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Universidade Lúrio – Pemba

Engenharia Geológica
Ano - 3
Semestre - 1

Métodos de Prospeção e Pesquisa

Docente: Loite José


Tectónica Global
A Terra é um planeta dinâmico.

O chão que pisamos aparenta ser estático, ou


seja, sem nenhum movimento.

Entretanto, a crosta terrestre está em


contínuo movimento.

Loite Lázaro José


Tectonismo – é todo movimento
da crosta terrestre

Movimento Interno

Pressão Externa inferior a Pressão Interna


Dinâmica Externa inferior a Dinâmica Interna

Loite Lázaro José


A teoria da tectónica de placas descreve o
movimento das placas e as forças actuantes
entre elas.
Explica também a distribuição de muitas
feições geológicas de grandes proporções que
resultam do movimento ao longo dos limites
de placa, como:
Cadeias de montanhas.
Associações de rochas.
Estruturas no fundo do mar.
Vulcões e terremotos.

Loite Lázaro José


A tectónica é o ramo da geologia que abrange
os processos de formação de montanhas, e
em escala menor, os processos que englobam
a sobreposição, dobramento e fracturação de
rochas.

Os limites das placas são locais de actividade


geológica e tectónica, concentram-se ao longo
deles, sismos e vulcões e algumas são zonas
de formação de montanhas.

Loite Lázaro José


Os físicos convenceram os
geólogos de que as
camadas externas da Terra
eram muito rígidas para
que a deriva continental
ocorresse, o que fez com
que e as ideias de Wegener
caíssem em descrédito,
excepto entre uns poucos
geólogos
na Europa, na África do Sul
e na Austrália.

Loite Lázaro José


O planeta terra é composto por placas
tectônicas, que se acham apoiadas sobre o
manto.
E assim sendo elas se movem e são instáveis e
se deslocam em idades de eras terrestres o
que denominam os de deriva continental.
Assim, o que vamos estudar é a dinâmica das
placas tectônicas.
Vamos ver na Sequência, com base na Teoria
Inicial Proposta Por “ALFRED LOTHAR
WEGENER” ( GEOFÍSICO ALEMÃO )

Loite Lázaro José


A Teoria das Placas
• Alfred Lothar Wegener,
descreve no livro “a
origem dos continentes
e dos oceanos “ , em
1915, propos a teoria
inicial expondo os
princípios básicos sobre
a história do planeta
terra

Loite Lázaro José


O princípio da deriva

 Wegener partiu da hipótese que existira um


único continente, denominado ¨ Pangéia,
 Onde há 200 milhões de anos, no início da era
Mesozóica,
 O planeta terra começou a se fragmentar e
consequentemente formando os continentes
com as disposições actuais.

Loite Lázaro José


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Os principais argumentos que Wegener teve na formação dos
continentes:

• Argumentos Morfológicos: Os continentes encaixam entre si como


peças de um grande quebra cabeça, sendo mais evidente entre as
costas atlânticas de África e América do Sul.
• Argumentos Paleoclimáticos: O estudo dos climas antigos revelou
que sedimentos glaciares que só se formam em altas latitudes e
baixas temperaturas, foram encontrados em porções da África e
América do Sul. Isto indica que estes continentes já estiveram
próximos do pólo sul e que mesmo se afastando um do outro,
manteve o registro nas rochas.
• Argumentos Litológicos: Rochas com a mesma idade, e do mesmo
tipo foram encontradas na América do Sul e África, bem como as
formações rochosas têm continuidade entre as duas costas.
• Apesar de todas estas evidências, a teoria de Wegener não foi
aceita pela comunidade científica da sua época pois ele não
conseguiu explicar qual o motor da deriva continental.

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Argumentos Paleontológicos: Fósseis da mesma espécie foram
encontrados em diversos locais que hoje estão totalmente
separados por oceanos. É pouco provável que estes seres vivos
pudessem ter percorrido estas elevadas distâncias.
Ex. presença de fosseis de glossopteris em regiões de África e brasil.

Argumentação paleontológica
de Wegener.
A conclusão de que os continentes realmente estão em
deslocamento foi tirada quando foram feiras medições da idade
das rochas do assoalho oceânico. Quanto mais próximas da
dorsal, mais jovens eram as rochas, e tanto pra esquerda quanto
pra direita, a idade delas amumentava.

