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Collegium 

ad Lux et  Nox 
 

Ritual Menor do Pentagrama 
 

(última alteração: 22/Jan/2008 e.v.) 

Fr. Anatta & Fr. Ex Lege 
COLLEGIUM AD LUX ET NOX    RITUAL MENOR DO PENTAGRAMA 

“Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei.” 

Ritual Menor do Pentagrama 
 
“Aqueles que consideram esse ritual como um mero preceito para evocar e banir 
espíritos são indignos de possuí‐lo. Propriamente entendido, ele é o Remédio dos 
Metais e a Pedra do Sábio.” 
(Aleister Crowley) 

Originário  da  Ordem  Hermética  da  Aurora  Dourada  (The  Hermetic  Order  of  the  Golden  Dawn), 
sobrevive  até  hoje  como  um  dos  mais  eficientes  rituais  da  magia.  É  um  ritual  basilar,  ou  seja,  constitui  o 
fundamento sob o qual o magista poderá desenvolver seu físico e suas habilidades mágickas, promovendo 
uma mudança significativa em sua vida. Este poderoso, porém simples ritual, foi usado durante toda vida por 
Aleister  Crowley,  Dion  Fortune,  MacGregor  Mathers,  Israel  Regardie,  Arthur  Waite,  Helena  Blavatsky  e 
outros proeminetes magistas . Ele está ligado aos trabalhos na esfera de Malkuth. 

Posteriormente  Crowley  fez  uma  nova  versão  deste  ritual,  de  forma  a  banir,  associando  com  os 
conceitos  do  Novo  Æon,  que  ele  postulava,  e  a  filosofia  Thelêmica,  batizando‐o  de  Liber  XXV  (Ritual  Rubi 
Estrela).  

Com o Ritual Menor do Pentagrama trabalhamos interiormente, sendo que na forma de Banimento 
(através dos pentagramas de banimentos) focamos o equilíbrio da disposição dos elementos dentro de nós 
(Microcosmo); o fortalecimento do Corpo de Luz; o estabelecimento do Círculo Mágico; proteção e expansão 
da  aura,  bem  como  sua  limpeza  de  indesejadas  influências.  Trata‐se  de  uma  das  melhores  defesas  contra 
ataques psíquicos e astrais. 

Do mesmo modo, o Ritual Menor de Invocação do Pentagrama nos faz trabalhar equilibradamente 
um elemento, em ocasiões onde a energia de um elemento em específico se faz necessária. 

Um dos resultados de grande significação e importância desse ritual, se corretamente realizado na 
maneira indicada, é a limpeza de toda a esfera da personalidade, equilibrando pois os humores “socráticos”. 
Bastará  um  pouco  de  prática  para  demonstrar  ao  jovem  teurgo  se  está  conseguindo  atingir  o  efeito 
necessário.  É  extremamente  difícil  descrever  o  resultado  do  banimento,  como  seguramente  é  o  caso  da 
maioria  das  matérias  concernentes  ao  domínio  subjetivo  da  sensação  e  percepção.  Deve  haver  um  claro 
senso, inequívoco em sua manifestação de limpeza, mesmo de santidade e sacralidade, como se todo o ser 
fora suave e integralmente purificado, e todo elemento impuro e sujo disperso e aniquilado. Tal como um 
mergulho num rio de águas frescas num dia quente de verão nos deixa abençoados com uma sensação de 
frescor e purificação, assim deve ser esse ritual. 

A  base  racional  de  sua  ação  depende  da  purificação  dos  constituintes  da  natureza  do  mago.  Cada 
molécula, cada célula – astral, mental e física – é envolvida, visto que a base de cada princípio se funda em 
centros  de  energia  e  força  espiritual.  Esses  pontos  microscópicos  ou  mônadas  são  os  minúsculos  pontos 
sensíveis de consciência espiritual, e na realidade de sua existência e função estão baseados não só o sentido 
mais  profundo  de  individualidade  como  também  o  fundamento  da  própria  matéria,  e  seus 
acompanhamentos de energia e vida física. Essas mônadas estão na raiz da célula seja de um mineral, seja 
da matéria cerebral bem como da vida vegetal.  

