Você está na página 1de 32

1.

4 O MOBILISMO GEOLÓGICO E
A TEORIA DA TECTÓNICA DE PLACAS
GEOLOGIA E MÉTODOS

― 1.1 Subsistemas terrestres


― 1.2 Ciclo das rochas
― 1.3 Princípios de raciocínio geológico. Idade e história da Terra

― 1.4 O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de


Placas

GEOLOGIA E MÉTODOS
GEOLOGIA E MÉTODOS

Que histórias contam os


fósseis de salamandra-gigante
descobertos no Algarve?

GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Da Teoria da Deriva Continental à Teoria da Tectónica de Placas

―A ideia de que os continentes não ocuparam


sempre a mesma posição surgiu no século XVI.

Fig. 1 – Fragmentação da Pangea e movimentação dos continentes até à posição atual.

GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Da Teoria da Deriva Continental à Teoria da Tectónica de Placas

—Segundo a Teoria da Deriva Continental, os continentes atuais


estiveram unidos no passado, formando, até há cerca de 280
Ma a 200 Ma, um único supercontinente – Pangeia. Desde
então, este fragmentou-se lentamente em continentes de
menores dimensões, que se foram deslocando até às posições
atuais.

Fig. 1 – Fragmentação da Pangeia e movimentação dos continentes até à posição atual.

GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Da Teoria da Deriva Continental à Teoria da Tectónica de Placas

―Os dados recolhidos pela Teoria da Deriva


Continental e pela Teoria da Expansão dos Fundos
Oceânicos culminaram na formulação de uma teoria
unificadora da geologia – a Teoria da Tectónica de
Placas.

GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Da Teoria da Deriva Continental à Teoria da Tectónica de Placas
― A Teoria da Deriva Continental apesar de se apoiar em diferentes dados – morfológicos,
paleoclimáticos, paleontológicos e geológicos – , caiu em descrédito na comunidade cientifica.

― As hipóteses propostas por Wegener para o movimento dos continentes foram rebatidas pelos
físicos da altura, pois não era conhecido nenhum mecanismo capaz de fazer deslocar as enormes
massas continentais.

― O ressurgimento desta teoria ficou associado, anos mais tarde, à formulação da


Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos.

Fig. 2 - Alfred Wegener (1880 – 1930)


GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Teoria da Deriva Continental
―Wegener fundamentou a Teoria
da Deriva Continental baseando-
se em vários tipos de dados.

―A morfologia dos continentes


sugere uma complementaridade
entre as suas margens,
nomeadamente nos casos da
África e da América do Sul –
dados morfológicos.
Fig. 3 – Dados paleoclimáticos e morfológicos.
GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Teoria da Deriva Continental
― Outros dados, além dos morfológicos,
apoiam a ideia de que os continentes
estiveram todos unidos num continente
muito mais extenso – a Pangeia.

―Os dados obtidos a partir do


estudo de climas antigos – dados
paleoclimáticos – permitem
evidenciar essa movimentação,
nomeadamente, vestígios de
climas muito frios em zonas
atualmente muito quentes e vice-
versa. Fig. 3 – Dados paleoclimáticos e morfológicos.
GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Teoria da Deriva Continental
―Wegener também utilizou
dados obtidos a partir do
estudo de fósseis – dados
paleontológicos.

―O caso do Mesosarurus é
emblemático. Os fósseis deste
animal aquático foram
encontrados em África e na
América do Sul.
Fig. 4 – Dados paleontológicos.
GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Teoria da Deriva Continental
―Apesar de se saber que
Mesosaurus vivia em água
doce, mesmo que fosse capaz
de atravessar o oceano
Atlântico, também deveria ter
sido capaz de atravessar
outros oceanos, possibilitando,
na atualidade, o achado de
fósseis desta espécie noutros
continentes. Mas tal ainda não
Fig. 4 – Dados paleontológicos. aconteceu.
GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Teoria da Deriva Continental
―A descoberta de regiões com
conjuntos de rochas mais
antigas, de litologias
semelhantes em continentes
diferentes, que atualmente se
encontram separados – dados
geológicos – , foi também
utilizada por Wegener para
defender a sua teoria.
Fig. 5 – Dados geológicos.
GEOLOGIA E MÉTODOS
SERÁ?

TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL

GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos
― Durante a Segunda Guerra Mundial ocorreu um impulso no desenvolvimento
tecnológico como os sonares, sismógrafos e magnetómetros.

― Estas tecnologias foram colocadas ao serviço da exploração do fundo oceânico


levando a um maior conhecimento da sua morfologia e do seu relevo.

Fig. 5 – Morfologia do fundo dos oceanos.


GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos
Talude continental: zona de transição
entre os continentes e o fundo
oceânicos, com declive muito
acentuado, que se estende até cerca
de 2000 m de profundidade. Fossa abissal ou oceânica:
depressões profundas
Plataforma continental: zona Dorsal oceânica: extensa crista junto aos continentes ou
com pouca inclinação e montanhosa oceânica. arquipélagos.
profundidade máxima de
200 m.

