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16/03/2023

Tectónica de Placas Tectónica de Placas

No início do século XX a ideia sobre a Terra era muito distinta da


atual. •Deriva continental
• Acreditava-se que as montanhas resultavam da contração da Terra
causada por um arrefecimento gradual. •F.B. Taylor, 1910, propôs a deriva continental; apresentou poucas
• À medida que o interior ia arrefecendo e contraindo, a camada provas.
exterior ia enrugando.
• As mudanças do nível do mar, evidentes pela presença de fósseis •Alfred Wegener publicou, em 1915, publicou um livro sobre a origem
no interior dos continentes, eram explicadas pelo modelo da dos continentes e dos oceanos.
contração gradual.
•Sugeriu a existência de um grande continente, Pangea, que há cerca
• Nas últimas décadas ocorreu um desenvolvimento espetacular nas de 200 milhões de anos se começou a dividir.
ciências da terra.
• Continentes não fixos, migração através do globo; separação de
blocos continentais deu origem a oceanos; o fundo oceânico é
reciclado em zonas onde há fossas profundas; colisão de segmentos
e formação de montanhas
• Ocorreu uma revolução científica.

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Deriva continental: evidências


Deriva continental: evidências
•Ajuste continental - há uma grande
• Wegener e os seus seguidores referiram muitas evidências que similaridade entre as linhas de costa de
suportavam as suas ideias África e da América do Sul.

• ajuste entre continentes •Os oponentes de Wegener


• registos fósseis argumentaram que as linhas de costa
• tipos de rochas e similaridades estruturais modificam-se continuamente, que
houve alterações do nível do mar.
• evidências paleoclimáticas

•Nos anos 60 foi conseguido um ajuste


das plataformas continentais, a uma
profundidade de 900 metros, melhor do
que os defensores da deriva
continental esperam que fosse.

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Deriva continental: evidências Deriva continental: evidências

• Registos fósseis - Wegener apenas começou a pensar a sério na sua • Registos fósseis
ideia quando soube da existência dos mesmos fósseis dos dois lados • Os paleontólogos concordavam que deveria ter existido uma ligação
do Atlântico. entre os dois continentes; só deste modo podiam explicar as
semelhanças.

• Wegener citou casos documentados de vários fósseis encontrados


dos dois lados do oceano, os quais não poderiam ter atravessado a
massa de água que separa os dois continentes.

• Os organismos que tem distribuição geográfica restrita, mas que não


aparecem mais do que uma área (separada por grande barreira), tem
um interesse particular.

• Mesosauros; Glossopteris

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Deriva continental: evidências


Deriva continental: evidências

• Wegener também referiu a distribuição actual dos seres vivos


como uma evidência da deriva continental.

• Ancestrais comuns - isolamento durante dezenas de milhões de


anos (ex.: marsupiais Austrália-Américas).

• Como poderiam estes fósseis de flora e fauna ser tão semelhantes


em locais separados por centenas de kms de oceano?

• A resposta mais frequente são as “pontes de terra”.

• Situações deste tipo ocorreram no último período glaciar.


• Situação idêntica entre a África e a América do Sul?

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Deriva continental: evidências Deriva continental: evidências

• Rochas e estruturas - Se os • Evidências paleoclimáticas - Wegener procurou dados


continentes estiveram juntos, os paleoclimáticos para suportar a sua ideia.
tipos de rochas e as cadeias
montanhosas deverão mostrar • Verificou que há 220-300 milhões de anos os glaciares cobriam
alguma continuidade (puzzle). uma extensa área no Hemisfério Sul.

• Encontrou depósitos glaciares na mesma posição estratigráfica em


África, América do Sul, Índia e Austrália. Nalguns locais, a direcção
de movimentação é do actual mar para terra.

• Muitas das áreas que apresentam evidências da glaciação


encontram-se actualmente em regiões tropicais e subtropicais.

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Deriva continental: evidências Deriva continental: evidências

• Evidências paleoclimáticas • Será que a Terra teve um período suficientemente frio que levou
à formação de glaciares em regiões tropicais?

• Na mesma altura havia muitas zonas pantanosas no Hemisfério


Norte.

• Grandes depósitos de carvão na América do Norte, Europa e


Sibéria. Os fósseis destes depósitos apresentam características
tropicais.

• A melhor explicação era a junção das massas continentais num


supercontinente, próximo do Polo Sul.

