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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E ENGENHARIAS
APONTAMENTOS
DE
GEOLOGIA
LGMT IMETRO 2019
2º Semestre
Prof. Alfredo/Ladislau
CAP. I
TECTONISMO
Cap. 1 TECTONISMO
Tópicos:
1.1 Conceito de: Tectonismo, Tectónica e 1.3.4 - Tipos de Placas Litosféricas
Tectonização. 1.3.5 – Teoria da Tectónica de Placas.
-Relação com a Geologia Estrutural 1.3.6- Tipos de Limites de Placas.
1.1.1 Subdivisões da Tectónica. (Orogenia 1.3.7 – O que é que acontece quando as
e Epirogenia) placas se movem?.
-Fenómenos mais importantes na Para lembrar:
Epirogenia (Horst e Graben)
- O carácter termomagnético da Terra
1.2 Deriva Continental e Expansão dos
Fundos Oceânicos. - Campo magnético e fluxos de calor.
1.2.1 -Evidências da Deriva continental. 1.5 - Origem do Movimento de Placas
1.3 – Tectónica de Placas. 1.5.1 – Mecanismo das Correntes de
1.3.1 - Placas Tectónicas ou Placas Convexão do Magma
Litosféricas
1.3.2 – Placas Principais
1.3.3 – Crosta Oceânica e Crosta
Continental
1.6 - Mapa
Interpretativo da
Tectónica de Placas
1.7 - Resumo
1.8 - Orogênese e
Cráton
FIM
1.1 TECTONISMO, TECTÓNICA ou
DIASTROFISMO -tectonicus-
Estudo das
deformações
dinâmicas de origem
interna da Terra.
Designada
Microtectónica
á escala microscópica
Tectónica global
á escala planetária e ou regional,
visando as cadeias montanhosas ou orógenos.
TECTONISMO,
Ramo da geologia que estuda
todos os movimentos tectónicos
da crosta terrestre, originando a
formação de variadas estruturas
do relevo da terra (bacias, fossas,
dorsais ou cristas oceânicas,
falhas, fracturas, dobras,
cordilheiras, etc.)
Tectonização – tectonization
Conjunto de processos
de origem interna que
conduzem à deformação
dinâmica de determinada
porção ou unidade da
crosta terrestre.
.Estrutura
.Propriedades
.Evolução
(da crusta, C/ tempo)
Estudo
Movimentos
TECTÓNICA Processos
tectonicus - construção Forças
Estruturas
geológicas
Formação
e deformação
Geomorfologia
-Relação com a Geologia Estrutural
Tectonicus, do grego, evoca
“construção”, “rearranjo”,
“arquitectura”, o que implica noção de
ESTRUTURA.
1 OROGENESE
TECTÓNICA
2 EPIROGENESE
1. Orogênese ou orogenia.
Movimentos horizontais de grandes
massas de terras,
Ocorre em áreas instáveis.
menos lentos
c/ deformações de rochas.
em estruturas maleáveis e
c/ maior plasticidade.
menos resistentes a pressão.
Fazem surgir as dobras ou arqueamentos
e as falhas.
Um exemplo típico de
estrutura orogénica, é a
cordilheira dos Andes,
formada por alçamento de
terrenos, como consequência
do “choque” (pressão
horizontal), entre a Placa de
Nazca e a Placa sul-
americana.
Cordilheira dos Andes
2. Epirogênese ou Epirogenia
Movimentos verticais de grandes massas da
crosta,
Ocorre em áreas geologicamente estáveis.
Sem deformações de rochas.
Muito lento
Soerguimentos ou abatimentos,
Afectando o equilíbrio entre continentes e
oceanos.
É causa das transgressões e regressões
marinhas.
Os movimentos
epirogenêticos,
resultam de
acomodações
isostáticas entre a
crosta continental e a
astenosfera.
