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Guia Para Magicka Negra

Order of Nine Angles


Tradução por Diabolus Shugara

De acordo com o Satanismo Tradicional, magicka pode ser dividida em três


formas: magicka externa, magicka interna e magicka aeonica.
Magicka Externa
Essa é resultado de magicka ou feitiçaria, e é a magicka do Iniciado e
Adepto Externo. Ela existe em duas formas: cerimonial e hermética.
Cerimonial é ritual magicko – cerimônias e ritos onde mais que dois
indivíduos estão envolvidos. Magicka cerimonial pode ser feita
basicamente por duas razões: criar/trazer e então direcionar energia
magicka para uma meta especifica (e.g. amaldiçoando), ou representar
através de palavras e simbolismo os mitos/conhecimento de uma tradição
ou culto em particular. Algumas vezes, entretanto, a energia gerada por um
rito simbólico pode ser direcionada para um fim especifico – como na
Missa Negra.
Rituais herméticos usualmente envolvem um ou dois indivíduos (‘magicka
sexual’ é usualmente hermética) e são geralmente feitos de improviso. Eles
requerem que aqueles fazendo eles possuam ou sejam capazes de
desenvolver durante o ritual, uma empatia com as forças/energias usadas,
tão bem quanto possuindo o desejo necessário para direcionar as
forças/energias. Em contradição, rituais cerimônias são usualmente escritos
e quando feitos um texto estabelecido é seguido, com somente poucas
variações para permitir a emoção do momento.
Magicka Interna
Essa é quando técnicas magickas (e.g. Rituais de Grau) são usadas para
alterar a consciência de um individuo. Os ritos de magicka interna ‘abrem
os portais’ entre o causal e o acausal, e mudam a percepção do ‘ego’
consciente para o ‘self’ e o que é além. Em um sentido Jungiano, magicka
interna produz ‘individualização’, e leva a Adeptidade.
Os principais ritos de magicka interna são os trabalhos herméticos
associados com as esferas e caminhos da septenaria Árvore de Wyrd, e o
Ritual de Grau de Adepto Interno o qual envolve o individuo vivendo em
isolação por pelo menos três meses.
É uma das principais funções de Ordens ou templos estabelecidos
prepararem seus membros para magicka interna e oferecer direção ao longo
do caminho.
Magicka Aeonica
Essa é a magicka do Mestre, a Senhora da Terra e do Magus, e sua base é
um entendimento daquelas forças o qual influenciam um grande numero de
pessoas por longos períodos de tempo. Em um nível, magicka aeonica é a
alteração/distorção de tais forças; ou outro, é a ‘criação’ de novas energias
e sua dispersão sobre a Terra para mudar a evolução consciente. Em um
sentido, essa é a magicka ‘mais negra’ de todas.
Satanismo, como um modo de magicka, não tem ritos sazonais, nem
servitude ou submissão para qualquer deidade e nem medo. Não há assim
círculos defensivos ou normas de qualquer espécie nos ritos Satânicos:
somente uma exultação nas forças do rito, uma possessão orgulhosa e
domínio.
Rituais são frequentemente feitos no tempo de lua cheia porque ela ajuda a
ver quando o ritual é feito ao ar livre e porque ela dá atmosfera ao rito.
Algumas vezes, ritos são conduzidos nas ou perto das mudanças sazonais –
solstício e equinócio – porque há energia magicka presente neles (devido as
mudanças na Terra) e essa energia pode ser arreada. O mesmo se aplica
para trabalhos planetários – a ascensão e o pôr de planetas
(astronomicamente calculados pelo horizonte do observador – e não usando
as fraudulentas tabelas ‘planetárias’ dadas na maioria dos livros).
Tais energias planetárias existem – mas são geralmente pequenas, e tem
pequeno efeito sobre rituais feitos corretamente. A maioria dos ocultistas se
ilude sobre a natureza e extensão dessas energias (isso é particularmente
verdade sobre a Lua) – para tornarem-se sensitivos a elas é difícil em nossa
protegida, tecnológica sociedade. Geralmente, somente Adeptos (e o
