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Grupo I
1. Em Portugal continental, no século XX, registaram-se dois sismos de grande relevância. O primeiro ocorreu
a 23 de abril de 1909, com epicentro junto a Benavente, numa zona de leito de cheia do rio Tejo. Neste sismo,
verificou-se a abertura de fendas no solo, pelas quais foi ejetada água com areia, evidenciando-se a liquefação
dos terrenos. Cerca de sessenta anos mais tarde, no dia 28 de fevereiro de 1969, foi registado outro sismo, com
epicentro a SO de Sagres, gerado por uma falha inversa com uma pequena componente de desligamento. O
piloto de uma embarcação de pesca, que navegava na região do epicentro, relatou a formação de ondas
descomunais, que submergiram a proa do barco, e a alteração da água do mar, que ficou castanha e espessa. As
figuras abaixo representam as cartas de isossistas dos sismos de 1909 e de 1969.
Observe a figura 1.
Figura 1
1.1. A diferença da intensidade do sismo de 1969 em Peniche e em Cascais poderá estar relacionada com
(A) a distância daquelas localidades ao epicentro.
(B) a grande magnitude do sismo.
(C) a profundidade do hipocentro.
(D) a diferença das formações rochosas nas duas regiões.
2. Ao longo do arco do mar Egeu, cujo contexto tectónico se representa de forma simplificada na figura 2 ao
lado, verifica-se um alinhamento de sismos com focos entre 150 km e 170 km de profundidade.
Figura 2
2.1. Os sismos que ocorrem na zona entre as placas africana e euro-asiática apresentam, tendencialmente,
hipocentros mais profundos de _______ e estão relacionados com o processo que levará a um progressivo
_______ da área do mar Mediterrâneo.
(A) norte para sul … decréscimo (C) sul para norte … decréscimo
(B) norte para sul … acréscimo (D) sul para norte … acréscimo
2.2. Os sismos que ocorrem no mar Egeu têm focos que são considerados _______ e estão relacionados com
um limite de placas _______.
(A) intermédios … destrutivo (C) superficiais … destrutivo
(B) superficiais … construtivo (D) intermédios … construtivo
2.4. Relativamente à atividade sísmica, pode afirmar-se que, na região do Mar Egeu, ...
(A) há sismos de origem tectónica, mas não há de origem vulcânica.
(B) não há sismos de origem tectónica, mas há de origem vulcânica.
(C) há sismos de origem tectónica e sismos de origem vulcânica.
(D) não há sismos de origem tectónica nem de origem vulcânica.
3. Três sismos com magnitudes entre 3,3 e 3,9 na escala de Richter foram registados ao largo de Sines em seis
minutos da manhã de 01/10/2018, comunicou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera. O primeiro foi
registado às seis horas, 52 minutos e um segundo a 55km para sudoeste de Sines e teve origem a 17 km de
profundidade. O segundo, de magnitude 3,3, aconteceu às seis horas, 58 minutos e 11 segundos no mesmo
epicentro, mas a 15 km da superfície. Um segundo depois, outro sismo foi registado a 65 km de Sines com
origem a 31 km de profundidade. Apesar dos relatos, todos os abalos foram avaliados com intensidade entre os
níveis III e IV porque “foram sentidos por algumas pessoas dentro de habitações” e “os objetos pendurados no
interior delas abanam”. No entanto, nenhum deles “causou danos pessoais ou materiais”. Terramotos com
origem na Colina Infante Dom Henrique, a região onde os três sismos aconteceram, acontecem porque o país
fica numa região muito particular da placa euroasiática: é a microplaca ibérica, que se movimenta para leste e
se vai soldando à placa asiática. Essa microplaca, no entanto, é influenciada pela placa africana, que se está a
mexer para noroeste. À medida que a placa africana se mexe, ela comprime a microplaca ibérica e cria as
chamadas falhas intraplaca. A microplaca sofre um levantamento litosférico e racha-se em falhas onde se
acumula muita energia.
Observe a figura 3.
4. O terramoto, que ocorreu às 03:36 (02:36 em Lisboa) de 24 de agosto de 2016, a sudeste de Norcia, cidade
da província de Perugia, na região da Umbria, teve o epicentro a dez quilómetros de profundidade, de acordo
com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitoriza a atividade sísmica mundial. O
terramoto durou 142 segundos. O terramoto teve uma magnitude de 6,2, segundo o centro norte-americano de
monitorização da atividade sísmica mundial USGS, e de 6,0, segundo o Instituto de Geofísica italiano. O
sismo foi seguido de diversas réplicas perto de Amatrice e de Norcia, e a principal, de 6, sentiu-se em Roma, a
aproximadamente 150 quilómetros de distância. O gráfico da figura 4 foi obtido num sismógrafo do Instituto
de Geofísica italiano durante a ocorrência do sismo.