Fenómenos importantes
na Epirogenia:
1. Soerguimento de
massas - HORST
2. Abatimento ou
Subsidência de
massas -GRABEN
Bloco de
1 território
elevado em
HORST relação ao
território
vizinho, por
SOERGUIMENTO
acção de
movimentos
tectónicos.
Table Mountain,
(CapeTown -África do Sul)
2 Ou fossa tectónica,
é uma depressão de
origem tectónica,
em forma de
GRABEN um vale alongado
com fundo plano,
formada quando um
bloco de território fica
afundado em relação ao
SUBSIDÊNCIA território circundante em
resultado dos
movimentos combinados
de falhas geológicas
paralelas ou quase
paralelas.
Chapada Diamantina (Brasil)
1 Soerguimento
Ocorre devido a:
Encontro de duas placas continentais, nas
orogenias, podendo provocar grandes
arqueamentos positivos no continente,
levando a manifestação de movimentos
epirogenéticos.
Remoção da cobertura de gelo em épocas
interglaciais.
Processo de denudação das áreas
cratonizadas continentais.
Kupe's Sail , Nova Zelândia
2 Subsidência
Ocorre devido a:
Cobertura por gelo em épocas
glaciais.
Cobertura por grande quantidade de
materiais magmáticos oriundos
do vulcanismo, como depósitos de
lavas, cinzas e material piroclástico.
Obs. subsidência local pode ocorrer devido ao rebaixamento
do lençol freático ou por abatimento do terreno em regiões de
rochas calcárias, mas não são chamadas de epirogenéticas, pois
são devidas à acomodação do material local, não atingindo
grande profundidade e a litosfera como um todo e sem a
interveniência da astenosfera.
SUBSIDÊNCIA
Dobra
Cordilheira
Canyon
Fractura
Todos os processos Tectónicos
estão sempre associados ao
placas
movimento das
tectónicas.
MAPA MUNDI (actual)
1.2 Deriva Continental e Expansão dos
Fundos Oceânicos
Teoria da Deriva Continental – Em 1915
Alfred Wegener, na sua obra “The origin of
continents and oceans” produz argumentos
provocativos, (do ponto de vista
geológico), segundo os quais, há cerca de
200 M anos existia um super continente
(Pangea) que se terá fragmentado em
pequenos continentes que por conseguinte
teriam migrado ou “derivado” até as suas
posições actuais.
TEORIA DA DERIVA
CONTINENTAL
OS CONTINENTES TERIAM
ESTADO REUNIDOS NUM SÓ,
PANGEA E RODEADOS POR UM
ÚNICO OCEANO,
PANTALASSA.
PANGEA TER-SE-Á
FRAGMENTADO EM VÁRIOS
CONTINENTES QUE SE
SEPARARAM ATÉ ÁS POSIÇÕES
QUE OCUPAM HOJE.
SEPARAÇÃO DOS CONTINENTES
1.2.1 Evidências da deriva continental
Constatações de Wegener:
1. Similaridade ou coerência entre as
linhas de costa da América do Sul e da
África.
2. Fósseis de organismos encontrados
em diferentes continentes. Ex.,
mesosaurus, réptil marinho cujos fósseis
foram encontrados na América do Sul e
em África.
3. Similaridade quanto a idade, forma e
composição de estruturas rochosas em
continentes opostos. Exemplos,
- Cadeia dos montes apalaches na
América do Norte e cadeia dos montes
caledónios na Escandinávia.
4. Evidências paleoclimáticas.
5. Evidências na flora e na fauna.
Mesmo com todas as evidências,
pouco ou nenhum crédito se deu
à Teoria de Wegener, por este
não ter podido apresentar um
mecanismo sustentável, que
parecesse ser capaz de causar a
fragmentação e migração dos
continentes.
Wegener não explicou
porque é que os
continentes se
deslocam.
