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W E
S

Tectónica
de Placas

Antes e depois de
Wegener.
Perspectiva
Histórica do conhecimento sobre a
dinâmica terrestre:
Catastrofismo
Grandes catástrofes, como inundações e
vulcanismo alteraram a morfologia da superfície
da Terra.

Defendida por Abraham Weener (1749-1817)


Perspectiva
Histórica do conhecimento sobre a
dinâmica terrestre:
Uniformitarismo
Evolução cíclica da Terra, na qual seria difícil encontrar com precisão vestígios
de um princípio.
Defendida por James Hutton (1726-1797)
Perspectiva
Histórica do conhecimento sobre a
dinâmica terrestre:
Permanentismo ou Imobilismo
Os oceanos e os continentes permanecem
inalterados desde a sua formação.
Defendida por Charles Lyell (1797-1875)
Perspectiva
Histórica do conhecimento sobre a
dinâmica terrestre:
Contracionismo
Desde a sua formação, a Terra foi arrefecendo
e isso provocou uma diminuição de volume,
com o consequente enrugamento da crosta
sólida.
Defendida por Lord Kelvin e Cuvier (1769-
1832).

Lord Kelvin
Perspectiva
Histórica do conhecimento sobre a
dinâmica terrestre:
Período Pré-Wegeneriano
As conceções sobre a dinâmica da Terra restringiam-se apenas aos
movimentos verticais da crosta. Não se pensava possível haver
movimentos horizontais. Alpes, que
em muito
contribuíram
para o
estudo dos
movimentos
verticais da
litosfera.
A Teoria da Deriva dos Continentes
A novidade de Wegener: unir conhecimentos, ruir o permanentismo!

Revolução no pensamento sobre a posição e o


movimento dos continentes.
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A Deriva Continental
de Wegener
• Os continentes são constituídos por
materiais menos densos que assentam
sobre materiais mais densos,
semelhantes aos dos fundos oceânicos.
• Há 250 Ma os continentes atuais
estariam unidos formando um único
supercontinente – Pangeia – rodeado
por um único oceano – Pantalassa.
• A Pangeia era resultado da união de
Configuração “Wegeneriana” (Pangeia-A) baseada
duas massas continentais: a Norte – na conexão continental entre Laurentia e Ibéria no
Laurásia e a Sul - Gondwana. final do Paleozóico. Reconstrução de Nathan
Rogers.
A Deriva Continental
de Wegener
• Há 220 Ma, a Pangeia viria a
fragmentar-se “como pedaços de
um campo de gelo quebrado”,
tendo os continentes se movido
até às posições atuais.
• As montanhas são o resultado das
colisões entre as diferentes
massas continentais.
A Teoria da Deriva dos Continentes
Os argumentos de Wegener
• Ocorrência de • Os movimentos
movimentos horizontais poderiam
horizontais, para além ser comprovados pela
dos até então existência de cadeias
aceitados movimentos montanhosas, fruto
verticais. da colisão das massas
• Notável semelhança continentais.
entre as linhas de
costa da América do Argumentos
Sul e da África. Geofísicos ou
Morfológicos
peças de um
puzzle
• Através da utilização • Estes cálculos foram
de ondas de rádio, mais tarde
comparou a variação desmentidos por
da longitude e estarem
“provou” que entre a substancialmente
Europa e a errados.
Gronelândia, tinha
ocorrido um
afastamento de cerca
de 980m (=20m/ano). Argumentos
Geodésicos
longitudes e ondas
de rádio
• Formações geológicas
com a mesma idade –
continuidade
litológica.

