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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO

GROSSO Campus Universitário Sinop


Geologia e Pedologia
Onã Freddi
Tectônica de
Placas: A Teoria
Unificadora
Discentes: Ana Paula Camparez, Diego Kaic, Gustavo Bauermann, Gabrielle Lima, Isabela
Nobre, João Leonardo, Laura Fernades, Maria Luiza, Rauany Schu e Tiago Borin
Tópicos
:
1. A descoberta da tectônica de placas
2. As placas e seus limites
3. Velocidade das placas e história dos movimentos
4. A grande reconstrução
5. Convecção do manto: o mecanismo motor da tectônica de placas
6. A teoria da tectônica de placas e o método científico
A descoberta da tectônica de
placas
A teoria da tectônica de placas descreve o movimento das placas e as forças
atuantes entre elas.

Explica também vulcões, terremotos e a distribuição de cadeias de


montanhas, associações de rochas e estruturas no fundo do mar, que resultam
de eventos nos limites de placa

A teoria da tectônica de placas surgiu a partir da observação de dois fenômenos


geológicos distintos: A deriva continental, identificada no início do século XX e a
expansão dos fundos oceânicos, detectada pela primeira vez na década de 1960.
Deriva Continental

No final do século XIX, Eduard Suess propôs que os continentes meridionais formavam um
supercontinente chamado Gondwana. Essa ideia levou ao desenvolvimento da teoria da deriva
continental e, posteriormente, à tectônica de placas, revolucionando a Geologia.
Deriva Continental

Em 1915, Alfred Wegener, um meteorologista alemão que se recuperava de ferimentos da


Primeira Guerra Mundial, escreveu um livro sobre a fragmentação e deriva dos continentes. Nele,
apresentou as notáveis semelhanças entre estruturas geológicas em lados opostos do Atlântico.
Nos anos seguintes, Wegener propôs o supercontinente Pangeia, que se fragmentou para formar os
continentes como conhecemos hoje.
Deriva Continental

Evidências:
Os animais e as plantas dos
diferentes continentes mostraram
similaridades na evolução até o
tempo postulado para a
fragmentação. Posteriormente,
seguiram caminhos evolutivos
divergentes, devido ao isolamento e
às mudanças ambientais das
massas continentais em separação.
Expansão do assoalho
oceânico
A expansão dos fundos oceânicos é um processo geológico que conduz a que as estruturas dos
fundos oceânicos sejam formadas por materiais provenientes do manto, que emergem devido à
ação das correntes de convecção mantélicas. Ao emergir, o magma força a expansão da dorsal,
abrindo uma espécie de fenda ao longo da sua crista onde ocorre intenso vulcanismo submarino.
Todavia, essa fenda criada na crista da dorsal pelo afastamento do material anterior é preenchida
pelo magma, que, ao se solidificar, leva a novo afastamento das estruturas laterais da dorsal e,
assim sucessivamente, à expansão da crosta oceânica.

O fenómeno é hoje o conceito nuclear da moderna tectónica de placas. Em locais onde duas
placas se afastam, nas dorsais meso-oceânicas, um novo segmento de crosta oceânica é
continuamente formado durante a expansão do fundo do mar.
As placas e seus
limites
As placas tectônicas são grandes blocos da litosfera que compõem a superfície da Terra. Elas estão
em constante movimento e interagem nos limites de suas bordas.

Há três tipos básicos de limites de placas, todos definidos pela direção do movimento das
placas uma em relação à outra:

•Em limites divergentes, quando as placas se afastam

•Em limites convergentes, quando as placas colidem.

•Em limites transformantes, quando as placas deslizam lateralmente uma em relação à outra.
Limites divergentes
Limites convergentes
Limites
transformantes
Falha de S an
Andreas
Velocidade das placas e história dos
movimentos
A velocidade das placas tectônicas varia de acordo com a localização geográfica e a direção do
movimento. Algumas placas tectônicas se movem de forma muito lenta, com taxas de apenas
alguns centímetros por ano. Essas placas podem ser consideradas "placas de deslizamento lento".
Por outro lado, existem placas que se movem de forma mais rápida, com taxas de movimento de
vários centímetros por ano, e essas são conhecidas como "placas de deslizamento rápido".
As velocidades relativas das
placas
Os geólogos utilizaram as idades das reversões magnéticas, obtidas a partir de lavas
magnetizadas em continentes, para determinar as idades das faixas de rochas magnetizadas no
fundo oceânico.