1.3 TECTÓNICA DE PLACAS
1.Placa EURASIÁTICA
2. “ AUSTRALIANA
3. “ FILIPINA
4. “ de COCOS
5. “ do PACÍFICO
6. “ NORTE AMERICANA
7.Placa ARÁBICA
8. “ de NAZCA
9. “ S.AMERICANA
10. “ AFRICANA
11. “ ANTÁRTIDA
12. “ CARIBENHA
As placas,
movem-se lenta e continuamente,
(2cm/ano).
movem-se como uma unidade coerente
(movimentos quase sincronizados).
tendem a variar de forma e tamanho.
é nos seus limites que ocorrem eventos
relevantes tais como, sismos, vulcões,
formação de montanhas, fossas oceânicas,
etc.
1.3.3 CROSTA OCEÂNIA E CROSTA CONTINENTAL
As placas tectónicas podem incluir crusta
continental ou crusta oceânica. Placa há
que contém os dois tipos por exemplo,
a placa Africana, que inclui o continente
africano e parte dos fundos marinhos
do Atlântico e do Índico. A parte das
placas tectónicas que é comum a todas
elas, é a camada sólida superior do
manto que se situa sob as crustas
continental e oceânica.
A distinção entre crusta continental e crusta
oceânica baseia-se na diferença de densidades
dos materiais que constituem cada uma delas;
a crusta oceânica é mais densa[8] devido às
diferentes proporções dos elementos
constituintes, em particular do silício.
Contém ROCHAS
GRANÍTICAS, (menos
pesadas).
A crusta oceânica é mais pobre em sílica e mais
rica em minerais máficos (geralmente mais
densos), enquanto que a crusta continental
apresenta maior percentagem de
minerais félsicos (em geral menos densos).
Contém ROCHAS
BASÁLTICAS, (mais
pesadas).
1.3.4 Tipos de Placas Litosféricas (3)
DIVERG.
TRANSF.
CONVERG.
1.3.7 O que é que acontece quando as
placas se movem?
1. DIVERGÊNCIA
Com o afastamento das placas, um
“vazio” entre as placas é preenchido
por material que ascende do manto,
criando enormes cadeias de
montanhas submersas chamadas
de dorsais ou cristas oceânicas.
No veio central das dorsais
forma-se uma nova crosta
oceânica que se vai tornando
mais densa a medida que for
arrefecendo e se distanciando
da fonte que a criara, devido ao
afastamento contínuo das
placas. (Expansão dos Fundos
Oceânicos).
o Exemplo 1:
Placa Africana afastando-se
da Placa Sul Americana
formando a Dorsal Meso-
Atlântica a meio do Atlântico
em expansão.
o Exemplo 2:
Placa Americana afastando-
se da Placa Eurasiana
formando a Dorsal Meso-
Atlântica a meio do Atlântico
em expansão.
AFASTAMENTO DE FORMAÇÃO DE
PLACAS DORSAIS
2. TRANSFORMÂNCIA
O movimento lateral esquerdo ou
direito entre duas placas ao longo
de uma falha transformante,
(deslizamento lateral), pode
produzir efeitos facilmente
observáveis à superfície. A tensão
causada pela fricção entre ambas as
placas gera uma energia potencial
que se liberta através de
movimentos sísmicos.
Exemplo:
Complexo da Falha de Santo André,
localizado na costa oeste
da América do Norte o qual faz
parte de um complexo sistema de
falhas desta região. Neste local, as
placas do Pacífico e norte-
americana movem-se relativamente
uma à outra.
A Placa do Pacífico move-se
na direcção noroeste,
passando ao lado da Placa
Norte Americana, gerando
intensa actividade tectónica
na costa oeste dos USA e
Canadá.
Falha de Santo André, Califórnia
Falha de Santo André, Califórnia
(imagem de satélite)
Resultado:
Presença de
soerguimentos ou
enrugamentos e
dobras.
3. CONVERGÊNCIA
A depender das densidades das
placas tectónicas, existem três
formas de convergência de placas:
3.1 OCEÂNICA / CONTINENTAL
- O Carácter termomagnético da
Terra.
