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Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola

www.unimetroangola.com
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E ENGENHARIAS

APONTAMENTOS
DE
GEOLOGIA
LGMT IMETRO 2019
2º Semestre
Prof. Alfredo/Ladislau
CAP. I

TECTONISMO
Cap. 1 TECTONISMO
Tópicos:
 1.1 Conceito de: Tectonismo, Tectónica e  1.3.4 - Tipos de Placas Litosféricas
Tectonização.  1.3.5 – Teoria da Tectónica de Placas.
 -Relação com a Geologia Estrutural  1.3.6- Tipos de Limites de Placas.
 1.1.1 Subdivisões da Tectónica. (Orogenia  1.3.7 – O que é que acontece quando as
e Epirogenia) placas se movem?.
-Fenómenos mais importantes na  Para lembrar:
Epirogenia (Horst e Graben)
 - O carácter termomagnético da Terra
 1.2 Deriva Continental e Expansão dos
Fundos Oceânicos.  - Campo magnético e fluxos de calor.
 1.2.1 -Evidências da Deriva continental.  1.5 - Origem do Movimento de Placas
 1.3 – Tectónica de Placas.  1.5.1 – Mecanismo das Correntes de
 1.3.1 - Placas Tectónicas ou Placas Convexão do Magma
Litosféricas
 1.3.2 – Placas Principais
 1.3.3 – Crosta Oceânica e Crosta
Continental
 1.6 - Mapa
Interpretativo da
Tectónica de Placas
 1.7 - Resumo
 1.8 - Orogênese e
Cráton
FIM
1.1 TECTONISMO, TECTÓNICA ou
DIASTROFISMO -tectonicus-

Estudo das
deformações
dinâmicas de origem
interna da Terra.
Designada

Microtectónica
á escala microscópica

Tectónica global
á escala planetária e ou regional,
visando as cadeias montanhosas ou orógenos.
TECTONISMO,
Ramo da geologia que estuda
todos os movimentos tectónicos
da crosta terrestre, originando a
formação de variadas estruturas
do relevo da terra (bacias, fossas,
dorsais ou cristas oceânicas,
falhas, fracturas, dobras,
cordilheiras, etc.)
Tectonização – tectonization
 Conjunto de processos
de origem interna que
conduzem à deformação
dinâmica de determinada
porção ou unidade da
crosta terrestre.
.Estrutura
.Propriedades
.Evolução
(da crusta, C/ tempo)
Estudo
Movimentos
TECTÓNICA Processos
tectonicus - construção Forças

Estruturas
geológicas
Formação
e deformação
Geomorfologia
-Relação com a Geologia Estrutural
 Tectonicus, do grego, evoca
“construção”, “rearranjo”,
“arquitectura”, o que implica noção de
ESTRUTURA.

 Muitas vezes a Tectónica é tida como


sinónimo de Geologia estrutural (outra
parte da Geologia Geral), pelo facto de
ambas possuírem particularidades
comuns.
Ora,
 enquanto que a Geologia
estrutural se ocupa essencialmente
do estudo da geometria das
estruturas (geológicas),

 a Tectónica debruça-se sobre o


estudo das mesmas estruturas com
relação aos movimentos
(cinemática) e ás forças (dinâmica)
que as criaram.
TTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTT
T
Fenómenos DEFORMAÇÃO
TECTÓNICA que
conduzem á DAS ROCHAS
APÓS A SUA
Fenómenos
FORMAÇÃO
mais
importantes
1.1.1 Subdivisões da Tectónica.
(Orogênese e Epirogênese)

1 OROGENESE

TECTÓNICA
2 EPIROGENESE
1. Orogênese ou orogenia.
 Movimentos horizontais de grandes
massas de terras,
 Ocorre em áreas instáveis.
 menos lentos
 c/ deformações de rochas.
 em estruturas maleáveis e
 c/ maior plasticidade.
 menos resistentes a pressão.
 Fazem surgir as dobras ou arqueamentos
e as falhas.
Um exemplo típico de
estrutura orogénica, é a
cordilheira dos Andes,
formada por alçamento de
terrenos, como consequência
do “choque” (pressão
horizontal), entre a Placa de
Nazca e a Placa sul-
americana.
Cordilheira dos Andes
2. Epirogênese ou Epirogenia
 Movimentos verticais de grandes massas da
crosta,
 Ocorre em áreas geologicamente estáveis.
 Sem deformações de rochas.
 Muito lento
 Soerguimentos ou abatimentos,
 Afectando o equilíbrio entre continentes e
oceanos.
 É causa das transgressões e regressões
marinhas.
Os movimentos
epirogenêticos,
resultam de
acomodações
isostáticas entre a
crosta continental e a
astenosfera.
Fenómenos importantes
na Epirogenia:
1. Soerguimento de
massas - HORST
2. Abatimento ou
Subsidência de
massas -GRABEN
Bloco de
1 território
elevado em
HORST relação ao
território
vizinho, por
SOERGUIMENTO
acção de
movimentos
tectónicos.
Table Mountain,
(CapeTown -África do Sul)
2 Ou fossa tectónica,
é uma depressão de
origem tectónica,
 em forma de
GRABEN um vale alongado
com fundo plano,
formada quando um
bloco de território fica
afundado em relação ao
SUBSIDÊNCIA território circundante em
resultado dos
movimentos combinados
de falhas geológicas
paralelas ou quase
paralelas.
Chapada Diamantina (Brasil)
1 Soerguimento
Ocorre devido a:
 Encontro de duas placas continentais, nas
orogenias, podendo provocar grandes
arqueamentos positivos no continente,
levando a manifestação de movimentos
epirogenéticos.
 Remoção da cobertura de gelo em épocas
interglaciais.
 Processo de denudação das áreas
cratonizadas continentais.
Kupe's Sail , Nova Zelândia
2 Subsidência
Ocorre devido a:
 Cobertura por gelo em épocas
glaciais.
 Cobertura por grande quantidade de
materiais magmáticos oriundos
do vulcanismo, como depósitos de
lavas, cinzas e material piroclástico.
Obs. subsidência local pode ocorrer devido ao rebaixamento
do lençol freático ou por abatimento do terreno em regiões de
rochas calcárias, mas não são chamadas de epirogenéticas, pois
são devidas à acomodação do material local, não atingindo
grande profundidade e a litosfera como um todo e sem a
interveniência da astenosfera.
SUBSIDÊNCIA
Dobra
Cordilheira
Canyon
Fractura
Todos os processos Tectónicos
estão sempre associados ao

placas
movimento das

tectónicas.
MAPA MUNDI (actual)
1.2 Deriva Continental e Expansão dos
Fundos Oceânicos
 Teoria da Deriva Continental – Em 1915
Alfred Wegener, na sua obra “The origin of
continents and oceans” produz argumentos
provocativos, (do ponto de vista
geológico), segundo os quais, há cerca de
200 M anos existia um super continente
(Pangea) que se terá fragmentado em
pequenos continentes que por conseguinte
teriam migrado ou “derivado” até as suas
posições actuais.
TEORIA DA DERIVA
CONTINENTAL

 OS CONTINENTES TERIAM
ESTADO REUNIDOS NUM SÓ,
PANGEA E RODEADOS POR UM
ÚNICO OCEANO,
PANTALASSA.
 PANGEA TER-SE-Á
FRAGMENTADO EM VÁRIOS
CONTINENTES QUE SE
SEPARARAM ATÉ ÁS POSIÇÕES
QUE OCUPAM HOJE.
SEPARAÇÃO DOS CONTINENTES
1.2.1 Evidências da deriva continental

