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Mecânica das Rochas e

Estabilidade de Taludes
Mecânica das Rochas e Estabilidade de Taludes
EMENTA: Estudo das propriedades mecânicas, índices, caracterização
e ensaios das rochas. Análise das classificações geomecânicas
empíricas de maciços rochosos. Estudo da influência da água
intersticial. Caracterização do estado de tensão, estado de tensão in
situ, deformação, resistência de rochas, descontinuidades. Análise do
comportamento dinâmico dos maciços rochosos. Análise cinemática
com projeção estereográfica. Estudo das tensões ao redor de poços,
galerias e túneis. Estudo da subsidência de terrenos. Caracterização da
estabilidade de taludes em lavra a céu aberto: elementos de teoria da
elasticidade; estudo dos efeitos que o tratamento do solo com aditivos
químicos tem sobre a estabilidade de taludes de terra e sobre a
qualidade do material formado; pesquisa das classes a que o solo
pertence; métodos para análise da estabilidade de taludes. Realização
de ensaios de laboratório.
Mecânica das Rochas e Estabilidade de Taludes

REFERÊNCIAS:
BÁSICA
GOODMAN, R. E. Introduction to rock mechanics. 2nd edition. New York: Editora
John Wiley & Sons, 1989. 576 p. GUIDICINI, G.; NIEBLE, C. M. Estabilidade de
taludes naturais e de escavação. 2. ed. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 1984.
216 p. JAEGER, J. C.; COOK, N. G. W.; ZIMMERMAN, R. Fundamentals of rock
mechanics. 4 nd edition. New York: Edit. John Wiley & Sons, 2007. 488 p.
COMPLEMENTAR
AZEVEDO, I. C. D.; MARQUES, E. A. G. Introdução à mecânica de rochas: Caderno
didático 85. Viçosa: Editora da Universidade Federal de Viçosa, 2006. 361 p.
BRADY, B. H. G.; BROWN, E. T. Rock mechanics for underground mining. 3 nd
edition. London: Editora Springer, 2007. 626 p.
Mecânica das Rochas
A mecânica das rochas é um ramo da geologia e da engenharia
geotécnica que estuda o comportamento mecânico das formações
rochosas.
Envolve a análise das propriedades físicas e mecânicas das rochas,
bem como o modo como elas respondem a forças aplicadas.
Esse conhecimento é fundamental para várias aplicações práticas,
incluindo engenharia civil, ambiental, mineração, exploração de
petróleo e gás, construção de túneis, barragens e outras estruturas
subterrâneas.
A mecânica das rochas ocupa‐se do estudo teórico‐prático das
propriedades e comportamento mecânico dos materiais rochosos
mediante as forças aplicadas em seu redor.
Mecânica das Rochas e Estabilidade de Taludes

Geomecânica
Da geotectônica à
geologia estrutural
Dinâmica interna da Terra
A dinâmica interna da Terra refere‐se aos processos geológicos e físicos que
ocorrem no interior do nosso planeta.
Esses processos são responsáveis pela formação das características da Terra, como
sua estrutura em camadas, atividade vulcânica, movimento das placas tectônicas e
a geração do campo magnético.
Aqui estão alguns dos principais aspectos da dinâmica interna da Terra:
Estrutura em Camadas: A Terra é composta por várias camadas, incluindo a
crosta, o manto e o núcleo.
A crosta é a camada externa sólida, o manto é uma camada semifluida localizada
abaixo da crosta, e o núcleo é dividido em núcleo externo líquido e núcleo interno
sólido.
Dinâmica interna da Terra
Núcleo Núcleo
interno externo Descontinuidade de
Wiechert‐Gutenberg
Manto

Descontinuidade
de Mohorovicic
Crosta
Dinâmica interna da Terra

Crosta

Manto Superior

Manto Inferior

Núcleo Externo

Núcleo Interno
Dinâmica interna da Terra
As espessuras em regiões continentais são de cerca de 30 Km e podem variar de
5 Km, nas regiões oceânicas a 70 Km nas cadeias orogênicas.
Dinâmica interna da Terra
Convecção do Manto: O calor proveniente do decaimento de elementos
radioativos no interior da Terra gera correntes de convecção no manto.
Essas correntes movem o material do manto em ciclos, levando a movimentos
das placas tectônicas na crosta.
Dorsal meso‐oceânica
Fossa
Oceano
Subducção