ENERGIA MECÂNICA
ENERGIA ELÉCTRICA
e a ELECTRICIDADE
Induz
(cria)
CAMPO
MAGNÉTICO
Tudo isto, portanto,
por força do
LIQUIDO METÁLICO
(altíssimas temperaturas)
do Núcleo
É a Terra um corpo
quente ?
CALOR
.Favorece
.Dinamiza
Movimentos
da litosfera
O calor interno da Terra é, sobretudo, o
resultado da:
CONDUÇÃO CONVECÇÃO
1. Lento 1. Rápido
2. Transferência de 2. Produz o Campo
Energia entre as Magnético e o
moléculas Movimento das
3. Acontece na placas tectónicas.
crosta e na
Litosfera 3. Acontece no Núcleo
externo e no Manto
1.5 - Origem do Movimento de Placas
MINERAIS E GEMAS
Cap.2 MINERAIS E GEMAS
Tópicos:
2.1 Conceito de Mineral. O 2.4.2 Estrutura Cristalina
que é um mineral? 2.5 Sistemas Cristalinos e
2.1.1 Interpretação do Redes de Bravais.
conceito de mineral 2.6.1 Propriedades dos
2.2 Elementos e Cristais Minerais (Diferença entre
2.3 Como se formam os Fractura e Clivagem.)
minerais? 2.6.2 Outros métodos de
2.3.1 Exemplos de identificação dos minerais e
cristalização. Rochas.
2.4 Cristalografia Estrutural e 2.7 Principais Constituintes
Morfologia dos Cristais mineralógicos das Rochas.
(Classificação Química dos
2.4.1 Conceito de Célula Minerais).
Unitária (retículo cristalino
ou retículo espacial
2.1 Conceito de Mineral
O que é um mineral?
Mineral,
substância:
- sólida cristalina,
- de ocorrência natural
- geralmente inorgânica,
- e de composição química
específica.
Ex. Diamante, quartzo e feldspato.
2.1.1 Interpretação do conceito
de mineral:
A composição química de um
mineral tanto pode ser fixa como
variável.
Por exemplo, o quartzo tem uma
proporção fixa de dois átomos de
oxigênio para um de sílica .
IMPORTANTES
As propriedades dos
minerais são controladas
pela sua
composição química e
estrutura cristalina.
1. A FORMA ou HÁBITO dos cristais , é um
caractere que reflecte a estrutura das
muitas moléculas dos mineral. Esta
propriedade favorece bastante a
identificação de qualquer mineral.
Moderada
Irregular
Acontece
4. FRACTURA
quando, ao ser rompido, o
mineral quebra-se
normalmente, sem que
seja como nos casos de
clivagem. (plana, irregular,
concoidal)
Diferença entre fractura e clivagem
5 COR
Propriedade vantajosa para a pronta
identificação de um mineral, apesar de não
ser muito fiável. Variedades de um só
mineral podem existir apresentando
diferentes cores como é o caso da Fluorita,
(incolor, azul, verde amarela e violeta) e do
Quartzo.
Algumas anomalias de coloração de certos
minerais estão intrinsecamente
relacionadas com o arranjo químico interno
do mineral. Por exemplo, a Alexandrita é
verde á luz natural e rosada ou violeta a luz
artificial.
é a cor que
5. TRAÇO OU RISCA
fica sobre uma
superfície de porcelana
quando esta é riscada
por certo mineral.
6. BRILHO propriedade que
depende da absorção, reflexão
ou refracção da luz, pela
superfície do mineral.
O brilho pode ser metálico, não
metálico, adamantino, vítreo,
graxo sedoso, nacarado, resinoso,
etc.
7. MAGNETISMO propriedade
própria de minerais que são
atraídos pelo imã. (exemplos,
magnetita, pirrotita,
manganés, e níquel.
8. Dureza
É a resistência de um mineral ao
abrasão ou ao risco.