Constatações de Wegener:
 1. Similaridade ou coerência entre as
linhas de costa da América do Sul e da
África.
 2. Fósseis de organismos encontrados
em diferentes continentes. Ex.,
mesosaurus, réptil marinho cujos fósseis
foram encontrados na América do Sul e
em África.
 3. Similaridade quanto a idade, forma e
composição de estruturas rochosas em
continentes opostos. Exemplos,
- Cadeia dos montes apalaches na
América do Norte e cadeia dos montes
caledónios na Escandinávia.
 4. Evidências paleoclimáticas.
 5. Evidências na flora e na fauna.
Mesmo com todas as evidências,
pouco ou nenhum crédito se deu
à Teoria de Wegener, por este
não ter podido apresentar um
mecanismo sustentável, que
parecesse ser capaz de causar a
fragmentação e migração dos
continentes.
Wegener não explicou
porque é que os
continentes se
deslocam.
1.3 TECTÓNICA DE PLACAS

1.3.1 Placas tectónicas ou placas


litosféricas
 Grandes porções da litosfera
rígida
 Flutuam sobre a astenosfera
 Limitadas por zonas de
convergência, zonas de
divergência, ou zonas de obdução.
PLACAS TECTÓNICAS
1.3.2 PLACAS PRINCIPAIS (Doze 12):

1.Placa EURASIÁTICA
2. “ AUSTRALIANA
3. “ FILIPINA
4. “ de COCOS
5. “ do PACÍFICO
6. “ NORTE AMERICANA
7.Placa ARÁBICA
8. “ de NAZCA
9. “ S.AMERICANA
10. “ AFRICANA
11. “ ANTÁRTIDA
12. “ CARIBENHA
 As placas,
 movem-se lenta e continuamente,
(2cm/ano).
 movem-se como uma unidade coerente
(movimentos quase sincronizados).
 tendem a variar de forma e tamanho.
 é nos seus limites que ocorrem eventos
relevantes tais como, sismos, vulcões,
formação de montanhas, fossas oceânicas,
etc.
1.3.3 CROSTA OCEÂNIA E CROSTA CONTINENTAL
 As placas tectónicas podem incluir crusta
continental ou crusta oceânica. Placa há
que contém os dois tipos por exemplo,
a placa Africana, que inclui o continente
africano e parte dos fundos marinhos
do Atlântico e do Índico. A parte das
placas tectónicas que é comum a todas
elas, é a camada sólida superior do
manto que se situa sob as crustas
continental e oceânica.
 A distinção entre crusta continental e crusta
oceânica baseia-se na diferença de densidades
dos materiais que constituem cada uma delas;
a crusta oceânica é mais densa[8] devido às
diferentes proporções dos elementos
constituintes, em particular do silício.

Contém ROCHAS
GRANÍTICAS, (menos
pesadas).
 A crusta oceânica é mais pobre em sílica e mais
rica em minerais máficos (geralmente mais
densos), enquanto que a crusta continental
apresenta maior percentagem de
minerais félsicos (em geral menos densos).

Contém ROCHAS
BASÁLTICAS, (mais
pesadas).
1.3.4 Tipos de Placas Litosféricas (3)

 1. PLACA OCEÂNICA Todos os seus


contornos abrangem a crosta oceânica.
Exemplo disto, é a Placa do Pacífico.
 2. PLACA CONTINENTAL Todos os seus
contornos abrangem a crosta continental. É
exemplo disto, a Placa Arábica
 3. PLACA MISTA Os seus contornos
abrangem a crosta oceânica e a crosta
continental. É exemplo disto, a Placa
Africana
1.3.5“TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS”
(surgida da teoria da Deriva Continental)

A litosfera rígida está


fragmentada em enormes
segmentos, (placas), que se
movem permanentemente
sobre a astenosfera fluida.
1.3.6 TIPOS DE LIMITES DE PLACAS
1. Limites divergentes ou construtivos.
• qnd Duas placas se afastam uma da
outra. (“Construção” de nova crosta).
2. Limites transformantes ou conservativos.
• qnd Duas placas deslizam uma na outra ao
longo de uma falha. (Nada se constrói, nada se
destrui).
3. Limites convergentes ou destrutivos.
• qnd Duas placas se movem uma em direcção
à outra. (Destruição parcial de uma ou ambas
as placas).
Limites de placas:

DIVERG.

TRANSF.

CONVERG.
1.3.7 O que é que acontece quando as
placas se movem?

 1. DIVERGÊNCIA
Com o afastamento das placas, um
“vazio” entre as placas é preenchido
por material que ascende do manto,
criando enormes cadeias de
montanhas submersas chamadas
de dorsais ou cristas oceânicas.
No veio central das dorsais
forma-se uma nova crosta
oceânica que se vai tornando
mais densa a medida que for
arrefecendo e se distanciando
da fonte que a criara, devido ao
afastamento contínuo das
placas. (Expansão dos Fundos
Oceânicos).
o Exemplo 1:
Placa Africana afastando-se
da Placa Sul Americana
formando a Dorsal Meso-
Atlântica a meio do Atlântico
em expansão.
o Exemplo 2:
Placa Americana afastando-
se da Placa Eurasiana
formando a Dorsal Meso-
Atlântica a meio do Atlântico
em expansão.
AFASTAMENTO DE FORMAÇÃO DE
PLACAS DORSAIS
 2. TRANSFORMÂNCIA
O movimento lateral esquerdo ou
direito entre duas placas ao longo
de uma falha transformante,
(deslizamento lateral), pode
produzir efeitos facilmente
observáveis à superfície. A tensão
causada pela fricção entre ambas as
placas gera uma energia potencial
que se liberta através de
movimentos sísmicos.
Exemplo:
Complexo da Falha de Santo André,
localizado na costa oeste
da América do Norte o qual faz
parte de um complexo sistema de
falhas desta região. Neste local, as
placas do Pacífico e norte-
americana movem-se relativamente
uma à outra.
A Placa do Pacífico move-se
na direcção noroeste,
passando ao lado da Placa
Norte Americana, gerando
intensa actividade tectónica
na costa oeste dos USA e
Canadá.
Falha de Santo André, Califórnia
Falha de Santo André, Califórnia
(imagem de satélite)
Resultado:
Presença de

soerguimentos ou
enrugamentos e
dobras.
3. CONVERGÊNCIA
A depender das densidades das
placas tectónicas, existem três
formas de convergência de placas:
3.1 OCEÂNICA / CONTINENTAL

3.2 OCEÂNICA / OCEÂNICA

3.3 CONTINENTAL / CONTINENTAL


Movimentos de Convergência
(destrutivos)
 Neste caso, duas placas se movem, uma em
direcção à outra:
 Ou a placa mais densa mergulha debaixo da
placa menos densa formando uma zona de
subdução com fossa oceânica.
 Ou, ambas as placas se comprimem
formando cadeias de montanhas, caso elas
(placas) tenham o mesmo valor de
densidade.
3.1 OCEÂNICA / CONTINENTAL
 Placa oceânica, mais densa afunda ou
subduciona sob a continental, numa
área conhecida como Zona de Subdução
ou Zona de Beniof.
 Parte da placa que mergulha no manto,
funde-se (destruição).
 Intensa actividade sismico-vulcânica
 Uma vez fundida, o material já feito
magma a alta pressão extravasa em
vulcões para o continente, formando
cadeias de montanhas vulcânicas.
Exemplo: Colisão da Placa de Nazca com a Placa
Sul Americana formando a Fossa do Perú-Chile e a
Cordilheira dos Andes
3.2 OCEÂNICA / OCEÂNICA
 A placa oceânica mais antiga, mais fria e
mais densa, mergulha sobre a menos densa

 A actidade vulcânica ocorre de maneira


idêntica ao caso anterior ( oceânica
continental).