Crosta Oceânica =
Litosfera parte superior da
litosfera
Costa Continental
Ressurgência

Núcleo Externo
Astenosfera Manto
Núcleo Interno
Dinâmica interna da Terra
Placas Tectônicas: A crosta da Terra é dividida em placas tectônicas que se
movem lentamente sobre o manto devido às correntes de convecção.
As interações entre essas placas resultam em atividade sísmica, vulcânica e na
formação de montanhas e fossas oceânicas.
As principais forças que impulsionam a tectônica de placas são a convecção no
manto terrestre e a atividade geotérmica.
Dinâmica interna da Terra
A geotectônica, também conhecida como tectônica global ou tectônica de placas,
é uma área da geologia que estuda a estrutura interna da Terra, as forças que
moldam a crosta terrestre e os processos relacionados à movimentação das placas
tectônicas.
Ela busca compreender como as placas da crosta terrestre interagem e se
deslocam ao longo do tempo geológico.
A teoria da tectônica de placas sugere que a crosta terrestre é dividida em várias
placas que flutuam sobre o manto, que é uma camada semifluida abaixo da
crosta.
Essas placas são compostas por continentes e porções do fundo oceânico.
A interação entre essas placas resulta em diversos fenômenos geológicos, como
terremotos, vulcões, formação de montanhas, oceanos e fossas oceânicas.
A convecção ocorre devido à diferença de temperatura dentro do manto,
causando movimento das massas de rocha derretida.
Isso resulta no deslocamento das placas tectônicas, levando à formação de
fronteiras divergentes, convergentes e transformantes.
Dinâmica interna da Terra
Atividade Vulcânica: A atividade vulcânica é resultado da ascensão do material
derretido do manto, conhecido como magma, para a superfície da Terra.
Quando esse magma é liberado através de aberturas na crosta, forma vulcões e
contribui para a construção de novas formações geológicas.
Dinâmica interna da Terra
Campo Magnético: O campo magnético da Terra é gerado pelo movimento do
material líquido no núcleo externo.
O movimento de convecção do material carregado eletricamente gera correntes
elétricas que, por sua vez, geram um campo magnético.
Dinâmica interna da Terra
Terremotos e Sismicidade: A interação das placas tectônicas causa tensões nas
rochas da crosta terrestre.
Quando essas tensões são liberadas abruptamente, ocorrem terremotos, que são
vibrações sísmicas que podem causar danos significativos.
Dinâmica interna da Terra
Normalmente, os abalos sísmicos ou tremores de terra são denominados terremotos
quando são de magnitude elevada com efeitos destrutivos.
Com a atividade geológica no interior da Terra, ocorre na litosfera (camada exterior
sólida da superfície da Terra, que inclui a crosta e a parte superior do manto terrestre, e
à qual se atribui uma espessura de 50 km a 200 km, também chamada orosfera) o
acúmulode tensão e eventualmente a sua rápida liberação (ou seja, um terremoto).
O que diferencia os grandes terremotos dos pequenos abalos é o quão abrangente é
a área de ruptura, que está ligada com a amplitude com que são emitidas as vibrações.
Os diversos pontos de acúmulo de tensões na rochas podem estar associados à
compressão ou expansão entre placas.
Assim que tais tensões atingem um limite físico de resistência das rochas, ocorre uma
ruptura.
Quando ocorre a movimentação imediata entre as porções de rocha de cada lado da
ruptura, são geradas vibrações que se propagam em todas as direções.
Dinâmica interna da Terra
Essa cisão de um bloco de rocha é chamada de falha geológica (que pode ser
classificada dependendo do tipo de tensão provocada na região).
Frequentemente, terremotos ocorrem nos limites de placas litosféricas e também no
interior delas, e nos dois casos pode ocorrer de a ruptura não chegar à superfície.
O local onde se inicia a ruptura e do qual partem as vibrações geradas pela liberação
das tensões acumuladasé chamado de foco ou hipocentro.
A projeção verticaldo ponto na superfície é o epicentro.
A distância do foco à superfície é chamada de profundidade focal.
Dinâmica interna da Terra
Dinâmica interna da Terra
Deriva dos Polos: Devido às mudanças nas massas de gelo e à redistribuição de
água nos oceanos, os polos geográficos da Terra estão em constante movimento.
Dinâmica interna da Terra
Decaimento Radioativo: A liberação de calor do decaimento radioativo de
elementos pesados no interior da Terra contribui para a geração de calor interno
que impulsiona os processos geológicos.
Calor