Feldspatos 59,5%
Quartzo 12,0%
Piroxénios e Anfibólios 16,8%
Micas 3,8%
Outros 7%
Feldspatos 59,5%
Quartzo 12,0%
Piroxênios e Anfibolitos 16,8%
Micas 3,8%
Minerais acessórios 7%
2.8 Minerais mais comuns
1. Quartzo :
de origem magmática.
geralmente irregular, anédrico quando se forma a
superfície.
cristais bem desenvolvidos quando se forma em
cavidades ou fracturas.
geralmente incolor, translúcido ou leitoso.
dureza 7
Sem clivagem
não se decompõe
Variedades: Ametista (roxa), Citrino (Amarelo),
hialino (transparente).
2. Feldspatos:
importantes constituintes das rochas
ígneas
boa clivagem quando não alterados.
cor geralmente clara, (branca, cinza, rosa
ou ligeiramente avermelhados).
dureza 6.
muito susceptíveis a alteração.
a distinção de feldspatos alcalinos de
plagioclases em microscópio óptico,
demanda bastante paciência.
3. Piroxênios, anfibólios, e
peridotitos:
Rocha (defin.1)
Agregado sólido,
Formado por um ou mais
minerais ou mineralóides
Ocorre naturalmente.
Rocha (defin.2)
Corpo sólido
De ocorrência natural
Formado por associações
estáveis de minerais,
compatíveis entre si e com o
ambiente termodinâmico e
químico em que foi criado.
Rocha (defin.3)
Sistema químico natural,
mono ou polifásico, (c/ um ou
com mais minerais),
resultante do equilíbrio
atingido pelos seus
constituintes (elementos
químicos)
Exemplo de rochas:
CALCÁRIO (contém apenas um
mineral, a calcita).
Sedimentares,
Formadas pela deposição de sedimentos e
posterior compressão destes.
Metamórficas
Formadas da alteração físico-química de
rochas preexistentes, por força das
variações de temperatura e pressão.
GRANITO
CALCÁRIO
GNAISSE
4.3 O ciclo das rochas
1.Definição:(o mesmo que ciclo geoquímico
ou ciclo petrogenético)
Conjunto de processos
geodinâmicos internos e externos
3.
SEDIMENTARES
O ciclo das rochas compreende:
EROSÃO
SEDIMENTAÇÃO
DIAGÉNESE
METAMORFISMO
MAGMATISMO e
OROGÉNESE
2. Descrição:
1. Tendo o Magma como pto. de
partida do ciclo:
Depois de ascender por via das
erupções vulcânicas, o magma
esfria e consolida-se no interior
ou na superfície através da
cristalização, formando as
rochas ígneas ou magmáticas.
2. Na superfície ou próximo dela,
depois de se submeterem a
acção dos agentes do
intemperismo como as águas
pluviais e residuais, os ventos , o
gelo e as variações de
temperatura, as rochas ígneas
acabam por se decompor e
desintegrar num processo
chamado de meteorização.
3. Os materiais e/ou partículas
que resultam da desagregação e
decomposição, são chamados de
sedimentos que uma vez
transportados pelas águas e
ventos, depositam-se noutros
locais onde formam campos de
dunas, planícies fluviais , praias,
etc.
depois de compactados mediante
a sobreposição de camadas e
cimentados com a percolação das
águas que contém carbonato de
cálcio e sílica, estes sedimentos
convertem-se em rocha, pelo
processo da litificação, formando
deste modo, as Rochas
Sedimentares.
4. As rochas sedimentares
submetidas a grandes temperaturas
e pressões correspondentes a
mudanças nas condições ambientais
com recristalização e rearranjo dos
seus minerais, dão origem as Rochas
Metamórficas. (mudanças de causas
tectónicas, cadeias montanhosas ou
contacto com massas magmáticas.)
Se as condições ambientais
a que estiverem submetidas
as rochas sedimentares forem
capazes de fundi-las, estas
rochas serão transformadas
em magma e podem voltar a
formar rochas ígneas.
