Resumo de Ciências

Quais são as evidências da expansão do fundo dos oceanos?

O campo magnético da Terra é um fenómeno natural que pode ser confirmado com a
utilização de uma bússola: o ponteiro da bússola alinha-se com o campo magnético da Terra e
aponta para o norte magnético.
Pale magnetismo- As rochas do fundo dos Oceanos apresentam um registo
paleomagnético simétrico e paralelo, de ambos os lados da zona de rifte.
É possível obter o registo da polaridade do campo magnético do passado através da
análise de minerais com propriedades magnéticas.
A magnetite (comum no basalto) orienta-se de acordo com o campo magnético do
momento da sua formação.
1. No magma em arrefecimento os minerais que se vão formando estão
desalinhados em relação ao campo magnético terrestre.
2. Á medida que o magma solidifica, os minerais orientam-se de acordo com a
polaridade do campo magnético presente nessa altura.

O que são placas litosféricas?

A litosfera é constituída por material rochoso que constitui a camada a camada superficial da Terra, divide-se em
placas que se denominam placas litosféricas (placas tectónicas).
As placas litosféricas têm áreas e espessuras variáveis assentam sobre uma outra camada rochosa (de material
parcialmente fundido), a astenosfera, o que permite o seu movimento. Os limites das placas litosféricas (linhas de
fratura das placas litosféricas) são habitualmente, zonas geologicamente muito ativas como a existência de sismos e
vulcões.

Que processos ocorrem nos limites das placas litosféricas?

Os limites das placas litosféricas podem ser de três tipos: divergentes, convergentes e transformantes.

Limites Divergentes: correspondem a zonas de rifte. Nestes locais ocorre de litosfera, o que promove o afastamento
das placas litosféricas. Os limites divergentes são regiões com muita atividade vulcânica e alguma atividade sísmica.

Limites Convergentes: correspondem a zonas de colisão de placas litosféricas. Essas colisões podem originar zonas de

subducção. Nas zonas de subducção a placa litosférica mais densa afunda -se lentamente sobre a placa litosférica
menos densa. À medida que a placa litosférica se afunda em direção a zonas cada vez mais profundas da Terra,
aumenta a temperatura e é pressão exercida sobre as rochas.
Nestas condições, as zonas podem sofrer fusão o que causa a destruição da placa litosférica que afunda sobre a outra.
Consoante o tipo de placas, este processo pode levar à formação de cadeias montanhosas de origem vulcânica no
interior dos oceanos ou nas margens dos continentes e cadeias montanhosas de origem não vulcânica.
Os limites convergentes de placas litosféricas são regiões com muita atividade sísmica e vulcânica.

Limites transformantes: correspondem a zonas onde 2 placas litosféricas deslizam horizontalmente uma em relação à
outra em sentidos opostos.
Os limites transformantes de placas litosféricas são regiões com muita atividade sísmica.

O que é a Teoria da Tectónica de placas?

O facto de a crosta oceânica estar em constante expansão e o volume e a massa da Terra não aumentarem intrigou os
investigadores.
A Teoria da Tectónica de placas permitiu responder a questões relacionadas a movimentação dos continentes e da
litosfera. A Teoria da Tectónica de Placas, apresentada em 1967, assenta essencialmente nas seguintes ideias:
 A camada da Terra está dividida em diferentes placas litosféricas(tectónicas)

 As placas litosféricas sofrem processos de formação e destruição.

 AS placas litosféricas movem-se em diferentes direções, afastando-se, aproximando-se ou deslizando

lateralmente umas em relação às outras, em resultado do mecanismo global das correntes de convecção – estas
correntes de convecção consistem na deslocação lenta de material rochoso quente e viscoso proveniente de
zonas profundas do interior da Terra, provocada por diferenças e temperatura e de densidade.