 Os vulcões gerados na placa oceânica,


menos densa, formam ilhas vulcânicas ou
arcos de ilhas.
Exemplo: Convergência entre a Placa Eurasiana e
a Placa Pacífica formando a Fossa do Japão e o
Arco de Ilhas do Japão
3.3 CONTINENTAL / CONTINENTAL

 Devido á baixa densidade de ambas


as placas, ao colidirem, nenhuma
delas “cavalga” sobre a outra.
(raramente ocorre subdução).
 A compressão elevadíssima entre
elas gera encurtamento crustal
(destruição) acompanhado da
formação de enormes cadeias
montanhosas.
Exemplo: Convergência entre a Placa Indiana e a
Placa Euroasiática, formando a grande
Cordilheira do Himalaia
Para lembrar:

 - O Carácter termomagnético da
Terra.

- Campo Magnético e Fluxos de


Calor
Magnetismo e Calor
 Terra é um corpo magnético,

cujo núcleo é comparado a


um íman auto sustentável.
NÚCLEO
converte

ENERGIA MECÂNICA

ENERGIA ELÉCTRICA
e a ELECTRICIDADE

Induz
(cria)

CAMPO
MAGNÉTICO
Tudo isto, portanto,

por força do

LIQUIDO METÁLICO
(altíssimas temperaturas)

do Núcleo
É a Terra um corpo
quente ?
CALOR

ÁTOMOS Ec. (impacto


RADIOACTI dos
VOS METEORITOS)
Calor do interior da Terra, que varia com a profundidade
(gradiente geotérmico)

.Favorece
.Dinamiza
Movimentos
da litosfera
 O calor interno da Terra é, sobretudo, o
resultado da:

1. Combinação do calor residual da


acreção planetária,
2. Calor resultado do decaimento
radioactivo de materiais da
estrutura terrestre.
o potássio-40, urânio-
238, urânio-235 e tório-232
são os
principais isótopos produto
res de calor na massa
terrestre.
FLUXO DE CALOR

CONDUÇÃO CONVECÇÃO
1. Lento 1. Rápido
2. Transferência de 2. Produz o Campo
Energia entre as Magnético e o
moléculas Movimento das
3. Acontece na placas tectónicas.
crosta e na
Litosfera 3. Acontece no Núcleo
externo e no Manto
1.5 - Origem do Movimento de Placas

Está na base da origem do


movimento de placas, a energia
termo radioactiva (calor) que
emana das profundezas do
Manto, processada através das
chamadas Correntes de
Convecção do Manto.
 Concorrem duas forças cujo papel é
determinante neste processo, a saber:
o atrito e a gravidade.
 Atrito do manto: (atrito entre a astenosfera
e a litosfera.)
 Gravidade O movimento das placas é
causado pela maior elevação das placas nas
cristas meso-oceânicas. A maior elevação é
causada pela relativamente baixa
densidade do material quente em ascensão
no manto.
1.5.1 – Mecanismo das Correntes de
Convecção do Magma

As Correntes de Convecção do


Manto (também chamadas de
Células de Convecção) são os
movimentos dos fluidos internos
que se realizam no manto, abaixo
da crosta terrestre, e que são
responsáveis pelo movimento das
placas litosféricas.
 As células de convecção e seus
movimentos ocorrem pelo fato de o
magma não possuir uma temperatura
homogênea.
 A região mais próxima ao núcleo é mais
aquecida e a região mais próxima à
crosta é mais “fria”.
 Assim, o magma que se encontra mais
elevado e que possui temperaturas
inferiores “desce” em direção ao núcleo
e o magma mais aquecido, por ser mais
leve, sobe em direção à crosta.
CORRENTES DE CONVECÇÃO
CAP. II

MINERAIS E GEMAS
Cap.2 MINERAIS E GEMAS
Tópicos:
 2.1 Conceito de Mineral. O  2.4.2 Estrutura Cristalina
que é um mineral?  2.5 Sistemas Cristalinos e
 2.1.1 Interpretação do Redes de Bravais.
conceito de mineral  2.6.1 Propriedades dos
 2.2 Elementos e Cristais Minerais (Diferença entre
 2.3 Como se formam os Fractura e Clivagem.)
minerais?  2.6.2 Outros métodos de
 2.3.1 Exemplos de identificação dos minerais e
cristalização. Rochas.
 2.4 Cristalografia Estrutural e  2.7 Principais Constituintes
Morfologia dos Cristais mineralógicos das Rochas.
(Classificação Química dos
 2.4.1 Conceito de Célula Minerais).
Unitária (retículo cristalino
ou retículo espacial
2.1 Conceito de Mineral
O que é um mineral?
Mineral,
substância:
- sólida cristalina,
- de ocorrência natural
- geralmente inorgânica,
- e de composição química
específica.
Ex. Diamante, quartzo e feldspato.
2.1.1 Interpretação do conceito
de mineral:

1 “Ocorrência natural” Para ser


qualificada como mineral, uma
substância deve ser encontrada
na natureza.
Os diamantes extraídos de
Catoca, são minerais, pois,
seu “habitat” primitivo é a
natureza. Nela foram
encontrados.
Todos os exemplares
sintéticos, produzidos em
laboratórios industriais, não
são considerados minerais,
nem os milhares de produtos
inventados pelos químicos.
2 “Substância sólida cristalina”

…Os minerais são, rigorosamente,


substâncias sólidas.
Não são:
nem líquidos,
 nem gases.
Dizer que um mineral é
cristalino, significa que as
minúsculas partículas de matéria
ou átomos que o compõem
estão dispostas num arranjo
tridimensional ordenado e
repetitivo.
Os materiais que não têm um
arranjo ordenado deste tipo,
são considerados vítreos ou
amorfos (sem forma) e por
convenção, não são
considerados minerais.
O vidro de uma janela é
amorfo, tal como alguns
vidros naturais formados dos
vulcões.
A vegetação em decomposição
num pântano pode ser
transformada, por processos
geológicos, em carvão que
também é feito de carbono
orgânico.
Embora forme depósitos
naturais, o carvão não é
tradicionalmente
considerado um mineral.
Muitos minerais são, no
entanto segregados por
organismos vivos. Um desses
minerais , a calcite, forma as
conchas de ostras e de muitos
outros organismos e contém
carbono inorgânico.
A calcite dessas conchas
que constitui a parte
principal de muitos
calcários, satisfaz a
definição de mineral, por
ser inorgânica e cristalina.
3 “ … geralmente inorgânicos…”

 Os minerais são substâncias


inorgânicas , excluindo assim os
materiais orgânicos que formam os
corpos das plantas e dos animais. A
matéria orgânica é composta de
carbono orgânico que é a forma de
carbono encontrada em todos os
organismos vivos ou mortos.
4 “… com composição química
especifica…”

O que torna cada mineral único é a


sua composição química e a forma
como estão dispostos os átomos na
sua estrutura interna.