 
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O  resultado  da  formulação  do  círculo  do  fogo  e  dos  pentagramas  flamejantes,  da  vibração  dos 
nomes divinos e da invocação tanto dos anjos dos pontos cardeais quanto do Sagrado Anjo Guardião é que 
gradualmente as células mais grosseiras ou átomos monádicos são ejetados da esfera da consciência. Para 
substituí‐las, outras vidas, mais sensíveis e refinadas, de uma qualidade mais sutil de substância espiritual, 
são atraídas à esfera do ser e infundidas na própria substância da constituição física e invisível. Assim uma 
purificação vital ocorre, permitindo que a influência do Sagrado Anjo Guardião penetre o cérebro e mente 
refinados para difundir através da personalidade sua presença e graça, um importante passo inicial para o 
progresso mágico. 

Na realização do ritual, o iniciado deve visualizar‐se no cruzamento dos caminhos de Samekh e Peh 
(vide figura). 

   Deve‐se  adotar  uma  atitude  positiva  ao  realizar  este  ritual,  ter  certeza  que  ao  chamar  os  Arcanjos 
eles  estarão  ali,  bem  como  os  pentagramas.  Foque‐se  no  ritual,  mas  não  “anseie  por  resultado”.  Se  você 
realizar o ritual com completa concentração, você obterá sucesso. Ao concentrar‐se em outra coisa, dividirá 
energias e o ritual terá seus efeitos diminuídos. A realização cega e insensível desse ritual, tal como se revela 
verdadeiro  em  relação  a  todo  aspecto da  teurgia,  é  absolutamente  inútil  além  de  ser  uma  perda tanto  de 
tempo quanto de energia. 

O  ritual  primeiramente  evoca  a  Cruz  Cabalística  e,  tendo  banido  pelo  pentagrama  todos  os 
elementos dos quatro pontos cardeais com a ajuda dos quatro nomes de Deus, ele então avoca os quatro 
arcanjos como guardiões divinos para protegerem a esfera da operação mágica. No encerramento, mais uma 
vez  evoca  o  Eu  Superior,  de  maneira  que  do  começo  ao  fim  a  cerimônia  inteira  ocorre  sob  a  vigilância  do 
espírito. 

A  primeira  e  a  última  parte,  a  Cruz  Cabalística,  a  qual  identifica  o  Magista  (e    seu  Sagrado  Anjo 
Guardião) como o centro do Universo, ao equipará‐lo com os aspectos mais elevados do universo Sefirótico; 
na  verdade,  afirma  a  identidade  da  alma  com  Adam 
Qadmon, o “homem perfeito”, ou seja, reforça o aspecto de 
que o microcosmo é feito a imagem do macrocosco, ou pelo 
aforismo  de  Hermes,  o  Trimegista,  “Quod  est  inferius  est 
sicut quod  est superius, et quod est superius  est  sicut quod 
est  inferius”.  Lembrando  que  antes  de  considerar‐se  a 
construção  de  um  círculo,  deve‐se  primeiramente 
estabelecer um ponto central. 

Na  segunda  parte,  traça‐se  um  círculo  de  proteção 


ao mesmo tempo que sua imaginação está formulando um 
círculo de fogo astral dentro do qual ele possa proceder ao 
seu  trabalho.  Ao  norte,  sul,  leste  e  oeste  desse  círculo  são 
estabelecidos  pentagramas  de  banimento  do  elemento 
terra  são  traçados  com  a  arma  apropriada  (bastão,  espada 
ou  o  próprio  dedo  indicador).  À  medida  que  esses 
pentagramas  são  formados  em  meio  ao  ar  com  a  arma 
elementar,  todo  esforço  deve  ser  feito  no  sentido  de 
transmitir vitalidade e realidade a eles.  

A imaginação, simultaneamente, deve  ser estimulada para criar esses pentagramas em torno de si 
no plano astral em figuras incandescentes (como se fosse feitas de chamas de fogo). De sorte que através 

 
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das  linhas  num  jorro  de  luz  e  poder,  nenhuma  entidade  menor  do  plano  astral  de  qualquer  espécie  ouse 
abrir caminho.  