• A dança dos continentes

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Deriva continental - O DEBATE Deriva continental e


paleomagnetismo
•Após a publicação da ideia de Wegener, em 1924, as críticas
aumentaram. •Um aspecto importante do
magnetismo das rochas é que os
minerais indicam a direcção dos
•Objecção: mecanismo para a deriva continental?
pólos, mas também possibilitam a
•A influência da lua? determinação da latitude.
Provou-se que a influência da lua não é suficiente para
movimentar os continentes.
•Os continentes avançavam quebrando a crusta oceânica?
Não há evidências que a crusta oceânica seja tão fraca que
permita a passagem dos continentes sem deformação

•Apesar das discordâncias, Wegener escreveu, em 1930, a última


versão do seu livro.
•Alexander du Toit e Artur Holmes foram dois dos cientistas que
apoiaram a ideia de Wegener.

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Deriva continental e paleomagnetismo Deriva continental e paleomagnetismo


•Durante os anos 50 foi efetuada uma
O campo magnético depende da rotação da
interessante descoberta: o alinhamento de
Terra.
minerais ricos em ferro em lavas de
Se o polo geográfico não varia o mesmo
diferentes idades variava bastante.
acontece com o polo magnético.

•A projeção do polo magnético aparente A melhor explicação para a aparente deriva


mostra que nos últimos 500 milhões de do polo magnético é a movimentação dos
anos ocorreu uma migração de perto do continentes.
Hawai até à sua posição atual.
As curvas de deriva aparente do Polo Norte
•Ocorreu uma deriva polar ou uma deriva magnético para a Europa e para a América
continental. do Norte possuem traçados semelhantes.
•Os polos magnéticos são fixos; são
próximos dos polos geográficos.

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Deriva continental e paleomagnetismo Começa uma revolução científica

• Durante os anos 50 e 60 grandes meios tecnológicos permitem uma


Havia dois pólos magnéticos? cartografia detalhada dos fundos oceânicos.

A diferença nestas trajectórias de migração dos • Deste trabalho resulou a descoberta do sistema global de cristas
pólos podem ser conciliadas se os dois oceânicas.
continentes forem colocados um junto ao outro.
• O exame da Crista Médio-Atlântica revela a sua tendência para ser
Apesar destes dados relançarem a questão da paralela às margens continentais de ambos os lados do Atlântico.
deriva continental, não alteraram muito a
opinião dos cientistas.
• Uma importante descoberta foi a presença de um vale na parte central
- técnica nova
da Crista Médio-Atlântica.
- magnetismo das rochas diminui
• Um grande fluxo de calor e algum vulcanismo foram identificados
como características do sistema de cristas oceânicas.

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Começa uma revolução científica


Expansão dos fundos oceânicos
Outras descobertas:
• actividade sísmica no oceano (crista, junto dos continentes)
• montanhas aplanadas submersas (antigas ilhas)
• idade das rochas da crusta oceânica (< 200 Ma)

Expansão dos fundos oceânicos


•Todas estes novos factos foram juntos numa hipótese chamada
expansão dos fundos oceânicos, por Harry Hess, no início dos anos
60 (Ensaio de Geopoesia).
• Hess propôs que as cristas oceânicas estavam localizadas por cima
das zonas ascendentes de grandes correntes de convenção no
manto:
- movimento lateral afasta a crusta;
- intrusão de material; nova crusta oceânica;
- nova crusta é afastada; nova injeção de material.

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Inversões geomagnéticas Inversões geomagnéticas

• Hipótese de Vine-Matthews (1963)


• Esta hipótese faz a ligação de duas ideias não
relacionadas anteriormente: hipótese expansão
dos fundos oceânicos e a descoberta das
inversões magnéticas.

Admitiram que o basalto adicionado à crusta


oceânica nas cristas oceânicas seria
magnetizado de acordo com o campo
magnético existente.

Desde que a nova rocha seja adicionada em


quantidades iguais em ambos os lados das
cristas, haverá uma alternância simétrica de
zonas com polaridade normal e polaridade
inversa.

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Tectónica de Placas: visão moderna de uma ideia antiga


Mosaico de placas
• A aceitação destas novas ideias, com a recolha de muita informação,
permitiram definir uma teoria conhecida como tectónica de placas.

• Esta teoria estabelece que a camada rígida exterior da Terra


(Litosfera) é constituída por segmentos individuais, chamados placas.

• Foram identificadas muitas grandes placas e algumas de pequena


dimensão.

• Todas as grandes placas possuem crusta continental e crusta


oceânica - uma diferença em relação à teoria da deriva continental.

• As placas são rígidas, não há movimentação relativa de dois pontos


numa mesma placa.

• As grandes interações ocorrem nos limites das placas.

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Limites de placas
Limites de placas

• Limite divergente - onde as placas se afastam, com a subida de


material do manto para criar um novo fundo oceânico.