Isótopo pai Decaimento radioativo Isótopo filho


Dinâmica externa da Terra
A dinâmica externa da Terra refere‐se aos processos geológicos e superficiais que
ocorrem na crosta terrestre, sendo moldados principalmente pela interação entre
os agentes atmosféricos (como vento, água, gelo e temperatura) e as
características do relevo.
Esses processos são fundamentais para a formação e modificação das paisagens
terrestres ao longo do tempo geológico.
Alguns dos principais processos incluídos na dinâmica externa da Terra são:
Intemperismo: Refere‐se à desintegração e decomposição das rochas e minerais
na superfície terrestre devido à ação de agentes atmosféricos, como chuva,
temperatura, vento e outros fatores biológicos.
O intemperismo contribui para a fragmentação das rochas e o fornecimento de
materiais para a formação de solos.
Dinâmica externa da Terra
Erosão: A erosão envolve o desgaste e transporte de materiais da superfície
terrestre por agentes como água, vento, gelo e gravidade.
Isso pode ocorrer de várias maneiras, como a ação das chuvas que criam riachos e
rios, transportando sedimentos e criando vales, ou o vento que carrega partículas
finas e forma dunas.
Dinâmica externa da Terra
Transporte e Deposição: Os materiais erodidos são transportados por rios,
correntes oceânicas, geleiras ou ventos e, eventualmente, depositados em outros
locais, formando sedimentos.
Esses sedimentos podem ser depositados em áreas mais baixas, como planícies
aluviais, deltas ou oceanos, e, ao longo do tempo, podem formar camadas
sedimentares.
Dinâmica externa da Terra
Formação de Relevo: A dinâmica externa da Terra também está relacionada à
formação e modificação das feições do relevo, como montanhas, vales, planícies e
planaltos.
A atividade tectônica, a erosão e a deposição de sedimentos desempenham
papéis importantes na criação e transformação dessas características geográficas.
Dinâmica externa da Terra
Processos Glaciais: As geleiras são massas de gelo que se movem lentamente
devido à gravidade.
A ação das geleiras pode esculpir vales em forma de U, criar lagos glaciais e
depositar sedimentos, influenciando significativamente a paisagem.
Dinâmica externa da Terra
Ação do Mar: A erosão costeira é causada principalmente pela ação das ondas
do mar.
As ondas podem esculpir falésias, criar praias, formar deltas e causar a formação
de recifes de coral.
Dinâmica externa da Terra
Atividade Humana: A dinâmica externa da Terra também é influenciada pelas
atividades humanas, como a construção de estradas, mineração, desmatamento e
urbanização, que podem acelerar processos de erosão e mudar a paisagem de
maneira significativa.
A região da Califórnia é notória por sua propensão a abalos sísmicos devido à sua
localização sobre uma complexa rede de rachaduras na crosta terrestre, onde
diferentes placas tectônicas se encontram e movem incessantemente.
Esse constante movimento das placas culminou na formação de uma das falhas
geológicas mais famosas do mundo, a falha de San Andreas.
A interação entre essas placas tectônicas em constante movimento resulta na
ocorrência frequente de tremores na Califórnia, posicionando a região como uma
das zonas de maior instabilidade tectônica global.
A falha de San Andreas, em particular, ganha destaque por ser a maior entre essas
rachaduras e, possivelmente, a mais perigosa, visto que delineia o limite entre
duas das maiores placas tectônicas da Terra.
San Andreas tem, aproximadamente, 1,3 mil quilômetros de
extensão e delimita placa tectônica norte‐americana e a placa do
Pacífico.

O deslizamento entre as placas causa grande instabilidade em todo


o estado da Califórnia, e foi a principal causa do violento terremoto
que abalou a cidade de São Francisco em 1906.