A composição química de um
mineral tanto pode ser fixa como
variável.
Por exemplo, o quartzo tem uma
proporção fixa de dois átomos de
oxigênio para um de sílica .

Esta proporção nunca muda,


embora o quartzo possa ser
encontrado em muitos tipos de
rochas.
 Outro exemplo é a olivina, cuja
proporção dos seus componentes
(ferro, magnésio e sílica), é sempre fixa.

 Embora a razão entre os átomos de


ferro e magnésio possa variar, a
proporção entre a soma dos mesmos e
o total de átomos de silício permanece
sempre constante.
Olivina

Olivine crystals in a Basalt


2.2 Os Elementos e os Cristais
 Os Elementos (elementos
químicos) são como que os tijolos do
edifício de todos os materiais, sejam
eles minerais ou rochas.

Os átomos dos elementos juntam-


se para formar as moléculas (em
reações químicas).
Em temperaturas elevadas, as
moléculas desfazem-se em
grupos de átomos

 que ao juntarem-se de modo


ordenado, em lento arrefecimento,
formam cristais.
 CRISTAL - Corpo sólido no qual, as
partículas constituintes (átomos,
moléculas e iões) estão agregadas
regularmente, em forma de uma
estrutura cristalina que se manifesta
macroscopicamente numa disposição
definida de faces, planos, arestas e
vértices, em geral, com elevado grau de
simetria tridimensional.
Um cristal é um sólido no qual
os constituintes, sejam
eles átomos, moléculas ou íons,
estão organizados num padrão
tridimensional bem definido,
que se repete no espaço,
formando uma estrutura com
uma geometria específica.
 Cristal é uma forma da matéria na qual
as partículas constituintes estão
agregadas regularmente,
 criando uma estrutura cristalina que
 se manifesta macroscopicamente por
assumir a forma externa de
um sólido de faces planas regularmente
arranjadas, em geral com elevado grau
de simetria tridimensional.
Cristais de Quartzo
O quartzo é considerado o mineral mais abundante existente na Terra. Sua forma mais conhecida são as
de cristais de quartzo, semelhantes a pedaços de vidros quebrados.
As formações dos quartzos fazem parte de um processo geológico que pode levar milhares de anos. As pedras
de quartzo são compostas principalmente de Dióxido de Silício (SiO2), estando presente em todos os tipos de
formações rochosas do planeta, sejam ígneas, metamórficas ou sedimentares.
2.3 Como se formam os minerais?

Os minerais formam-se pelo


processo de cristalização de um
gás ou líquido cujos átomos, que
é o crescimento de um sólido a
partir de constituintes que se
agrupam segundo proporções e
arranjos cristalinos adequados.
2.3.1 Exemplos de cristalização

1. No diamante, mineral de


ligações covalentes, os átomos
de carbono juntam-se em
tetraedros, cada qual ligado a
outros , constituindo uma
estrutura tridimensional regular,
a partir de um grande número de
átomos.
A medida que o cristal de
diamante cresce, expande-se a
sua estrutura tetraédrica em
todas as direcções, sempre
adicionando novos átomos e
seguindo um arranjo geométrico
próprio.
Ligação covalente dos átomos de carbono no
Diamante
2. A congelação dos líquidos

Um processo de cristalização pode


começar a acontecer com a
diminuição da temperatura de um
liquido abaixo de seu ponto de
fusão. Para a água, por exemplo,
OºC é a temperatura abaixo da
qual os cristais de gelo começam a
formar-se.
3. O Resfriamento Magmático

Um magma que é uma rocha em


estado de fusão (altas
temperaturas), cristaliza em
minerais sólidos á medida que se
resfria.
Quando a sua temperatura
cai abaixo do seu ponto de
fusão (mais de 1000 ºC), os
cristais de silicatos como a
olivina e os feldspatos
começam a formar-se.
4. A formação da halite
Quando os líquidos de
uma solução se evaporam,
pode acontecer a
cristalização.
Exemplo disto é o que se vê em
soluções de salinas. A medida que a
água evapora, a concentração de sal
torna-se tão alta que a solução fica
saturada. A continuar a evaporação,
o sal começa a precipitar-se, isto é,
abandona a solução cristalizando-
se.
Cristais de Halita (NaCl) Sal Gema
2.4 Cristalografia Estrutural e
Morfologia dos Cristais
 Os cristais são corpos homogéneos
anisotrópicos pois suas propriedades
físicas e químicas variam em diferentes
direcções.

 As unidades de estrutura dos cristais são os


átomos, os iões ou as moléculas que
apresentam no espaço, um arranjo
tridimensional exacto.
2.4.1 Conceito de Célula Unitária

Célula unitária: é o menor


agrupamento de átomos
representativo de uma
determinada estrutura
cristalina específica.
(Ex: NaCl)
Exemplo de Célula
unitária do NaCl
Célula unitária
 Um cristal é um arranjo tridimensional
periódico, de átomos, de iões ou de
moléculas e pode ser definido como sólido
poliédrico limitado por faces planas que
exprimem um arranjo interno.

 O arranjo das partículas representa-se por um


retículo cristalino ou retículo espacial.

 Os planos situados em diferentes direcções


através dos pontos do retículo, denominam-
se planos reticulares (faces do cristal).
2.4.2 Estrutura cristalina
 Estrutura Cristalina – É a organização interna
de matéria sólida,
 caracterizada pelo arranjo espacial dos
respectivos átomos,
 segundo redes triperiódicas, isto é, cujos
motivos se repetem nas três direcções do
espaço.
 (Os minerais são por definição, corpos
naturais com estrutura cristalina)
Estrutura
cristalina significa o
arranjo espacial de
longo alcance em que se
encontram os átomos
ou moléculas no
mineral.
Estrutura Cristalina e
Composição Química

IMPORTANTES

 Propriedades do material (modo geral)


 Indicações sobre os processos e
ambientes geológicos que estiveram na
sua origem,
 Tipo de rochas de que poderá fazer
parte.
Estrutura cristalina de um cristal
de sal (NaCl). Note-se a ordenação
dos átomos.
Estrutura cristalina do Diamante
Estruturas da grafite e do Diamante
2.4.3 Corpo Cristalino

Um corpo é cristalino quando a


sua estrutura interna é
composta por partículas
organizadas de forma regular e
geométrica, constituindo
matéria cristalina, havendo
portanto simetria.
2.5 Sistemas Cristalinos e Redes de
Bravais

 Todos os minerais desenvolvem-


se segundo formas geométricas
definidas.

 Tais formas constituem os


sistemas cristalinos.
Sistema cristalino
é a designação dada a um
grupo de ordenamento
espacial pontual regular
de átomos ou moléculas.
São reconhecidos 7 (sete) sistemas
cristalinos:
Redes de Bravais

Na natureza existem 14


arranjos básicos
tridimensionais de partículas,
(neste caso átomos ou
moléculas, entenda-se),
designados por redes de
Bravais.
 Redes de Bravais, homenagem a Auguste
Bravais que demonstrou a sua existência em 1848,
é a denominação dada às configurações básicas
que resultam da combinação dos sistemas de
cristalização com a disposição das partículas em
cada uma das células unitárias de uma estrutura
cristalina, sendo estas células entendidas como
os paralelepípedos que constituem a menor
subdivisão de uma rede cristalina que conserva as
características gerais de todo o retículo,
permitindo que por simples replicação da mesma
se possa reconstruir o sólido cristalino completo.
Para além da sua utilização em cristalografia, as
redes de Bravais constituem uma importante
ferramenta de análise tridimensional
em geometria euclidiana.
Quartzo de titânio
Note bem:
 A mineralogia como parte da geologia
geral, é a ciência que estuda os minerais.
Este estudo envolve:
- o conhecimento da estrutura interna,
- composição,
- propriedades físicas e químicas .
- modo de formação,
- ocorrência
- associações e classificação
 Minério é um agregado de um ou mais
minerais de interesse económico,
normalmente associado á ganga (parte
sem valor económico). A partir de um
minério pode-se extrair, com proveito
económico, um ou mais metais ou
substâncias úteis como matérias primas
ou fontes de energia.