Expansão do assoalho oceânico. As rochas basálticas das mais


recentes pras mais antigas estão nas cores: rosa, laranja, azul e
verde.
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A Pangéia, ao se fragmentar, forma dois super
continentes: Gondwana, ao Sul e, Laurásia ao Norte

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De ¨Gondwana¨ e da ¨Laurásia¨ surgiram os
continentes atuais.

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Assim é a configuração continental actual dos
continentes, porém instável e em deriva.

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Principais Placas Tectônicas
As placas fragmentam em função da pressão interna da Terra é maior que a externa

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Instabilidades das placas
Atividade das correntes convectivas que ocorrem no manto
superior ou astenosfera, influenciam na estabilidade das placas

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Conseqüências dos deslocamentos

As placas ao se deslocarem provocam


instabilidades tectônicas, representadas,
principalmente, pelo:

VULCANISMO;

TERREMOTOS.

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As maiores ações vulcânicas da terra ocorrem no
Cinturão do Fogo do Pacífico

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Áreas de instáveis com terremotos nos
contactos entre placas tectônicas.

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Tipos de movimentos
As placas, ao se deslocarem, uma em relação à outra,
apresentam três tipos de movimentos.
(Convergente, Divergente, Tangencial ).
Convergente: caracterizada por ser um
movimento de colisão entre as placas. Três
interações mecânicas diferentes actuam entre
as placas com o movimento convergente. Em
cada tipo de interação associam-se algumas
conseqüências específicas

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Continental- Continental

Como conseqüências dessa interação tem-se a formação:


 Cadeias montanhosas continentais;
 De uma forma de subdução, isto é area onde ocorre a entrada o material de
litosfera para o manto. (Indiana com a Euro Asiatica).

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Oceânica- Continental

 Cinturões Vulcânicos;
 Montanhas litorâneas, como os Andes.
De fossas oceânicas, isto é, áreas de maiores profundidades dos
oceanos.
(Nazca com a Sul-Americana.)
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Oceânica-Oceânica

Placa do Japão com a do Pacifico. (Fossas Abissais e Arcos


Ilhas).

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Pode-se observar, que as montanhas têm origem como
conseqüência do movimento convergente

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Movimento Divergente

Caracteriza por ser um movimento de separação entre as


placas.

Existem duas interações diferentes entre as


placas com o movimento divergente.
Para cada tipo de interação associa-se
conseqüências específicas

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Fossa Tectónica ou Rift Valey

Lagos Tectónicos em Africa, relação entre as Placas


de Africa e Somália.

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Dorsal Oceânica ou Montanha Submarina

 Zona de agregação
(saída de material do
Manto para Crosta).
 Expansão do fundo do
Mar (Cordilheira Meso
Atlântica ou Dorsal
Atlântica).

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As principais dorsais oceânicas são:
Dorsal do Atlântico (1)
Dorsal do Pacífico (2)

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Movimento Tangencial
Caracterizada por ser um movimento paralelo entre as
placas.
Este movimento também é denominado de falha
transformante.

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Como conseqüência desse movimento tem-se as
instabilidades tectônicas.
É um contacto conservativo entre as placas, pois
a litosfera não é criada ou destruída durante o
movimento.
A Falha de Santo André, localizada no
contacto entre as placas Juan de Fuca
e Norte-Americana, é o principal
exemplo de movimento tangencial ou
transformante

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Metalogénese

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Estuda a génese e a distribuição dos depósitos
minerais (metálicos) no espaço e no tempo,
tratando de definir os factores que contribuíram
na distribuição dos metais dentro da parte
superior da crosta.
Definições Básicas

Província Metalogénetica: É uma área caracterizada por um


agrupamento de depósitos minerais (concentração de
determinados metais) ou por um ou mais tipos característicos de
depósitos.
Ex.: Província do Sn dos Andes Centrais

Dimensões das províncias metalogenéticas:


Segundo Petrascheck (1965) devem ter um mínimo de 1000 Km.
Entretanto a maior parte de autores consideram como províncias
distritos muito mais pequenos.
Principais províncias metalogénicas de América do Sul
Área metalogenética
Jorge A. ALE, 2013: região ou província
caracterizada por um conjunto de depósitos
minerais que podem ter certas características
em comum, como:
 a sua génese;

tipo de depósito;

conteúdo metálico.
Classificação das áreas metalogenéticas:
As áreas metalogenéticas classificam-se em
dois grupos a destacar:
• Mineral;
• Favorabilidade
Mineral
É a designação ou nominalização de uma região
com um certo tipo de ocorrência mineral ou
associado.
Classificação das áreas metalogenética segundo o
mineral