Planície abissal: regiões Falha transformante


extensas e planas do fundo
dos oceanos. Situadas Rifte oceânico: fratura por
entre 3000-5000 m de onde ascende o magma.
profundidade. Formadas
por sedimentos marinhos
sobre crosta oceânica.

Fig. 5 – Morfologia do fundo dos oceanos.


GEOLOGIA E MÉTODOS
GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos

―As perfurações efetuadas no fundo dos oceanos


forneceram dados sobre a constituição litológica, a
sua idade e dinamismo.

―Com base nos dados obtidos através da exploração


dos fundos oceânicos, formulou-se a Teoria da
Expansão dos Fundos Oceânicos.

GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos
―Nos riftes, a partir da ascensão de magma, forma-
se novo fundo oceânico constituído por rocha
vulcânica basáltica.

Fig. 6 – Representação esquemática da datação das rochas


do fundo do oceano Atlântico obtida a partir de perfurações.
GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos
―O registo paleomagnético
caracteriza-se pela
existência de um padrão
de bandas de polaridade
normal a alternar com
polaridade inversa, sendo
simétricas relativamente
ao rifte.
Fig. 6a – Representação esquemática da evolução do fundo oceânico.
GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos
―O paleomagnetismo
permitiu concluir que ocorre
expansão dos fundos
oceânicos nos riftes
localizados nas dorsais
oceânicas.

―A idade das rochas aumenta


com o afastamento ao rifte. Fig. 6a – Representação esquemática da evolução do fundo oceânico.
GEOLOGIA E MÉTODOS
A EXPANSÃO DOS FUNDOS OCEÂNICOS

GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas

Teoria da Tectónica de Placas


―Segundo a Teoria da Tectónica de placas, a litosfera –
zona rochosa mais superficial da Terra – encontra-se
dividida em diversas placas que deslizam, afastam-se
ou aproximam-se. Designam-se de placas litosféricas
ou placas tectónicas.

GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Teoria da Tectónica de Placas

Fig. 7 – Principais placas litosféricas e seus limites.


GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Correntes de convecção

― Abaixo da litosfera, encontra-se a


astenosfera, pertencente ao manto
superior, uma zona de baixa
rigidez, devido ao facto de ter na
sua constituição material dúctil.

― As forças que provocam o


movimento das placas litosféricas
resultam do calor interno do
próprio planeta. Este calor gera
correntes de convecção no Fig. 8 – Correntes de convecção.

manto/astenosfera.
GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Correntes de convecção

―A ascensão de magma nos


riftes leva à formação de nova
crosta oceânica e,
consequentemente, à expansão
dos fundos oceânicos.

―As fossas oceânicas são as


formas de relevo submarino
que marcam zonas de
subducção existentes em Fig. 8 – Correntes de convecção.

profundidade.
GEOLOGIA E MÉTODOS
TECTÓNICA DE PLACAS

GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Tipos de limites entre placas litosféricas – limites divergentes ou construtivos

—A ascensão de magma
na zona do rifte oceânico
origina a formação de
nova crosta oceânica e
promove o afastamento
das placas litosféricas. Fig. 9 – Limite divergente associado a um rifte
oceânico.

GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Tipos de limites entre placas litosféricas – limites divergentes ou construtivos
—Nas zonas de rifte
intracontinental ocorre
fragmentação de uma única
placa litosférica. Este
processo geológico poderá
originar um novo oceano. As
placas litosféricas resultantes
Fig. 10 – Limite divergente associado a um rifte
intracontinental.
da fragmentação afastam-se
uma da outra.

GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Tipos de limites entre placas litosféricas – limites convergentes ou destrutivos

— A colisão de uma placa


litosférica oceânica com uma
placa litosférica continental
origina a subducção da
primeira, pois é mais densa.
Na margem continental
forma-se uma cadeia
montanhosa com arco Fig. 11 – Limite convergente entre placa
continental e uma placa oceânica.
vulcânico continental.

GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Tipos de limites entre placas litosféricas – limites convergentes ou destrutivos
—A colisão de duas placas
litosféricas oceânicas
origina a subducção da
mais antiga, pois é
também a mais densa.
Este processo geológico
Fig. 12 – Limite convergente entre duas placas
oceânicas. origina um arco
vulcânico ou insular.
GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Tipos de limites entre placas litosféricas – limites convergentes ou destrutivos

—A colisão de duas
placas litosféricas
continentais origina
o espessamento da
crosta continental e
a formação de uma
Fig. 13 – Limite convergente entre duas placas
cadeia montanhosa continentais.

e de um planalto.
GEOLOGIA E MÉTODOS
O mobilismo geológico e a Teoria da Tectónica de Placas
Tipos de limites entre placas litosféricas – limites transformantes ou conservativos

—As placas litosféricas deslizam horizontalmente


uma em relação à outra, em sentidos opostos.

Fig. 15 – Limite transformante que entrecorta


Fig. 14 – Limite transformante. o rifte

GEOLOGIA E MÉTODOS

Você também pode gostar