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DE IPATINGA
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Kessy Almeida Sillman da Cunha
Licenciada em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (2016). Atu-
almente cursando mestrado no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), como pesquisadora bolsista da CAPES, na área de gestão ambiental.
Participando do Grupo de Pesquisas em Geomorfologia Fluvial e Dinâmica de Bacias Hi-
drográficas (GEOMORPHOS).
ELEMENTOS DE GEOLOGIA
1ª edição
Ipatinga – MG
2020
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FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização
escrita do Editor.
Inclui referências.
ISBN: 978-65-990786-0-6
CDD: 100
CDU: 101
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
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Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo apli-
cado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são
para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com
uma função específica, mostradas a seguir:
4
SUMÁRIO
01
A FORMAÇÃO DO UNIVERSO E DO SISTEMA SOLAR ........................................ 8
FORMAÇÃO E ESTRUTURA DO PLANETA TERRA ................................................ 10
TEMPO GEOLÓGICO ......................................................................................... 13
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................... 18
02
TECTÔNICA GLOBAL .......................................................................................... 21
A TEORIA UNIFICADORA DAS PLACAS TECTÔNICAS ...................................... 22
OROGÊNESE E EPIROGÊNESE ............................................................................ 31
VULCANISMO E TERREMOTOS ........................................................................... 31
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................... 35
03
FORMAÇÃO DOS MINERAIS ............................................................................. 38
CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS MINERAIS...................... 40
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................... 46
04
INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 49
ROCHAS ÍGNEAS. .............................................................................................. 50
ROCHAS METAMÓRFICAS. ................................................................................ 54
ROCHAS SEDIMENTARES.................................................................................... 58
O CICLO DAS ROCHAS ..................................................................................... 61
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................... 64
05
FALHAS E DOBRAS ............................................................................................. 67
INTEMPERISMO E EROSÃO ................................................................................. 69
ESTRUTURAS GEOLÓGICAS E RELEVOS ASSOCIADOS NO BRASIL. ................. 73
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................... 78
06
INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 81
RECURSOS MINERAIS ......................................................................................... 81
RECURSOS ENERGÉTICOS .................................................................................. 83
GEOLOGIA E VALORIZAÇÃO SOCIAL, CULTURAL E HISTÓRICA: EXEMPLO DO
GEOPARK ARARIPE – CE. ................................................................................... 86
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................... 90
REFERÊNCIAS ...................................................................................... 94
5
CONFIRA NO LIVRO
6
INTRODUÇÃO
7
UMA BREVE HISTÓRIA DO PLANETA UNIDADE
TERRA
8
Solar. A massa do sistema (99,8%) se concentra no sol, com planetas girando ao seu
redor, e também diversos asteroides. Os planetas se diferenciam devido ao tipo de
evolução que sofreram. Os planetas que orbitam próximos ao sol são chamados de
interiores (internos ou terrários), e seu desenvolvimento foi notoriamente diferente dos
planetas que estão mais afastados do sol, chamados de exteriores. Entre os planetas
interiores e os planetas exteriores encontramos também o cinturão de asteroides,
como mostra a figura 1 a seguir.
Logo nosso Sistema Solar é composto pelo Sol e todos os corpos celestes que
orbitam ao seu redor, que são os planetas interiores e exteriores e seus respectivos
satélites naturais (como nossa Lua), os planetas anãos (Plutão, Ceres, Makemake, Hu-
mea e Eris) e seus respectivos satélites, bem como os asteroides e outras partículas
espaciais.
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Os planetas exteriores apresentam massa grande e densidade média próxima
a do sol, possuem mais satélites e atmosferas mais espessas e embora tenham núcleos
rochosos sua composição é basicamente de Hidrogênio e Hélio, muito similares as
condições do sol e da nebulosa solar. Os materiais voláteis provindos dos planetas
interiores foram impelidos para a parte externa e fria da nebulosa, permitindo a for-
mação dos planetas exteriores gigantes.
O Cinturão de Asteroides, localizado entre Marte e Júpiter, é composto por
milhares de fragmentos rochosos de diferentes tamanhos, o maior deles chamado
Ceres, considerado um planeta anão. É provável que a maior parte dos meteoritos
que caem na Terra provenha desta área. A hipótese para que estes asteroides não
conseguiram se unir e formar um único planeta, é de que na época de acresção, às
perturbações de natureza gravitacional advindas de Júpiter impediram este pro-
cesso.
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Além disso, o calor radioativo provindo de elementos como o urânio contribuiu
para o aquecimento e fusão dos materiais da Terra. Apesar da baixa disponibilidade
desses elementos, eles mantêm o calor interior da terra até hoje e foram considera-
velmente importantes para na evolução do planeta.
Contudo o processo inicial de formação da Terra foi a partir dos planetesimais
e remanescentes da nebulosa que sofreram alterações e se fundiram quando houve
este grande choque, o que gerou uma camada externa de centenas de quilômetros
de espessura de rocha derretida ou também chamado de “Oceano de lava”, onde
a parte interior foi aquecida um estado de menor densidade, que facilitava a loco-
moção dos materiais. O material mais pesado imergiu para o interior e formou o nú-
cleo, e o material mais leve ficou na superfície e formou a crosta, trazendo consigo o
calor interno e fazendo com que ele se dissipasse para o espaço. Desta maneira a
Terra se resfriou e grande parte se tornou sólida, passando a ser um planeta diferen-
ciado como explicitado na figura 3 mais abaixo, contendo três camadas principais:
Núcleo central, a crosta externa e o manto que separa os dois. Este é o modelo ex-
plicativo mais aceito até hoje pelos cientistas, sobre a formação da Terra e da Lua.
A Terra é um sistema aberto que possui massa aproximada em 6x10²9g e den-
sidade de 5,52g/cm³. O raio equatorial é de 6,378,2 km e o seu volume 1,083x10¹²km³.
As três principais camadas da Terra são: O núcleo, que é composto de elementos
mais densos, como ferro e níquel, existindo uma diferença em seu interior, no cha-
mado núcleo central, que é sólido devido à alta pressão nesta região e na parte
exterior ele é liquido, no então chamado núcleo externo. A crosta terrestre que é
uma cama fina, de cerca de 40km de profundidade a qual se concentraram os ele-
mentos menos densos e fáceis de se fundirem, tais como silício, alumínio, cálcio, mag-
nésio, entre outros. E o manto localizado entre as duas camadas anteriores, que
forma a maior parte sólida da Terra, nele encontramos elementos de densidade mé-
dia composto na maioria das vezes de oxigênio com magnésio, ferro e silício. A figura
3 mostra um esquema de como estão situadas as camadas da Terra.
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A seguir veremos os compo-
nentes da Terra, que são divididos em esferas com seus respectivos significados.
Atmosfera – Camada de gases que envolvem a Terra e é retida pela ação da gravi-
dade;
Hidrosfera – Compõe a parte aquática da Terra, incluindo rios, lagos, oceanos e água
subterrânea;
Biosfera – Toda matéria orgânica relacionada à vida. Atuando tanto na atmosfera,
quanto na hidrosfera e em parte da Litosfera;
Litosfera – Camada sólida da superfície terrestre, que inclui a crosta e o manto supe-
rior, com cerca de 100km da espessura;
Astenosfera – Camada fina do manto situada logo abaixo da Litosfera, de caráter
fluido e acomoda os movimentos das placas tectônicas;
Manto inferior – Camada que se situa abaixo da Astenosfera e se diferencia da ca-
mada do manto superior pelo o aumento da velocidade do material e existência de
pontos mais quentes, chamado de hot spots;
Núcleo Externo – Camada líquida composta por ferro que se estende por mais de
2500km até o núcleo interno;
Núcleo Interno – Camada de mesma composição do núcleo externo, porém devido
à altíssima pressão se torna sólida, tem em torno de 1250km de espessura.
Entre o manto e a crosta terrestre existe uma descontinuidade que os separam, cha-
mada de Descontinuidade de Mohorovicic. E entre o manto e o núcleo, outra des-
continuidade chamada de Descontinuidade de Gutenberg.
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Figura 3: Estrutura da Terra e seus principais componentes
Até aqui vimos que a Terra está passando por constantes mudanças, que ape-
sar de hoje ela ser mais estável, o sistema continua a gerar transformações na paisa-
gem. O tempo geológico refere-se à escala de tempo cronológica das mudanças
que ocorreram nesses 4,5 bilhões de anos da Terra. É um desafio compreender tal
escala de tempo, pois no tempo humano estamos acostumados a relembrar fatos
de dezenas de anos atrás ou até de centenas e milhares, mas imaginar uma escala
de bilhão é um exercício difícil que os geólogos fazem para entender a dinâmica da
paisagem tal como ela é hoje.