dotado naturalmente) possuem a empatia requerida.
Entretanto, é dito que a lua cheia é acertadamente associada com possessão
‘lunática’ e ‘demoníaca’ – como qualquer um que trabalhou noites em
hospitais mentais testificará. Esse poder pode também ser arreado durante
um ritual.
Ritos celebratórios no Satanismo tradicional são de duas espécies – 1)
daquelas que expressam as energias do Satanismo – e.g. a Missa Negra,
Cerimônia da Revocação – e das quais as performances distorcem as
correntes do Nazareno e o Velho Aeon; e 2) daquelas o qual criam novas
energias apropriadas para a Satânica era do fogo que esta para chegar – e.g.
invokações dos ‘Deuses Sombrios’. A Missa Negra é celebrada
simplesmente porque os Nazarenos (e seus aliados) são poderosos ainda e
ainda nos poluem com sua sujeira. Ele é ainda o principal rito cerimonial
feito regularmente por Templos organizados, e – como todos os rituais
cerimoniais sua performance da identidade ao Templo, fortificando o
vinculo magicko e pessoal dos membros tão bem como ajudando o trabalho
do Príncipe das Trevas porque é um rito de Magicka Negra.
Os mistérios dos Nove Ângulos formam um aspecto importante da genuína
Magicka Negra. No nível físico, o nove representa vibrações de energia –
de acordo com a tradição, um cristal formado como um tetraedro responde
a vibração da voz de tom e intensidade certos. Em termos simples, o cristal
amplifica o poder de pensamento e produz mudança magicka. Quartzo da o
melhor resultado, ainda que Espinela pode ser usada. A forma do tetraedro
tem que ser criada do material natural por um operador habilitado.
Em outro nível, o nove simboliza (isto é, representa) a progressão de Aeons
e assim energias Aeonicas. A representação é aquela das nove combinações
das três substancias alquímicas ( )etc. sobre os sete
níveis fundamentais, esses níveis sendo as esferas da septenaria ‘Árvore de
Wyrd’. O Jogo Estelar é uma representação física desses símbolos – as
sete tabuas são as esferas, e as peças são as variações alquímicas. (Deve
ser notado que as nove principais variações espalhadas sobre as sete esferas
também representam um individuo – sua consciência, vida e wyrd). Assim
a magicka ou ‘feitiçaria’ do Jogo Estelar – um imitação (feita
magickamente) de um Aeon ou individuo o qual mudança (os movimentos
do Jogo Estelar) é manipulada pelo magicko (o ‘jogador’ do Jogo Estelar).
O Jogo Estelar tem dois conjuntos de vinte e uma peças – um conjunto
branco, e outro preto, representando os dois aspectos de mudança cósmica
(ou o causal e acausal). Essas peças são espalhadas sobre as sete tabuas.
Os Nove Ângulos também simbolizam os sete mais dois portais (ou
esferas) que unem nosso universo causal com o universo acausal (ou
magicko). O sete são as esferas da Árvore de Wyrd (zonas de energia
magicka), e os outros dois são o Abismo – onde o causal e o acausal se
encontram em estagnação temporária – e o acausal, o qual é além mesmo
da Árvore. O Abismo, no sistema septenario, fica entre as esferas do Sol e
Marte, e sua travessia é o ordalio do Adepto e a origem do Mestre/Senhora
da Terra. Significa o inicio de percepção acausal.
A outra forma importante de Magicka Negra é fazer a auto-sobrevivencia
após a morte. Isso pode ser feito de dois modos, dependendo da meta do
operador. A primeira é transferência da essência do individuo perto do
momento da morte física, para outro corpo físico, resultando assim na
continuação da existência em um nível físico. O segundo é passando o
Portal acausal - criando uma existência inteiramente nas dimensões
acausais.
O primeiro envolve encontrar um corpo conveniente para habitar; o
segundo tem alguma semelhança com a criação do ‘corpo diamante’ em
algumas das escolas de Taoísmo e é essa a sua forma o qual é geralmente
empreendida pelo Adepto. O primeiro é algumas vezes feito como uma
medida temporária ou se o wyrd do individuo obriga o comprimento de