É necessário que se certifique de não abaixar a arma elementar depois de formular um pentagrama em meio 
ao ar. O círculo tem que ser completo, prosseguindo numa linha ininterrupta de pentagrama a pentagrama, 
para  isto,  com  auxílio  da  arma  elemental,  trace  uma  linha  do  centro  de  cada  um  dos  pentagramas  até  o 
próximo.  

A  estrela  fulgurante  de  cinco  pontas  é  como  a  espada  flamejante  que  privou  Adão  do  éden.  Os 
quatro arcanjos, os regentes espirituais dos quatro elementos, são então invocados para dar legitimidade ao 
trabalho,  e  poder  e  proteção  espirituais  tanto  aos  pentagramas  circundantes  quanto  ao  círculo  onde  nos 
encontramos encerrados. A última frase do ritual declara os pentagramas inflamados em torno dele e invoca 
novamente o Sagrado Anjo Guardião para que a operação seja selada com o selo da luz divina.  

Este ritual pode ser feito de duas maneiras: Invocando – o Pentagrama da Terra deve ser desenhado 
partindo da extremidade superior esquerda (como se estivesse puxando do céu); Banindo – o Pentagrama da 
Terra  deve  ser  desenhado  partindo  da  extremidade  inferior  esquerda  (como  se  estivesse  lançando  para  o 
céu) 

Utiliza‐se  comumente  no  Ritual  Menor  do  Pentagrama  Banindo  o  Pentagrama  de  Banimento  da 
Terra,  elemento  que  contém  sutilmente  em  si  os  demais.  Vide  explicação  de  Israel  Regardie  no  livro  “A 
Árvore da Vida”: 

“[...]  se  o  mago  traçar  com  seu  bastão  a  figura  do  canto  esquerdo  para  o  alto  ele 
banirá  os  elementais  da  terra.  Pode‐se  observar,  ademais,  que  é  este  último  tipo  de 
pentagrama que é usado no ritual do pentagrama, geralmente suficiente para banir 
seres de quaisquer classes [...] ”. 

A pessoa que quiser usar as forças do Æon de Hórus nesse ritual deve prestar atenção num detalhe: 
a  troca  das  tradicionais  imagens  dos  querubins  Rafael  e  Gabriel.  O  Novo  Æon  trouxe  uma  nova  atribuição 
dos elementos com os quatro animais: Água agora é Homem/Anjo e Ar é a Águia. 

Esses conceitos foram passados a To Mega Therion (Aleister Crowley) nas experiências dos Aethyr 23 
e 24, em Liber 418. O comentário a seguir é do 24º: 

“O Querubin‐Águia no 23º Ar é Aquário. Escorpião é a Mulher‐Serpente. Isso é importante 
para a antiga atribuição da Águia para Escorpião.” 

Trecho do 23º Aethyr: 

“Então  os  véus  se  abrem  novamente,  os  dourados,  os  púrpuras  e  os  prateados  para 
surgir uma águia coroada, parecida com águias Assírias. E ele diz: toda a minha força 
e  estabilidade  foram  alteradas  para  a  luta.  Embora  as  minhas  asas  sejam  de  fino 
ouro, o meu coração é o de um escorpião.” 

Crowley deixou isso visualmente registrado no Tarô de Thoth, mais especificamente nos arcanos V e 
XXI:  reparando  nas  extremidades  das  cartas,  a  Águia  vem  antes  do  Homem/Anjo.  Fica  melhor  se 
sobrepormos essa distribuição no pentagrama. Nele, se começarmos a leitura da esquerda para direita, no 
sentido  horário,  tem‐se  Ar  –  Água  –  Fogo  –  Terra.  Repare  também,  no  arcano  XXI  do  Tarô  de  Marseille,  a 
antiga atribuição. 

 

 
COLLEGIUM AD LUX ET NOX    RITUAL MENOR DO PENTAGRAMA 

O Palácio do Mundo 1  
 
 
Os perfumados portais da aurora 2 
Abundam com o aroma das flores. 
A mãe, Meia noite, recolhe 
Suas horas de beijos sonolentos: 
Dia nasce, com pegadas de uma corça, 
Em seu corado caramanchão. 
 