E sobre essas placas estão enormes centros urbanos, entre eles Los
Angeles, a segunda cidade mais populosa dos EUA, e San Diego,
com 38 milhões de habitantes.
Geologia Estrutural
A geologia estrutural é um ramo da geologia que se concentra no estudo das
estruturas presentes nas rochas e na crosta terrestre.
Essas estruturas podem fornecer informações importantes sobre a história
geológica da Terra, os processos tectônicos que moldaram a crosta e até mesmo
recursos naturais como petróleo, gás e minerais.
Aqui estão alguns dos conceitos‐chave relacionados à geologia estrutural:
Dobras: As dobras são curvaturas nas camadas de rochas devido à pressão e
compressão tectônica.
Elas podem variar em escala, desde pequenas dobras em camadas sedimentares
até grandes estruturas dobradas que formam cadeias de montanhas.
Geologia Estrutural
Falhas: As falhas são planos de fratura ao longo dos quais as rochas se
deslocaram.
Elas ocorrem quando as forças tectônicas excedem a resistência das rochas.
Existem diferentes tipos de falhas, incluindo falhas normais, inversas e
transformantes, dependendo da direção do movimento relativo das rochas.
Geologia Estrutural
Falhas Transformantes: Essas são falhas nas quais as rochas se movem
horizontalmente uma em relação à outra.
Um exemplo famoso é a Falha de San Andreas na Califórnia, que marca o limite
transformante entre as placas tectônicas do Pacífico e da América do Norte.
Foliação e Xistosidade: Foliação refere‐se ao alinhamento preferencial de
minerais planares em rochas metamórficas, como ardósias e xistos.
Xistosidade é uma forma de foliação bem desenvolvida em xistos.
Planos de Estratificação: Planos de estratificação são superfícies que separam
camadas de rochas sedimentares.
Eles podem fornecer informações sobre a orientação original das camadas e
ajudar a determinar a sequência dos eventos geológicos.
Geologia Estrutural e Recursos Naturais: A compreensão das estruturas
geológicas é crucial para a exploração e exploração de recursos naturais, como
depósitos minerais e hidrocarbonetos.
As dobras e falhas podem criar armadilhas geológicas onde esses recursos se
acumulam.
Geologia Estrutural
Tectônica de Placas e Geologia Estrutural: A teoria das placas tectônicas está
intimamente ligada à geologia estrutural, pois as interações entre as placas
tectônicas resultam na formação de muitas das estruturas geológicas observadas
na crosta terrestre.
Métodos de Estudo: Geólogos estruturais utilizam várias técnicas para analisar e
interpretar as estruturas geológicas, incluindo mapeamento de campo, análise de
orientação de camadas rochosas, modelagem computacional e análises de
imagens de satélite.
Relação entre Geologia Estrutural e Mecânica das Rochas: A geologia
estrutural e a mecânica das rochas estão intimamente relacionadas e muitas vezes
são estudadas juntas para proporcionar uma compreensão abrangente das
propriedades e comportamento das rochas.
Essas duas disciplinas trabalham em conjunto para analisar como as estruturas
geológicas influenciam o comportamento mecânico das rochas e vice‐versa.
Geologia Estrutural
Algumas maneiras pelas quais a geologia estrutural e a mecânica das rochas se
interconectam:
Formação de Estruturas Geológicas e Comportamento Mecânico: A geologia
estrutural estuda a formação de estruturas como dobras, falhas e fraturas nas
rochas.
Essas estruturas podem afetar significativamente o comportamento mecânico das
rochas, determinando como elas respondem a estresse, deformação e fratura.
Influência da Geometria nas Propriedades Mecânicas: A geometria das
estruturas geológicas, como a inclinação das camadas rochosas, a orientação das
falhas e a direção das dobras, influencia as propriedades mecânicas das rochas.
Por exemplo, rochas dobradas podem apresentar diferentes comportamentos
elásticos e plásticos em diferentes direções.
Estresse e Deformação: O estudo da mecânica das rochas analisa como as
rochas respondem a diferentes tipos de estresse, incluindo compressão, tensão e
cisalhamento.
As estruturas geológicas, como falhas, podem atuar como zonas de fraqueza
onde as rochas estão mais propensas a deformar‐se e fraturar‐se.
Geologia Estrutural
Deformação e Propagação de Falhas: A mecânica das rochas fornece insights
sobre como as falhas se formam, propagam e se comportam.
Esses conhecimentos são essenciais para compreender como ocorrem terremotos
e como as falhas podem influenciar a estabilidade de encostas e estruturas
geotécnicas.
Engenharia e Geologia Aplicada: A compreensão das propriedades mecânicas
das rochas é fundamental para a engenharia civil, a mineração, a perfuração de
poços e outros projetos relacionados à exploração de recursos naturais.
A geologia estrutural ajuda a identificar zonas potenciais de instabilidade e a
prever como as rochas irão responder às atividades humanas.
Modelagem e Simulação: A combinação de dados da geologia estrutural e da
mecânica das rochas permite criar modelos e simulações que podem prever o
comportamento de estruturas rochosas sob diferentes condições de estresse.
Isso é valioso tanto para a compreensão fundamental quanto para a tomada de
decisões práticas.
Geologia Estrutural
Existem três caminhos pelos quais as rochas sofrem deformações:
 apresentam fluxo, quando as deformações são mais ou menos
distribuídas no cisalhamento dúctil.
 dobram‐se, flexionando as camadas, havendo encurtamento
acentuado e deformação interna moderada.
 apresentam descontinuidades entre blocos adjacentes, ao longo
de discretas superfícies ou zonas com pouca ou intensa
deformação e/ou deslocamento entre os blocos. Tais
descontinuidades são chamadas de FRATURAS.
Geologia Estrutural
Fraturas são juntas (diáclases) ou falhas
 Fraturas extensionais: o deslocamento é perpendicular à fratura
(tensional)
 Fraturas de cisalhamento: o deslocamento é paralelo às
fraturas (tipo transcorrente ou do tipo em tesoura)
Geologia Estrutural
Definições básicas
Junta: fratura extensional natural
Veio: fratura preenchida por precipitados minerais ou argila.
Dique: fratura preenchida por rochas ígneas ou rochas
sedimentares clásticas remobilizadas.
Geologia Estrutural
Juntas são fraturas ao longo das quais não houve movimento.