 Mina: local de extração de um minério.


OPALA
As Gemas
 As Gemas ou Pedras Preciosas, são
determinados tipos de cristais que se
caracterizam por um brilho especial ou pela
sua cor e que desde épocas muito recuadas
a humanidade tem apreciado. Muitos
desses cristais são raros ou apenas em
certos casos adquirem um tamanho
significativo para serem talhados. Contudo,
para se transformarem em jóias valiosas, é
necessário realçar as suas propriedades,
algo que se consegue através do talhe.
2.6.1 Propriedades dos minerais

 As propriedades dos
minerais são controladas
pela sua
composição química e
estrutura cristalina.
1. A FORMA ou HÁBITO dos cristais , é um
caractere que reflecte a estrutura das
muitas moléculas dos mineral. Esta
propriedade favorece bastante a
identificação de qualquer mineral.

 Entre outras, distinguem-se as formas


cúbica, octaédrica, tabular, isométrica,
fibrosa, prismática, capilar, acicular,
maciça, botrioidal, granular, dendrítica,
lamelar, etc.
2. Polimorfismo e isomorfismo
Minerais polimorfos
(“poli”-muitos e “morphos”-forma), São
aqueles que têm a
- mesma composição química
- estruturas cristalinas diferentes
Exemplos: -Diamante e Grafita, (C)
-Calcite e Aragonite
(CaCO3 )
Minerais isomorfos
( “iso”- igual, “morphos” – forma) São
aqueles que têm
- estrutura cristalina semelhante
- composição química diferente ou
variável.
Exemplos: Calcita CaCO3 –
Magnesite MgCO3 – Siderite FeCO3
 3. CLIVAGEM Alguns
minerais, quando pressionados ou
martelados, se desfazem segundo
planos relacionados com a sua
estrutura molecular interna e
paralelos às possíveis faces do
cristal. É o que acontece com a
calcita e as micas.
 CLIVAGEM
Boa ou Perfeita

Moderada

Irregular
Acontece
4. FRACTURA
quando, ao ser rompido, o
mineral quebra-se
normalmente, sem que
seja como nos casos de
clivagem. (plana, irregular,
concoidal)
Diferença entre fractura e clivagem
5 COR
 Propriedade vantajosa para a pronta
identificação de um mineral, apesar de não
ser muito fiável. Variedades de um só
mineral podem existir apresentando
diferentes cores como é o caso da Fluorita,
(incolor, azul, verde amarela e violeta) e do
Quartzo.
 Algumas anomalias de coloração de certos
minerais estão intrinsecamente
relacionadas com o arranjo químico interno
do mineral. Por exemplo, a Alexandrita é
verde á luz natural e rosada ou violeta a luz
artificial.
é a cor que
5. TRAÇO OU RISCA
fica sobre uma
superfície de porcelana
quando esta é riscada
por certo mineral.
6. BRILHO propriedade que
depende da absorção, reflexão
ou refracção da luz, pela
superfície do mineral.
O brilho pode ser metálico, não
metálico, adamantino, vítreo,
graxo sedoso, nacarado, resinoso,
etc.
7. MAGNETISMO propriedade
própria de minerais que são
atraídos pelo imã. (exemplos,
magnetita, pirrotita,
manganés, e níquel.
8. Dureza
 É a resistência de um mineral ao
abrasão ou ao risco.

A dureza é reflexo da força de


ligação dos átomos, iões e
moléculas na estrutura interna do
mineral.
A Escala de Mohs é, actualmente, a
escala mais usada para comparações de
dureza dos minerais.
 9. LUMINESCÊNCIA é a transformação
de certos tipos de energia (mecânica,
química, térmica ou irradiações
invisíveis) em energia luminosa.
 A fluorita, o quartzo e a Willemita,
quando mutuamente friccionados,
emitem luz.

 Ainda a fluorita e o diamante, emitem


luz depois de aquecidos a chama.
 10. CONDUTIBILIDADE ELÉCTRICA é
também uma propriedade que facilita
a identificação de alguns minerais.
Cristais de enxofre, quartzo e topázio,
quando friccionados, desprendem
cargas eléctricas.

 11. RADIOACTIVIDADE ( A uraninite, e


torbernite são minerais radioactivos)
12. PROPRIEDADES ÓPTICAS
PARTICULARES
 Para além das propriedades já estudadas,
pode-se fazer recurso á outras
propriedades , ditas ópticas, para a
identificação dos minerais.
Tais propriedades são:
 Índice de refracção
 Isotropia e anisotropia óptica
(diferenciação de silicatos em microscópio
de luz polarisante).
2.6.2 Outros métodos de
identificação de minerais e rochas:

 Análise sob Raios X.


 Análise térmica diferencial
 Espectroscopia sob Infra-vermelhos.
 Análise sob micro sonda electrónica.
 Scanning.
 EDAX.
Nkosi
2.7 Principais Constituintes
Mineralógicos das Rochas:
NOME DO MINERAL OU OCORRÊNCIA (% NA
GRUPO DE MINERAIS CROSTA)

Feldspatos 59,5%
Quartzo 12,0%
Piroxénios e Anfibólios 16,8%
Micas 3,8%
Outros 7%
Feldspatos 59,5%
Quartzo 12,0%
Piroxênios e Anfibolitos 16,8%
Micas 3,8%
Minerais acessórios 7%
2.8 Minerais mais comuns
1. Quartzo :
 de origem magmática.
 geralmente irregular, anédrico quando se forma a
superfície.
 cristais bem desenvolvidos quando se forma em
cavidades ou fracturas.
 geralmente incolor, translúcido ou leitoso.
 dureza 7
 Sem clivagem
 não se decompõe
 Variedades: Ametista (roxa), Citrino (Amarelo),
hialino (transparente).
2. Feldspatos:
 importantes constituintes das rochas
ígneas
 boa clivagem quando não alterados.
 cor geralmente clara, (branca, cinza, rosa
ou ligeiramente avermelhados).
 dureza 6.
 muito susceptíveis a alteração.
 a distinção de feldspatos alcalinos de
plagioclases em microscópio óptico,
demanda bastante paciência.
3. Piroxênios, anfibólios, e
peridotitos:

 são, geralmente, as rochas mais escuras


(máficas), rochas pretas, verdes, azuis, etc.
 mais densos que os feldspatos devido a
presença de catiões de Fe e Mg na sua
estrutura interna.
 muito susceptíveis a alteração com a
humidade.
 Tendem a transformar-se em minerais
argilosos, micas, talcos serpentinas, etc.
4. Carbonatos

 minerais de baixa dureza


 clivagem romboédrica perfeita e bem
desenvolvida
 cores variadas:
- Calcita (branca, amarela, translúcida)
- Dolomita (escura mas clara também)
- Siderita (vermelha).
 produzem efervescência em contacto com
ácidos.
 não se decompõem (a calcita e a dolomite )
5. Fosfatos