A pálida e sagrada donzela cornada3 
No mais alto céu está sentada. 
Minha fronte, lavada em sua desesperança 
Luz, encontra‐se com seus lábios. 
Meu lábios, que murmuram ao amanhecer, 
Com orvalho brilhante estão molhados. 
 
Minha prece é poderosa com minha vontade; 
Meu propósito como uma espada4 
Flameja através do diamante, para encher 
Os jardins do Senhor 
Com musica, seja repleto o ar, 
Silencio para seu poderoso coral. 
 
Eu fico acima das marés do tempo 
E da luta Elemental; 
Minha figura fica acima, sublime, 
Obscurecendo a Chave da Vida5 
E a paixão de meu poderoso ritmo 
Divide‐me como uma faca. 
 
Por um símbolo secreto em meu semblante 
E pensamentos secretos dentro 
Compele a eternidade ao Agora, 
Arrasta o Infinito para dentro. 
A Luz está estendida 6. Eu e Tu 
Somos como eles não foram7. 
 
Então em minha cabeça a luz é uma, 
Unidade manifestada; 
Uma estrela mais esplêndida que o sol 
Queima pela minha crista coroada 
Queima, como a oração murmurante 
Das águas do oeste 
 
Que anjo do portal de prata 
Incendeia a minha face de fogo? 
Que anjo, conforme eu contemplo 
O insubstancial espaço? 
Move com meus lábios as leis do Destino 
Que liga a carapaça da terra? 
 
 

 
COLLEGIUM AD LUX ET NOX    RITUAL MENOR DO PENTAGRAMA 

Não o anjo, mas a própria luz, 
E o fogo e o espírito Dela, 
Não mitigado, eremita, 
A mirra não manifestada, 
Oceano, e noite que não é noite 
A Mãe‐mediadora 8. 
 
Ó santo espírito dos Deus 9! 
Ó língua tríplice 10! Desça, 
Dobrando as respostas de fogo que se inclinam 
Beijando as frontes que se dobram (curvam) 
Unindo todos os períodos da terra 
Para um fim exaltado. 
 
Ainda na mística Árvore da Vida 
Minha alma é crucificada 11 
Ainda atinge a faca sacrifical 
Onde esconde‐se uma serpente com olho 
Medo, paixão, ou esposa morta do homem 
Desejo, o suicida! 
 
Diante de mim mora o Sagrado 
Ungidos pela Beleza do Rei 12; 
Atrás de mim, mais forte que o Sol, 
Para quem cantam os Querubins, 
Um forte arcanjo 13, conhecido por ninguém 
Vem coroado e conquistando. 
 
Um anjo está à minha mão direita 
Com a força da cólera do oceano 14; 
 
À minha esquerda a marca de fogo 
Conduzindo o bater do fogo adiante 15: 
Quatro grandes arcanjos para suportar 
A fúria dos caminhos 16. 
 
Flamejam na minha frente a estrela de fogo 
Acima e ao meu redor 17 
Atrás, o sagrado sol, ao longe, 
Seis sinfonias de som 
Flamejam, assim como os próprios Deuses que estão, 
Flamejam, no abismo profundo 18. 
 
Os braços estendidos solta como um trovão! Então 
Soe o clamor nobremente 
Vibrando através dos arroios que correm 
No éter para o céu, 
O arquipélago móvel 
Estrelas em seus Senhorios 
 
 
 
 
 

 
COLLEGIUM AD LUX ET NOX    RITUAL MENOR DO PENTAGRAMA 

Teu seja o reino! Teu seja o poder! 
A tríplice glória tua 19! 
Tua através das horas velozes da eternidade, 
Eternidade, teu santuário ‐‐‐ 
Sim, pela santa flor‐de‐lotus, 
Ainda minha 20! 
 
