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TECTÓNICA de PLACAS

A teoria da tectónica de placas admite que a litosfera está


dividida em placas, que se movem umas em relação às outras. Os
continentes, como fazem parte das placas, acompanham os
movimentos destas.
A mobilidade das placas litosféricas é explicada através da existência
de correntes de convecção de magma existentes na astenosfera.
Estas correntes ascendem na zona dos riftes, a partir de onde as
placas se afastam, e descem na zona das fossas, onde as placas são
impelidas a mergulhar (zona de subducção) no interior do manto.
Os limites das placas, que podem ser divergentes, convergentes ou
conservativos (transformantes/passivos), são zonas de grande
atividade geológica. Entre os fenómenos geológicos que aí ocorrem
contam-se o vulcanismo, os sismos e a formação de montanhas.

Limites Divergentes
Ocorre nos locais onde duas placas litosféricas se afastam uma da outra, ou seja, divergem. Estes locais
correspondem aos riftes e há construção de litosfera.

Limites convergentes

Situam-se nos locais onde duas placas convergem, isto é, onde se aproximam uma da outra. Nos limites
convergentes ocorre destruição da litosfera.

a) Placa oceânica e placa continental


A placa oceânica sofre subducção, formando-se à superfície uma fossa oceânica.
Na placa continental, do vulcanismo intenso, formam-se grandes cadeias
montanhosas. Ex: Andes

b) Duas placas oceânicas


A placa mais densa sofre subducção fomamdo-se uma fossa oceânica e
na outra e à superfície formam-se um arco de ilhas. Ex: Filipinas

c) Duas placas continentais


Quando duas placas continentais colidem dá-se o enrrugamentos dos materiais
formando-se cadeias montanhosas. Ex: Himalaias

Limites conservativos
Neste tipo de limite, duas placas litosféricas não convergem nem divergem, mas movimentam- se uma em
relação à outra, em sentido oposto, ao longo de uma falha.
Estes limites, onde não há criação nem destruição de litosfera, são frequentes nos fundos oceânicos,
embora também se possam encontrar em certas zonas continentais.
Falhas e Dobras
• Os movimentos das placas litosféricas causam, entre outras consequências, a deformação das
rochas.
• A deformação das rochas é provocada pela atuação de forças tectónicas, que se fazem sentir,
principalmente, nos limites das placas litosféricas.
• As forças tectónicas podem ser distensivas, compressivas ou de cisalhamento e ocorrem,
respetivamente, em limites de placas divergentes, convergentes e transformantes.
• O tipo de deformação que as rochas sofrem depende da intensidade e do sentido das forças
exercidas e ainda das propriedades das próprias rochas.
• As deformações apresentadas pelas rochas podem ser dobras ou falhas.
• As dobras formam-se principalmente nos limites convergentes, por ação de forças compressivas, e
resultam do enrugamento das rochas devido à pressão. Existem vários tipos de dobras, como as
sinformas e as antiformas.

• As falhas formam-se quando as rochas não suportam a tensão sobre elas exercida e se fraturam.
• Resultam da atuação de forças distensivas, compressivas e de cisalhamento, predominantes
respetivamente nos limites de placas divergentes, convergentes e conservativas.
• As falhas podem ser normais, inversas ou de desligamento, conforme a deslocação dos blocos
fraturados e o tipo de forças que lhes dá origem.
• O movimento das placas litosféricas também tem influência no clima e na geografia (existência de
barreiras naturais, como oceanos ou cadeias montanhosas), fatores que condicionam a evolução
biológica.

Estudo da estrutura interna da Terra

Os métodos diretos baseiam-se na observação direta dos materiais que constituem a Terra. No entanto,
estes métodos apenas permitem conhecer a parte superficial do nosso planeta.
 Paisagens geológicas e afloramentos rochosos - A zona mais superficial da Terra pode ser estudada
através da observação das rochas expostas à superfície (afloramentos rochosos) e das paisagens
geológicas.
 A atividade vulcânica fornece importantes informações sobre o interior da Terra. Os vulcões, ao
entrarem em atividade, lançam para o exterior da Terra materiais provenientes de zonas internas.
No entanto esses materiais apenas permitem conhecer a composição dos primeiros quilómetros do
nosso planeta.
 As escavações do terreno abertas para a construção de estruturas ou para a exploração mineira
permitem recolher informações sobre zonas do interior da Terra até à profundidade de cerca de 4
km.

 As sondagens geológicas consistem em furos abertos no terreno com a finalidade de recolher


amostras de rochas do interior da Terra, para serem posteriormente analisadas.

Os métodos indiretos permitem recolher dados sobre as zonas da Terra às quais os cientistas não têm
acesso.

 A sismologia, através do estudo da velocidade e do modo de propagação das ondas sísmicas em


profundidade permite avaliar a densidade e o estado físico dos materiais do interior da Terra. O
facto da propagação das ondas sísmicas ser afetada pelas características dos materiais que
atravessam permitiu aos cientistas constatar que o interior da Terra não é homogéneo.

 A astrogeologia também fornece informações indiretas sobre a composição do interior da Terra,


visto que se acredita que todos os corpos que constituem o Sistema Solar tiveram a mesma origem
a partir de materiais idênticos. Assim, o estudo de meteoritos e de outros astros do Sistema Solar,
permite obter dados sobre o nosso próprio planeta.

Modelos de estrutura interna da Terra

Modelo Químico - Este modelo baseia-se na composição química dos materiais terrestres e considera que
o planeta é constituído internamente por três camadas concêntricas: crosta, manto e núcleo.
• Segundo o modelo químico, a crosta terrestre devido às diferenças das suas
rochas, pode dividir-se em crosta continental, de composição essencialmente
granítica, e em crosta oceânica, constituída essencialmente por basaltos.

• O manto é constituído por rochas ricas em ferro e em magnésio, podendo ainda


subdividir-se em manto superior e inferior.
• O núcleo é constituído por metais, como o ferro e o níquel.

Modelo Físico - baseado nas características físicas dos materiais, estabelece a existência de seis camadas:
litosfera, astenosfera, mesosfera e endosfera externa e endosfera interna.

• A litosfera é a camada mais superficial e é constituída por rochas rígidas.


• A astenosfera é uma camada rochosa que se encontra parcialmente fundida,
característica que permite a existência dos movimentos das placas litosféricas.
• A mesosfera é constituída por rochas no estado sólido.
• A endosfera tem uma constituição metálica. A sua parte mais externa (endosfera
externa) encontra-se no estado líquido enquanto a sua zona mais interna
(endosfera interna) se encontra no estado sólido.

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