associados ao ião PO4.O


apatita, (Ca5 (F, Cl, OH) (PO) é o
mais comum
cristais hexagonais
fosfatos são bons fertilizantes
6. Sulfatos
 associados ao ião SO4
 barita (Ba SO4) é o mais comum
- muito denso (4 a 4,5)
- empregue na indústria do vidro
cerâmica
 gipsita (Ca SO4. 2H2O)
- empregue na indústria do gesso
7. Sulfetos:

 minerais metálicos, combinados com


enxofre, bismuto , telúrio e outros.
 metálicos, densos e opacos
-blenda (SZn)
- arsénia (SAg2)
- galena (SPb)
- calcopirita (S2FeCu)
- niquelita (AsNi)
8. Óxidos:
Nestes minerais, geralmente, as
suas cores quando relacionadas
com algumas propriedades físicas
como a dureza, o magnetismo e
outras, têm sido bom indicativo
para a identificação do mesmos (
Hematita, Cassiterita, Columbita,
Manganita,etc.)
9. Hidróxidos:
 limonita
-cor- vinho tinto
-risca- amarela
 psilomelano
-cor- preta
-risca- preta
 bauxita
-cor-clara avermelhada
pouco denso
10. Argilominerais:

Alteração dos felldspatos,


piroxénios e anfibólios

 partículas minerais com diâmetro


inferior a 0.0004 mm
Cap. IV ESTUDO DAS ROCHAS
4.1 O que é uma rocha?

Rocha (defin.1)
 Agregado sólido,
 Formado por um ou mais
minerais ou mineralóides
 Ocorre naturalmente.
Rocha (defin.2)
Corpo sólido
De ocorrência natural
Formado por associações
estáveis de minerais,
compatíveis entre si e com o
ambiente termodinâmico e
químico em que foi criado.
Rocha (defin.3)
Sistema químico natural,
mono ou polifásico, (c/ um ou
com mais minerais),
resultante do equilíbrio
atingido pelos seus
constituintes (elementos
químicos)
Exemplo de rochas:
CALCÁRIO (contém apenas um
mineral, a calcita).

GRANITO ( rocha contém vários


minerais tais como o quartzo e os
feldspatos)
4.2 Classificação das rochas
Seg./ origem:

1. ÍGNEAS ou MAGMÁTICAS


(granito)
 2. SEDIMENTARES (arenito)
3.METAMÓRFICAS (gnaisse)
 Magmáticas
Formadas da cristalização do magma.

 Sedimentares,
Formadas pela deposição de sedimentos e
posterior compressão destes.

 Metamórficas
Formadas da alteração físico-química de
rochas preexistentes, por força das
variações de temperatura e pressão.
GRANITO
CALCÁRIO
GNAISSE
4.3 O ciclo das rochas
1.Definição:(o mesmo que ciclo geoquímico
ou ciclo petrogenético)
 Conjunto de processos
geodinâmicos internos e externos

que conduzem à transformações


das rochas, umas nas outras, ao
longo do tempo geológico.
Permite:
1. Perceber a origem d0s três
grandes grupos de rochas.
2. Perceber que ambos os
grupos estão interligados
por processos naturais,
tanto na superfície como no
interior da Terra.
Ciclo das rochas INTERACÇÃO
1. 2.

3.

SEDIMENTARES
O ciclo das rochas compreende:
 EROSÃO
 SEDIMENTAÇÃO
 DIAGÉNESE
 METAMORFISMO
 MAGMATISMO e
 OROGÉNESE
2. Descrição:
1. Tendo o Magma como pto. de
partida do ciclo:
Depois de ascender por via das
erupções vulcânicas, o magma
esfria e consolida-se no interior
ou na superfície através da
cristalização, formando as
rochas ígneas ou magmáticas.
2. Na superfície ou próximo dela,
depois de se submeterem a
acção dos agentes do
intemperismo como as águas
pluviais e residuais, os ventos , o
gelo e as variações de
temperatura, as rochas ígneas
acabam por se decompor e
desintegrar num processo
chamado de meteorização.
3. Os materiais e/ou partículas
que resultam da desagregação e
decomposição, são chamados de
sedimentos que uma vez
transportados pelas águas e
ventos, depositam-se noutros
locais onde formam campos de
dunas, planícies fluviais , praias,
etc.
 depois de compactados mediante
a sobreposição de camadas e
cimentados com a percolação das
águas que contém carbonato de
cálcio e sílica, estes sedimentos
convertem-se em rocha, pelo
processo da litificação, formando
deste modo, as Rochas
Sedimentares.
4. As rochas sedimentares
submetidas a grandes temperaturas
e pressões correspondentes a
mudanças nas condições ambientais
com recristalização e rearranjo dos
seus minerais, dão origem as Rochas
Metamórficas. (mudanças de causas
tectónicas, cadeias montanhosas ou
contacto com massas magmáticas.)
 Se as condições ambientais
a que estiverem submetidas
as rochas sedimentares forem
capazes de fundi-las, estas
rochas serão transformadas
em magma e podem voltar a
formar rochas ígneas.
Outra via do ciclo:
1.Rochas ígneas submetidas a
esforços tectónicos
compressivos,
acompanhados de aumento
de temperatura e pressão,
metamorfizam-se,
transformando-se em Rochas
metamórficas.
2. As rochas metamórficas , quer sejam
de origem ígnea ou de origem
sedimentar, quando expostas a
superfície, vão sofrer a acção dos
agentes de meteorização
transformando-se em seixos, grãos,
partículas ou soluções dissolvidas e
depois depositados como sedimentos.
Caso estes sedimentos se litifiquem,
(cimentação e compactação) passam a
ser rochas sedimentares.
 As rochas sedimentares
expostas a superfície, sofrerão
a acção dos processos
intempéricos e se
desagregarão, ou serão
decompostos tornando-se
novamente sedimentos
inconsolidados, compondo
planícies ou campos de dunas.
ÍGNEAS ou
Rochas
MAGMÁTICAS
4.4 ROCHA ÍGNEA, ERUPTIVA OU
MAGMÁTICA
4.4.1
é toda a rocha que
resulta da solidificação
ou cristalização do
magma.
4.4.2 Classificação,
 Segundo a PROFUNDIDADE:
1. Ígneas extrusivas
(vulcânicas ou efusivas)

• Cristalizam na superfície ou próximo.


• O arrefecimento da lava é rápido.
• Textura vítrea.