_________________________ 
Notas:  
1. “De Collected Works, Vol. I”, em “The Temple of the Holy Ghost" por Aleister Crowley. 
Nota de Crowley: Descreve o aspecto espiritual do “Ritual Menor do Pentagrama” o qual apensamos com 
suas explicações. A natureza abstrusa do domínio de poemas está muito bem refletida neste. 
Tocando a testa diga Ateh (A ti). 
Tocando o peito diga Malkuth (O Reino). 
Tocando o ombro direito, diga ve‐Geburah (e o Poder). 
Tocando o ombro esquerdo, diga ve‐Gedulah (e a Glória). 
Juntando as mãos no peito, dia le‐Olahm, Amém (por todas as Eras, Amen). 
Virado para o Leste faça o pentagrama (o da Terra) com a arma desejada. Diga IHVH. 
Virado para o Sul, o mesmo, mas diga ADNI. 
Virado para o Oeste o mesmo, mas diga AHIH 
Virado para o Norte, o mesmo, mas diga AGLA. 
Estenda os braços na forma de Cruz e diga: 
Diante de mim, Raphael; 
Atrás de mim, Gabriel; 
A minha direita, Michael, 
A minha esquerda, Auriel; 
Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas 
E na Coluna do Meio brilha a Estrela de Seis Raios 
(xvii – xxi) Repita do (i) ao (v), a Cruz Qabalista. 
 
Aqueles que consideram esse ritual como um mero preceito para evocar e banir espíritos são indignos de 
possuí‐lo. Propriamente entendido, ele é o Remédio dos Metais e a Pedra do Sábio. 
2. Este ritual era dado aos Neófitos na Ordem da Aurora Dourada. (Golden Dawn). 
3. A lua, como antes, significando a Aspiração do Altíssimo.  
4. Pois a “Espada Flamejante” é o “Pentagrama desenrolado”. 
5. Os braços estando estendidos, e o magus estando revestido em um robe em formado de Tau e uma Coroa 
de Nemmés, sua figura faria uma sombra que parecerá um Ankh, ou “A Chave da Vida”. 
6. Khabs am Pekht, Konx om Pax, Luz em Extenção. As palavras místicas que selam o fluxo de luz na espera 
do aspirante. 
7. Cf. Omar Khayyam the Sufi. 
8. Binah, a reveladora da Tríade de Luz. 
9. Ruach Elohim (veja Genesis 1.) soma 300 = ‫ש‬ [Shin] = Fogo. 
10. ‫ש‬  [Shin] sua forma parece ter uma língua tríplice. 
11. Esses arcanjos estão num ponto da “Árvore da Vida” que os fazem circundar, como descrito, aquele que 
está, por isso, crucificado. 
12. Raphael habita em Tiphereth, Beleza. 
13. Gabriel, habita em Yesod, onde estão os Querubins. 
14. Michael, senhor de Hod, uma Emanação da natureza aquosa. 
15. Auriel, Arcanjo de Netzach, a quem o fogo é atribuido. 
16. O caminho de ‫ת‬ [Tav], ou Saturno e Terra, que liga Malkuth a Yesos de fato, mas é escuro e ilusório. Este 
primeiro passo ascendente da oposição mais amarga de todos os Inimigos da Alma Humana. 
17. Como afirmado no ritual. 

 
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18. Ele flameja tanto acima como abaixo do magus, que, assim, está num cubo de 4 pentagramas e 2 
hexagramas, 32 pontas ao todo. 32 é  ‫אהיהוה‬ [AHIHVH], a palavra sagrada que expressa a Unidade do 
Altíssimo com o Homem. 
19. Como no ritual. 
20. Suprema afirmação da Unidade do Altíssímo no Lótus, o símbolo universal da Consecução. 
 
Comentários de Crowley sobre o  
Ritual Menor do Pentagrama 
Nós  supomos  estar  na  intersecção  dos  caminhos  de  Samekh  e  Peh.  Você  está  de  frente  para 
Tiphareth  (Sol),  deste  modo  em  sua  mão  direita  está  Netzach  (Vênus),  em  sua  mão  esquerda  Hod 
(Mercúrio), e atrás de você Yesod (Lua) (vide figura). 

Você dá um passo com o calcanhar direito no vazio do pé esquerdo através de Tiphareth e vibra o 
Nome Divino conforme dado no ritual. Então você leva em curva a ponta da baqueta até, então dá um passo 
novamente  (sempre  recuperando  após  cada  passo  à  frente  de  forma  que  você  permaneça  no  centro)  e 
vibrando o Nome Divino como antes. 

