Geologia e métodos

3.2. O mobilismo geológico. As placas tectónicas e os seus movimentos

• Hipótese da Deriva
Continental
• Teoria da Tectónica de
Placas
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3.2. O mobilismo geológico. As placas tectónicas e os
seus movimentos

Em janeiro de 1912, Alfred Wegener defendeu a

seguinte ideia: no passado, teria existido um
único continente – o supercontinente Pangeia –
que se fraturou em diversos continentes que se
afastaram num processo de deriva continental.

Estava lançada a base daquela que viria a ser a

Hipótese da Deriva dos Continentes, no
âmbito de um inovador mobilismo geológico
que perspetivava o planeta como um sistema
geodinâmico.

Alfred Wegener (1880-1930)

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3.2. O mobilismo geológico. As placas tectónicas e os
seus movimentos
Argumentos de Wegener

Continentes separados
Argumentos por oceanos encaixam
entre si como um puzzle.
morfológicos (costas Este da América
do Sul e Oeste de África) © Fernando Correia

Argumentos Presença de rochas do mesmo

tipo e com a mesma idade em
diferentes continentes hoje
litológicos afastados por um oceano.

© Fernando Correia
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Argumentos de Wegener

Aparecimento de fósseis da
Argumentos mesma espécie em locais
muito distantes e que estão
atualmente separados por
paleontológicos oceanos.

© Fernando Correia
Marcas de glaciares em
continentes cujo clima
Argumentos atual nunca permitiria a
sua existência.
paleoclimáticos (marcas de glaciar em
Africa)

© Fernando Correia
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3.2. O mobilismo geológico. As placas tectónicas e os
seus movimentos
No âmbito do aceso debate científico então
gerado pela Hipótese da Deriva dos
Continentes, Wegener não encontrou
respostas plausíveis para duas questões
cruciais repetidamente colocadas pelos seus
detratores:

• qual a origem da energia que fraturou a

Pangeia nos diversos continentes?

• qual o motor responsável pela deriva dos

continentes?
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Tectónica de Placas

Harry Hess procedeu ao levantamento da

topografia do oceano Pacífico, tendo
obtido dados surpreendentes.

Antes da existência de barcos equipados com

sonar, acreditava-se que os fundos oceânicos
eram planos e sem relevos particulares, sendo,
por isso mesmo, comparados a grandes bacias
– as bacias oceânicas.

O estudo aprofundado dos oceanos permitiu

estabelecer um modelo da morfologia dos seus
fundos com cadeias montanhosas com um vale
central, fossas profundas e planícies abissais.
Harry Hess (1906-1969)
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Rifte Dorsal médio-oceânica

© Nuno Farinha

Plataforma Planície abissal Fossa oceânica

continental
Montes submarinos
Talude
continental
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Hess apresentou informalmente, em 1959, o seu modelo que designou por

Hipótese da Expansão dos Fundos Oceânicos – a ascensão de magma do
interior da Terra ao longo do vale de rifte forma crusta oceânica, a qual se
expande a partir da dorsal médio-oceânica em direção às fossas oceânicas,
onde é destruída. No rifte há acreção/adição de litosfera. Na fossa oceânica, há
subducção/destruição de litosfera.

© Fernando Correia
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Na década de 60 do século XX, com o contributo de vários investigadores foi
formulada a Teoria da Tectónica de Placas, que integra a Hipótese da Deriva
Continental de Wegener e o modelo da Expansão dos Fundos Oceânicos de Hess.
© Fernando Correia
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Subdivisão química e física de parte da geosfera

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Limite construtivo Limite destrutivo
oceano-oceano oceano-continente

Limite construtivo Limite destrutivo

continente-continente oceano-oceano

Limite destrutivo
continente-continente

Limite
conservativo

© Fernando Correia
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© Fernando Correia
A tectónica de placas e o ciclo das rochas
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Em síntese, podemos mesmo referir que a Teoria da Tectónica de Placas associa a
hipótese de Wegener à hipótese de Hess, ao considerar que, em consequência da
expansão dos fundos oceânicos, as placas litosféricas transportam os continentes

© Fernando Correia

Fragmentação da Pangeia e Deriva Continental nos últimos 245 Ma

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Numa panela de sopa ao lume verificamos o

seguinte:
• o calor aplicado na base da panela aquece a
sopa que se expande, tornando-se menos
densa do que a sopa fria;
• esta redução de densidade determina a
ascensão da sopa, da base da panela para o
topo;
• perto da superfície, a sopa arrefece, pelo que
se contrai, ficando mais densa;
• este aumento de densidade determina a sua
descida para a base da panela, completando-
se e reiniciando-se este movimento cíclico.

Estes movimentos cíclicos designam-se por © Fernando Correia

movimentos convectivos ou de convecção.
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De forma idêntica, pensa-se que os materiais rochosos do manto terrestre também
descrevem estes movimentos cíclicos de convecção, porém de forma muito mais lenta,
à escala de tempo geológico. Estes movimentos são possíveis porque, à escala do
tempo geológico, a astenosfera e a mesosfera, embora, no estado sólido, se
comportam como líquidos de alta viscosidade.

© Fernando Correia
PARA PRATICAR

1. Selecione a opção que completa corretamente a opção.

No passado geológico existiu um supercontinente denominado __________

rodeado por um só oceano denominado __________.

a. Pangeia […] Pantalassa

b. Pantalassa […] Pangeia

c. Laurásia […] Gonduana

d. Gonduana […] Laurásia

PARA PRATICAR

2. Selecione a opção que completa corretamente a opção.

Os movimentos tectónicos

a. divergentes são responsáveis pela destruição dos fundos oceânicos.

b. convergentes originam os fundos oceânicos mais recentes.

c. transformantes são caracterizados pela formação de cadeias montanhosas.

d. divergentes são responsáveis por atividade vulcânica fissural ou central.

PARA PRATICAR

3. Selecione a opção que completa corretamente a opção.

Ao longo das diferentes placas tectónicas ocorrem limites __________ onde se destroem

fundos oceânicos, e limites __________ onde se forma nova crusta, o que explica o facto de as

rochas oceânicas serem mais __________ do que as rochas continentais.

a. destrutivos […] construtivos […] recentes

b. destrutivos […] conservativos […] recentes

c. construtivos […] destrutivos […] antigas

d. construtivos […] destrutivos […] antigas

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Placas

FIM