Com base nisso, eles calcularam a velocidade de abertura dos oceanos usando a fórmula
velocidade = distância/tempo, em que a distância foi medida a partir do eixo da dorsal oceânica e
o tempo foi igualado à idade do fundo oceânico. Esses estudos permitiram compreender quão
rapidamente os oceanos se formaram e como a tectônica de placas influencia a evolução da
superfície terrestre.
A grande
reconstrução
"A grande reconstrução" refere-se à ideia de que, ao longo da história geológica da Terra, os
continentes se moveram e se reorganizaram significativamente, formando supercontinentes e
se separando novamente em continentes como os conhecemos hoje. Essa teoria foi proposta
por Alfred Wegener em sua teoria da deriva continental, que posteriormente evoluiu para a
teoria da tectônica de placas.

A grande reconstrução continua em andamento, com os continentes ainda se movendo a


velocidades relativamente lentas na atualidade. Essa teoria é fundamental para entender a
evolução da Terra e a dinâmica dos processos geológicos que moldaram e continuam a moldar
nosso planeta ao longo do tempo.
Convecção do manto: o mecanismo motor
da tectônica de placas
A convecção do manto é o mecanismo motor fundamental por trás da tectônica de placas. Nesse
processo, o material do manto terrestre aquece e sobe, enquanto o material mais frio e mais denso
afunda. Essa circulação convectiva empurra as placas tectônicas, movendo-as ao redor da
superfície da Terra ao longo do tempo geológico. Esse movimento contínuo das placas é
responsável pela formação de montanhas, vulcões, terremotos e pela deriva dos continentes. A
convecção do manto é uma força poderosa e essencial para a dinâmica da Terra.

O manto pode ser definido como um sólido moldável, ou dúctil. O material quente do manto é
capaz de mover-se como um fluido viscoso. O calor que escapa do interior da Terra provoca a
convecção desse material (circulação ascendente e descendente) a velocidades de poucas dezenas
de milímetros por ano.
Em qual profundidade ocorre a reciclagem das
placas?
A reciclagem das placas ocorre em regiões onde uma placa tectônica é subduzida sob
outra placa, em um processo conhecido como zona de subducção. Essa zona de
subducção é uma das principais áreas de interação entre as placas tectônicas na
tectônica de placas.
Onde se originam as forças que movem as
placas?
À medida que o material quente sobe, o material frio e mais denso nas regiões próximas à
superfície terrestre é empurrado para baixo. Essa circulação convectiva gera um movimento
contínuo das placas tectônicas, empurrando-as e puxando-as em diferentes direções ao longo do
tempo geológico.
A teoria da tectônica de placas e o método
científico
A teoria da tectônica de placas é um exemplo notável de como o método científico é
aplicado no campo da geologia e das ciências da Terra. O método científico é um
processo sistemático utilizado pelos cientistas para desenvolver e testar teorias e
hipóteses, a fim de entender e explicar fenômenos naturais.

Na década de 1960, a teoria da tectônica de placas foi formulada a partir de


várias observações e evidências coletadas ao longo do tempo por diferentes
cientistas. O processo seguiu as seguintes etapas do método científico:
Etapas do método
científico
● Observação
● Formulação de hipóteses
● Teste de hipóteses
● Desenvolvimento da
teoria
● Previsões e verificação
● Consenso científico

Assim, a teoria da tectônica de placas é um exemplo notável de como o método


científico, com suas etapas de observação, formulação de hipóteses, testes e
desenvolvimento de teorias, é fundamental para avançar o conhecimento científico e
a compreensão dos processos naturais que governam nosso planeta.

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