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Geologia e Paleontologia

Sismicidade no estado
da Bahia
O Brasil não sofre com abalos sísmicos???
•Como explicar
tremores de terra em
regiões localizadas nos
centros de placas
tectônicas?
Terremoto de 4,6
de magnitude é
registrado na Bahia
Falhas Tectônicas
Sismos
Como explicar as
forças associadas aos
terremotos?????
A Terra Primitiva
Após toda dinâmica, a Terra resfriou-se e grande parte dela
solidificou- se e foi transformada em um planeta diferenciado
ou Zoneado em três camadas principais: um núcleo central e
uma crosta externa separados por um manto.

Núcleo da Terra O ferro, que é mais denso que a maioria dos


outros elementos, correspondia a cerca de um terço do
material do planeta primitivo. O ferro e outros elementos
pesados, como o níquel, mergulharam para formar o núcleo
central.
Crosta da Terra Outros materiais líquidos e menos densos
separaram- se das substâncias geradoras flutuando em direção
à superfície do oceano de magma. Aí resfriaram-se para formar
a crosta sólida da Terra. Possui materiais com temperaturas de
fusão baixas.
Manto da Terra o manto é o material deixado na zona
intermediária depois que grande quantidade da matéria
pesada afundou e a matéria mais leve emergiu.
Composição Físico-Química da
Terra
A formação dos continentes, dos oceanos e da atmosfera da Terra
A fusão primitiva promoveu a
formação da crosta da Terra e,
fortuitamente, dos continentes.
Fez com que os materiais mais leve se
concentrassem nas camadas externas e
permitiu que pelo menos os gases mais
leves escapassem do interior. Esses gases
formaram grande parte da atmosfera e
dos oceanos.

Qual a importância dos


vulcões para a evolução da
vida na terra????
Questionamento: vulcões podem deixar de existir?
APÓS DECANTAÇÃO: CAMADAS DA TERRA
CASCA = CROSTA
Espessura que varia de 12 a 60 km
(áreas montanhosas) e dividida em
continental e oceânica.

CLARA = MANTO
Formada por 70% do volume da Terra,
com uma espessura de 2.900 km e
temperatura de 1.000 a 2.200 °C.

GEMA = NÚCLEO
Constituído de ferro e níquel, com uma
espessura de 1.700 km e uma
temperatura de 2.200 a 5.000 °C.
Dinâmica da Terra

Endógenos Exógenos
Agentes internos (edógenos)
• Os agentes geológicos
endógenos referem-se à
interação de forças internas
da Terra, tais como:
aquecimento provocado por
radioatividade; variações de
pressão e temperatura
provocadas por reações e
recristalizações minerais para
fases minerais mais ou menos
densas com emissão ou
absorção de calor o que leva a
desequilíbrios densitométricos
e poderosas movimentações
de massas rochosas, magmas
e fluidos no interior da terra;
Agentes internos (edógenos)
Agentes externos (exógenos)
• Os Agentes externos ou
exógenos, também
chamados
de esculpidores, são
responsáveis pela erosão
(desgaste) e
sedimentação
(deposição) do solo. Eles
são ocasionados pela
ação de elementos que se
encontram sobre a
superfície, como os
ventos, as águas e os
Agentes externos (exógenos)
Tectônica de Placas
• A litosfera, a camada mais
externa, rígida e resistente da
Terra - é fragmentada em cerca
de 12 placas, que deslizam,
convergem ou se separam umas
em relação às outras à medida
que se movem sobre a
astenosfera, menos resistente e
dúctil.
• As placas são criadas onde se
separam e recicladas onde
convergem, em um processo
contínuo de criação e destruição.
Teoria da Tectônica de Placas
• Até a descoberta da tectônica de placas, nenhuma teoria conseguia,
isoladamente, explicar de modo satisfatório toda a variedade de
processos geológicos.
• A Biologia também teve uma revolução comparável na metade do
mesmo século, quando a descoberta do DNA permitiu aos biólogos
explicar como os organismos transmitem as informações que
controlam seu crescimento, desenvolvimento e funcionamento de
geração a geração.
• A síntese científica que conduziu a essa teoria, no entanto, começou
muito antes, ainda no século XX, com o reconhecimento das
evidências da deriva continental.
Tectônica de Placas
• Tais mudanças nas partes superficiais do
globo pareciam, para mim, improváveis
de acontecer se a Terra fosse sólida até
o centro.

• Desse modo, imaginei que as partes


internas poderiam ser um fluido mais
denso e de densidade específica maior
que qualquer outro sólido que
conhecemos, que assim poderia nadar
no ou sobre aquele fluido. (Benjamin
Franklin, 1782, em uma carta para o
geologo Francês Abbé 1. L. Giraud-
Soulavie)
TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL
ALFRED WENEGER (1912)

• Os continentes estão se
movimentando;

• Como foi que Weneger


chegou a formulação da
Deriva Continental?

Fonte: SANTOS, 2010.