Continue o processo de frente para Yesod e vibrando; então Hod, e vibrando; mas leve a ponta da 
Baqueta de volta para Tiphareth de forma que complete o círculo. 

À medida que você vibra os Nomes Divinos dos anjos, conforme dados no ritual, eles aparecem (note 
que eles deveriam aparecer e se o ritual é propriamente executado faz‐lhes aparecer). 

Deste  modo você  está  em  pé  em  uma  Coluna  que  é  protegida  por  sua  invocação  microcósmica.  O 
resultado conseqüente, sendo a resposta macrocósmica, é que sem esforço algum de sua parte o hexagrama 
ou  estrela  de  seis  pontas  aparece  acima  e  abaixo  de  você.  (Note  o  equilíbrio  de  5°=68).  Deste  modo  você 
estará completamente isolado das partes externas e Qliphóticas do universo. 

Fica  melhor  em  sua  mente  a  realização  desta  Coluna  com  seus  pentagramas  cercando‐a  e  seus 
hexagramas  abaixo  e  acima  de  você.  A  prática  contínua  é  essencial  caso  você  queira  executar  este  ritual 
como deveria ser feito. É particularmente importante não pronunciar erradamente qualquer parte dele; para 
visualizar  nitidamente  e  claramente  as  forças  invocadas,  com  exceção  dos  Seres  Divinos,  que  não 
aparecerão, no curso ordinário dos eventos, pois tal visão causa isso. 

Você  pode  compreender  para  si  próprio  as  formas  dos  anjos,  ou  particularmente  arcanjos.  Por 
exemplo, Raphael, começando com um “R” terá uma cabeça de glória solar e o Peh que se segue mostra que 
o resto dele é marcial: o "AL" que conclui o nome (no caso da maioria dos seres angelicais) indica que eles 
empunham espada e balança. (N.: sobre tal assunto: Imagens Telesmáticas) 

 
COLLEGIUM AD LUX ET NOX    RITUAL MENOR DO PENTAGRAMA 

Tabela de Propriedades Básicas 
 

Quadrante 
1  Leste  Sul  Oeste  Norte 
2  Nome Divino  YHVH  ADNI  AHIH  AGLA 

3 Hebraico 
‫יהוה‬ ‫אדני‬ ‫אהיה‬ ‫אגלא‬
Ê‐hê‐i‐ê 
Yê‐hô‐vá/Yud‐
4  Pronúncia  Á‐dô‐ná‐i  (h como em  Á‐glá 
hê‐vav‐hê 
house) 
5  Arcanjo  Raphael  Mikhael  Gabriel  Auriel 
6  Arcanjo em Heb  ‫רפאל‬  ‫מיכאל‬ ‫גבריאל‬ ‫אוריאל‬ 
Mi‐há‐él 
Rafael, como no  Gabriel, como no 
7  Pronúncia  (h como em  Ú‐rí‐él 
nome usual  nome usual 
house) 
8  Cabeça  Homem  Leão  Águia  Touro 
9  Elemento  Ar B  Fogo C  Água D  Terra E 
10  Cor  Amarelo  Vermelho  Azul  Oliva 
11  Arma Elemental  Espada/Adaga  Bastão  Cálice  Pantáculo 
12  Signo  Aquarius  k  Leo e  Scorpio h  Taurus b 
13  Planeta  Mercúrio S  Sol Q  Lua R  Venus T 

Os  Pentagramas 
Existem então cinco tipos de Pentagramas, com duas subdivisões cada um: 

INVOCANDO  BANINDO

 
COLLEGIUM AD LUX ET NOX    RITUAL MENOR DO PENTAGRAMA 

A Cruz Cabalística 
 

Esteja voltado para o Leste, no centro da sala ou lugar em que esteja, relaxe e estique seus braços junto ao 
corpo. Faça os toques usando a mão direita. 

Toque a testa e diga “Ateh” (À Ti), 

Pronuncia‐se “Á‐tê”. Usarei sublinhado nas sílabas tônicas. 