Outra via do ciclo:
1.Rochas ígneas submetidas a
esforços tectónicos
compressivos,
acompanhados de aumento
de temperatura e pressão,
metamorfizam-se,
transformando-se em Rochas
metamórficas.
2. As rochas metamórficas , quer sejam
de origem ígnea ou de origem
sedimentar, quando expostas a
superfície, vão sofrer a acção dos
agentes de meteorização
transformando-se em seixos, grãos,
partículas ou soluções dissolvidas e
depois depositados como sedimentos.
Caso estes sedimentos se litifiquem,
(cimentação e compactação) passam a
ser rochas sedimentares.
As rochas sedimentares
expostas a superfície, sofrerão
a acção dos processos
intempéricos e se
desagregarão, ou serão
decompostos tornando-se
novamente sedimentos
inconsolidados, compondo
planícies ou campos de dunas.
ÍGNEAS ou
Rochas
MAGMÁTICAS
4.4 ROCHA ÍGNEA, ERUPTIVA OU
MAGMÁTICA
4.4.1
é toda a rocha que
resulta da solidificação
ou cristalização do
magma.
4.4.2 Classificação,
Segundo a PROFUNDIDADE:
1. Ígneas extrusivas
(vulcânicas ou efusivas)
Aplitos
Pegmatitos
Lamproítos
PEGMATITO
4.4.3 Classificação,
Segundo a TEXTURA:
1. Ígn. AFANÍTICAS
Apresentam cristais pequenos
(pouco desenvolvidos).
Cristalização feita na superfície ou
próximo dela.
Ex: Basaltos
2. Ígneas FANERÍTICAS
• Formadas em profundidade.
• Cristalização muito lenta.
• Cristais grandes e
• identificáveis com menor
dificuldade.
Ex: Granitos
3. Ígneas VÍTREAS
• Resultam do
arrefecimento rápido do
magma (lava) na
superfície.
• Não são formados cristais
Ex: Osidiana e pedra
pomes.
4.4.3 Classificação segundo a
Composição mineralógica
COMPOSIÇÃO Um só
magma
MINERALÓGICA pode
produzir
DA ROCHA rochas
com
Depende composi
ção
de minera
lógica
diversa
COMPOSIÇÃO
QUIMICA DO
MAGMA DE
ORIGEM
Composição das rochas
As rochas são compostas
pelos minerais que as
caracterizam. Os minerais
cristalizam-se quando
sujeitos a variações de
pressão e temperatura.
A Série Reaccional de Bowen
PLAGIOCLASE
OLIVINA
CÁLCICA
T
E PIROXENA
M
P
ANFIBOLA
E
R
A BIOTITA PLAGIOCLASE SÓDICA
T
U FELDSPATO POTÁSSICO
R
A MUSCOVITE
QUARTZO
4.4.4 Classificação segundo
o Teor de sílica (SiO2)
1. Ultramáficas
Pouca sílica (menos de 40%)
Ex: Peridotito
PERIDOTITO
2. Máficas
Contém entre 40 e 50% de
sílica
Compostos por piroxenas e
plagioclases cálcicas.
Ex: Basalto e Gabro
3.Intermediárias
Rochas que contêm cerca de
60 % de sílica.
Contêm plagioclases cálcicas,
piroxenas, anfíbolas e
minerais de sódio e alumínio
Ex: Andesito e Diorito
GABRO
ANDESITO
4. Félsicas
Rochas com mais de 70% de
Sílica
Pobres em ferro magnésio e
cálcio
Ricas em feldspatos
potássicos, micas e quartzos.
Ex: Granito e Riolito
RIOLITO
4.4.4 CORPOS INTRUSIVOS-OCORRÊNCIA-
Corpos intrusivos ou
Intrusões
Magmáticas
Formas discordantes
Formas concordantes:
A intrusão magmática intromete-se entre
os planos de estratificação da rocha
encaixante:
Exemplos:
SIL
LACÓLITO
LAPÓLITO
FACÓLITO
Lacólito
Tipo de intrusão ígnea concordante,
injectada entre duas camadas de
rochas.