Geológicos
Cinturas
orogénicas e
formações
geológicas
• Dobras e outras
estruturas geológicas,
assim como as
cinturas orogénicas,
indicam uma
continuidade a nível
orogénico, sugerindo
que estariam juntos
no passado.
Geológicos
Cinturas
orogénicas e
formações
geológicas
• A distribuição de fósseis • Hoje sabe-se que, até
de répteis (Cynognatus, ao final do Mesozóico,
Mesosaurus e os vertebrados e as
Lystrosaurus) e de plantas dos diferentes
plantas (Glossopteris), continentes evidenciam
semelhante no encaixe semelhanças na sua
dos continentes. evolução, tendo depois
• Para Wegener, faunas experimentado uma
e floras comuns entre evolução divergente,
continentes só é fruto do isolamento
explicável se existisse Argumento geográfico e das
mudanças ambientais
uma proximidade entre
eles, pois estariam com
Paleontológico após a separação dos
um clima semelhante. continentes.
• As diferentes posições • Com estes registos
dos continentes geológicos e com os
conferiram-lhes fósseis neles encontrados
diferentes latitudes e, é possível reconstituir
por isso, diferentes condições climáticas
climas. existentes há M.a.
• Isto causa diferentes • Depósitos glaciários do
tipos de sedimentação Pérmico encontrados em
(continental ou locais que na atualidade
marinho) e não têm clima favorável
consequentemente Argumento à sua formação são uma
forte evidência de que no
diferentes tipos de
rochas formadas, como Paleoclimático final do Paleozóico,
muitas das regiões no
as reservas de carvão,
hemisfério Sul estavam
encontradas em zonas
cobertas de gelo.
agora temperadas.
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Críticas a
Wegener
• Wegener não explicava
que motor provocaria o
movimento horizontal
das placas.
• Alguns opositores
apresentaram a teoria
das pontes
intercontinentais, o que
explicaria a existência de
fósseis semelhantes
entre continentes.
Críticas a
Wegener
• Quando descobriram
fósseis de Glossopteris
na Sibéria,
descridibilizou Wegener,
que relacionava este
tipo de flora apenas no
hemisfério Sul.
• A morfologia entre
continentes não era
Glossopteris
100% semelhante.
Críticas a
Wegener
• Os argumentos
geodésicos foram
alvo de críticas
severas e totalmente
desmentidos.
• Os argumentos
geológicos foram
considerados
circustanciais.
Críticas a
Wegener
• Os permanentistas
estavam com uma
forte implementação
na comunidade
científica.
• Wegener era alemão, o
que reduziu fortemente
a sua possibilidade de
apresentar as suas
ideias.
Wegener e a sua
equipa a
prepararem o
lançamento de um
balão
meteorológico.
Veículo de neve da equipa
de Wegener
túmulo de Wegener
na Gronelândia
E novos indícios
surgem

As evidências dos fundos


oceânicos e do
paleomagnetismo.
• O sonar, desenvolvido
para a guerra contra
submarinos, permitiu
elaborar um mapa
topográfico dos
fundos oceânicos e a
descoberta de uma
imensa montanha,
com mais 65 000 km
de extensão. Largura
de 100 km e uma
As montanhas
altura de 4500 m, oceânicas
acima da crosta
oceânica – Dorsal
médio-atlântica.
Morfologia dos Fundos Oceânicos
• Os rios são os
principais agentes de
transporte dos
materiais até aos
fundos oceânicos.
• Como os fundos
oceânicos se
reciclam, isto é, se
formam nas dorsais e
se destroem nas zonas
de subducção, a
espessura dos Quanto mais afastados Os sedimentos
sedimentos varia das dorsais, maior é a dos fundos
conforme a sua coluna de sedimentos
proximidade à dorsal. dos fundos oceânicos. oceânicos
Paleomagnetismo

O campo magnético terrestre e


a sua influência nas rochas dos
fundos oceânicos.
• O campo magnético é
gerado por materiais
em estado líquido no
núcleo externo.

O campo
magnético
• O campo magnético
pode apresentar
variações, isto é,
inversões de Qualquer corpo
polaridade que são magnético livre orienta-
registadas nas rochas se segundo a direção dos
dos fundos oceânicos. pólos magnéticos N-S.
• O basalto possui um
mineral fortemente
magnético – a
magnetite – e isso
permite fazer leituras Paleomagnetismo
sobre o
paleomagnetismo dos
fundos oceânicos.
• Quando o campo
magnético apresenta
a direção de
magnetização
semelhante à do
campo atual diz-se
que tem polaridade
normal.
• Quando indica um
alinhamento oposto
ao atual, diz-se que Paleomagnetismo
tem polaridade
inversa.
• Com o auxílio de Isto permitiu
magnetómetros, Paleomagnetismo concluir que:
foram feitas • A idade das
determinações rochas aumenta à
perpendiculares ao medida que nos
eixo das dorsais. afastamos da
dorsal;
• Foi possível
• O campo
identificar um grupo
magnético inverte
de rochas que
de forma
apresentava periódica;
polaridade normal e
• A crosta oceânica
outro grupo que
forma-se
apresentava
regularmente ao
polaridade inversa. nível das dorsais;
Aplicando as informações dadas pelo paleomagnetismo

1. Indica,
aproximadamente, em
que altura abriu o
Atlântico Sul e o
Atlântico Norte,
respetivamente.
2. Relaciona esta
abertura com a bacia
lusitaniana.
3. Identifica que outros
oceanos abriram na
altura do Atlântico Norte.
4. Relaciona estes dados
com a deriva
continental.
Aplicando as informações dadas pelo paleomagnetismo
A bacia lusitaniana
• Visão integrada da dinâmica do globo.
• A superfície do globo está dividida numa série de
placas rígidas e pouco espessas (litosfera), que, ao
se movimentarem, provocam atrito entre si e nas
suas margens apresentam grande atividade geológica Teoria da
(sismos e vulcões). Tectónica de
• A litosfera oceânica é gerada nas dorsais, registando Placas
aí o campo magnético da altura.
• Ao ser criada a nova litosfera, ela é arrastada
lateralmente a partir dos rifts.
• Esta camada, ao arrefecer, vai aumentar a sua
densidade e espessura, acabando por ser reabsorvida
para o interior da Terra nas zonas de subducção.
END SLIDE
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