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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOQUÍMICA
GEO 005 – GEOLOGIA GERAL II

TECTÔNICA DE PLACAS
TECTÔNICA DE PLACAS
TECTÔNICA DE PLACAS

 O surgimento da teoria da deriva continental


• 1620, Francis Bacon, primeiros mapas de linhas das costas atlânticas
da América do Sul e da África;
• Observou o encaixe perfeito entre as duas costas e surgiu a hipótese,
pela primeira vez de que estes continentes estavam unidos no
passado;
• Nó Século XX Alfred Wegener, retomou a idéia através do mapa-múndi
em que a América do Sul e África se encaixavam como um quebra
cabeça, onde todos os continentes estavam aglutinados formando um
único mega-continente;
TECTÔNICA DE PLACAS

• A este supercontinente Wegener denominou de Pangéia


• Pan= todo
• Gea= Terra
TECTÔNICA DE PLACAS
 Evidências do pangéia
Hipótese da Deriva Continental, formulada por Alfred Wegener
Evidências
Notável encaixe entre continentes distantes
Similaridades na distribuição de fósseis
TECTÔNICA DE PLACAS
 Evidências do pangéia

• Principais evidências
foram identificadas por
Wegener

1. Presença de fósseis de
Glossopteris em regiões
da África e do Brasil,
cujas ocorrências se
correlacionavam
perfeitamente, ao se
juntarem os continentes;
TECTÔNICA DE PLACAS
 Evidências do pangéia
2. Evidências de glaciação no sudoeste do Brasil e no sul da
África, oeste da Austrália e Antártica
TECTÔNICA DE PLACAS
 Evidências do pangéia
3. Algumas feições geomorfológicas como cadeias de montanhas no
continente Sul Americano e Africano.
Correlação de cadeias de montanhas entre as linhas da costa atuais.
TECTÔNICA DE PLACAS
 Evidências do pangéia
• Principais evidências foram identificadas cientificamente

1. Geocronologia
TECTÔNICA DE PLACAS
 Evidências do pangéia
• Principais evidências foram
identificadas cientificamente

1. Magnetismo: inversão do campo


magnético registrados nas rochas
nas rochas, a cada novo pulso
vulcânico

O pólo norte e sul mudam de lugar. Tais inversões,


registadas no magnetismo das rochas é
imprevisível. Elas acontecem com intervalos
irregulares que tem a media de 300 000 anos; a
ultima aconteceu há 780 000 anos.
REVERSÕES MAGNÉTICAS DA DORSAL MESO-
OCEÂNICA
1950/1960 – refinamento batimétrico a partir de inúmeros projetos de
mapeamento do fundo oceânico, onde se confirmou a existência das
dorsais como estruturas de escala global ao longo das quais são
registrados:

vulcanismo, alto fluxo térmico, atividade sísmica


TERRA: UM PLANETA DINÂMICO
OS GRANDES CICLOS GEOLÓGICOS

Crosta Oceânica
5-10 km
(máximo de 30 km Crosta Continental
(30-40/60-80 km)
Litosfera P-T, densidade

Manto Astenosfera

• Crosta mais antiga e mais densa


• CC e Co características distintas, litologIa, Quimica, morfologia,
estruturas, idades a cc possui composição média análoga aos
granodioritos a CO é bem menos densa q a CC e menos espessa
O QUE É UMA PLACA TECTÔNICA
– É uma laje maciça, rochosa e
contínua, com formato irregular
– Composta geralmente por litosfera
continental e oceânica
segmentos litosféricos, limitada por zonas
de convergência, zonas de subducção e
zonas conservativas, podendo ser de
natureza oceânica ou continental ou
conter fragmento de cada natureza.
AS PLACAS LITOSFÉRICAS
CORTE ESQUEMÁTICO DA SUPERFÍCIE AO MANTO