EVIDÊNCIAS
Pangeia, formada há, aproximadamente, 230 milhões de anos
Gondwana
Tectônica de Placas
Tectônica de Placas
• Os defensores da hipótese da deriva mostraram não apenas o
encaixe geográfico, mas também as similaridades geológicas das
idades das rochas e das orientações das estruturas geológicas nos
lados opostos do Atlântico.
• Eles também apresentaram argumentos, aceitos até hoje como
boas evidências da deriva, baseados em fósseis e dados
climatológicos.
• Os animais e as plantas dos diferentes continentes mostraram
similaridades na evolução até o tempo postulado para a
fragmentação.
Críticas à Teoria da Deriva
Continental
A hipótese de Wegener era apoiada por um grande número de
dados, nomeadamente geofísicos, geológicos, paleontológicos
e paleoclimaticos.
 A verdade, porém, é que lhe faltava um "motor" responsável
pela deriva.
Este fato constitui um dos argumentos em que se baseavam
os seus opositores.
Expansão do assoalho oceânico
A evidência geológica não convenceu os
céticos, os quais mantiveram que a deriva
continental era fisicamente impossível.
Ninguém havia proposto, ainda, uma força
motora plausível que pudesse ter fragmentado
a Pangéia e separado os continentes.
Wegener, por exemplo, pensava que os
continentes flutuam como barcos sobre a
crosta oceânica sólida, arrastados por forças
das marés, do sol e da lua!
A ruptura veio quando os cientistas deram-se
conta de que a convecção do manto da Terra
poderia empurrar e puxar os continentes à
parte, formando uma noya crosta oceânica, por
meio do processo de expansão do assoalho
oceânico.
A grande síntese: 1963 -1968
• A hipótese de expansão do Poderiam o assoalho oceânico e sua
assoalho oceânico apresentada litosfera subjacente ser destruídos e
por Hess e Dietz em 1962 reciclados, retomando ao interior da
explicou como os continentes Terra?
poderiam separar-se por meio da
criação de uma nova litosfera em
riftes mesoceânicos.
• Do contrário, a área da superfície
terrestre deveria ter aumentado
ao longo do tempo, de modo que
nosso planeta deveria ter ficado
cada vez maior.
A grande síntese: 1963 -1968
Sistema Placas Tectônicas
O Mosaico de
placas
De acordo com a teoria da tectônica de placas,
a litosfera rígida não é uma capa contínua, mas
está fragmentada em um mosaico de cerca de
uma dúzia de grandes placas rígidas que estão
em movimento sobre a superfície terrestre. Cada
placa move-se como uma unidade rígida distinta,
cavalgando sobre a astenosfera, que também
está em movimento.

A maior é a Placa Pacífica, que compreende a


maior parte da bacia do Oceano Pacífico.

Além das placas maiores, existe uma série de


outras menores. Um exemplo é a minúscula Placa
de Juan de Fica, um pedaço da litosfera oceânica
aprisionado entre as gigantes placas Pacífica e
Norte-Americana, na costa noroeste dos Estados
Unidos.
O Mosaico de
placas
• Em limites divergentes, as placas afastam-
se e uma nova litosfera é criada (a área da
placa aumenta). •
• Em limites convergentes, as placas
juntam-se e uma delas é reciclada,
retomando ao manto (a área da placa
diminui).
• Em limites transformantes, as placas
deslizam horizontalmente uma em
relação à outra (a área da placa
permanece constante).
• Além desses três tipos básicos, existem
"limites oblíquos" que combinam
divergência ou convergência com alguma
O Mosaico de
placas
• O que de fato acontece num limite de
placa depende do tipo de litosfera
envolvida, porque as litosferas oceânica e
continental comportam-se de modo um
tanto diferente.
• Você necessita apenas ter em mente duas
conseqüências:
• (1) por ser mais leve, a crosta continental
não é tão facilmente reciclada como a
crosta oceânica;
• (2) como a crosta continental é menos
resistente, os limites de placa que a
envolvem tendem a ser mais espalhados e
complicados que os limites das placas
Limites entre Placas: resultados
Limites
convergentes
• As placas cobrem todo o globo, de modo que,
se elas se separam em certo lugar, deverão
convergir em outro, conservando, assim, a
área da superfície terrestre. (Tanto quanto
podemos dizer, nosso planeta não está se
expandindo!)
• Onde as placas colidem frontalmente, elas
formam limites convergentes. A profusão de
eventos geológicos resultantes da colisão de
placas torna os limites convergentes os mais
complexos observados na tectônica de
placas.
• Os terremotos que podem ocorrer em
profundidades que chegam a até 600 km
abaixo desses arcos de ilhas delineiam as
placas frias da litosfera à medida que elas se
afundam no manto..
Limites
divergentes
• O limites divergentes dentro das
bacias oceânicas são riftes
estreitos que se aproximam da
idealização da tectônica de placas.
A divergência dentro dos
continentes geralmente é mais
complicada e distribuída sobre
uma área mais larga.
• No fundo do mar, o limite entre as
placas em separação é marcado
por uma dorsal mesoceânica que
exibe vulcanismo ativo,
terremotos e rifteamento
causados por forças extensionais
(estiramento) que estão puxando
as duas placas à parte.
Limites de falhas
• Em
transformantes
limites onde as placas deslizam uma em
relação à outra, a litosfera não é nem criada
nem destruída. Esses limites são falhas
transformantes:
• Os limites de falhas transformantes são
tipicamente encontrados ao longo de dorsais
mesoceânicas, onde o limite divergente tem sua
continuidade quebrada, sendo deslocado num
padrão semelhante a um escalonamento.
• A Falha de Santo André na Califórnia, onde a
Placa Pacífica desliza em relação à Placa Norte-
Americana, é um ótimo exemplo de uma falha
transformante em continente.
• As falhas transformantes também podem
conectar limites de placas divergentes com
limites convergentes e limites convergentes com
Velocidade das placas e história dos
movimentos
O fundo oceânico Perfuração de mar
como um gravador profundo
magnético