• Limite convergente - onde as placas se aproximam, originando o


mergulho (de uma delas) no manto, onde é consumida.

• Limite transformante - onde as placas deslizam uma pela outra,


sem a criação ou a destruição da litosfera.

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Limites divergentes
Limites divergentes
• A maioria dos limites divergentes,
onde se dá o afastamento das
• Os vales de rift da zona Este de África
placas, estão situados nas cristas
representam a fase inicial da separação
oceânicas.
dos continentes.
• Há outros locais de afastamento
que não estão localizados no centro • A extensa actividade vulcânica deverá
dos oceanos. ser consequência do afastamento
continental (Kilimanjaro).
• Quando se desenvolve um centro
de expansão num continente, este
fragmenta-se em vários segmentos. • Se os vales de rift Este-Africanos
continuarem activos esta zona vai
• Esta expansão está relacionada afastar-se do continente tal como
com a subida de material quente. sucedeu com a Península Arábica.
Formam-se fracturas que, após os
afastamento dos segmentos, levam
à formação de um vale de rift.

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Oceânica-Continental
Limites convergentes
Convergência Continental-
• Nos limites divergentes a litosfera é Continental
continuamente gerada.
Neste tipo de convergência não ocorre
• Como a superfície total da Terra o mergulho de uma das placas; a
permanece constante, a litosfera Oceânica-Oceânica densidade não o permite.
também deverá ser consumida.
Ocorre o esmagamento e a fracturação
• Nas zona de convergência de das crustas; formam-se cadeias
placas a litosfera é reabsorvida pelo montanhosas.
manto. Uma das placas mergulha
por baixo da outra (30º-90º). Continental-Continental
O exemplo mais conhecido é os
Himalaias.
• As zonas são muitos similares; a
natureza das colisões entre placas
são influenciadas pelo tipo de
material envolvido.

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Limites transformantes Testes ao modelo


Como surgimento da teoria da tectónica de placas, os cientistas
• Não há destruição nem criação de começaram a recolher dados que a suportassem ou que a
litosfera; as placas deslizam uma pela refutassem.
outra.
• São, grosso modo, paralelas à A distribuição dos sismos
direcção das placas; foram
inicialmente identificadas onde fazem
a ligação entre as separações das
cristas oceânicas.
• Pensou-se, erradamente, que a crista
estava originalmente alinhada e que
as falhas transformantes
possibilitaram o seu espaçamento.
• O movimento ao longo destas falhas
é oposto ao necessário para produzir
os desfasamentos observados.

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A distribuição dos sismos Testes ao modelo: a distribuição dos sismos

A relação entre os limites das placas e a actividade sísmica é evidente.


Nas regiões das fossas oceânicas, onde a crusta oceânica mergulha no
manto, os epicentros mostram um padrão interessante.

- os focos superficiais correm perto da fossa oceânica


início da interacção entre as duas placas
- os focos intermédios e profundos ocorrem numa zona mais afastada,
em direcção ao continente (direcção de mergulho)
interacção mais profunda

Os sismos ocorrem enquanto a placa descendente possui rigidez.


Podemos saber a trajectória da placa descendente; 690 km;
aquecimento e perda de rigidez.

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Testes ao modelo: a distribuição dos sismos Testes ao modelo: a distribuição dos sismos

• A origem dos sismos com focos entre os 70 km e os 690 km foi um


problema que permaneceu por resolver durante muito tempo.

• Abaixo dos 70 km esperava-se que as rochas tivessem um


comportamento dúctil.

• O comportamento rígido pode acontecer até aos 300 km.


• Há libertação de energia elástica ao longo da Zona de Benioff.

• E entre os 300 km e 690 km? Não há uma explicação definitiva.


Alteração de fase mineral?

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Testes ao modelo: a distribuição dos sismos Testes ao modelo: prospeções oceânicas


Apesar do mecanismo que provoca os sismos profundos não ser O estudo das anomalias magnéticas permite datar a crusta oceânica.
conhecido, a associação destes com as Zonas de Benioff está bem
documentada.
- zonas de subducção - rochas para grande profundidade - sismos
profundos
- limites divergentes e transformantes - não há sismos profundos

Prospeções oceânicas
A recolha sistemática de sedimentos e de crusta oceânica permitiram
um melhor conhecimento das bacias oceânicas.
- idade da crusta oceânica (basalto não alterado)
- espessura dos sedimentos
- distribuição dos sedimentos
Durante 15 anos, o Glomar Challange efectuou 96 viagens, percorreu
600000 km e furou um total de 96 km (1092 sondagens).