América do Sul Cadeia médio-atlântica

Oceano Andes
Pacífico
África
0
MANTO

500
CROSTA
1000 LITOSFERA Descontinuidade de Moho
Profundidade
(km) Manto
Superior
0 1000
MANTO ASTENOSFERA

Escala horizontal (km) Z.Transição MESOSFERA


(grande exagero vertical)
CONTINENTES E OCEANOS CORRESPONDEM A
ALTOS E BAIXOS GRAVIMÉTRICOS

Terremotos e magmatismo
Concentrados nas margens continentais e nos oceanos
FONTES DE INFORMAÇÃO - SOBRE O FUNDO DO
MAR

Navios oceanográficos
– Amostragem profunda
– Levantamentos
• Sismológicos
– Propagação de Submarino Shintai, Japão
ondas sísmicas
» Fontes sísmicas
artificiais
• Gravimétricos
• Magnetométricos
Batiscafos
– Imagens e amostragem

Navio Glomar
Challenger, EUA
Submarino Alvin, EUA
DA BACIA AO OCEANO
PORQUE ELAS SE MOVIMENTAM (QUAIS FORÇAS
MOVIMENTAM OS BLOCOS CONTINENTAIS)

Ascensão do material devido ao aumento da temperatura, este material ao atingir a


superfície se movimenta lateralmente e o fundo oceânico se afasta da dorsal
COMO É FORMADA UMA DORSAL MESO-OCEÂNICA

• Domo

• Lago
Estágio Leste da África

• Golfo a Mar restrito


Estágio Mar Vermelho

• Oceano
Estágio Atlântico
Leste da
África
DOMO

Mar
Vermelho
ESTÁGIOS DE
RIFTEAMENTO
O GRANDE RIFTE E AFRICANO
POSSIVEIS LOCALIZAÇÕES DE HOTS-POTS QUE
FRAGMENTARAM O PANGÉIA
TIPO DE LIMITES
ENTRE PLACAS
LITOSFÉRICAS

Transformante Divergente Convergente


LIMITES DIVERGENTES

esquema da abertura de um
oceano, a partir da ruptura
da crosta continental e
formação e crosta oceânica
LIMITES DIVERGENTES

• marcados por dorsais meso-


oceanicas, onde as placas
tectonicas afastam-se uma da
outra, coma formação de nova
crosta oceânica.
LIMITES DIVERGENTES
LIMITES DIVERGENTES
LIMITES DIVERGENTES
LIMITES DIVERGENTES
LIMITES DIVERGENTES
LIMITES DIVERGENTES
LIMITES DIVERGENTES
Limites divergentes: abertura de um oceano
moderno no leste africano (rift valleys africano).
LIMITES CONVERGENTES
LIMITES CONVERGENTES

 Tipos de limites convergentes: ambientes.

Zonas de Subducção
Arcos Magmáticos
LIMITES CONVERGENTES

colisão de placas, com a mais


densa mergulhando sob a outra,
gerando uma zona de intenso
cisalhamento a partir de
processos de fusão parcial da
crosta que mergulhou. Nesses
limites ocorrem fossas tectônicas
e províncias vulcânicas
LIMITES CONVERGENTES
COLISÃO ÍNDIA-
EURÁSIA
LIMITES CONVERGENTES

• Geração de FOSSAS e...


MONTANHAS
• Destruição do fundo
oceânico
– Principais feições sísmicas
• Zonas de Benioff
– Margens
continentais ativas
• Magmatismo
• Sedimentação
• Metamorfismo
• Bens Minerais
– Junções triplas
TIPOS DE CONVERGÊNCIA

• Subducção:
– Litosferas
• Oceânica X Oceânica
• Oceânica X Continental
• Colisão
– Litosferas
• Continental X
Continental
SUBDUÇÃO CO-CC

Ex: Andes
SUBDUÇÃO CO-CO
Ex:
Convergente Japão, Filipinas
SUBDUÇÃO CC-CC

Ex: Himalaia
SUBDUÇÃO CC-CC
FINAL DA SUBDUCÇÃO
COLISÃO HIMALAIA
COLISÃO HIMALAIA

O final da Subdução–Colisão o
último estágio do Ciclo de Wilson:
India a partir do Gondwanaland
trombano Tibet e forma os
Himalaias