Ex: BASALTOS, TRAQUITOS E


ANDESITOS
Paisagem basáltica
Basalto
Blocos de Traquito
Sienito
PEDRA-POMES
2. Ígneas Intrusivas
(plutónicas ou abissais)
• Arrefecimento lento
• Grandes massas e
• a grandes profundidades
• Textura holocristalina
• Estrutura maciça (granular)
Ex: GRANITO, DIORITO
3. Ígneas filonianas ou hipoabissais
• Rochas de transição entre as
intrusivas e as extrusivas.
• Resfriamento do magma em
fissuras ou fracturas devido a
presença de soluções
hidrotermais).
Exemplo de rochas filonianas:

Aplitos
Pegmatitos
Lamproítos
PEGMATITO
4.4.3 Classificação,
Segundo a TEXTURA:

1. Ígn. AFANÍTICAS
Apresentam cristais pequenos
(pouco desenvolvidos).
Cristalização feita na superfície ou
próximo dela.
Ex: Basaltos
2. Ígneas FANERÍTICAS
• Formadas em profundidade.
• Cristalização muito lenta.
• Cristais grandes e
• identificáveis com menor
dificuldade.
Ex: Granitos
3. Ígneas VÍTREAS
• Resultam do
arrefecimento rápido do
magma (lava) na
superfície.
• Não são formados cristais
Ex: Osidiana e pedra
pomes.
4.4.3 Classificação segundo a
Composição mineralógica
COMPOSIÇÃO Um só
magma
MINERALÓGICA pode
produzir
DA ROCHA rochas
com
Depende composi
ção
de minera
lógica
diversa
COMPOSIÇÃO
QUIMICA DO
MAGMA DE
ORIGEM
Composição das rochas
 As rochas são compostas
pelos minerais que as
caracterizam. Os minerais
cristalizam-se quando
sujeitos a variações de
pressão e temperatura.
A Série Reaccional de Bowen

Norman Levi Bowen, formula


a chamada Série de Bowen
em estudos em que ele
descreve como se cristalizam
os minerais quando sujeitos
a variações de pressão
Série de Bowen.
A série de Bowen é constituída por duas
partes:
Série descontínua:
 Constituída por 4 minerais que são, por
ordem decrescente da temperatura a que se
formam, a olivina, a piroxena, a anfíbola e
a biotite. Estes minerais não apresentam igual
estrutura cristalina e a transição entre eles não
é gradual. Progressivamente, os minerais
possuem menos ferro e magnésio (minerais
máficos) e mais sílica e alumínio (minerais
félsicos) e quando se dá a cristalização da
biotite, a percentagem de ferro e magnésio é
nula na composição do magma residual.
Série contínua:
 Constituída por plagioclases, a composição a
maiores temperaturas permite a criação de
minerais com mais cálcio.
 Quanto mais baixa a temperatura, menor a
quantidade de cálcio na composição da rocha
e maior a de sódio.
 A transição entre os minerais é gradual, pois
as plagioclases são minerais isomorfos, ou
seja, apresentam a mesma forma cristalina
mas composição química diferente.
A anortite é cálcica por completo, enquanto
que a albite é somente constituída por sódio.
 Depois das séries: ocorre cristalização dos restantes componentes,
formando minerais ricos em sílica. O quartzo, o último mineral
formado, é completamente constituído por sílica.
 Série Descontínua
 Olivina
 Piroxena
 Anfíbola
 Biotite
 Ortoclase
(Feldspato Potássico)
 Moscovite
 Quartzo
 Série Contínua
 Anortite (+Ca)
 →
 Albite (+Na)
 No sentido → (esquerda-direita): diminuição da temperatura relativa
de cristalização e do ponto de fusão, aumento da resistência do
mineral e da hidratação do magma
SÉRIE DE BOWEN
SERIES DESCONTÍNUAS SÉRIES CONTÍNUAS

PLAGIOCLASE
OLIVINA
CÁLCICA
T
E PIROXENA
M
P
ANFIBOLA
E
R
A BIOTITA PLAGIOCLASE SÓDICA
T
U FELDSPATO POTÁSSICO
R
A MUSCOVITE

QUARTZO
4.4.4 Classificação segundo
o Teor de sílica (SiO2)

1. Ultramáficas
Pouca sílica (menos de 40%)
Ex: Peridotito
PERIDOTITO
2. Máficas
Contém entre 40 e 50% de
sílica
Compostos por piroxenas e
plagioclases cálcicas.
Ex: Basalto e Gabro
3.Intermediárias
Rochas que contêm cerca de
60 % de sílica.
Contêm plagioclases cálcicas,
piroxenas, anfíbolas e
minerais de sódio e alumínio
Ex: Andesito e Diorito
GABRO
ANDESITO
4. Félsicas
Rochas com mais de 70% de
Sílica
Pobres em ferro magnésio e
cálcio
Ricas em feldspatos
potássicos, micas e quartzos.
 Ex: Granito e Riolito
RIOLITO
4.4.4 CORPOS INTRUSIVOS-OCORRÊNCIA-

 As rochas intrusivas podem


ocorrer de maneiras muito
diversas,
formando corpos de formas e
tamanhos variados e que
apresentam relações variadas
com as rochas encaixantes.
Formas concordantes

Corpos intrusivos ou
Intrusões
Magmáticas
Formas discordantes
Formas concordantes:
A intrusão magmática intromete-se entre
os planos de estratificação da rocha
encaixante:
Exemplos:
SIL
LACÓLITO
LAPÓLITO
FACÓLITO
Lacólito
Tipo de intrusão ígnea concordante,
injectada entre duas camadas de
rochas.
Facólito
Corpo magmático intrusivo de
forma lenticular, concavo-convexo
entre estratos sedimentares no topo
de um anticlinal.
 Formas discordantes:
Não dependem da
estratificação da rocha
encaixante
DIQUE
NECK
STOKS
BATÓLITOS
Dique
Formação ígnea intrusiva de
forma tabular. A espessura é
geralmente muito menor que as
suas restantes dimensões e pode
variar de alguns milímetros até
muitos metros enquanto que a
sua extensão lateral pode atingir
muitos quilómetros
DIQUE
Intrusão magmática de Pegmatito em Granito
Batólito
grande massa de rocha ígnea
intrusiva, com área superior a
100 km², formada por
arrefecimento de magma a
grande profundidade na crosta
terrestre.
Algumas características macroscópicas
para identificação das rochas ígneas:
São geralmente duras
 Seus cristais dispõe-se por justa posição
 Não apresentam estruturas segundo faixas ou
camadas.
 São maciças, quebram-se de forma irregular.
 Apresentam uma textura cristalina, vítrea ou
vesicular.
 Não apresentam fósseis.
 Apresentam alto teor em feldspatos.
Principais rochas ígneas:
Granito
Riolito
Sienito
 Diorito
 Andesito
 Gabro
Diabásio
Basalto e Rochas ultramáficas.
Granito
(do latim granum grão, em referência à
textura da rocha) é um tipo comum
de rocha ígnea ou rocha magmática,
intrusiva ou plutónica de grão fino não
metamórfico, médio ou grosseiro,
composta essencialmente pelos
minerais: quartzo, mica e feldspato,
tendo como minerais acessórios mica
(normalmente presente),
hornoblenda, zircão e outros minerais.
É normalmente encontrado nas placas
continentais da crosta terrestre.
Picos de granito no Parque Nacional
Torres del Paine, Patagônia chilena
Basalto
 Rocha ígnea eruptiva de
composição máfica, por isso rica
em silicatos de magnésio e ferro
e com baixo conteúdo em sílica,
que constitui uma das rochas
mais abundantes na crosta
terrestre.
O basalto é uma rocha de granulação fina,
coloração escura, matriz afanítica,
frequentemente com textura porfírica,
com fenocristais de olivina, augite e plagioclas
e, e uma matriz cristalina fina. Como minerais
acessórios encontram-se,
principalmente, óxidos de ferro e titânio.
Ocasionalmente encontram-se basaltos com
matriz vítrea, denominados sideromelanos,
com raros cristais ou mesmo sem eles. O
basalto, pela sua dureza e resistência
à meteorização, é explorada para a produção
de alvenarias e de agregados de construção
civil e como rocha ornamental para
revestimentos e calçadas. A produção de fibras
de basalto é uma indústria em expansão.
Afloramento basáltico
Riolito
 Rocha densa
 de granulação fina.
 composta geralmente por
quartzo, feldspatos
alcalinos e plagioclases.
 minerais acessórios mais comuns são
a biotite e quartzo.
 cor cinza avermelhada, rosada,
podendo ser até preta.
 A sua textura varia
de afanítica a porfirítica,
Gabro
 rocha plutónica intrusiva escura
 textura fanerítica e granulação média a
grossa.
 composta essencialmente
por plagioclases[1] (labradorite a anortite), piro
xenas[1] e titanomagnetite.
 A olivina magnesiana(forsterite pode ocorrer
como mineral acessório.
 O gabro é o equivalente plutónico do basalto,
formando-se pelo arrefecimento lento
de magmas de composição basáltica.
 Comercialmente os gabros são vendidos
como granito negro.[2]
GABRO
Série contínua:
 Constituída por plagioclases, a composição a
maiores temperaturas permite a criação de
minerais com mais cálcio.
 Quanto mais baixa a temperatura, menor a
quantidade de cálcio na composição da
rocha e maior a de sódio.
 A transição entre os minerais é gradual, pois
as plagioclases são minerais isomorfos, ou
seja, apresentam a mesma forma cristalina
mas composição química diferente.
A anortite é cálcica por completo, enquanto
que a albite é somente constituída por sódio.
Rochas
METAMÓRFICAS
SEDIMENTARES
4.5.1 Rochas Sedimentares
ROCHA SEDIMENTAR
(Sedimentary rock)
 Defin.
Rocha que resulta da desintegração
física e decomposição quimica de
rochas pré-existentes, sejam elas
ígneas, metamórficas ou mesmo
sedimentares.
Praia da Marinha, no Algarve.
A estratificação é bem visível nas rochas que circundam o
areal.
Miradouro da lua
Origem