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Testes ao modelo: prospeções oceânicas Testes ao modelo: prospecções


oceânicas
Com base na idade da crusta e na distância à crista onde teve origem,
podemos avaliar a velocidade de expansão.

A crusta oceânica é tanto mais velha


quanto mais afastada da crista
médio-oceânica se encontrar.

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Testes ao modelo: prospeções oceânicas Movimento relativo das placas

Com base na idade da crusta oceânica é possível determinar o


A recolha de dados movimento relativo das placas ao longo do tempo.
sobre a idade das
rochas dos fundos
oceânicos permitiu a
datação absoluta da
crusta oceânica.

Foi também possível


determinar a velocidade
de expansão de cada
uma das placas
litosféricas.

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Testes ao modelo: hot spots Testes ao modelo: hot spots

A cartografia das elevações submarinas revelou cadeias de estruturas A origem destas estruturas vulcânicas é atribuída à subida
vulcânicas de grande extensão. material do manto em zonas localizadas - hot spots.

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Testes ao modelo: hot spots Testes ao modelo: hot spots

A idade das elevações vulcânicas aumenta com a distância à ilha


do Hawai. Distribuição dos hot spots

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Hot spots e basaltos Qual o motor do movimento?

O mecanismo capaz de causar o movimento das placas


continua a ser motivo de controvérsia.

Hipótese da contração da Terra

- o arrefecimento é muito lento; não explica as


cadeias montanhosas
- a litosfera estaria em compressão; não explica os
fenómenos originados em regimes de tração

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Hipótese da expansão da Terra Fluxo de calor na Terra

O gradiente térmico médio à superfície da


Terra é de 25ºC/km; 100 km  2500ºC,
se o gradiente fosse constante.

Não há uma camada líquida; ondas S


propagam-se:
- as fontes de calor são mais profundas
-mecanismo de transferência de calor

O motor do movimento das placas mais aceite pela comunidade


científica é a convecção térmica. A distinção entre estes dois processos
podem ser efetuada a partir da análise
- forma das correntes?
do fluxo de calor Terra e da variação
- qual o papel da energia térmica? do conteúdo em minerais radioativos.

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Fluxo de calor na Terra


Fluxo de calor na Terra
Os processos de aquecimento que operam na crusta e nos
Oceanos - 65 mW/m2 por condução continentes são diferentes.
(ignora fluidos quentes e lava); Continentes - pequena profundidade + subcrustal
101 mW/m2, com a contribuição Oceanos - subcrustal
hidrotermal
Continentes - 57 mW/m2 (60% dos oceanos) A transferência de calor por convecção é o único mecanismo
Total - 87 mW/m2 capaz de actuar num baixo gradiente térmico.

A maioria do calor libertado pela Terra é originado pelo decaimento


radioativo (urânio, tório, potássio).

Os isótopos radioativos são muito abundantes na parte superior da


crusta continental. A sua contribuição é de 18-38 mW/m2 para o
fluxo observado; 70% do fluxo de calor é gerado nos 10-20km
superficiais da crusta.

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Junções triplas
Correntes de convecção
A estabilidade dos limites das placas depende do seu movimento
A extensão vertical da convecção do manto é motivo de relativo. Se um limite é instável vai adquirir uma configuração
controvérsia: largura do manto; pares de células. estável.

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Tectónica de Placas

Junções triplas

Das várias configurações possíveis de fossas, cristas e falhas


transformantes, apenas uma é estável para qualquer
configuração: RRR.
FFF - nunca é estável

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Forças que actuam nas placas aumento do ângulo do mergulho


Forças que atuam nas placas
Como as velocidades actuais das placas parecem ser constantes,
cada uma delas está em equilíbrio dinâmico: as forçam que
Há várias possíveis origens para a força
causam o movimento são balançadas pelas forças resistentes.
de sucção que atua na placa principal. recuo da placa subductada

fluxo convectivo secundário

ascenção de material

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Motor da tectónica de
placas: mecanismos Motor da tectónica de placas: mecanismos possíveis
possíveis
A energia necessária para o movimento das placas é o calor
a) as placas são gerado no manto e no núcleo; este calor é transportado até à
empurradas pela injeção superfície por convecção do manto.
de material ou puxadas
pelo seu peso, ou por
ambos os mecanismos; 1 - modelo clássico: a parte superior da astenosfera é o limite
superior (frio) das células de convecção; as placas litosféricas
b) as placas são arrastadas
são arrastadas pelo movimento viscoso da astenosfera.
por convecção;
c) as placas são o limite
superior de uma corrente - na ZBV a temperatura está próximo do ponto de fusão do
de convecção; material; a viscosidade é baixa; a ligação ZBV-litosfera não é
eficiente; 40 mm/a  200 mm/a;
d) plumas térmicas
profundas causam hot
spots, empurram e
arrastam as placas.