Família: conjunto de juntas paralelas ou subparalelas com padrão


regular.
Sistemas: quando ocorrem duas ou mais famílias de juntas estas
compõem os chamados sistemas.
A origem está ligada tanto a processos/esforços adiastróficos
(primários), ou seja, não tectônicos (juntas de resfriamento,
disjunção colunar no basalto, mud cracks), quanto diastróficos
(secundários) juntas de origem tectônica, provenientes de uma
estruturação regional.
Juntas são fraturas ao longo das quais não houve movimento.
Ciclo das Rochas Compactação
Cimentação
Cristalização
Rocha
Sedimentar Sedimentos

Metamorfismo
Transporte
Erosão
Intemperismo
Rocha
Metamórfica Rocha
Magma Magmática
Fusão
Minerais
Minerais
Os minerais encontrados nos solos são os mesmos das rochas
de origem (minerais primários), além de outros que se formam
na decomposição (minerais secundários).
Quanto à composição química dos principais minerais
componentes dos solos grossos, grupamo‐los em:
Silicatos ‐feldspato, mica, quartzo, serpentina, clorita, talco;

Feldspato Mica Quartzo Serpentina Clorita Talco


Minerais
Óxidos ‐ hematita, magnetita, limonita;

Hematita Magnetita Limonita

Carbonatos ‐ calcita, dolomita;

Calcita Dolomita
Minerais
Um mineral é uma substância inorgânica e natural, com
composição química e estrutura definidas.
Das suas propriedades físicas de maior interesse para o engenheiro,
destacam‐se a densidade e a dureza.
Para a maioria dos minerais não‐metálicos a densidade varia entre
2,65 e 2,85.

Quartzo
Para minerais de ferro, como a magnetita, o seu
valor é 5,2.
Magnetita
Minerais
A dureza de um mineral refere‐se, por comparação, ao número
indicativo da conhecida escala de Mohs, onde um elemento risca
todos os precedentes e é riscado pelos subsequentes:
Minerais
Os feldspatos são silicatos duplos de AI e de um metal alcalino
ou alcalino‐terroso 1K , Na ou Ca).
Os principais são: ortoclasita, anortita e albita.
Os feldspatos sofrem decomposição mais ou menos acentuada pelos
agentes da natureza; pela ação da água carregada de CO2 é
característica a alteração em argila branca, denominada caulim.