Facólito
Corpo magmático intrusivo de
forma lenticular, concavo-convexo
entre estratos sedimentares no topo
de um anticlinal.
Formas discordantes:
Não dependem da
estratificação da rocha
encaixante
DIQUE
NECK
STOKS
BATÓLITOS
Dique
Formação ígnea intrusiva de
forma tabular. A espessura é
geralmente muito menor que as
suas restantes dimensões e pode
variar de alguns milímetros até
muitos metros enquanto que a
sua extensão lateral pode atingir
muitos quilómetros
DIQUE
Intrusão magmática de Pegmatito em Granito
Batólito
grande massa de rocha ígnea
intrusiva, com área superior a
100 km², formada por
arrefecimento de magma a
grande profundidade na crosta
terrestre.
Algumas características macroscópicas
para identificação das rochas ígneas:
São geralmente duras
Seus cristais dispõe-se por justa posição
Não apresentam estruturas segundo faixas ou
camadas.
São maciças, quebram-se de forma irregular.
Apresentam uma textura cristalina, vítrea ou
vesicular.
Não apresentam fósseis.
Apresentam alto teor em feldspatos.
Principais rochas ígneas:
Granito
Riolito
Sienito
Diorito
Andesito
Gabro
Diabásio
Basalto e Rochas ultramáficas.
Granito
(do latim granum grão, em referência à
textura da rocha) é um tipo comum
de rocha ígnea ou rocha magmática,
intrusiva ou plutónica de grão fino não
metamórfico, médio ou grosseiro,
composta essencialmente pelos
minerais: quartzo, mica e feldspato,
tendo como minerais acessórios mica
(normalmente presente),
hornoblenda, zircão e outros minerais.
É normalmente encontrado nas placas
continentais da crosta terrestre.
Picos de granito no Parque Nacional
Torres del Paine, Patagônia chilena
Basalto
Rocha ígnea eruptiva de
composição máfica, por isso rica
em silicatos de magnésio e ferro
e com baixo conteúdo em sílica,
que constitui uma das rochas
mais abundantes na crosta
terrestre.
O basalto é uma rocha de granulação fina,
coloração escura, matriz afanítica,
frequentemente com textura porfírica,
com fenocristais de olivina, augite e plagioclas
e, e uma matriz cristalina fina. Como minerais
acessórios encontram-se,
principalmente, óxidos de ferro e titânio.
Ocasionalmente encontram-se basaltos com
matriz vítrea, denominados sideromelanos,
com raros cristais ou mesmo sem eles. O
basalto, pela sua dureza e resistência
à meteorização, é explorada para a produção
de alvenarias e de agregados de construção
civil e como rocha ornamental para
revestimentos e calçadas. A produção de fibras
de basalto é uma indústria em expansão.
Afloramento basáltico
Riolito
Rocha densa
de granulação fina.
composta geralmente por
quartzo, feldspatos
alcalinos e plagioclases.
minerais acessórios mais comuns são
a biotite e quartzo.
cor cinza avermelhada, rosada,
podendo ser até preta.
A sua textura varia
de afanítica a porfirítica,
Gabro
rocha plutónica intrusiva escura
textura fanerítica e granulação média a
grossa.
composta essencialmente
por plagioclases[1] (labradorite a anortite), piro
xenas[1] e titanomagnetite.
A olivina magnesiana(forsterite pode ocorrer
como mineral acessório.
O gabro é o equivalente plutónico do basalto,
formando-se pelo arrefecimento lento
de magmas de composição basáltica.
Comercialmente os gabros são vendidos
como granito negro.[2]
GABRO
Série contínua:
Constituída por plagioclases, a composição a
maiores temperaturas permite a criação de
minerais com mais cálcio.
Quanto mais baixa a temperatura, menor a
quantidade de cálcio na composição da
rocha e maior a de sódio.