Toque o peito e diga “Malkuth” (O Reino), 

Pronuncia‐se “Mál‐rrút”. Esse “rr” é semelhante ao “h”, em “house”. 

Toque o ombro direito e diga “ve‐Geburah” (e o Poder), 

Pronuncia‐se “Vê Guê‐bú‐rá”. Esse “r” de “rá” é semelhante a pronúncia típica do “R” no Sul do Brasil. 

Tocando o ombro esquerdo diga “ve‐Gedulah” (e a Gloria), 

Pronuncia‐se “Vê Guê‐dú‐lá”. 

Juntando as mãos no peito diga le‐Olahm, Amen (para todas as Eras, Amén). 

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Pronuncia‐se “Lê Ô‐lâm, Á‐mêm”. Note que uma cruz foi formada pelos primeiros quatro gestos. Imagine no 
centro desta cruz uma rosa vermelha abrindo‐se lentamente. 

Traçando os Pentagramas 
 

Caminhe  à  frente  em  direção  ao  Leste  (saindo  do  centro  do  espaço)  e  imagine  uma  espécie  de 
fumaça  de  coloração  amarelada  com  o  Nome  Divino  de  ‫יהוה‬  (YHVH  em  hebraico)  em  meio  a  ela.  Inspire 
trazendo  para  dentro  de  si  esta  fumaça  e  este  Nome  Divino,  levando  essa  “energia”  até  o  Plexo  Solar  e 
depois até os pés; prenda a respiração e desenhe o pentagrama (que deve ser escolhido previamente) com a 
arma  mágica  apropriada  (no  caso  não  temos  armas  mágicas,  então  trabalhamos  com  o  dedo  indicador). 
Visualize suas linhas ardendo em chamas. Quando terminar, golpeie‐o como se quisesse perfura‐lo e solte a 
respiração, vibrando o nome ao mesmo tempo que solta o ar com força. Antes de inspirar novamente, faça o 
Sinal do Silêncio (alternativo). Aponte novamente para o centro do pentagrama, e a partir do centro deste 
pentagrama trace uma linha até o lado Sul. 

Nos  demais  pentagramas,  faça  do  mesmo  modo,  porém  a  diferença  é  que  no  Sul  vibramos  ‫אדני‬  
(ADNI, Adonai); no Oeste  ‫אהוה‬ (AHIH), e no Norte  ‫אגלא‬ (AGLA). Neste último pentagrama, traçamos o final 
do círculo até o Leste e voltamos ao centro do espaço (e do círculo). 

Os Arcanjos 
O Magista poderá tomar como exemplo as figuras anexadas, todavia, é aconselhável que ele mesmo 
construa  a  imagem  do  Arcanjo  com  base  nos  itens  de  5‐13  da  Tabela  de  Propriedades  Básicas,  podendo 
consultar  o  Liber  777  ‐  vel  Prolegomena  Symbolica  Ad  Systemam  Sceptco‐Mysticæ  Viæ  Explicandæ 
Fundamentum  Hier,  para  maiores  informações.  Os  arcanjos  estão  na  frente  dos  pentagramas,  que 
continuam flamejando. 

Abrindo os braços na forma de cruz (Sinal de Osíris na Cruz),  direcionado para o Leste,  Imagine, à 
sua frente, o Arcanjo Raphael, conforme construiu com os elementos da tabela.

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(Visualize a imagem do seu Arcanjo, pode‐se utilizar a imagem a baixo como base.) 

 
 “Diante de mim: Raphael”; (vibra‐se o nome do Arcanjo). 

Permaneça na mesma posição e imagine, atrás de você, o Arcanjo Gabriel, e diga: 

(Visualize a imagem do seu Arcanjo, pode‐se utilizar a imagem a baixo como base.) 

“Atrás de mim Gabriel”; (vibra‐se o nome do Arcanjo). 

  Ainda na mesma posição, imagine, à sua destra, o Arcanjo Michael, e diga: 

(Visualize a imagem do seu Arcanjo, pode‐se utilizar a imagem a baixo como base.) 

             

“A minha direita, Michael”; (vibra‐se o nome do Arcanjo).