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O tempo geológico foi dividido com a finalidade de estudar e entender a evo-
lução da Terra, chamado de unidades cronoestretigráficas, representadas pela ta-
bela geológica pelos éons, eras, períodos e épocas e idades, conforme a tabela 1 a
seguir.
Os éons representam um intervalo de tempo muito grande, dividido em quatro:
Hadeano, Arqueano, Proterozóico e Fanerozóico. Com exceção do Hadeano, os ou-
tros éons são divididos em eras.
Uma era geológica é definida pelo modo como os continentes e oceanos es-
tavam distribuídos e os seres vivos se encontravam nela. Com exceção do Arqueano
as eras também foram desmembradas em períodos.
Os períodos são unidades fundamentais na escala do tempo geológico e os
da Era Cenozóica são ainda divididos em épocas.
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Figura 4: Tabela Geológica simplificada
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A tabela geológica está dividida com maior nível de especificidades e detalhes. No livro
“Geologia, Tectônica e Recursos Minerais. Texto, mapas e SIG” de Bizzi et. al., (2003) dispo-
nível em https://bit.ly/306iDIT (Acesso em: 23 abr. 2020) é possível acessar a tabela geoló-
gica atualizada.
16
https://bit.ly/3bksAZs. Acesso em: 23 abr. 2020;
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FIXANDO O CONTEÚDO
a) a Teoria Geodésia
b) a Teoria de Gaia
c) a Teoria da Grande Explosão (Big Bang)
d) a Teoria da Universalidade
e) o Criacionismo
a) Grandes e Pequenos
b) Interiores e Exteriores
c) Quentes e Frios
d) Gasosos e terrários
e) Interiores e terrários
a) 10%
b) 6%
c) 3%
d) 1%
e) 0,1%
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c) a força da gravidade.
d) um grande impacto de um corpo celeste que formou a lua.
e) o movimento de rotação e translação.
a) Quaternário, Pleistoceno.
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b) Neógeno, Plioceno.
c) Cenozóico, quaternário.
d) Quaternário, holoceno.
e) Cenozóico, Neógeno.
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TECTÔNICA GLOBAL UNIDADE
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Figura 5: Organização dos continentes ao longo do tempo geológico
22
O sucesso da teoria das placas tectônicas não se deu apenas porque
ela explica as evidencias geofísicas, mas também porque apresenta
um modelo no qual dados geológicos, acumulados durantes os últi-
mos 200 anos se encaixam. Além disso conduziu as ciências da Terra
até um estágio onde ela não apenas explica o que aconteceu no
passado, o que está acontecendo no presente, as também o que
acontecerá no futuro (CELINO; MARQUES; LEITE, 2003, p. 02)
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Figura 6: Mosaico das placas tectônicas e distribuição de vulcões e terremotos correlaciona-
dos.
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submersa, que chamamos de dorsal mesoceânica, onde encontramos falhamen-
tos, terremotos e vulcanismo devido à força do estiramento causada por estas pla-
cas se separando. Um exemplo é a dorsal Mesoatlântica, construída a partir da
divergência entre a placa Norte-americana e a placa Eurasiana, conforme exibe
o esquema da Figura 7 a seguir:
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Figura 8: Esquema do mecanismo do processo geológico decorrente da separação de duas
placas tectônicas em meio ao continente
Limites convergentes de placa oceânica com placa oceânica: Quando duas pla-
cas oceânicas se colidem, a placa mais densa (mais antiga, mais fria e mais es-
pessa) mergulha sob a outra placa menos densa em direção ao manto, levando
consigo parte do material sedimentado que irá se fundir junto com a crosta oceâ-
nica em subducção, conforme mostra o esquema da Figura 9. Este processo gera
intenso vulcanismo de composição andesítica, formando arquipélagos de ilhas.
Um exemplo são as ilhas que constituem o Japão.
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Limites convergentes de placa oceânica com placa continental: Na colisão de
uma placa oceânica com uma placa continental, a placa mais densa (oceânica)
irá mergulhar sob a placa menos densa (Continental), que irá produzir um arco
magmático em sua borda, caracterizada por rochas ígneas tanto intrusivas e
quanto extrusivas (veremos mais sobre essas rochas na unidade 4), conforme mos-
tra o esquema da Figura 10. Um exemplo desse tipo de colisão é entre a placa Sul-
americana e a placa Nazca, que formam a cordilheira dos Andes, no oeste da
América do Sul.
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Figura 11: Esquema do mecanismo do processo geológico decorrente do choque de duas
placas continentais
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sobre uma superfície esférica em torno de um eixo (de rotação de placa) e um polo
(de expansão), que não se referem nem ao eixo de rotação da Terra nem aos polos
geográficos. O polo de expansão é definido como um ponto em volta do qual a
placa tectônica gira. Para uma determinada velocidade angular de uma placa a
velocidade de diferentes pontos será diferente, logo a velocidade aumenta à me-
dida que os pontos se afastam do polo. A partir de estações que registram frequen-
temente os dados do Sistema de Posicionamento Global (GPS) é possível determinar
o movimento e velocidade em que as placas se movem. Em média elas se movi-
mento cerca de alguns centímetros por ano.
Acredita-se que a direção em que as placas se movem é resultado das cor-
rentes de convecção no manto, esses estudos ainda intrigam os cientistas e não
existe apenas uma única forma de explicação para a ocorrência deste processo. O
princípio de uma célula de convecção pode ser observado se colocarmos, por
exemplo, um material fluido e viscoso dentro de uma panela que será aquecida na
base inferior pelo fogo, e outros dois exemplares de outro tipo de material em estado
sólido por cima desse material viscoso, o que irá ocorrer ao aquecer o centro da base
da panela, é que o material viscoso irá esquentar mais rapidamente no centro do
que nas bordas da panela, diminuindo a densidade do mesmo, em consequência a
parte mais fria localizada na borda descerá para ocupar o lugar do material que
subiu, instalando uma circulação de fluidos, e afastará os dois exemplares sólidos
para a borda, seguindo o sentido das correntes. Com base nesse processo os pesqui-
sadores tentaram explicar o mecanismo motor da tectônica de placas. Como obser-
vamos na Figura 13 abaixo, dois modelos de mecanismos de correntes de convecção
são sugeridos, o primeiro (a) mostram as correntes de convecção ocorrendo somente
na astenosfera, e o segundo (b) mostram correntes de convenção envolvendo todo
o manto.
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Outro processo que ocorre em determinados domínios do manto inferior, na
parte mais profunda, são anomalias térmicas com aquecimento do material rochoso
que ascende como colunas quentes e turbulentas para a camada superior do manto
até alcançar a litosfera, onde forma uma câmara magmática, os vulcões. Esses pon-
tos superaquecidos do manto são chamados de pluma mantélica ou hot spots, mui-
tas vezes são utilizados como pontos de referência para medir a velocidade absoluta
de placas tectônicas. O arquipélago de ilhas vulcânicas no Havaí está relacionado
a um desses pontos superaquecidos. Quando o magma, através da câmara mag-
mática criada pelo ponto quente, atravessa a litosfera que se move lentamente em
direção horizontal, cria se um rastro de vulcões conforme explicita o esquema da
Figura 14 a seguir.
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https://bit.ly/2Dadoiu.
Como vimos anteriormente, o movimento das placas tectônicas gera uma sé-
rie de processos geológicos decorrente das suas movimentações, como as ativida-
des vulcânicas ou vulcanismo. Ao longo do tempo geológico também vimos que os
continentes sofreram modificações em sua organização, sendo assim, existem anti-
gas zonas de vulcanismo que atualmente estão desativadas, mas guardam marcas
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de seu passado. Um vulcão se configura através de uma câmara magmática, que
carrega o magma a superfície e entra em erupção como lava formando montanhas
ou elevações através da acumulação de lavas e outros materiais eruptivos.
A composição da lava interfere na forma como é expelida, se for de forma
abrupta e explosiva, formam materiais piroclásticos. Quando um magma se prepara
para entrar em erupção, as rochas subjacentes não permitem que os materiais volá-
teis escapem, elevando a pressão até chegar num momento que ocorre uma explo-
são. Quanto maior a pressão acumulada, maior a explosão e os fragmentos piroclás-
ticos, que são classificados de acordo com seu tamanho. Os fragmentos menores,
com menos de 2 mm de diâmetro, são chamados de cinzas vulcânicas. E fragmentos
maiores são chamados de bombas vulcânicas. Os materiais menores e ainda quen-
tes se litificam-se e formam as rochas chamadas de tufos, e as rochas de sedimentos
maiores são chamadas brechas vulcânicas. Os fluxos piroclásticos são um tipo de
erupção muito explosiva e muitas vezes devastadora, ocorrem quando a cinza
quente e gases são ejetados como uma nuvem ardente que se projeta montanha
abaixo em alta velocidade.