Durante a Segunda Guerra Mundial, foram desenvolvidos Em 1968, um programa de perfurações do fundo dos
instrumentos extremamente sensíveis para detectar submarinos a oceanos foi lançado como um projeto integrado pelas
partir dos campos magnéticos emanados por suas couraças de aço. maiores instituições oceanográficas e a Fundação
Nacional de Ciência.
A detecção desses padrões foi uma dentre as grandes descobertas
que confirmaram a expansão do assoalho oceânico e levaram à
teoria da tectônica de placas. A detecção desses padrões também Mais tarde, outras nações juntaram-se a esse esforço.
permitiu aos geólogos medir os movimentos das ao longo do tempo Esse experimento global tinha por objetivo perfurar,
geológico. recuperar e estudar as rochas do fundo oceânico de
muitos lugares do mundo.
Os cientistas descobriram a explicação para esse padrão em
obtivitermos de duas teorias: (1) de que o campo magnético da
Assim, os geólogos tiveram a oportunidade de
Terra reverte a sua direção em intervalos de dezenas a milhares de
anos, e (2) de que a expansão do assoa lho oceânico move desvendar a história das bacias oceânicas a partir de
gradualmente a crosta recentemente magnetizada para longe da evidências diretas.
crista da dorsal.
Velocidade das placas e história dos
movimentos
Velocidade das placas e história dos
movimentos
Como foi que as rochas
surgiram?
As rochas surgiram logo após a
formação da Terra, mais
precisamente concomitante ao seu
resfriamento.
Conforme o processo responsável pela sua origem, as rochas
podem ser divididas em três tipos:

• Ígneas ou magmáticas;

• Metamórficas;

• Sedimentares.
NOVAS DESCOBERTAS LEVAM A UMA NOVA TEORIA DURANTE O
SÉCULO XX
• Descobertas geológicas indicaram que Weneger não estava
errado;
• A bordo de navios oceanográficos, equipes de cientistas,
coletando informações sobre o leito dos oceanos, se
depararam, no Atlântico, com a presença de uma
cordilheira submersa, se estendendo por entre 78.000 km;
• Ao lado da cordilheira, descobriu-se uma enorme fenda, de
onde emergiam lavas incandescentes, rapidamente
resfriadas e solidificadas, dando origem a novas rochas
basálticas.
ISLÂNDIA: PORÇÃO EMERSA DA DORSAL MESO ATLÂNTICA
• Até aquela época acreditava-se que o leito dos oceanos deveria conter
sedimentos antigos das áreas continentais.
• Sedimentos retirados do assoalho oceânico revelaram que eles tinham
apenas 200 milhões de anos.
Como era possível não encontrar no assoalho oceânico
os sedimentos dos primórdios da Terra? Onde estavam
as rochas mais antigas?
Rochas de origem marinha foram encontrados no topo de altas cadeias
montanhosas
Inconsistências da Teoria da
Deriva Continental?
TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS

• Diante dessas descobertas, os cientistas formularam, na


década de 1960, a Teoria da Tectônica de Placas.

• Não são apenas os continentes que se movimentam, mas


toda a litosfera, seccionada em placas tectônicas que
flutuam e deslizam sobre o magma, carregando massas
continentais e oceânicas.
Quais mecanismos movem as Placas Tectônicas?
Placas Tectônicas
Quais seriam as forças que movem as
placas tectônicas?
Correntes de Convecção
Correntes de Convecção
Os MOVIMENTOS TECTÔNICOS são
responsáveis por:
Muitas dessas ocorrências BORDAS CONSERVATIVAS
geológicas acontecem nas bordas Uma placa desliza ao longo da outra
das placas. Essas bordas são Ex.: Falha de San Andreas
(Califórnia/USA)
classificadas em três:

BORDAS CONSTRUTIVAS
Uma placa se afasta da outra e o material BORDAS DESTRUTIVAS
magmático extravasa Uma placa mergulha debaixo da outra
(subducção)
Fenômenos Tectônicos

Vulcanismo, Sismos e Tsunamis


Vulcanismo
Sismos/Terremotos
REFERÊNCIA

PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J.; JORDAN, T. H. Para


entender a Terra. 4. ed. Bookman. Porto Alegre: , 2006.

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