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Tectónica de Placas Tectónica de Placas

Motor da tectónica de placas: mecanismos possíveis Motor da tectónica de placas: mecanismos possíveis

1 - modelo clássico 2 - novo modelo: a litosfera é o limite superior das células de


convecção; as placas são movimentadas pelas forças aplicadas
- devido à relação entre as cristas e as zonas de subdução, as nos seus limites.
células de convecção devem ter metade do tamanho do oceano;
2500 km; devem possuir uma forma simples; com formas
Neste mecanismo a litosfera representa o topo do sistema de
simples não podem ter limites irregulares; há movimentos
convecção, e as placas movem-se em consequência das forças
relativos entre os limites das placas; movimentos das pequenas
aplicadas principalmente nos seus limites.
placas;
- empurrar (cristas)
- puxar (subducção); 4x maior
- este mecanismo apenas permite a dissipação de 10% de
energia na ZBV. - força de sucção

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Motor da tectónica de placas: mecanismos possíveis Motor da tectónica de placas: mecanismos possíveis

Novo modelo: Este modelo é mais satisfatório na explicação Novo modelo


dos fenómenos associados à movimentação das placas.
3 - É conciliável com o atual movimento das placas:
1 - Termodinamicamente é mais aceitável e mais efetivo no
transporte de calor do manto. a) a velocidade das placas é independente da sua área.
2 - É consistente com o padrão do “stress” intraplacas. Se o manto arrastasse as placas seria de esperar que a
velocidade fosse maior nas placas maior área;

Tectónica de Placas Tectónica de Placas

Motor da tectónica de placas: mecanismos possíveis Motor da tectónica de placas: mecanismos possíveis
Novo modelo
Novo modelo
3 - É conciliável com o atual movimento das placas:
3 - É conciliável com o atual movimento das placas:
b) as placas associadas a zonas de subdução movem-se
mais rapidamente do que as outras. c) as placas com maior área de crusta continental movem-se
Este facto está de acordo com as grandes forças que puxam mais lentamente.
as placas, muito superiores às outras forças presentes; Isto implica que o manto inibe o movimento das placas em
vez de as movimentar.

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Motor da tectónica de placas


Motor da tectónica de placas: mecanismos possíveis

Novo modelo A utilização de novas técnicas permitiu


um melhor conhecimento das células
4 - Este mecanismo também fornece uma explicação razoável de convecção:
para o movimento das pequenas placas. - anomalias gravimétricas;
- simulações numéricas;
Este mecanismo, ao ter mais êxito na explicações dos vários - modelos teóricos;
fenómenos, é cada vez mais aceite na comunidade científica.
- tomografia sísmica.

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Motor da tectónica de placas Tomografia sísmica

Utilização da velocidade de propagação das ondas sísmicas para obter


uma imagem tridimensional de um objeto.

Fonte: http://www.earth.northwestern.edu/individ/seth/202/lectures/Seismology/seistomo.htm

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Tomografia sísmica Tomografia sísmica

Permite identificar:

- regiões de baixa velocidade; material ascendente; mais


quente.
- regiões de alta velocidade; material descendente; mais frio.

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Tomografia sísmica Tomografia sísmica

Fonte: http://www.geology.gsapubs.org

Fonte: http://www.topo-europe.eu/3-the-natural-laboratory-concept/3-4-the-iberian-microcontinent/3-4-5-present-day-stress-regime

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Tomografia sísmica Implicações da tectónica de placas

Os mapas paleogeográficos para o Mesozóico e o Cenozóico


podem ser determinados com base no ajuste das margens
continentais ou nas lineações oceânicas com a mesma idade de
ambos os lados das cristas.

Estas técnicas não podem ser aplicadas aos tempos ante -


Mesozóicos: não há crusta oceânica in situ.

A existência da tectónica de placas está bem documentada:


- litosfera oceânica
- cadeias orogénicas

O único método para quantificar o movimento de placas é através


dos dados paleomagnéticos.
Fonte: http://www.iris.edu/dms/products/emc-llnl-g3dv3/

Tectónica de Placas

Implicações da tectónica de placas

Paleozóico
- supercontinente
- fragmentou-se; proto-Atântico
- fecho; Orogenia Caledoniana
- ajustes internos; Orogenia Acadiana
- 2ª abertura; 2º proto-Atlântico
- fecho; Orogenia Varisca

Apesar dos dados paleomagnéticos


não permitirem uma única sequência
de reconstruções, indicam
claramente a tendência geral do
movimento.

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