A composição magmática varia de acordo com os elementos presentes, que
serão mais bem definidos na Unidade 4, porém é possível adiantar que as lavas mais
ocorrentes são de caráter basáltico, ou seja, rico em ferro, magnésio e cálcio e com
baixa quantidade de sílica, logo são extremamente fluidas e podem escorrer rapida-
mente por grandes distancias, também são raramente explosivas. Geralmente é pro-
duzida em dorsais mesoceânicas e em pontos quentes do magma (hot spots).
Já as lavas de caráter andesítico, apresentam um nível intermediário de sílica,
e logo menor temperatura e fluidez. Geralmente são encontradas em cinturões de
montanhas, e também podem ocorrer a nível subterrâneo aquático, que geram
grandes explosões, pois produzem grande quantidade de vapor aquecido que en-
tram em contato com o duto vulcânico e são expelidos de forma abrupta.
As lavas de caráter riolítico, também são bastante observadas, com alto teor
de sílica, e por sua vez com menores temperaturas que as outras supracitadas, e con-
sequentemente mais viscosas e lentas. Por esta razão acumulam facilmente os gases
produzidos ao longo de grandes depósitos, gerando maiores explosões quando en-
tram em erupção. Os vulcões de composição riolítica são vulcões intensamente mo-
nitorados, é o caso do Yellow Stone nos Estados Unidos.
Os terremotos assim, como parte das atividades vulcânicas são resultados dos
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movimentos das placas tectônicas. Quando as placas se movimentam, produzem
esforços para se ajustarem e a tensão liberada é sentida na crosta terrestre a quilô-
metros de distância, que chamamos de ondas sísmicas. Quanto maior a pressão exer-
cida pela placa para se ajustar, maior será o efeito do terremoto.
O local onde ocorre o abalo e gera o terremoto é chamado de epicentro, que
pode ocorrer em diferentes profundidades. Os sismógrafos são aparelhos que regis-
tram as ondas sísmicas, sendo uma ferramenta que serve para examinar locais ina-
cessíveis. Quando as ondas são captadas por esta ferramenta e entra em contato
com outras estações de medição é possível determinar o foco e a intensidade do
tremor. Para tanto, foram criadas algumas escalas que indicam a intensidade e ta-
manho dos terremotos, algumas são mais utilizadas e conhecidas, como a Escala de
Richter, criada em 1935 por Charles Richter, que determina o tamanho do terremoto.
Ele utilizou o logaritmo de maior amplitude de onda registrada pelo sismógrafo du-
rante um tremor e terra como sendo a medida do tamanho desse terremoto, defi-
nindo então uma escala de magnitude, que afere o total de energia liberada. Um
ponto na escala logarítmica significa 10 vezes mais amplitude no sismógrafo, assim
entre o ponto da escala 3 e 5 pode ter um aumento de 100 vezes na amplitude da
onda, e a cada 1 ponto na escala aproximadamente 3,2 de energia liberada, ou
seja, em uma escala 6 para 7 por exemplo, representa 30 vezes mais a quantidade
de energia liberada. Os terremotos mais intensos registrados ocorreram em escala 9.
Os terremotos que tem epicentro no mar geram ondas gigantescas, chama-
das de Tsunamis, que chegam a 700km/h e aturas de até 30m, quando se quebram
atingem extensas áreas litorâneas com alto poder destrutivo. Essas ondas também
podem ser efeito de erupções vulcânicas ou grandes deslizamentos de terres, mas
geralmente são resultados de movimentações das placas em assoalho oceânico.
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• Derrame - saída e esfriamento rápido de material magmático vindo do interior da
crosta terrestre, consolidando-se ao contato com o ar.
• Dique - intrusão ígnea tabular vertical, que corta as estruturas das rochas circundantes.
Dobra - encurvamentos de forma acentuadamente côncavo-convexa, voltados para
cima ou para baixo, que ocorrem nas rochas quando submetidas à processos de fluxo
(comportamento plástico das rochas em um determinado derrame) ou esforços com-
pressivos.
• Gondwana - Designação empregada para identificar um supercontinente que existiu
até aproximadamente 200 milhões de anos atrás, formado a partir da desintegração
do megacontinente denominado de Pangeia. O supercontinente Gondwana era for-
mado pelas frações que atualmente constituem a América do Sul, África, Antártica,
Austrália e Índia.
• Hot spots - pontos de anomalia termal no interior da terra, ligados a sistemas de con-
vecção do manto e responsáveis pelo vulcanismo que ocorre no interior de placas tec-
tônicas.
• Lava - massa magmática em estado parcial ou total de fusão, que atinge a superfície
terrestre através de vulcões ou fraturas da superfície terrestre, e se derrama formando
verdadeiros rios ou lagos de lava.
• Magma - material ígneo em estado de fusão contido no interior da terra e que, por
solidificação, dá origem às rochas ígneas. Quando solidificado no interior da costa ter-
restre, forma as rochas intrusivas e quando expelido pelos vulcões, forma as lavas. Onda
sísmica Vibrações do terreno produzidas por terremotos ou explosões.
• Terremoto – movimentação violenta do terreno que ocorre quando rochas que estão
sob tensões quebram-se repentinamente.
• Vulcanismo – processo pelo qual o magma ascende do interior da Terra, atravessa a
crosta, emerge na superfície como lava e se resfria como rocha.
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FIXANDO O CONTEÚDO
a) a rotação da Terra.
b) vulcanismo.
c) compressão crustal generalizada.
d) expansão crustal generalizada.
e) correntes de convecção no Manto.
a) Convergentes e Discordantes.
b) Convergentes, divergentes e transformantes.
c) Divergentes e transformantes.
d) Convergentes e transformantes.
e) Transformantes e discordantes.
a) As placas continentais menos densas mergulham sob placas oceânicas mais den-
sas.
b) As placas continentais mais densas mergulham sob placas oceânicas menos den-
sas.
c) As placas oceânicas mais densas mergulham sob placas continentais menos den-
sas
d) As placas oceânicas menos densas mergulham sob placas continentais mais den-
sas
e) As placas oceânicas e continentais possuem densidade parecida e o movimento
de mergulho de uma sob a outra é aleatório.
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4. Anomalias térmicas com superaquecimento do magma que ascende para a ca-
mada superior do manto até alcançar a litosfera são chamados de:
a) Canais mantélicos.
b) Hot spots.
c) Sills ou soleiras.
d) Diagênese.
e) material piroclástico.
a) transformante.
b) convergente.
c) divergente.
d) conservativa.
e) limitante.
6. (Enem 2012) De repente, sente-se uma vibração que aumenta rapidamente; lus-
tres balançam, objetos se movem sozinhos e somos invadidos pela estranha sen-
sação de medo do imprevisto. Segundos parecem horas, poucos minutos são
uma eternidade. Estamos sentindo os efeitos de um terremoto, um tipo de abalo
sísmico.
(ASSAD, L., 2010)
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b) desgaste da erosão superficial.
c) atuação do intemperismo químico.
d) formação de aquíferos profundos.
e) acúmulo de depósitos sedimentares.
a) Epirogênese.
b) Orogênese.
c) Diagênese.
d) Terremotos.
e) Piroclásticos.
8. A placa tectônica sob a qual o Brasil se encontra, na sua borda leste e na sua
borda oeste, configuram se predominantemente os respectivos limites de placas:
a) Divergente e divergente.
b) Divergente e convergente
c) Convergente e divergente
d) Convergente e convergente
e) Convergente e transformante.
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MINERALOGIA UNIDADE
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sempre o mesmo em relação ao numero de elétrons, portanto um átomo é eletrica-
mente neutro. Por exemplo, os átomos do carbono apresentam seis prótons, e é cir-
cundado por seis elétrons.
A quantidade de prótons presentes no núcleo, dirá o seu número atômico, e a
soma das massas de dos prótons e nêutrons, dirá a sua massa atômica. Como o nu-
mero de prótons é sempre o mesmo, o número atômico será sempre o mesmo, porém
o número de nêutrons pode variar, logo a massa de um mesmo elemento químico
também pode variar, formando diferentes tipos de átomos, que são chamados de
isótopos. Por exemplo, o carbono tem seis prótons, e pode ter 6, 7 ou 8 nêutrons, logo
sua massa irá variar em 12,13 ou 14 respectivamente. A massa atômica do carbono
na tabela periódica é 12,011, é próxima a 12 porque o carbono 12 é mais comum na
Terra, visto que é favorecido pelo processo de fotossíntese.
Os minerais são compostos químicos, originado de interações entre dois ou
mais elementos químicos, pela transferência ou compartilhamento de elétrons (rea-
ção química). Quando o átomo perde ou ganha elétrons através das reações quími-
cas ele é chamado de íon. Se ele for carregado positivamente é chamado de cátion,
e se for carregado negativamente é chamado de ânion. E os átomos que não rea-
gem, combinam-se quimicamente por compartilhamento de elétrons, é o caso de
alguns elementos mais abundantes na Terra, como o carbono e o silício.