Os HimalaIasMonte Everest
com 8850m e composto por
quartzitos(arenitos) marinhos.
LIMITES CONVERGENTES
LIMITES CONVERGENTES
A placa da India avançou a uma
velocidade de 15 a 20cm por ano, até
a colisão com a eurásia.
Após a colisão a velocidade caiu para
5cm por ano (últimos 50Ma).
A Índia avançou cerca de 2.000Km
para dentro da placa eurasiana –
cerca de 800km para dentro da Ásia.
LIMITES CONVERGENTES
As maiores cadeias de montanha da Terra estão
relacionadas com limites convergentes entre placas
litosféricas.
LIMITES TRANSFORMANTES
Limites transformantes e o cenário de Los Ângeles e
São Francisco (Califórnia – EUA).

placas tectônicas
deslizam lateralmente
uma em relação à
outra, sem destruição ou
geração de crostas, ao
longo de fraturas
com deslocamento
relativo
Ex.: falha de San
Andreas , na América do
Norte:
Placa do Pacífico (Los
Angeles) x Placa Norte-
Americana
LIMITES TRANSFORMANTES
LIMITES TRANSFORMANTES
A destruição após o terremoto de 1906 em São
Francisco.
LIMITES DE PLACAS

Distribuição de focos de terremotos no limite entre as


placas litosféricas Eurasiática e Pacífico (arquipélago do Japão).
LIMITES DE PLACAS
Distribuição de focos de terremotos, coincidente com os
limites de placas tectônicas (a distribuição de vulcões segue um
padrão semelhante).
CORRENTES DE CONVECÇÃO DO MANTO SÃO OS MECANISMOS QUE
PROMOVEM O MOVIMENTO DAS PLACAS LITOSFÉRICAS.

A convecção no manto refere-se a um movimento muito lento de rochas que, sob condições
apropriadas de temperatura elevada, se comporta como um material plásticoviscoso migrando
lentamente para cima. Este fenômeno ocorre quando um foco de calor localizado começa a atuar,
produzindo diferenças de densidades entre o material aquecido e mais leve e o material
circundante mais frio e denso. A massa aquecida se expande e sobe lentamente. Para compensar
a ascensão destas massas de material do manto, as rochas mais frias e densas descem e
preenchem o espaço deixado pelo material que subiu, completando o ciclo de convecção.
HOT SPOTS
A ocorrência de “Hot Spots”, ou “Pontos Quentes”, é
considerada uma indicação da existência de correntes de convecção
do manto, que geram as chamadas “Plumas do Manto”.
O arquipélago do Hawaii é um típico exemplo de “Hot Spot”
na Placa Pacífico.
MANTO PLUMAS/HOT SPOTS
“Fixed” (for millions of years)
plumes from lower mantle/D” layer
that generate plutonism and
volcanism that is independent
of plate tectonics

•Hawaiian hot spot is just one of many


plumes release huge volumes of magma
over millions of years. This plume
has generated enough magma to
cover CA in 1.5km of magma over last
70Ma
CINTURÃO DE FOGO
DISTRIBUIÇÃO ATUAL DOS MAIORES “HOT SPOT”.
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DA FRAGMENTAÇÃO DA
LITOSFERACROSTA CONTINENTAL) ACIMA DE UM “HOT SPOT”.
DINÂMICA DAS CORRENTES DE CONVECÇÃO
– “MOTOR DAS PLACAS”
Correntes de
convecção
no manto
inteiro

Correntes de
convecção
somente na
astenosfera
AS AGLUTINAÇÕES DAS MASSAS CONTINENTAIS NO
DECORRER DA HISTÓRIA DA TERRA
O FUTURO
DISTRIBUIÇÃO DAS PLACAS TECTÔNICAS DA TERRA,
COM AS VELOCIDADES (CM/ANO) E OS SENTIDOS
(SETAS) DE MOVIMENTO

Velocidade de deslocamento das placas tectônicas


Divisão tectônica atual

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