• Depósito metalogenético - um único mineral;

• Zona metalogenética – vários depósitos de um mesmo bem


mineral;

• Distrito metalogenética – grupos de depósitos


independentes de um bem mineral;

• Província metalogenética-presença de um metal ou


associação de metais.
Favorabilidade das áreas metalogenéticos:

As áreas metalogenética segundo a


favorabilidade dos depósitos minerais
apresentam 3 fases:
• Provável;

• Possível;

• Potencial.
• Área metalogenética provável: o afloramento se
caracteriza provavelmente de conter uma certa
mineralização;

• Área metalogenética possível: área delimitadas


ou consideradas favoráveis em grau possível, isto
devido aderência dos garimpeiros;

• Área metalogenética potencial: áreas


consideradas favoráveis em grau potencial por
apresentar porções aflorantes de um certo
grupo, sem registo de mineralização mas com
ambiente geotectónico favorável.
Época Metalogenética

Loite Lázaro José


Época Metalogenética: Em muitas províncias
metalogenéticas constatou-se a existência de períodos
durante os quais a deposição de um metal ou grupo de
metais foi mais pronunciada.

(Lingdren, 1933): “Intervalo de tempo que foi favorável


à deposição de determinadas substâncias úteis”.

(Kesler, 1978): “Período geológico durante o qual a


deposição mineral em geral foi mas pronunciada”.

Intervalo de tempo que foi favorável para a deposição de


substâncias particulares em associações minerais
usualmente associadas com eventos tectônicos globais
(Petraschek 1965; Tassinari e Mellito 1994).
As épocas metalogenéticas

Intervalo do tempo geológico durante o qual a


formação de concentrações minerais de um
certo metal ou determinado bem mineral foi
especialmente favorável;

Representa a génese de um ou vários tipos de


depósitos minerais e em diferentes espaços.

Loite Lázaro José


• Em Africa no que diz respeito a uma epoca
metalogenetica pode se considerar o super grupo do
karro formado por bacias cratõnicas e marginais.

• Que é composto por rochas de origem vulcano-


sedimentar, temos a formação do graben de
lugenda, cadeia dos libombos e basaltos de
Angoche.

• No fanerozoico ocorreu a abertura do oceano, e o


desenvolvimento das falhas responsaveis pelo
afastamento de madagascar, bem como o avanço
do rifty este africano.
CONTROLE DAS MINERALIÇÕES

Época metalogenética - datações relativas e absolutas


mostraram que certos tipos de mineralizações, as vezes
encontram-se em determinados períodos de evolução da
crusta (ex: mineralizações auríferas do Arcaico em
Greenstones Belts) .

De um modo geral, pode-se referir que nesse período


concentraram-se importantes reservas de ouro,
representando 50% da produção deste metal no mundo
(Pereira, 2003).
Mapa metalogenético

• Mapa metalogenético é um mapa a escala


regional que mostra a distribuição espacial e
temporal dos depósitos metálicos segundo o
tipo de depósito, tempo de mineralização e o
tipo de elemento económico. (Jorge A. Ale,
2013).
Características de um mapa
metalogenético
Destaca-se as características relevantes da
mineralização e com sua simbologia apropriada
para indicar:
• a forma,
• tipo de mineralização e
• magnitude de cada depósito (o tamanho dos
depósitos se mostra independente do nível de
exploração; não é um mapa de recursos mineiros).
• O propósito dos mapas metalogénicos é
promover uma base ou ponto de partida sólido
para explorações mineiras regionais.
Mapas
Símbolos para a informação Metalogénicos
genética e morfológica Símbolos de dimensões variáveis em
função da escala da jazida

Estimativa dos recursos minerais não


descobertos para o planejamento da
exploração estratégica.
Limite de províncias e distritos
metalogénicos .

Símbolos morfológicos e genéticos para


diferentes tipos de jazidas minerais nos mapas
metalogénicos

Metais identificados por cores


Ouro e Prata
Chumbo e Zinco

Estanho e wolframio

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