Os compostos químicos formados são mantidos pela força da atração de pró-
tons e elétrons, que chamamos de ligações químicas, que por sua vez podem ser
fracas ou fortes. As ligações iônicas se formam pela atração elétrica entre íons de
cargas opostas, a força da reação diminui a medido em que a distância entre os íons
aumenta e é mais forte se a carga destes forem maiores. Aproximadamente 90% de
todos os minerais são compostos essencialmente iônicos. Já as ligações covalentes
são ligações onde os elétrons são compartilhados, sem haver perda ou ganho. E são
em geral mais fortes que as ligações iônicas, é caso das ligações de carbono que
formam o diamante.
Os minerais se formam a partir do crescimento de um sólido gasoso ou líquido,
cujos átomos constituintes agrupam-se em diferentes arranjos e composições quími-
cas, processo conhecido como cristalização. A origem dos minerais está relacionada
às condições de componentes químicos e físicos (temperaturas e pressão) no seu
ambiente de formação.
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Os minerais se desenvolvem em diferentes formas geométricas que estão rela-
cionadas à sua composição química e seu sistema cristalino. O seu desenvolvimento
dependerá das condições físicas em que está submetido. Os principais sistemas cris-
talinos são:
Cúbicos (Isométricos) – Formado por três eixos de mesmo comprimento com
ângulos retos (90°) entre eles. Exemplos: pirita, halita, galena, entre outros;
Tetragonal – Formado por dois eixos de mesmo comprimento e um desigual,
formando um ângulo entre os três de 90°. Exemplos: Zircônio, rutílio, cassiterita,
entre outros;
Hexagonal – Formado por três eixos de 120° arranjados em um plano e um
quarto eixo, formando 90° com aqueles. Exemplos: quartzo, berílio, calcita, tur-
malina, entre outros.
40
entre outros do grupo. É formado por cerca de 354 minerais, que podem ser agru-
pados em relação à suas ligações com outros elementos. É um grupo de impor-
tância econômica, pois possui minérios da maioria dos metais, tais como titânio.
Alguns minerais mais comuns deste grupo são Anatásio, Crisoberilo, Tapiolita,
entre outros.
41
apresenta dureza maior que 5, se for riscado com a unha, a dureza é baixa, até 2,
alguns exemplos na Figura 15. A dureza de um material depende da força de fa-
tores como:
Ligações químicas – Quanto maior a força das ligações químicas, maior a du-
reza
Estrutura cristalina – Varia entre o grupo dos silicatos entre 5 e 7 porém em es-
truturas folheadas, como o talco (dureza 1), são relativamente moles, variando
de 1 a 3 na escala de Mohs. Quando as estruturas químicas dos minerais
são parecidas, o que aumenta a força das ligações químicas e influenciam a
dureza são fatores como:
Tamanho – Quanto menor o tamanho dos átomos ou íons, menor a distância
entre eles, mais forte a ligação. Importante fator para o grupo de sulfetos de
metais e óxidos metálicos, como cobre, prata, ouro, que apresentam dureza
de baixa, pois os cátions metálicos são grandes e refletem na força das liga-
ções químicas.
Carga – Quanto maior a carga de íons, maior a atração entre os mesmos, logo,
a ligação química será mais forte;
Confinamento de átomos e íons – Quanto maior o confinamento dos átomos
e íons, mais próximos eles ficam, logo mais forte a ligação química.
Figura 15: Minerais e número de dureza na Escala Mohls com alguns objetos utilizados na
identificação
42
Clivagem: É a tendência de constituintes das rochas se romperem e produzirem
superfícies planas, lisas definidas e paralelas entre si e a planos reticulares. A cliva-
gem pode ser qualificada pelo padrão de clivagem, ou seja, o número de planos
e os padrões que os minerais produzem em uma determinada rocha. Ou pela a
qualidade da clivagem pode ser descrita como perfeita, regular ou imperfeita e é
definida de acordo com a força das ligações químicas. Fortes ligações produzem
clivagens imperfeitas, como o caso do quartzo, da granada e outros minerais for-
mados por redes tridimensionais de tetraedros e silicatos formados por tetraedros
isolados. Já as ligações fracas produzem clivagem perfeita, os minerais são facil-
mente quebrados ao longo de seus planos de clivagem, produzindo superfícies
lisas, como o caso da muscovita, e outros silicatos de cadeias simples (piroxênio) e
duplas (anfibólios). Entre esses dois grupos estão os minerais que apresentam liga-
ções não tão fortes e produz uma clivagem regular, é o caso do berilo, um silicato
com estrutura em anéis.
Fratura: É tendência do mineral se romper ao longo de superfícies irregulares, ou
de não clivagem, estando relacionadas com o modo como as forças de ligação
distribuem-se em direções transversais aos planos cristalinos, as quebras das liga-
ções resultam em fraturas irregulares de diferentes tipos, sendo a mais comum à
fratura conchoidal, que formam curvas semelhantes à forma de concha, aconte-
cem em minerais como o quartzo. As fraturas também podem se apresentar nas
formas fibrosa ou estilhaçada, serrilhada, desigual, rugosa ou lisa.
Brilho: É a proporção de luz refletida pela superfície de um mineral, é controlado
pelos tipos de átomos presentes e suas ligações. Os minerais que refletem mais de
75% da luz incidente exibem brilho metálico, é o caso da maioria dos minerais opa-
cos (minerais que absorvem completamente a luz). Em outros casos podem ser
definidos de como vítreo, resinoso, graxo, nacarado, sedoso ou adamantino, fa-
zendo alusão ao tipo de material que refletem a luz de forma parecida.
Traço: É a cor do pó do mineral quando riscado em uma superfície mais dura. Pode
ser identificada quando se esfrega o mineral sobre um fragmento de porcelana
ou outro de cor branca de alta resistência, caso o mineral seja mais de dureza
superior a da porcelana a cor exibida será da porcelana e não do mineral, logo o
pó do mineral é obtido através do processo de moagem. O traço é útil na identifi-
cação de minerais opacos e ferrosos que geralmente apresentam traços coloridos,
43
diferente de muitos minerais translúcidos ou transparentes que exibem traço
branco.
Hábito cristalino: É a forma externa dos cristais sejam individuais ou agregados, ge-
ralmente relacionados a formas geométricas. E pode ser melhor observado
quando os cristais crescem em condições geológicas ideais. Alguns termos que
definem o hábito cristalino de minerais são aciculares, capilar, laminado, cúbico,
tabular, colunar, prismático, micáceo, granular entre outros.
Densidade relativa: A densidade refere-se a um número que indica à relação do
peso do mineral e o de um volume igual de água a 4°C. É necessária uma balança
especial para aferir este valor. A maioria dos minerais que formam as rochas apre-
senta um valor entre 2,5 a 3,3 g/cm³, sendo alguns como o bário e o chumbo,
superiores a 4,0 g/cm³.
44
• Minério – Depósito mineral a partir do qual substâncias minerais valiosas podem ser ex-
ploradas economicamente.
• Mineral – Substância sólida cristalina de ocorrência natural, geralmente inorgânica,
com uma composição química específica.
• Íon – Átomo ou grupo de átomos que ganhou ou perdeu elétrons e, logo, tem carga
positiva ou negativa.
• Átomo – menor unidade de um elemento químico que conserva suas propriedades físi-
cas e químicas.
• Ânion – Íon de carga negativa.
• Cátion – Íon de carga positiva.
• Próton – Partícula elementar no núcleo de um átomo tendo uma massa atômica típica
e uma carga elétrica positiva +1.
• Cristal – Arranjo tridimensional de átomos em que o arranjo básico repete-se em todas
as direções.
• Cristalização – Crescimento sólido a partir de um gás ou líquido cujo os átomos consti-
tuintes se agrupam em proporções químicas e próprias e segundo um arranjo cristalino.
• Elétron – Partícula com carga elétrica que se move em torno do núcleo de um átomo.
• Isótopos – Átomos com o mesmo número atômico e diferentes massas atômicas.
• Massa atômica – Soma das massas dos prótons e nêutrons de um elemento.
• Nêutron – Partícula elementar eletricamente neutra do núcleo de um átomo tendo
massa atômica igual a 1.
• Número atômico – Número de prótons do núcleo de um átomo.