alguma tarefa no físico.
O processo do primeiro envolve a criação de um forte ‘self astral’ – via
canto e visualização e fortificação através de atos de magicka por um
período de tempo, algumas vezes usando um tetraedro de cristal para
assegurar a soma certa de energia magicka. Assim uma ‘duplicata astral’ é
criada - e essa energia é mais usualmente armazenada em um cristal até o
tempo certo para transferência.
Nesse ínterim, um doador deve ter sido encontrado – um espécime bom,
saudável. A psique desse doador é então infiltrada através de contato astral
e físico. A transferência atual ocorre durante um ritual com o doador e o
operador presentes (o primeiro pode ser hipnotizado ou drogado ou
induzido de qualquer jeito) – consciência sendo transferida para a
‘duplicata‘ o qual então desapossa a psique enfraquecida do doador.
A segunda forma é atualmente o próximo estagio de evolução da
consciência – e a meta do adepto.
O que é importante compreender sobre Satanismo tradicional é o que é
entendido por ‘Satan’.
Satanistas tradicionais consideram Satan não simplesmente como um
símbolo de autoconsciência, mas como uma representação daquelas forças
supra-pessoais além da psique individual.
Ver ‘Satan’ simplesmente como um símbolo do self – como dois recentes
grupos ‘satânicos’ fazem – é, primeiramente, ser auto-iludido sobre a
natureza das forças cósmicas, e segundo, fazer (ou tentar fazer) Magicka
Negra mansa e segura. Negociar com forças grandiosas é cortejar o perigo
– psicologicamente e fisicamente. Satanistas tradicionais vêem esse perigo
como um meio, o forte sobrevive e o fraco perece; isso simplesmente sendo
uma reflexão da genuína filosofia Satanista melhor que a visão mansa
vomitada por satanistas de imitação e ‘brinquedos’ que abundam hoje.
Satan – no Satanismo tradicional – nunca é representado ilustradamente, e
apreensão da manifestação física ou causal de nosso Príncipe é uma
experiência que cada noviço Satânico alcança por eles mesmos por
empreender ritos de Magicka Negra de acordo com a tradição sombria.
Essa apreensão pode ou não mudar quando o novo Mestre ou Senhora da
Terra é nascido via o ordalio do Abismo, e é dito para cada e todo Adepto
passar por essa experiência desde que a realidade não pode ser ensinada –
somente experimentando o Caos primal que é o Abismo.
Aquelas representações ilustradas que são usadas, são aquelas das formas
às vezes escolhidas pelo próprio Trocador de Forma, pois o Príncipe das
Trevas deve ter sua diversão com mortais fracos.
É importante compreender também que o nome ‘Satan’ não é seu nome
real. Ele é um conveniente epíteto, usado porque expressa parte de sua
natureza. Não há, de fato, ‘nome’ real como nós entendemos nomes –
somente talvez uma vibração de som (o qual não pode realmente ser
escrito) o qual invoca ele para nossa consciência e nosso mundo. Em um
sentido o quais poucas pessoas irão entender, Satan é a essência do
Acausal: a força cósmica do Caos do qual intrusão em nossa dimensão
causal quebra a entropia que tempo linear produz. Nossa espécie requer e
têm requerido símbolos para capacitar apreensão e evolução – e esta é a
verdade também do Iniciado (e em uma extensão menor do Adepto) que
faz parte daquela condição. O Abismo destrói – ou cria a nova espécie, uma
nova ‘mente’ capaz de funcionar em níveis não normalmente acessíveis
para aqueles de condições inferiores. E o mais potente símbolo de certas
forças cósmicas tem sido, e ainda é, Satan.
Na realidade, Satan (que tem um nome secreto ou ‘genuíno’ conhecido de
todos os Iniciados) diz respeito geralmente somente com magicka Aeonica
– a mudança desse mundo. Através dele, os Mestres e Senhoras trabalham
Magicka Interna, e através de suas Ordens, Iniciados empreendem ritos de
Magicka Externa, para a gloria de Seu nome.

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