Por força do intemperismo (meteorização),


as rochas mais antigas sofrem:

 Desintegração mecânica
 Decomposição química
Transformações
t

químicas nos minerais


1 2
Feldspatos,
 Ca, Mg, K, micas e
Na Fe, Quartz anfibólios
dissolvidos e o, sãotransforma
levados pelas granad dos em
águas de ae
monazi argilominerais
infiltração ta não (minerais
precipitam-se se moles,
sob a forma de altera terrosos
sedimentos m
cristais
quimicos pequeninos)
SOLOS
RESIDUAIS
(argilas
areias e
fragmentos
de rocha)
Estes solos residuais,
depois de transportados ou
não pelas águas pluviais ,
residuais ou pelo vento são
depositados em locais
certos, formando então os
chamados sedimentos
clásticos ou detríticos.
Os sedimentos tenderão a
acumular-se naturalmente em
camadas cujo peso sobre as
camadas inferiores fará com que
que as águas sejam expulsas e por
conseguinte os materiais moles e
incoesos se endureçam, litificando-
se ou seja, se transformem em
rocha, neste caso, rocha sedimentar
.
 Litificação – lithificaction –
Transformação de um
sedimento incoeso em rocha
sedimentar coesa ou
consolidada. O mesmo que
diagénese, lapidificação, e
petrificação.
 Os fragmentos oriundos de
rochas pré-existentes, os
restos de animais e plantas,
(matéria orgánica),
constituem os sedimentos
que entram na composição
física da rocha sedimentar.
Formação:
R.S. ROCHA
1 PRE-EXISTENTE
2
Intemperismo

Erosão Solucões
Fragmentos (Ca, Na, SiO2 )

Transporte

Deposição Compactação

LITIFICAÇÃO
ROCHA
SEDIMENTAR
 ROCHA
SEDIMENTAR

Sedimentos Precipitados
clásticos ou quimicos e
detriticos orgânicos
(arenitos, (Calcários,
conglomerado Dolomites,
s, Sal, etc.
folhelhos,etc
Formam-se á superfície
ou próximo desta.
Dispõem-se em
estratos
Geralmente, podem
conter fósseis.
Os fragmentos de rochas
pre-existentes e ou os
materiais detríticos,
transformam-se em corpos
rochosos sedimentares por
meio da diagênese.
A combinação do calor, da
pressão causada pelo peso
dos sedimentos e dos iões
transportados pela água,
causa mudanças na natureza
química e física dos
sedimentos ao acontecer a
diagênese
Factores importantes num
processo diagenético:
1. Empacotamento dos
sedimentos
2. Expulsão da água que ocupa
os espaços entre os grãos.
3. Precipitação do cimento
químico ligando os grãos.
Principais processos de litificação

1. Compactação – Redução
volumétrica causada pelo peso
das camadas superpostas e
relacionada com a diminuição de
vazios, expulsão de liquidos e
aumento de densidade da rocha.
Típico dos sedimentos finos,
argilosos.
2. Cimentação – Deposição de
minerais nos interstícios do
sedimento, produzindo a
colagem das partículas
constituintes, típico dos
sedimentos grosseiros e
arenosos.
3. Recristalização. Mudanças
na textura devido ao
crescimento de cristais
menores ou fragmentos de
minerais até a formação de
um agregado de cristais
maiores. Típico dos
sedimentos quimicos.
… do sedimento a rocha …
Cimento – cement –
Substância mineral de
neoformação que aglutina
e fixa os elementos
detríticos de um
sedimento, consolidando-
o isto é, litificando-o.
Cimentos mais comuns:
Carbonato de Cálcio
(calcite)
Sílica (Opala,
Calcedonite,Quartzo)
Óxidos de Ferro (Hematite e
Goethite
O carbonato de cálcio resulta
da combinação de iões de
cálcio com dióxido de carbono
e água residual.
A sílica é o resultado da
meteorização química dos
feldspatos em rochas ígneas.
A recristalização ocorre em
condições de aumento de
temperatura e pressão, associado
com o peso dos sedimentos.
Alguns grãos minerais
recristalizados geram novos
minerais quimicamente mais
estáveis, a partir de outros que se
encontravam instáveis nas mesmas
condições ambientais.
4.5.2 Classificação das
rochas sedimentares
R.S. Clásticas

ROCHAS
SEDIMENTARES R.S. Químicas

R.S.Carbonáticas
Clásticas (classificáveis com base na granulometria)
 São compostas por fragmentos de materiais derivados de
outras rochas.
 São compostas basicamente por sílica (ex: quartzo), com
outros minerais comuns, como feldspato, anfibólios,
argilominerais e raramente alguns minerais ígneos mais exóticos.

 A classificação das rochas sedimentares clásticas é complexa,


porque há muitas variáveis envolvidas. A granulometria (tanto o
tamanho médio, como a gama de tamanhos de partículas), a
composição das partículas, do cimento e da matriz (o nome dado
às pequenas partículas presentes nos espaços entre os grãos
maiores) são tomadas em consideração.

 Em relação à granulometria, pode dizer-se que, por exemplo, a


argila pertence ao grupo com partículas mais finas,
os arenitos com partículas de tamanho intermédio, e
os conglomerados formados por partículas maiores
Químicas
Formadas de substancias em
soluções iónicas através de
processos químicos variados,
(calcários, dolomitos, sedimentos
ferríferos, calcedónia, quartzo
microcristalino, sedimentos salinos
ou evaporitos, rochas sedimentares
orgânicas, etc.).
Carvão mineral
R. S. Carbonáticas
São rochas cujo componente
principal é o carbonato de cálcio.
São exemplo de rochas
carbonáticas, uma imensa
variedade de calcários.
Estratificação de Dolomites

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