45
FIXANDO O CONTEÚDO
a) Mineração
b) Cristalização
c) Isostasia
d) Diagênese
e) Solidificação
a) Calcita
b) Titânio
c) Pirita
d) Olivina
e) Gipsita
a) Pirita
b) Quartzo
c) Talco
d) Calcita
e) Gipsita
a) Gipsita
b) Talco
c) Fluorita
d) Calcita
46
e) Ortoclásio
47
8. A qualidade da clivagem do mineral muscovita está relacionada com a força de
suas ligações químicas que correspondem a:
48
PRINCIPAIS TIPOS DE ROCHAS E UNIDADE
SEU CICLO
4.1 INTRODUÇÃO
49
outros 95% constituída de rochas ígneas e metamórficas.
Figura 16: Diferentes processos geológicos que dão origem aos diferentes tipos de rochas
O Nome Ígnea vem do latim ignis, que significa fogo, e remete ao tipo de for-
mação dessa rocha que se forma a partir da cristalização do magma. As rochas íg-
neas podem ser diferenciadas em dois tipos: intrusivas, que se formam no interior da
crosta terrestre e também conhecida como plutônicas, e extrusivas, quando é crista-
lizada fora da crosta quando a lava é expelida, ou também conhecida como rochas
vulcânicas.
Quando a rocha é derivada do resfriamento lento do magma, os cristais co-
meçam a crescer e se solidificar, quanto maior o tempo de resfriamento, maior o
tamanho e desenvolvimento do cristal. Quando o resfriamento do magma ocorre
rapidamente os minerais não conseguem se cristalizar resultando em uma rocha
composta de vidro. De acordo com o grau de cristalização (proporção cristal e vidro)
as rochas podem ser classificadas em: Holocristalinas, completamente cristalizadas;
Hipocristalina, composta por uma mistura de cristais e vidros; e Vítrea ou hilohialina,
quando a rocha é composta quase inteiramente de vidro, ou seja, o resfriamento é
extremamente rápido.
As rochas ígneas intrusivas se formam a partir do magma que se resfria lenta-
mente, no interior na crosta terrestre, e por isso os cristais que se formam tem tempo
50
para crescerem milímetros e até centímetros antes que toda massa seja cristalizada.
Um exemplo muito conhecido de rocha ígnea intrusiva é o granito, formado pelos
minerais de quartzo, feldspato e micas (biotita e/ou muscovita).
As rochas ígneas extrusivas se formam a partir do magma expelido para su-
perfície terrestre e logo é rapidamente resfriado, não dando tempo para que os grãos
de minerais cresçam em nível de conseguirmos identificá-los a olho nu. Elas podem
pertencer a categoria rochas de lavas vulcânicas, tem aparecia variada e vai de-
pender das condições que se formaram ou da categoria de rochas piroclásticas, for-
madas por erupções vulcânicas explosivas, são fragmentos de lava lançados ao ar.
Um exemplo dessa rocha é a pedra-pome, que consiste em uma massa porosa de
vidro vulcânico.
Quando o material cristalino é identificado a olho nu, dizemos que esta rocha
é fanerítica, e quando não conseguimos identificar o material cristalino a olho nu,
essa rocha é conceituada como afanítica. Geralmente ocorre que as rochas ígneas
intrusivas são faneríticas e as rochas ígneas extrusivas são afaníticas. Alguns exemplos
na Figura 17 a seguir.
51
Figura 17: Exemplos de rochas ígneas intrusivas e extrusivas
52
basalto) e ultrabásicas (menos de 45% de sílica, exemplo: peridotito). As rochas áci-
das e intermediárias que apresentam maiores quantidade de sílica resultam na cris-
talização do quartzo, e tendem a ser mais claras, enquanto as básicas e ultrabásicas,
o baixo teor de sílica implica em um aumento no teor dos demais componentes como
Magnésio, Ferro e Cálcio, logo essas rochas tendem a ser mais escuras. Os minerais
de coloração mais claros são chamados de félsicos e os de minerais de coloração
mais escura, chamados de máficos.
Um parâmetro muito utilizado para caracterização composicional de rochas
ígneas é o índice de cor (M), como esquematiza a Figura 18 a seguir.
53
Sills ou soleiras - são formados por camadas de rocha tabular, onde o magma pe-
netrou nas camadas de rocha em atitude horizontal. Geralmente constituído de
rochas básicas e se formam geralmente em níveis rasos da crosta, próximos a su-
perfície.
Lacólitos- São formados quando o magma invade camadas de rocha sedimentar
em níveis rasos da crosta, e se diferencia do sill devido ao arqueamento das ca-
madas de rocha suprajacentes para obter espaço para se alojar. Geralmente são
formados por magmas mais viscosos, como os graníticos.
Necks vulcânicos- São formados pela consolidação do magma nos dutos vulcâni-
cos. As rochas de material piroclásticos que formam os cones vulcânicos são mais
facilmente erodidas, e com a ação do tempo deixa exposto o neck vulcânico no
relevo.
Batólitos e stocks – São corpos ígneos intrusivos que ser formaram em profundidade,
de maneira discordante, cortando as rochas encaixantes, de composição graní-
tica se diferem apenas pelo tamanho. Os batólitos têm extensão superior a 100km²
enquanto os stocks apresentam áreas inferiores a 100km². Ambos podem vir acom-
panhados de xenólitos, que são fragmentos das rochas encaixantes englobados
pelo magma durante sua consolidação e resistiram ao processo.
54
quando são submetidas a um evento de stress, apesar de continuarem sólidas, sofre-
ram modificações de natureza mineralógica, na textura, na composição química ou
de todos os tipos ao mesmo tempo. Os principais agentes que atuam na metamorfi-
zação das rochas são citados a seguir:
55
diferentes formas, classificados como metamorfismo regional, de contato, dinâmico,
cataclástico, de soterramento, hidrotermal, de fundo oceânico ou de impacto (des-
critos a seguir). Os mesmos são classificados a partir de parâmetros físicos, mecanismo
responsável pela transformação, localização e extensão na crosta terrestre e tam-
bém por tipos de rochas que se formaram.
56
Metamorfismo de impacto – Ocorre quando um meteorito (fragmentos de co-
metas e asteroides) atinge a Terra. No momento do impacto a energia é transfor-
mada em calor e ondas de choque que fraturam e deslocam as rochas, formando
crateras de calor que vaporizam o meteorito e fundem as rochas em poucos segun-
dos, elevando a pressão e causando a reequilíbrio dos minerais quase que instanta-
neamente. No entanto esse tipo de metamorfismo é raro na Terra, sua camada at-
mosférica densa destrói a maioria dos meteoritos antes da colisão. É um processo que
parece ocorrer com maior frequência em outros corpos planetários como na Lua,
que é marcado por crateras. Aqui na Terra alguns exemplos são o Meteoro Crater,
no Arizona (EUA), que criou uma cratera com cerca de 1,2km de extensão e 200m
de profundidade. No Brasil podemos encontrar essas crateras no estado de Goiás,
conhecida como o Domo do Araguainha, e também no município de São Paulo,
conhecida como Colônia.
As rochas metamórficas guardam a história de seus protólitos e de seu passado
mais recente. Por exemplo, o quartizito, é um antigo arenito que sofreu metamorfismo,
e o arenito por sua vez, é rocha sedimentar que foi compactada e transformada em
rocha a partir de sedimentos. Ou seja, era sedimento, que se compactou e se trans-
formou em rocha sedimentar (Arenito), que sofreu metamorfização e virou quartizito.
Nesse caso, quando o protólito é uma rocha sedimentar é de costume usar o termo
metassedimentar (rocha metamorfizada de origem sedimentar). Por tanto quando
identificarmos um quartzito sabemos que aquele ambiente no seu passado já foi um
ambiente de deposição, que o tempo transformou seu sedimento em rocha e um
outro grande evento geológico alterou sua textura e transformou em rocha sedimen-
tar.
Alguns exemplos de rochas metamórficas e seus protólitos são explicitadas na
Figura 20 a seguir.
57
Figura 20: Exemplos de rochas Metamórficas e seus protólitos
58
rifts, cadeias de montanhas entre outros. Também contam hipóteses sobre o clima e
o regime de intemperismo que foram submetidos. As rochas sedimentares também
são fontes de importantes recursos econômicos, são nelas que encontramos o petró-
leo e o gás, importantes fontes de energia, além disso, outros minérios como urânio,
usado para gerar energia nuclear, o carvão, uma rocha particular que é formada a
partir do soterramento vegetal, e também rochas fosfáticas, utilizadas na produção
de fertilizantes, e muitas fontes de minério de ferro mundial.
O processo que levam os sedimentos a se transformarem em rocha se chama
Diagênese, onde ocorre na sua etapa final a litificação, que solidifica o sedimento e
o transforma em rocha. Esse processo pode ocorrer de diferentes maneiras, as princi-
pais são descritas a seguir:
59
Figura 21: Principais classes de rochas sedimentares a partir de sedimentos clásticos
60
A imagem a seguir mostra a relação da origem dos sedimentos biológicos e
químicos e as principais rochas associadas.