Figura 4
4.2. As ondas __________ não têm origem no foco do sismo e no gráfico estão identificadas com a letra ____.
(A) S…B (C) S…C
(B) L…B (D) L…C
4.3. Num sismógrafo localizado em Lisboa, e que registou o mesmo sismo, o tempo que decorreu entre o
registo das ondas primárias e o das secundárias foi…
(A Aproximadamente a 4 segundos (C) Aproximadamente 6 segundos
(B) Aproximadamente a 2 segundos (D) Aproximadamente a 10 segundos
Grupo II
Sismos em Portugal
Os sismos são fenómenos com origem natural ou humana, que resultam da libertação súbita de energia
acumulada nas rochas.
A fraturação do material origina a libertação de energia em todas as direções, sob a forma de ondas sísmicas
que ao atingirem a superfície podem causar estragos avultados e perda de vidas humanas.
Em Portugal ocorrem sismos de forma regular, não sendo a maioria sentidos pelas populações. O sismo de
1755, e o tsunami associado, causou a maior destruição de que há registo em Portugal, tendo as vítimas
mortais ascendido a mais de 70 000, segundo estudos mais recentes. Foi um sismo muito forte, com uma
magnitude na ordem dos 8,7.
Em 1980 ocorreu um sismo nos Açores, com epicentro próximo do Faial, com uma magnitude de 7,2, que
causou 60 mortos e grandes prejuízos económicos.
Recentemente, ocorreu no dia 13 de fevereiro de 2013 um sismo com epicentro a NE de Valongo, com uma
magnitude de 3,1. A figura 2 resulta de centenas de inquéritos à população sobre as consequências deste
sismo. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera determinou que o sismo foi originado a 7 km de
profundidade e que foi sentido com intensidade máxima III/IV (na escala de Mercalli Modificada) na região
epicentral.
1.Com base nos relatos é possível determinar a _____ dos sismos, indicador da _____.
(A) magnitude … energia libertada
(B) intensidade … destruição causada
(C) magnitude … destruição causada
(D) intensidade … energia libertada
3.A intensidade sísmica é um valor que _____ com a distância ao epicentro, enquanto que a magnitude é um
valor _____ para um dado sismo.
(A) varia … variável (C) não varia … fixo
(B) não varia …variável (D) varia … fixo
7. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A um dos números da coluna B.
8. A distribuição dos sismos no globo e a sua profundidade não é uniforme. Por que motivo os sismos mais
profundos (até 600 km) ocorrem nas fossas oceânicas.
Grupo III
O sistema de arco vulcânico de Izu-Bonin-Mariana (IBM), no Oceano Pacífico, forma-se a partir da fusão de
rochas do manto superior e da consequente subida do material fundido. No entanto, sabe-se muito pouco
acerca do processo de migração desse material e acerca do tempo necessário para que essa migração ocorra. O
enquadramento tectónico deste sistema está representado na Figura 4.
Vários estudos efetuados, nomeadamente a análise de registos sismográficos, evidenciaram a existência de
enxames sísmicos (conjuntos de focos sísmicos) localizados em duas zonas tubulares, praticamente verticais,
no manto superior, sob o sistema de arco vulcânico de Izu-Bonin-Mariana.
Estes sismos ocorreram em períodos de um dia a um mês, durante dois anos. Os investigadores inferiram que
estes raros enxames sísmicos indiciavam a ascensão rápida de materiais fundidos e de fluidos provenientes da
desidratação da placa em subdução, que originavam ruturas no manto superior acima desta placa. Esta ideia
difere da normalmente aceite, uma vez que, nestas regiões, a maioria dos sismos está associada a tensões
mecânicas.
Na Figura 4A estão assinaladas as duas secções estudadas (AA' – secção Izu-Bonin – e BB' – secção Mariana).
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Biologia e Geologia 10º|CT5
PÁGINA 6 de 7 fevereiro|2021
As Figuras 4B e 4C representam, em corte, a localização dos focos dos sismos sob cada uma das secções.
Figura 4
Baseado em: L. White et al., «Earth’s deepest earthquake swarms track fluid ascent beneath nascent arc
volcanoes», in Earth and Planetary Science Letters, Elsevier, 2019 e em: https://sp.lyellcollection.org
2. De acordo com os dados, nas duas secções do sistema de arco vulcânico de Izu-Bonin-Mariana, os
investigadores verificaram que
(A) a atividade sísmica que resultou diretamente da subdução de litosfera oceânica foi residual.
(B) a ascensão de materiais hidratados na secção BB' teve início a cerca de 250 km de profundidade.
(C) a zona de rutura das rochas do manto por ascensão de fluidos apresenta um diâmetro de
200 km.
(D) a curta duração dos enxames sísmicos reflete a baixa velocidade a que os fluidos são transportados.
3. Refira, considerando os cortes AA' e BB', a secção onde se registaram sismos com focos mais profundos.
Secção Izu-Bonin ou corte AA’
8. Na zona em estudo, foram recolhidas amostras de andesito, formado a partir de um magma que, em
profundidade, poderá originar
(A) diorito. (C) gabro.
(B) granito. (D) riólito.
FIM
Bom trabalho… e que o meu esforço seja uma ajuda para o seu maior sucesso.
A professora: Ilda Costa