Ainda na mesma posição, imagine, à sua sinistra, o Arcanjo Michael, e diga: 

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(Visualize a imagem do seu Arcanjo, pode‐se utilizar a imagem a baixo como base.) 

              

 “A minha esquerda, Auriel”; (vibra‐se o nome do Arcanjo). 

 Por último, diga com firmeza e autoridade. Ainda com os braços estendidos em formato de cruz. 

“Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas”, 

“E na Coluna do Meio brilha a Estrela de Seis Raios”. 

Na visualização dos Hexagramas, um vácuo é formado na projeção da luz entre as duas figuras, e preenchido 
com o macrocosmo. Este vácuo foi criado isolando‐se os elementos, e é preenchido imediatamente pela 
L.V.X.. 

Nota‐se que a soma de todas as figuras geométricas do cubo somam 32 pontas (4 x 5 pontas + 2 x 6 pontas). 
32 é o número de caminhos (22) somado ao número de Sephiroth (10) da Árvore da Vida. 

Repetir a Cruz Cabalística. 

Bibliografia 
Tradição Oral do COLEGIUM AD LUX ET NOX 
CROWLEY, Aleister. Magick, Liber ABA, Book 4. New York: Samuel Weiser Books. 2nd Rev edition, 
January 1998. Edited by Hymenaeus Beta 
CROWLEY, Aleister. 777 and other Qabalistic writings of Aleister Crowley. York Beach: Samuel 
Weiser, 1977. 
KRAIG, Donald Michael. Modern Magick. St. Paul: Llewellyn Publications, 1996 
REGARDIE, Israel Francis. Golden Dawn, The. St. Paul: Llewellyn Publications, 1986 
REGARDIE, Israel Francis. Tree of Life, The. St. Paul: Llewellyn Publications, 1973 
WAITE, A.E. Book of Cerimonial Magic, The. NY: Bell Publishing Co, 1969 
http://www.astrumargentum.org/arquivos/ht/apendice_rituais_rpm.htm 
http://www.hermetic.com/osiris/nbrp.htm 
http://en.wikipedia.org/wiki/Collected_Works_of_Aleister_Crowley_1905‐1907 
http://www.hermetic.com/sabazius/ac5nts.htm 
http://www.hermetic.com/sabazius/palace_world.htm 
http://www.ocultura.org.br/index.php/Ritual_Menor_do_Pentagrama 

“Amor é a Lei, Amor sob Vontade!” 
 
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COLLEGIUM AD LUX ET NOX    RITUAL MENOR DO PENTAGRAMA 

Ritual Menor do Pentagrama 
 
i. Toque a testa e diga Ateh ( À Ti ), 
 
ii. Toque o peito e diga Malkuth ( O Reino ), 
 
iii. Toque o ombro direito e diga ve‐Geburah ( e o Poder ), 
 
iv. Tocando o ombro esquerdo diga ve‐Gedulah ( e a Gloria ), 
 
v. Juntando as mãos no peito diga le‐Olahm, Amen ( para todas as Eras Amén ). 
 
vi. Virando para o Leste desenhe um pentagrama (o da Terra ) com a arma mágica 
apropriada (o Bastão é mais comum). Diga (vibrando ) ‫יהוה‬ (HVHY ‐ Ye‐ho‐vau). 
 
vii. Virando para o Sul, da mesma maneira, porém diga ‫אדני‬ (YNDA ‐ Adonai). 
 
viii. Virando para o Oeste, da mesma maneira, porém diga ‫אהיה‬ (HVHE – Eheieh). 
 
ix. Virando para o Norte, da mesma maneira, porém diga ‫אגלא‬ (ALGA ‐ Agla) 
 
x. Abrindo os braços na forma de cruz diga, 
 
xi. Diante de mim Raphael; 
 
xii. Atrás de mim Gabriel; 
 
xiii. A minha direita, Michael. 
 
xiv. A minha esquerda, Auriel; 
 
xv. Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas, 
 
xvi. E na Coluna do Meio brilha a Estrela de Seis Raios..  
 
xvii. Repetir (i) a (v), a Cruz cabalística. 
 

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