AS principais etapas do mecanismo das correntes de convecção ocorrem da seguinte forma:

1. O calor interno da Terra aquece os materiais rochosos no interior do planeta originando a sua fusão.
2. Os materiais rochosos em fusão parcial, muito quentes e menos densos, sobem em direção á superfície
terrestre. Estes materiais são a fonte de magma dos vulcões e das zonas de rifte, e consolidam na superfície
terrestre.
3. Por baixo da litosfera, os materiais rochosos deslocam-se lateralmente, arrefecendo e tornando-se mais
densos. Esta deslocação conduz ao movimento da placa litosférica que está por cima.
4. Os materiais mais densos afundam-se no interior da Terra, reaquecendo devido ao calor interno do planeta e
reiniciando o processo. São estes fluxos de materiais-correntes de convecção- que promovem a deslocação das
placas litosféricas.

O mecanismo global da tectónica de placas permite justificar o facto de o volume e a massa da Terra não
sofrerem alterações ao longo do tempo. De facto, a formação de litosfera que ocorre nas zonas de rifte é
compensada pela destruição de litosfera que se verifica nas zonas de subducção.

Quais são os efeitos dos movimentos tectónicos nas rochas?

Os movimentos (convergentes, divergentes ou transformantes) das placas litosféricas (tectónicas) provocam a
atuação de forças tectónicas sobre as rochas. Estas forças, impercetíveis atuam de forma continua ao longo de
milhões de anos. Quando as rochas são submetidas a essas forças podem manifestar essencialmente dois tipos
de comportamento:

Comportamento dúctil- ocorre quando as rochas são submetidas a forças tectónicas

compressivas ou distensivas e sofrem deformação, sem fraturar.

Comportamento frágil- verifica-se quando as rochas são submetidas a forças tectónicas e o seu
limite de resistência á rutura é ultrapassado, acabando por fraturar.

O que é uma dobra geológica?

Uma dobra geológica é uma deformação encurvada de rochas com
o comportamento dúctil. Uma dobra forma-se devido á ação de
forças compressivas durante um longo período de tempo, e é
habitualmente composta por:
 Charneira- zona de maior curvatura da dobra;
 Flancos- vertentes da dobra;
 Núcleo- zona mais interna da dobra.

As dobras geológicas formam-se em condições de pressão

elevadas, como resultado da ação de forças tectónicas de
compressão que atuam em profundidade.

O que é uma falha geológica?

Uma falha geológica é uma fratura que ocorre em rochas com comportamento frágil quando estas são submetidas a
forças tectónicas muito intensas. Essa rutura causa a deslocação de blocos rochosos (blocos de falha) ao longo de um
plano de falha.

As falhas de falhas geológicas podem formar-se em resultado de forças tectónicas.

Falha normal Falha inversa Falha de desligamento (transformantes)

Resulta de forças distensivas, Resulta de forças compressivas, Resulta de forças cisalhamento, fazendo
originando a descida de um bloco de originando a subida de um bloco de com que as rochas se movam
rochas em relação ao outro. rochas em relação ao outro. horizontalmente, em sentidos opostos.

Qual é a relação entra a deformação das rochas e a formação do relevo terrestre?

A formação do relevo terrestre está associada a dinâmica interna da Terra e aos movimentos das placas litosféricas.
Por exemplo, os movimentos convergentes provocam a colisão das placas litosféricas, o que conduz a uma
deformação e uma elevação progressiva das formações rochosas, originando pressões (vales) e elevações no relevo
terrestre tais como as cadeias montanhosas.

A convergência da placa tricana com a placa Euro-asiática provocou a elevação de terrenos que originou cadeias
montanhosas no continente europeu. A Serra da Estrela, cadeia montanhosa de maior altitude em Portugal continental,
foi originada por este fenómeno tectónico.
No caso particular da Serra da Estrela, o movimento de convergência das placas Africana e Euro-asiática atuou sobre
um terreno previa mente fraturado e alterando por outros processos tectónicos mais antigos. As forças de
compressão que aturam nas falhas existentes nesse terreno provocaram,
assim, a sua elevação.

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