Microclina Ortoclásio
Minerais
As micas são, geralmente, ortossilicatos de AI, Mg, K, Na ou Li e,
mais raramente, de Mn e Cr.
Distinguem‐se imediatamente por suas delgadas lâminas flexíveis e
por sua clivagem extremamente fácil.
Os principais tipos sio a muscovita (mica branca) e a biotita (mica
preta).
Nos solos, as micas aparecem sob a forma de pequenas escamas
brilhantes, conferindo‐lhes um brilho característico, e as cores as
mais variadas e vivas.

Muscovita Biotita
Minerais
O quartzo é o mais importante dos minerais do grupo dos silicatos.
Sua composição química é Si02, sílica cristalina pura.
Minerais

Afloramento do Detalhe da textura Areia grossa (cristais de


granito inequigranular do quartzo)
gnaisse alterado granito gnaisse com
cristais de K-feldspato
caulinizados.
Perfil do Solo

Horizonte O

Horizonte A

Horizonte B
Horizonte C
Rocha Matriz
Perfil de Alteração
Propriedades da Matriz Rochosa
Propriedades Métodos de Determinação
Composição Mineralógica
Estrutura e Textura Descrição Visual
Microscopia Ótica e Eletrônica
Granulometria Difração de Raios X
Propriedades de Cor
Identificação e Porosidade
Classificação Peso Específico Ensaios de Laboratório
Umidade
Permeabilidade Ensaios de Permeabilidade
Alterabilidade Ensaios de Alterabilidade

Resistência à Compressão Ensaio de Compressão Uniaxial


Simples Ensaios de Carga Pontual
Martelo de Schmidt
Resistência à Tração Ensaios de Tração
Propriedades Ensaios de Medida de Velocidade em Laboratório
Velocidades de Ondas Sísmicas
Mecânicas
Resistência ao Cisalhamento Ensaios de Compressão Triaxial
Ensaios de Cisalhamento Direto
Deformabilidade Ensaios de Compressão Uniaxial
Ensaio de Velocidade Sônica
Descrição (litologia x tipo litológico)
Basalto
Basalto é uma rocha ígnea vulcânica ou extrusiva, escura e muito
finamente cristalina.
É o principal constituinte da crosta oceânica.

Compacto Vesicular Brecha


Descrição (litologia x tipo litológico)
Arenito
Arenito é uma rocha sedimentar clástica resultante da deposição de
areias que, após um processo de compactação e cimentação, se
transformam em rochas.
São constituídas por grãos de quartzo, que é um mineral muito
resistente tanto à abrasão (desgaste físico) como a processos
químicos.

Arenito Arenito Quartzo Arenito


Descrição (litologia x tipo litológico)
Gnaisse
Gnaisse é uma rocha metamórfica de médio a alto grau, portanto,
foi submetida a temperaturas e pressões elevadas.
O gnaisse frequentemente exibe bandamento distinto, composto
por leitos de coloração clara, contendo quartzo e feldspatos,
intercalados com leitos que contém minerais mais escuros, como
biotita e anfibólio.

Gnaisse Granítico Gnaisse Bandado Gnaisse Dobrado


Descrição (litologia x tipo litológico)
Quartzito
Quartzito é uma rocha metamórfica, geralmente de cor branca a
cinza, composta quase inteiramente de quartzo.
Quartzitos podem ser maciços ou foliados e, caso a foliação seja
marcante, pode‐se chamar a rocha de quartzo xisto.

Quartzito Muscovita Quartzito Quartzito Maciço


Descrição (litologia x tipo litológico)
Xisto
Xisto é uma rocha metamórfica caracterizada por uma foliação
marcada pela presença de minerais placóides, como as micas,
visíveis a olho nu e orientados em folhas paralelas.
O termo xisto é uma denominação genérica, que precisa vir
acompanhado dos nomes dos minerais principais, por exemplo:
clorita xisto, muscovita‐clorita xisto, biotita‐granada xisto e talco
xisto.

Clorita Xisto Quartzo Xisto Muscovita Xisto


Descrição (litologia x tipo litológico)
Filito
Filito é uma rocha metassedimentar, isto é, forma‐se a partir de uma
rocha sedimentar argilosa que sofre metamorfismo de baixo grau.
O filito apresenta uma foliação muito fina, brilho reluzente,
prateado, e é constituído essencialmente por muscovita, clorita e
quartzo.

Filito Filito Filito

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