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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CUIABÁ, 28 de junho de 2022


Docente: Gabrielle Lima
Discente: Maykon Douglas Pereira da Silva
RGA: 201711903022

REGIME TECTONICOS

A tectónica estuda os processos que controlam a estrutura e propriedades da


crusta planetária, por vezes designados por tectonismo, e sua evolução ao longo do
tempo. Em especial, descreve os processos de formação de montanhas, o crescimento e
comportamento dos cratões, os resistentes núcleos antigos dos continentes, e as
maneiras como as placas relativamente rígidas que constituem camada externa da Terra
interagem entre si.
Outros importantes campos de estudo são os processos que levam à sismicidade
e que controlam o tipo e magnitude dos sismos, bem como os processos que
determinam o aparecimento de vulcanismo, em especial dos arcos vulcânicos que
afetam de forma direta parte significativa das populações mundiais.
Os estudos tectónicos são também importantes na compreensão de padrões
de erosão na geomorfologia e como orientação no campo da geologia económica na
procura de petróleo, gás natural ou minérios metálicos.
Desde a década de 1960, a tectónica de placas tornou-se a teoria dominante para
a explicação da origem e forças responsáveis pelas características tectónicas
dos continentes e bacias oceânicas.
Para além dos movimentos associados às placas tectónicas, os movimentos
tectónicos são em geral subdivididos em:
 Movimento orogenético - horizontal, que pode ser entendido como o conjunto
de processos que levam à formação ou rejuvenescimento de montanhas ou
cadeias de montanhas produzido principalmente pelo diastrofismo
(dobramentos, falhas ou a combinação dos dois), ou seja, pela deformação
compressiva da litosfera continental;
 Movimento epirogenético - vertical, os movimentos da crosta terrestre cujo
sentido é ascendente ou descendente, atingindo vastas áreas continentais, porém
de forma lenta, inclusive ocasionando regressões e transgressões marinhas.

Os tectônicos são três principais:

Em função dos movimentos relativos entre as rochas e dos processos subjacentes a


esses movimentos são em geral reconhecidos três tipos de regime tectónico: tectónica
extensional, associada a ambientes geológicos em que ocorre o alongamento e
adelgaçamento da crusta, como é o caso dos limites divergentes entre placas e nas
regiões de formação de riftes; tectónica contracional, associada a ambientes geológicos
onde ocorre o engrossamento da crusta por aumento da pressão lateral, como é o caso
dos limites convergentes entre placas tectónicas e das regiões sujeitas a fenómenos
de orogenia; e tectónica transcorrente, associada ao movimento lateral relativo de blocos
da crosta ou litosfera, como ocorre ao longo das falhas transformantes.
Tectónica extensional

A tectónica extensional está associado ao alongamento e adelgaçamento


da crusta ou da litosfera. Este tipo de tectónica é encontrado ao longo dos limites
divergentes das placas tectónicas, nos riftes continentais, durante e depois de um
período de colisão continental em que ocorra o espalhamento lateral da crusta mais
espessa formada, nas curvas de libertação em falhas geológicas transcorrentes,
nas bacias de retro arco e no lado continental de sequências geológicas de margem
passiva onde uma camada de desprendimento esteja presente.

Tectónica contracional

A tectónica contracional, também conhecida pela designação inglesa thrust


tectonics, está associada a ambientes geológicos onde ocorre o encurtamento e
engrossamento da crusta ou litosfera. Este tipo de ambiente tectónica é encontrado em
zonas de colisão continental, de abdução e subducção e nas curvas de retenção de falhas
transcorrentes e no lado oceânico de sequências de margem passiva onde uma camada
de desprendimento esteja presente.

Tectónica transcorrente

A tectónica transcorrente (em inglês strike-slip tectonics) está associada com o


movimento lateral relativo de blocos adjacentes da crusta ou litosfera. Este tipo de
tectónica é encontrada ao longo falhas transformantes oceânicas e continentais, em
falhas geológicas onde ocorram deslocamentos laterais associados a sistemas de falhas
extensionais e axiais, nas regiões onde ocorra o cavalgamento de placas tectónicas em
resultado de colisão oblíqua e em zonas com capacidade de deformação na região
frontal de uma área de colisão.

