aqueles integrantes do PROGRAMA ÁGUAS LIMPAS, foram obtidos
os coeficientes de consumo “per capita”, infiltração, variação de vazão e de retorno de
esgotos, utilizados no cálculo das vazões de projeto, para o Município Serra,
apresentados no quadro abaixo.

Quadro – Serra – Principais parâmetros de cálculo

3.1 CÁLCULO DE HABITANTES

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3.2 CURVAS DE NIVEL

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4 MATERIAL DAS TUBULAÇÕES

A rede coletora de esgoto será constituída principalmente de tubulação em material


PVC, cerâmico e concreto com diâmetros que variam de 100mm a 400mm.

Plástico

As tubulações de plástico são as mais comuns, podendo ser encontradas em três


tipos: PVC (Cloreto de Polivinila), PRFV (Poliéster Reforçado com Fibras de Vidro) e
PEAD (Polietileno de Alta Densidade). Dentre eles, o mais conhecido é o PVC, usado
na maioria das construções civis. É resistente a pressões internas e externas,
aguentando temperaturas de até 60°C. Apresenta uma boa durabilidade, com vida útil
mínima de 50 anos.

Cerâmica

Os tubos de cerâmica são utilizados em situações especiais, pois por se tratar de um


material mais frágil, exige ainda muito cuidado no transporte e no manuseio. São
resistentes a produtos químicos, ao calor e impedem a ação de bactérias.

Concreto

Os tubos para esgoto em concreto são menos utilizados em comparação com os


outros materiais, mas são uma boa alternativa para sistemas residenciais comuns, ou
em situações em que se faça necessário construir a tubulação no próprio local da
instalação.

Tubo coletor de esgoto

Tubo Diâmetro nominal (DN) Classe de Rigidez


Parede maciça- NBR DN 100 e DN 200 2500 Pa
7362- 2 Coletor de DN 250 a DN 400 3200 Pa
Esgoto JEI

Resistência a impacto conforme ABNT NBR 7362-1;

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Coeficiente de rugosidade (Manning): n=0,010;

Portanto, a justificativa do uso dos materiais de PVC, cerâmica e concreto para as


tubulações dar-se-á pela alta resistência a compressão, durabilidade, resistência
química a diversos tipos de materiais, disponibilidade de mercado, fácil substituição
ou reparo e pode ser fornecido por diversas empresas no mercado com
compatibilidade entre produtos por serem produzido sob normas.

5 MEMORIAL DE CÁLCULO

Trecho 1-3

di = 150 hab/ha

df = 180 hab/ha

qi = qf = 170 L/hab.dia

Li = Lf = 940 m/ha

Ct = 32,71; Ct = 32,10

K1 = 1,2

K2 = 1,5

Extensão

L = 46,50m

Contribuição linear

tx, i = c . k2 . Di . Qi + ti
Li . 86400
tx, i = 0,8. 1,5 . 150 . 170 + 0,15

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940 . 86400
tx, i = 0,0004 L/s.m
tx, f = c . k1 . k2 . Df . Qf + ti
Lf . 86400
tx, f = 0,8 . 1,2 . 1,5 . 180 . 170 + 0,15
940 . 86400
tx, f = 0,00054 L/s.m

Contribuição do trecho
tx, i = 0,00038 . 46,50
tx, i = 0,02 L/s

tx, f = 0,00054 . 46,50


tx, f = 0,03 L/s

Vazão montante (L/s)


A vazão que chega é zero, pois, é o início do trecho.

Vazão a jusante
Qi = 0 + 0,02 Qf = 0 + 0,03
Qi = 0,02 L/s Qf = 0,03 L/s

Diâmetro nominal
do = 0,3145 (Qf / Io1/2)^3/8
do = 0,3145 (0,00003 / 0,0135^1/2)^3/8
do = 0,014
DN por norma = 100

Declividade (m/m)

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Terreno → Io = cota maior – cota menor
tamanho do trecho

Io = 32,71 – 32,10
46,50
Io = 0,0135 m/m → maior

Mínima → Io, mín = 0,0055 . 1,5^-0,47


Io, mín = 0,0045 m/m

Lâmina d’água
Qp = 23,976 . do^8/3 . Io^1/2
Qp = 23,976 . 0,1^8/3 . 0,0135^1/2
Qp = 0,006

Qi = 0,0015 = 0,25
Qf 0,006

Qf = 0,0003 = 0,005
Qp 0,006
Y = 0,34
D
Vp = 30,527 . do^2/3 . Io^1/3
Vp = 30,527 . 0,1^2/3 . 0,0135^1/3
Vp = 1,51
Tabela 2.18
Vi = 0,8302 . 0,25 = 0,208 m/s
Vp
Vi = 0,8302 . 0,005 = 0,004 m/s
Vp

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Tensão trativa

γ = γ . Rmi . Io

σ = 9789 . 0,01891 . 0,0135

σ = 2,49 Pa

Velocidade crítica
Vc = 6 . (g . Rmf)^1/2
Vc = 6 . (10 . 0,01891)^1/2
Vc = 2,61 m/s

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6 CONCLUSÃO

Após o estudo sobre saneamento de esgoto no trecho mencionado, evidenciou-se que


é um projeto de suma importância para a população do local, quanto para o meio
ambiente.

No presente trabalho foram aplicados os conhecimentos ministrados em sala, cálculos


e todo o processo de execução de uma rede coletora.

Conclui-se que a importância deste trabalho na vida acadêmica trouxe grande


conhecimento na área, possibilitando maior facilidade no momento da atuação
relacionado ao assunto.

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6 REFERÊNCIAS

http://www4.serra.es.gov.br/site/download/201606-plano-municipal-de-saneamento-de-serra-final-
audifax.pdf

https://www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/

https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9103-estimativas-de-
populacao.html?=&t=o-que-e

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