61
estão relacionados com a fonte de energia interna da Terra, e quando expostas es-
tão continuamente sob a ação de um ou mais agentes que provocam as transfor-
mações, que por sua vez, tem o Sol como a fonte primária de energia dos processos
intempéricos e erosivos.
A Figura 24 a seguir representa um esquema de como funciona o ciclo das
rochas. Começando o ciclo com pelas rochas ígneas, que formam os relevos que por
sua vez sofrem com a ação do intemperismo e da erosão, dando origem a sedimen-
tos que se depositam e ao longo do tempo passam pela diagênese e geram rochas
sedimentares. Estas, que devido ao aumento da temperatura e/ou pressão também
geram rochas metamórficas. As metamórficas, por sua vez, podem sofrer fusão, for-
mando magma que logo vai originar nova rocha ígnea, fechando o ciclo.
As rochas metamórficas derivadas de ígneas também sofrem com ação do
intemperismo e da erosão e, portanto, também originam sedimentos, caindo na
etapa do ciclo em que um sedimento passa pela diagênese e se transforma em ro-
cha sedimentar. E as rochas ígneas, também podem sofrer metamorfismo, dando ori-
gem a uma rocha metamórfica. Portanto, qualquer um dos três tipos de rocha pode
originar qualquer um dos outros dois, todas passando pela etapa da fusão do
magma, que dará início novamente o ciclo das rochas.
62
• Diátomos – Agrupamento taxonômico de algas unicelulares.
• Diagênse – Mudanças químicas e físicas, incluindo pressão, temperatura e reações quí-
micas pelas quais os sedimentos soterrados são litificados e transformados em rochas
sedimentares.
• Ciclo das rochas – Conjunto de processos geológicos, que convertem diferentes tipos
de rochas em magma e levam a criação de novas rochas.
• Geoturismo – Forma de turismo que valoriza aspectos de geodiversidade e conserva-
ção.
• Litificação – Processo final da diagênese que consolida sedimentos em rochas sedimen-
tares.
• Petrologia – Ramo da ciência voltado aos estudos das rochas.
• Protólito – Rocha original antes de sofrer metamorfismo.
• Rocha Ígnea – Rocha formada pela solidificação de um magma. Podendo ser intrusiva,
quando o magma se solidifica dentro da crosta ou extrusiva, quando o magma se soli-
difica ao atingir a superfície terrestre.
• Rocha Metamórfica – Rocha ígnea ou sedimentar que passou por alto grau de pressão
e/ou temperatura e alterou suas características físicas e/ou químicas.
• Rocha Sedimentar – Rocha formada a partir de depósitos sedimentares pelo processo
de diagênese.
• Sedimento bioquímico – Restos minerais não-dissolvidos de organismos, bem como mi-
nerais precipitados por processos biológicos.
• Sedimentos clásticos – Fragmentos de rochas que divergem em tamanho, podendo ser
classificados como silte, areia ou cascalho.
63
FIXANDO O CONTEÚDO
2. O Gabro é uma rocha com textura fanerítica. Este fato ocorre devido:
a) sill e dique;
b) lopólito e lacólito;
64
c) neck e sill;
d) batólito e neck;
e) sill e batólito.
a) Granito
b) Basalto
c) Calcita
d) Gnaisse
e) Quartzito
a) Intemperismo
b) Lixiviação
c) Deposição
d) Diagênese
e) Isostasia
a) O ciclo das rochas se encerra quando uma rocha ígnea vira sedimento e é soter-
rado.
b) O ciclo das rochas se inicia sempre com a formação de uma rocha magmática
65
extrusiva.
c) O ciclo das rochas é uma sequência de fenômenos que se repetem ou se reno-
vam, sendo um processo contínuo de transformações, onde todos os tipos de ro-
cha podem fazer parte do processo.
d) Apenas as rochas ígneas e sedimentares fazem parte do ciclo das rochas.
e) O ciclo das rochas é um fenômeno que mostra a formação da rocha, sua evolu-
ção até a sua etapa final, que é a deposição.
66
PROCESSOS E ESTRUTURAS UNIDADE
GEOLÓGICAS
67
Figura 25: Tipos de falhas e forças associadas
68
uma estrutura que era plana se curva devido a forças horizontais ou verticais. É co-
mum em cinturões de montanhas. Dependendo do material rochoso e magnitude e
direção das forças atuantes, os dobramentos podem ser bem suaves ou também
severos. As dobras são classificadas em anticlinais, que são dobradas com a conca-
vidade para baixo, formando arcos e sinclinais, dobradas com a concavidade para
cima, formando calhas. O plano Axial é uma superfície imaginária que divide a dobra
ao meio, e mede o eixo da dobra
A linha formada pela intersecção do plano axial com as camadas é o eixo da
dobra. Uma dobra horizontal simétrica tem um eixo horizontal e um plano axial verti-
cal com os flancos mergulhando si- metricamente para longe do eixo. A figura 24 a
seguir sintetiza os tipos dobras e mecanismos associados.
69
desse material, que causa o desgaste do relevo por sua vez.
Os principais fatores que influenciam o intemperismo são descritos a seguir:
Clima – É um dos fatores mais importantes, pois nele encontramos um dos prin-
cipais agentes do intemperismo, a água. O regime de chuvas e sua distribuição no
globo terrestre vão influenciar profundamente a ação do intemperismo, além disso,
as variações de temperatura também contribuem para a fragmentação das rochas,
estima-se que a cada 10°C que se elevam há um aumento de duas a três vezes na
velocidade das reações químicas, o que explica a maior intensidade do intempe-
rismo nos trópicos.
Topografia – Além de ser um fator que influencia no clima, a topografia ajuda
a regular a velocidade do fluxo da água das chuvas (sendo a vegetação outro re-
gulador importante). Em declividades mais suaves onde a agua consegue ter uma
boa infiltração, e ficam em contato por mais tempo com as rochas, as reações quí-
micas são mais intensas, e logo também será a ação do intemperismo, e o contrário
ocorre com declividade mais elevadas, onde a ação da gravidade faz com que a
velocidade das aguas seja maior, ficando menos tempo em contato com as rochas.
Nas regiões de baixada a água fica por muito tempo em contato com as rochas,
porém não se renovam facilmente, de modo a saturar os componentes solúveis, per-
dendo a capacidade de reação dos minerais. Portanto podemos dizer que nas en-
costas mais suaves é que o intemperismo age de forma mais intensa.
Material parental- Os minerais constituintes das rochas irão responder de forma
diferente a ação do intemperismo, dependendo da sua composição, textura e es-
trutura irão apresentar maior ou menor resistência. Os primeiros materiais que se cris-
talizam com o resfriamento do magma também são os materiais que apresentam
menor resistência a intempere, por esta razão o quartzo é o último mineral a se de-
compor em uma rocha granítica por exemplo. Já os mármores que são formados por
carbonato de cálcio, mineral altamente solúvel em água, são mais frágeis e menos
resistentes, por isso o granito é muito mais indicado para tampos de pia do que o
mármore. A Figura 27 a seguir mostra a taxa de alteração relativa dos minerais mais
comuns sob a ação do intemperismo.
70
Figura 27: Estabilidade relativa dos minerais mais comuns sob o intemperismo
Tempo - Quanto mais longo o tempo em que uma rocha está exposta, maior
o tempo em que ela está sofrendo com a ação do intemperismo. Por exemplo, os
sedimentos derivados de rochas, como os cascalhos, vão ficando cada vez mais
“polidos” e arredondados conforme a ação do intemperismo ao longo do tempo. O
clima é um fator muito aliado ao tempo, visto que em lugares mais húmidos, a ação
do intemperismo é mais intensa em relação à mesma duração de tempo em lugares
mais secos.
Fauna e Flora - Fornecem matéria orgânica para reações químicas e remobili-
zam materiais. A concentração de CO2 no solo, proveniente da decomposição da
matéria orgânica morta, favorece a acidificação da água, que favorece a dissolu-
ção mais rápida de alguns minerais. As raízes de árvores criam frestas para a pene-
tração de água aumentando a atuação do intemperismo.
O intemperismo pode acontecer de três formas descritas a seguir:
71
a essas variações térmicas. Em ambientes com alta amplitude térmica essas mudan-
ças são mais notáveis. Também podem ocorrer com a variação de umidade,
quando a agua se infiltra em pequenas fraturas, ou nas porosidades da rocha e sofre
um resfriamento, se a agua congelar pode aumentar em 9% o seu volume, exer-
cendo uma grande pressão sobre a rocha, e quando partes mais profundas dos cor-
pos rochosos soerguem e com o alivio da pressão se expandem e causam fraturas
ao longo do trecho da qual a pressão foi aliviada, este processo especifico e conhe-
cido como justas de alivio.