A transição entre os minerais é gradual, pois
as plagioclases são minerais isomorfos, ou
seja, apresentam a mesma forma cristalina
mas composição química diferente.
A anortite é cálcica por completo, enquanto
que a albite é somente constituída por sódio.
Rochas
METAMÓRFICAS
SEDIMENTARES
4.5.1 Rochas Sedimentares
ROCHA SEDIMENTAR
(Sedimentary rock)
Defin.
Rocha que resulta da desintegração
física e decomposição quimica de
rochas pré-existentes, sejam elas
ígneas, metamórficas ou mesmo
sedimentares.
Praia da Marinha, no Algarve.
A estratificação é bem visível nas rochas que circundam o
areal.
Miradouro da lua
Origem
Desintegração mecânica
Decomposição química
Transformações
t
Erosão Solucões
Fragmentos (Ca, Na, SiO2 )
Transporte
Deposição Compactação
LITIFICAÇÃO
ROCHA
SEDIMENTAR
ROCHA
SEDIMENTAR
Sedimentos Precipitados
clásticos ou quimicos e
detriticos orgânicos
(arenitos, (Calcários,
conglomerado Dolomites,
s, Sal, etc.
folhelhos,etc
Formam-se á superfície
ou próximo desta.
Dispõem-se em
estratos
Geralmente, podem
conter fósseis.
Os fragmentos de rochas
pre-existentes e ou os
materiais detríticos,
transformam-se em corpos
rochosos sedimentares por
meio da diagênese.
A combinação do calor, da
pressão causada pelo peso
dos sedimentos e dos iões
transportados pela água,
causa mudanças na natureza
química e física dos
sedimentos ao acontecer a
diagênese
Factores importantes num
processo diagenético:
1. Empacotamento dos
sedimentos
2. Expulsão da água que ocupa
os espaços entre os grãos.
3. Precipitação do cimento
químico ligando os grãos.
Principais processos de litificação
1. Compactação – Redução
volumétrica causada pelo peso
das camadas superpostas e
relacionada com a diminuição de
vazios, expulsão de liquidos e
aumento de densidade da rocha.
Típico dos sedimentos finos,
argilosos.
2. Cimentação – Deposição de
minerais nos interstícios do
sedimento, produzindo a
colagem das partículas
constituintes, típico dos
sedimentos grosseiros e
arenosos.
3. Recristalização. Mudanças
na textura devido ao
crescimento de cristais
menores ou fragmentos de
minerais até a formação de
um agregado de cristais
maiores. Típico dos
sedimentos quimicos.
… do sedimento a rocha …
Cimento – cement –
Substância mineral de
neoformação que aglutina
e fixa os elementos
detríticos de um
sedimento, consolidando-
o isto é, litificando-o.
Cimentos mais comuns:
Carbonato de Cálcio
(calcite)
Sílica (Opala,
Calcedonite,Quartzo)
Óxidos de Ferro (Hematite e
Goethite
O carbonato de cálcio resulta
da combinação de iões de
cálcio com dióxido de carbono
e água residual.
A sílica é o resultado da
meteorização química dos
feldspatos em rochas ígneas.
A recristalização ocorre em
condições de aumento de
temperatura e pressão, associado
com o peso dos sedimentos.
Alguns grãos minerais
recristalizados geram novos
minerais quimicamente mais
estáveis, a partir de outros que se
encontravam instáveis nas mesmas
condições ambientais.
4.5.2 Classificação das
rochas sedimentares
R.S. Clásticas
ROCHAS
SEDIMENTARES R.S. Químicas
R.S.Carbonáticas
Clásticas (classificáveis com base na granulometria)
São compostas por fragmentos de materiais derivados de
outras rochas.
São compostas basicamente por sílica (ex: quartzo), com
outros minerais comuns, como feldspato, anfibólios,
argilominerais e raramente alguns minerais ígneos mais exóticos.