Tectónica de placas
Tectónica de placas é o ramo da geologia que estuda a estrutura e dinâmica
da litosfera, uma estrutura com características mecânicas bem definidas constituída
pela crusta terrestre e pela camada superior do manto terrestre. A litosfera por sua vez
está dividida em placas separadas, cada uma das quais capaz de se mover em relação às
restantes por deslizamento sobre a camada mandélica plástica subjacente, a astenosfera,
num processo que tem como força motriz a contínua perda de calor do interior da Terra.
A maioria dos movimentos de deformação da litosfera estão relacionados, direta ou
indiretamente, com a interação entre placas e com os seus limites, entendendo-se como
tal as regiões de contacto entre placas diferentes.
São reconhecidos três tipos de limites interplacas:
 Divergentes, ao longo dos quais as placas se afastam entre si e nova litosfera é
formada através do processo de expansão do fundo oceânico;
 Transformantes, onde as placas deslizam entre si em direções paralelas ao limite;
 Convergentes, onde as placas convergem e a litosfera é consumida através do
processo de subducção.
Os limites convergentes e transformantes formam as maiores descontinuidades
estruturais da litosfera e são responsáveis pela grande maioria dos sismos de grande
magnitude (Mw > 7). As regiões adjacentes aos limites convergentes e divergentes
albergam a maioria dos vulcões da Terra, sendo exemplo disso o conjunto de limites
convergentes que dá origem ao Anel de Fogo do Pacífico e a longa linha de vulcões que
marca o conjunto de limites divergentes que constitui a Dorsal Média Atlântica.

Neotectónica

Designa-se por neotectónica o estudo dos movimentos e deformações da crusta


terrestre devidas a processos geológicos e geomorfológicos que ocorrem e são
recorrentes nos tempos geológicos recentes. O termo também é utilizado para os
movimentos e deformações que ocorreram no período geológico mais recente, sendo
esse período designado por período neotectónico. Em consequência, o período
geológico precedente é frequentemente referido por período paleotectónico.
O termo neotectónica foi cunhado por Vladimir Obruchev, em artigo publicado em
1948, no qual definiu o seu campo de estudo como os movimentos tectónicos recentes
ocorridos na parte superior do Terciário (Neógeno) e no Quaternário, que tiveram papel
essencial na origem da topografia moderna.

Tectonofísica

A tectonofísica é o ramo da geologia estrutural que estuda os processos físicos


associados à deformação da crusta e do manto numa escala espacial que varia desde os
grão minerais à tectónica de placas.

Sismotectônica

A sismotectônica é o ramo da tectónica que estuda a relação entre a ocorrência


de sismos, o tectonismo e as falhas geológicas em determinada região. Tem como
objetivo identificar as falhas geológicas responsáveis pela atividade sísmica e os
mecanismos que os desencadeiam, recorrendo para tal à análise da relação da tectónica
regional com os eventos sísmicos com registo instrumental ou conhecidos por registo
histórico ou evidências geomorfológicas. A informação recolhida é utilizada para
quantificar o risco sísmico da região estudada.

Tectónica dos depósitos salinos

A tectónica dos depósitos salinos é um ramo da geologia estrutural que estuda a


geometria estrutural e os processos de deformação associados à presença de espessuras
significativas de sal-gema nas formações geológicas. Esta especialização resulta das
características específicas associadas a estes depósitos, e em especial aos domos de sal,
nomeadamente a sua baixa densidade em relação aos materiais geológicos encaixantes,
que não aumenta com a pressão resultante do soterramento, e a
elevada plasticidade e ductilidade dos depósitos salinos.

Tectónica planetária

As técnicas utilizadas no estudo do tectonismo na Terra têm sido aplicada ao estudo


de outros planetas e das suas luas, sendo um importante ramo da astrogeologia no
contexto das ciências planetárias.

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