O intemperismo químico ocorre quando minerais que formam a crosta terres-
tre, interagem com novos elementos em novas condições. Como sabemos, grande
parte das rochas que hoje afloram na crosta terrestre, se formaram em condições
muito diferentes das atuais, em decorrência disso ao entrarem em contato com a
superfície seus minerais buscam se equilibrar as novas condições e se tornarem mais
estáveis. Alguns minerais quando reagem com a água e o ar, podem se dissolver e
outros podem se combinar com demais elementos terrestres.
O principal agente do intemperismo químico é a agua, e de acordo com o
tipo de mineral e seus componentes presentes irão desencadear diferentes tipos de
reações químicas, sendo mais comuns as reações de hidratação, dissolução, hidro-
lise, acdólise e oxidação.
O Intemperismo biológico ocorre através da ação de organismos e bactérias
que ajudam na decomposição de outras matérias, e desencadeiam o desgaste dos
materiais terrestres. Também pode ser dito como biofísico ou bioquímico.
Atualmente, com a discussão de uma nova era geológica, chamada de An-
tropoceno ou Tecnogeno, que coloca o ser humano como parte integrante da na-
tureza, sendo um agente geológico, é possível discutir que determinadas ações hu-
manas são também parte de um processo de intemperismo de forma direta ou indi-
reta. Por exemplo, a intensificação de chuvas ácidas e por consequência do intem-
perismo, causadas pelo incremento de substancias químicas na atmosfera, intensifi-
cadas pelo processo de industrialização.
A erosão por sua vez, é o transporte do material fragmentado. Podendo ser de
grande, média ou alta magnitude, sendo sua maior aliada, a força da gravidade.
Grandes movimentos de massa (deslizamentos de materiais do solo) são mar-
cas erosivas na paisagem, que quando acontecem em áreas ocupadas causam
grandes transtornos para a população. A ação do intemperismo e da erosão ao
72
longo do tempo é o processo formador do solo.
73
As plataformas ou Crátons (1) são representadas por relevos muito antigos, que
foram rebaixados ao longo do tempo pela ação de forças exógenas. Apresentam se
como baixos planaltos ou como depressões posicionadas as margens de bacias se-
dimentares dos cinturões de cadeias orogênicas muito antigas.
As bacias sedimentares (2) são estruturas formadas por grandes pacotes de
rochas sedimentares ao longo do continente. Ocupam grande parte da superfície
emersa da Terra, embora em volume as rochas sedimentares sejam pouco represen-
tativas. As bacias sedimentares podem ser mencionadas com referência a sua idade.
Por exemplo, são chamadas de bacias Fanerozóicas, as bacias sedimentares que se
formaram ao longo do Éon Fanerozóico.
Cadeias orogênicas e cinturões orogênicos (3) são estruturas representadas
pelos terrenos mais elevados na superfície terrestre, associados aos limites de placas
tectônicas (atuais e antigos) que geram intensos falhamentos, dobramentos, ativida-
des vulcânicas, terremotos e etc. A Figura 28 a seguir, mostram as grandes macroes-
truturas associadas ao continente Sul-americano.
74
No território brasileiro as três macroestruturas marcam o embasamento geoló-
gico e dentro de cada uma podem ser dividas de acordo com a idade em que se
formaram, conforme o mapa da Figura 25.
Os Cratons são estruturas muito antigas, com prevalecentes rochas metamór-
ficas do pré-cambriano, podem ser vistos principalmente na região Amazônica,
sendo a porção ao Norte, próximo a fronteira da Venezuela e Guianas, planaltos mais
elevados e perdem altimetria ao Sul. Algumas regiões das áreas cratônicas, forma
encobertas por sedimentos desde o início do Fanerozóico.
As áreas de cinturões orogênicos podem ser associadas até três diferentes fa-
ses de dobramentos, falhamentos, metamorfização, que remetem ao passado da
configuração continental situada em limites de placas tectônicas. O cinturão do
Atlântico é bem marcado pelas montanhas que ainda guardam o aspecto serrano
em grandes extensões, como a Serra do Espinhaço, que vai do centro-norte de Minas
Gerais até o interior da Bahia.
E as Bacias Sedimentares, são estruturas que preservam os sedimentos de pelo
menos três eras do Fanerozóico, que são as eras do Paleozoico, do Mesozoico e do
Cenozoico.
75
Baseado nas estruturas do território brasileiro, e em outros trabalhos pretéritos,
que já montavam a configuração do relevo do Brasil, Ross, em 1990 elabora um
mapa geral do relevo brasileiro com enfoque na altimetria, dividido em três grandes
grupos: os planaltos, as depressões, e as planícies, conforme o mapa da Figura 30.
Pontual que os planaltos são áreas mais elevadas, onde o relevo apresenta
maior resistência às ações das forças exógenas. As depressões são áreas peculiares
no território brasileiro que, com exceção da depressão amazônica ocidental, foram
geradas por intensos processos erosivos diferenciados nas bordas das bacias sedi-
mentares, e evidenciam marcas paleoclimáticas. E as planícies são áreas planas bai-
xas de deposição de sedimentos recentes de origem marinha, lacustre ou fluvial.
76
Acidificação – Processo de transferência de íons em uma reação química, que causa
diminuição do pH de uma solução aquosa.
Altimetria – Representação gráfica de altitudes na superfície terrestre.
Bacia sedimentar – Depressões na superfície terrestre formadas por abatimento da litos-
fera que armazenam sedimentos.
Crátons – Estruturas Geológicas muito antigas que formam a superfície da Terra.
Depressões – Unidade de relevo rebaixadas.
Forças Endógenas – Forças originadas pelo mecanismo interno da Terra
Forças Exógenas – Forças de origem dos mecanismos que acontecem na camada ex-
terna terrestre.
Paleoclima – Variações climáticas pré-históricas de diferentes configurações dos conti-
nentes.
Planalto – Unidade de Relevo de áreas elevadas com cume quase nivelado.
Planície – Unidade de relevo de áreas planas de baixa altimetria
Relevo – Formas da superfície terrestre, esculpida por fatores endógenos e exógenos.
Topografia – Caracterização da superfície de um terreno.
77
FIXANDO O CONTEÚDO
a) Normal
b) Oblíqua
c) Direcional
d) Reversa
e) Paralela
3. (FUVEST/2017) A figura mostra corte transversal A-B em área serrana embasada por
rochas metamórficas entre os municípios de Apiaí e Iporanga, no Vale do Ribeira,
sul do estado de São Paulo.
78
As rochas representadas são de idade pré-cambriana e formam estruturas em um
sistema de:
a) soleiras e diques.
b) dobras anticlinais e sinclinais.
c) plataformas e bacias sedimentares
d) intrusões e extrusões
e) falhas verticais e horizontais.
a) halita.
b) olivina.
c) feldspato.
d) biotita.
e) Quartzo.
79
a) a lixiviação;
b) a erosão;
c) o intemperismo;
d) o assoreamento;
e) a poluição.
a) Devoniano;
b) Permiano;
c) Cretáceo;
d) Ordoviciano;
e) Triássico.
a) no planalto da Borborema.
b) nos planaltos de serras de Goiás- Minas.
c) nos planaltos da Serra do atlântico.
d) no planalto da Amazônia Oriental.
e) no planalto Sul-Rio-Grandense
80
GEOLOGIA E SOCIEDADE UNIDADE
6.1 INTRODUÇÃO
81
de ouro em solos brasileiros, acarretou na famosa “corrida do ouro”, que incentivou
a busca e mineração desse elemento químico natural, gerando grandes transforma-
ções no espaço social.
O ouro é um elemento químico que raramente se combina com outros ele-
mentos, por isso, muitas vezes é encontrado no estado nativo de formação. O ouro
costuma ocorrer em aluviões (depósitos de sedimentos clásticos formado por um sis-
tema fluvial) e em veios de quartzo associados a rochas intrusivas ácidas. Quanto
às características físicas do ouro, é comum encontra-lo na forma de escamas, mas-
sas irregulares (pepitas) ou fios irregulares. É opaco, seu brilho é metálico e sua dureza
está entre 2,5 e 3,0, sendo possível riscá-lo com um canivete ou um pedaço de vidro.
Na sociedade o ouro é usado principalmente como moeda financeira, e tam-
bém na fabricação de joias e ornamentos decorativos. Passou a ser usado na odon-
tologia, com próteses de dentes feitas de ouro, e mais recentemente, na fabricação
de muitos produtos da indústria eletrônica.
O Brasil foi o maior produtor de ouro do mundo entre 1700 e 1850, providos em
grande parte das aluviões na região do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. Per-
dendo expressividade global na metade do século XIX, quando países, como os EUA,
fizeram descobertas de ouro aluviar em seus territórios. Atualmente a representativi-
dade da produção deste minério está associada a países como África do Sul, EUA,
Austrália, China e Peru.
A história do ouro no Brasil foi apenas o começo de tantos outros minerais que
vieram a ser explorados economicamente. Em 2016 no livro, Recursos Minerais no
Brasil: problema e desafios, organizado pela Academia Brasileira de Ciências (ABC),
traz uma tabela da produção mineral brasileira, com base nos dados disponíveis
pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e do Instituto Brasileiro
de Mineração (IBRAM), que sintetiza a situação das reservas, da produção e do mer-
cado internacional, bem como elenca as principais minas de commodities do Brasil
para os anos de 2012 e 2013. Está disponível na figura a seguir.
82
Figura 31: Reservas, produção e situação no mercado das commodities minerais e principais
minas brasileiras em 2012/2013
83
humano criou diferentes mecanismos para gerar energia e com o avanço da indus-
trialização aumentou potencialmente a demanda para desenvolver atividades de
diferentes tipos, seja na agricultura, nas indústrias ou nas tarefas domesticas. Ao pas-
sar do tempo, as fontes energéticas foram mudando, buscando superar crises e tam-
bém menores impactos ambientais. Além de o consumo ser diferenciado em cada
país, eles apresentam recursos diferentes, e por isso criam mecanismos de acordo
com suas fontes. Segundo, Farias e Sellito (2011), analisam quem fatores como a dis-
ponibilidade de recursos, interesses comerciais, domínio de tecnologias e a preserva-
ção do meio ambiente levaram os países a diferentes escolhas para a composição
de suas matrizes.
As fontes de energia renováveis são aquelas que não se esgotam na natureza,
tais como energia solar, eólica, geotérmica, hidroelétrica, biomassa e etc. Já as fon-
tes de energia não renováveis são atribuídas as fontes de combustíveis fosseis, tais
como petróleo, carvão mineral e gás natural, e de usinas nucleares, que em sua mai-
oria utilizam o urânio para gerar energia.
O Carvão mineral foi o primeiro combustível fóssil a ser utilizado em larga escala
como fonte energética, foi um importante motor no processo de industrialização, po-
rém seu impacto na atmosfera também se mostrou muito significativo. A chegada
da indústria petroquímica em 1930 declinou o carvão mineral como fonte de energia,
e ainda fomentou a criação de diversos subprodutos a partir da extração do Petró-
leo.
O Petróleo é uma fonte esgotável de energia, e uma das mais importantes no
mundo, por isso sua notoriedade no cenário dos recursos energético. Segundo o geó-
logo Branco (2014, online):
84
As maiores reservas de Petróleo do mundo estão localizadas na região do Ori-
ente Médio, o que por um lado, traz um beneficiamento econômico expressivo, e por
outro geram conflitos internacionais.
No Brasil, a Bacia de Campos tem expressiva produção nacional e mais recen-
temente, a extração em depósitos chamados de pré-sal, situados no oceano a gran-
des profundidades, colocou o Brasil como uma importante fonte mundial deste re-
curso.
A discussão acerca das fontes energias não esgotáveis e que geram menores
impactos ambientais é amplamente debatida, visto que as ciências apontam cami-
nhos sinuosos para a manutenção da atual forma de explorar os recursos minerais.
Por que a partir da década de 1970, há uma popularização de termos, como “desenvol-
vimento sustentável”, “Ecológico”, “Ambiental”, “Meio Ambiente”, “Sustentabilidade”, por
diferentes setores da sociedade?
Será que o modo como consumimos, como exploramos os recursos naturais, e nos relaci-
onamos com a natureza, não compromete as gerações futuras?
85
6.4 GEOLOGIA E VALORIZAÇÃO SOCIAL, CULTURAL E HISTÓRICA: EXEMPLO
DO GEOPARK ARARIPE – CE
Apesar de esta ciência ser muito relacionada ao campo econômico, tal como
nossa relação com a natureza, ela também adentra as questões culturais e históricas.
Um bom exemplo disso no Brasil que imprime estes valores de forma categórica é o
exemplo do Geopark Araripe.
O Geopark Araripe está localizado na parte sul do Estado do Ceará, região
nordeste brasileira. Envolve os municípios de Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte, Mis-
são Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri. Tem uma área de aproximadamente
3.790km², está inserida na porção cearense de estrutura de bacia sedimentar do Ara-
ripe. A região é caracterizada pela sua imensa importância geológica do período
Crétaceo, com destaque para seu tesouro paleontológico, com registros de 150 a 90
milhões de anos muito bem preservados e de enorme diversidade paleobiológica.
Em 2005, sabendo de sua riqueza geológica, a Universidade Regional do Cariri
(URCA) tomou a iniciativa, através da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação
Superior (SECITECE) do Governo do Estado do Ceará, de encaminhar à Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), uma proposta
de candidatura do Geopark do Araripe para a inserção deste na Rede Global de
86
Geoparques (GGN). Logo em setembro de 2006, o Geopark do Araripe foi reconhe-
cido pela GGN como o primeiro Geoparque das Américas, e ganhou apoio de dife-
rentes instituições nacionais.
O Geopark Araripe menciona em sua página da web que tem como alguns
objetivos:
87
notícias do site do Geopark Araripe acessado em junho de 2020. Este foi um exemplo,
de muitos outros, que relacionam o conhecimento geológico com a sociedade, de
forma a desenvolver questões do espaço sócio-cultural.
88
na biologia, na geomorfologia, na geologia...), conta apenas o registro de apenas
um Geopark.
O conhecimento geológico, neste e em diversos outros exemplos pelo mundo,
são fundamentais para se criarem relações íntimas do ser humano com o espaço e
a sua própria natureza. É necessário o incentivo às pesquisas que buscam esta rela-
ção, que vai além da questão econômica, e integre a ciência em conjunto com a
sociedade, com os diferentes saberes e com os conhecimentos tradicionais.
As Geociências contribuem para uma visão integrada do ambiente, visando
à compreensão sistêmica dos processos que ocorrem na Terra em diferentes escalas
ao longo do tempo e do espaço, incluindo as diferentes formas de conhecimento.
Este parece um dos caminhos para que o ser humano se entenda como parte da
natureza e não algo que está fora dela. Cuidar da natureza é cuidar de si.
89
FIXANDO O CONTEÚDO
2. Das opções a seguir, assinale a que representa uma fonte de energia renovável:
a) Petróleo.
b) Gás natural.
c) Carvão.
d) Hidroelétrica.
e) Usina nuclear.
a) Carvão.
b) Zinco.
c) Estanho.
d) Fosfato
e) Nióbio.
90
5. Crimes ambientais são muitas vezes irreparáveis e ameaçam diferentes formas de
vida na Terra. O crime ambiental que se repetiu e marcou o ano de 2019, com a
morte e desaparecimento de 270 pessoas, e causou alta degradação ambiental
e posteriores problemas relacionados à saúde humana, no Brasil foi:
6. Uma das fontes mais importantes de energia no mundo são os combustíveis fosseis,
como o Petróleo. Sobre o processo de formação do Petróleo é possível afirmar
que:
a) na Chapada do Araripe
b) na Chapada dos Guimarães
c) na Chapada Diamantina
d) na Chapada dos Parecis
e) na Chapada do Apodi
91
8. O conceito de Geoparque está relacionado com:
92
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 01 UNIDADE 02
QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 B
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 C
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 A
QUESTÃO 7 C QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 B
UNIDADE 03 UNIDADE 04
QUESTÃO 1 B QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 D QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 E QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 E QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 C
UNIDADE 05 UNIDADE 06
QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 B QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 E QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 A QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 B QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 B QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 D QUESTÃO 8 B
93
REFERÊNCIAS
BIZZI, L. A. et al. Geologia, Tectônica e Recursos Minerais. Texto, mapas e SIG. Brasília:
CPRM- Serviço Geológico do Brasil, 2003.
CHOWN, M. Sistema Solar: Uma Exploração Visual dos Planetas, das Luas e dos Ou-
tros Corpos Celestes que Orbitam nosso Sol. 1. ed. São Paulo: Blucher, 2014.
GROTZINGER, J.; JORDAN, T. Para Entender a Terra. 6. ed. São Paulo: Bookman, 2013.
LIMA, T. M.; NEVES, C. A. Sumário Mineral Brasileiro. Brasília: DNPM/MME, v. 33, 2013.
137 p.
PRESS, F. et al. Para Entender a Terra. 4. ed. São Paulo: Bookman, 2006.
94
ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. 5. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2005.
TEIXEIRA, W. Tectonica Global. In: TEIXEIRA, W. Geologia Ambiente na Terra. [S. l.]:
Licenciatura em ciências-USP/ Univesp, 2013. Cap. 4.
95